Textos Melancólicos

Cerca de 713 textos Melancólicos

⁠ Melancolias de um mundo fétido
Mundo fétido, imensidão obscura, desejos insignificantes
Com significados inconstantes
Ah, podre mundo por onde vago, pobre centúria que me acede
Aldeia, óh aldeia, o que será de ti?
Benevolente e estupenda parte da sociedade
Que me cura dos olhos malditos
E me acalma com anedotas de um pássaro

Preso nas trevas que me acolhem
Em uma viagem pelos sentimentos que me afligem, sou um pobre ser
Que vaga pela escuridão monótona
E perpassa pela brutalidade efêmera da dor

Eu, pobre eu
Ainda penso que o mundo é mundo
E através desse olhar profundo
Vejo meu reflexo tênue

Me rodeia o avassalador
Que nos braços do amor me joga
Me coloca entre seu mundo
E tira minha dor.

⁠Frankenstein: Combustão da Alma

Na solidão que em mim atinge, ecoa,
Um ser melancólico, um mar em mim que entoa.
Frankenstein, meu nome, carrego com pesar,
Aberração ou não, quem pode julgar?

Uma mistura de emoções a escrever,
Palavras entrelaçadas, meu ser a se perder.
Orgulho, meu tormento, que queima e fere,
Mas é também a chama que em mim persiste, austero.

Quero ser o melhor, mas o preço é alto,
Uma batalha constante, um caminho exaltado.
Desistir, às vezes, parece tentador,
Mas meu orgulho é forte, um leão em meu interior.

A combustão do orgulho me faz sentir vivo,
Uma labareda ardente, um fogo que incentiva.
Dor de ser queimado vivo, consome-me devagar,
Espelho, espelho meu, quem mais pode igualar?

Nessa busca por sentido, na trama da existência,
A dualidade persiste, uma eterna resistência.
Entre a melancolia e a busca pela excelência,
Teço versos de uma vida, de uma essência.

A incerteza paira, até quando suportarei?
Como um poeta perdido, meu destino desvendarei.
No espelho, busco respostas, um reflexo de verdade,
Na dança das sombras, descubro a minha própria realidade.

Mandalas & Tapetes Burgueses

Melancolia
De fado
Português

Regado à vinho
E
Dissolução do fermentado

Pagando os pecados
Com o suor do cansaço

Metabolizados
No calor do fígado


Tristeza
De nobreza
Sem causa

Escutar
De coisas
Não ditas

"Minha casa minha vida
Sua casa é meu problema"

De certeza

Somente
A presença
De sua
Ausência

Passeando
Meus
Anseios
Desajeitados


Nas ladeiras em ruas
De muita pedra

Nos vales profanos
Da dissonância

Esculpidos em vales
Da tradição

A ambição do pecado
Fermentado em vinho

E a solução
É dissolução

Sem solução
Em ruas
De Tradição

DENTRO DA TARDE

A tarde seca e fria, de maio, do cerrado
Cheia de melancolia, deita o fim do dia
Sobre cabelos de fogo tão encarnado
Do horizonte, numa impetuosa poesia
A tarde seca e fria, de maio, do cerrado

O mistério, o silêncio partido pelo vento
No seu recolhimento de um entardecer
Sonolento no enturvar que desce lento
Do céu imenso, aveludado a esbater
No entardecer, seco, frio e, sedento

Perfumado de cheiro e encantamento
Numa carícia afogueada e de desejo
Seca e fria, a tarde, tal um sacramento
Se põe numa cadência de um realejo
Numa unção de vida, farto de portento

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano

Melancolia

A melancolia não é uma boa companhia
Sempre nos afastando das fantasias
Tirando-nos da realidade momentânea.
Melancolia traz de volta o saudosismo,
Reflexão sobre o presente que não satisfaz
E sobre o futuro que se deseja, mas não se visualiza.
Melancolia é ilusão dando lugar à consciência
É um balde de água fria na nossa mente vazia
Trazendo tristeza em vez de alegria.

"Ondas passam pelo meu corpo fechado
Consigo senti-las bater nos pés
E voltar melancólicas para os lábios
Minhas mãos estão frias
E ligadas a um coração desfigurado
Pulsante incansável
Mandando seus últimos suspiros viajarem
Perceberem o redor e responde-lo
Porém não há resposta mais insensata
Ingrata e gélida
Qual a que diz os olhos"

Inserida por Leticia-Camargo

Tinha um pé de alface
e um de tomate.
Regava, regava, regava!
E a lua melancólica observava...
E o sol rei, ajudava!
E a terra mãe, adubava.
Tinha um pé de alface
e um de tomate.
Lembranças na horta,
de minha doce amada.
No canteiro, solidão apertada!
Tinha um pé de alface
e um de tomate.
Na hora do almoço
virou salada!

Inserida por SebastiaoBrandao

Sentimentos transitórios

Encare a vida de frente, sorva todas as
taças - solidão,melancolia, desilusão,agonia.
Supere o inexplicável, o silenciar dos sonhos,
o abandono dos planos, a queda de todos os panos.
Porque tudo é transitório, inclusive o sal das
lágrimas, as partidas inesperadas e a renúncia
ao amor.

Inserida por AnaStoppa

Há momentos que está só é a melhor companhia.
Não é frustração, falta de opção ou melancolia.
É autoafirmação, conhecer o seu próprio valor.
Saber quando deve arriscar a segurar a mão.
Ou quando melhor é tomar um vinho e ver televisão.
Escolho onde ficar, a quem aconchegar e a vida que levar.

Inserida por QUIVIA

Humanidade melancólica, vives na escuridão do seu universo barato e medíocre. Pobre humanidade insana e egoísta, por isso que sofres a consequência das suas inconsequências.
Vá, e deixes florescer a dor de um futuro incerto, com a certeza de que irá frutificar a dor e a vergonha, de pensamentos baratos, que de nada serviram.
Humanidade, esse é o seu nome por enquanto, porque quando vier a coleta, será para prestar contas dos centavos que deixaram de pagar, e então o seu nome não mas será.
A porta do abismo já esta se abrindo, e é para lá que a humanidade esta partindo.
Não ficará ninguém para continuar essa história.

Inserida por ATILANEGRI

Amore...

Quando chega a noite,
sinto quase melancolia
foi-se embora mais um dia...

Mais um dia sem você,
menos um dia com você...
Por que isso foi acontecer?

E passa o tempo
e eu peço ao vento
pra bem leve seu rosto tocar...
lá... do outro lado do mar...
e bem baixinho sussurrar:
ti amo
come non ho amato mai.

É isso que comigo você faz...

Inserida por RosangelaCalza

E essa melancolia que insiste
em abater meu coração,
E essa dor que insiste
em sufocar meus pensamentos,
E esses amores mau resolvidos
que eu insisto em entender.
Por quanto tempo haverá esse tempo?
Por quais guerras ainda irei lutar?
Sede e fome me invadem
e a certeza de que não sei
absolutamente nada do amor.
Momentos em que as palavras deixam de existir
e o olhar não se faz presente
levam me a uma ausência de sentimentos.
O que tenho me tornado?
O porque tenho me tornado?
Tento entender...

Inserida por pensamentosdemenino

Não sou poeta, nem saberia ser,
Sou agitada, melancólica, confusa,
Sou teimosa, tranquila, do tipo calada,
Faço tanta coisa, que acabo não fazendo nada!
Dorminhoca, comilona, de bagunça organizada.
De pensamento ligeiro, apenas escrevo.
Uso palavras simples, á muita coisa?...Não me atrevo!
Como agora nessas frases que rapidinho vem brotando.
Tudo porque de um belo moço to gostando...
Ele bonito, charmoso, perco tempo para ele olhando!
Logo agora que depois de tantos anos vividos, encontrei o amor, não é que o danado fez que fez e me largo; saiu como quem foge pela porta da frente.
Homem macho!
Menino valente, eu disse a ele: meu amor não faça isso! Sou moça boa, e aceito compromisso.
Mas de nada adiantou.
Como flecha certeira o cachorro me acertou agora só me resta pensar que sou poeta....escrevendo todas as noites frases que dizem assim:
Amor, mesmo depois de anos passados, por favor, reconheças que me amas e volta para mim.

Inserida por perolamarhotmailcom

melancólico sentimento
melancólico olhar
frio meu destino
abruto repente,
afloro meus cortes;
são meu sangue minha vida
que correm sem destino,
me atrevo a deixa sem despedida.
doce sabor de um veneno...
ate confortante no tremor de minha palavras
dignas ou mais sopro do final derradeiro,
minhas angustias são flores ao vento,
espalhas por minhas dores...
diria um amor ou destino que sofra
mais nunca será igual sentimento.
morte por dentro não existe glamour.
fora corpo frio sem vida...
diante a escuridão da eternidade,
seja mais há flor que se decompõem na sua beleza,
real temor está na vertentes do amor abandonado...
friamente declarado no imenso teor da humanidade,
castigo, talvez, o banimento seja resto deixado...
nas centelhas de uma paixão, assim vinculada
triste história como uma avalanche num desastre natural...
entretanto pode ser normal abstenção dos sentimentos.
apenas uma peça de troca uma mercadoria com defeito
de fabricação ou seja a insensível que trás no coração...
contraste minhas flores mortas por sentimentos.
esquecidas na minha vida.

Inserida por celsonadilo

bom dia!!!
a madrugada termina e com ela leva toda a melancolia. agora pneus de carros riscam ruas molhadas e, motores descendo e subindo a ladeira levam meu silêncio, e minha paz inspiradora. a buzina de uma moto avisa que não vai subir e nem descer, só atravessar.

perdão, desculpa, espaços de silêncio em absolvição… enfim, meu apartamento, meus vazios, meus silêncios, meu indulto e as possibilidades que não vão mais escapar pela janela.

um dia me disseram: "Um bom homem se desculpa pelos erros do passado, mas um grande homem os corrige".

segundo uma pesquisa Neurocientífica, uma pessoa é capaz de se desculpar, em média, 12 vezes ao dia. muitas vezes - para não dizer sempre -, é para expiar um erro do passado, na tentativa de curar a velha ferida. entretanto, existem algumas feridas que não podem ser curadas, jamais. e, essas, são as mais profundas.

na minha opinião, você pode viver no passado, ou então, se alegrar com as coisas mais belas do presente. bora viver o Presente?

bora caminhar? e, depois, rezar? mais, tarde comer? e à noite AMAR?
fuuui!!!

Inserida por LuzeAzevedo

Natal de Luz

Que o Natal extinga toda a melancolia
Que não sobre nem uma pequena nostalgia
Pela falta de um bem-querer
Que seja sempre um renascer
De coisas boas e conquistas
E que se estenda pela vida
Inteira. Todos os dias do ano
Sejam de um desejo soberano
De paz e amor
E seja como for
A caminhada humana
Que ela aconteça sempre
Dentro dos planos Divinos.
E que o Natal que traduz
Alegria seja repleto de luz.

Inserida por elenimariana

Monotonia e melancolia lado a lado consumindo e dilacerando uma mente ativa e agora sedentária e cansada das desilusões da vida.
Amor, sentimento muito exclusivo para uma pessoa tão cheio de defeitos, isso nunca me pertencerá?!
Calejado eu da vida me cedendo e inclinado a gostar de algo que só me pertence em sonhos.
Sofrimento silencioso e solitário[...]
Sempre eh mais escuro antes do amanhecer.
Que permaneça firme e confiante em dias melhores pois toda criatura eh criação de Deus.

Inserida por Aluadasimpson

Teus olhos me fascinam.
Verdes olhos a qual me afogo.
Melancolia a qual me deixa.
Não posso contar-lhes como me sinto.
Como deixa-me louco
Me puxando para baixo dos mares que são teus olhos.
Teus cabelos cacheados.
Loiros como ouro, que reluz para mim gentilmente.
Teu rosto branco como neve, me parece tão macia.
Tão quente.
Mas não tenha pena de mim se tu sabes que te amo.
Apenas mostre-me tua verdadeira face.

Inserida por ArethaEvyllin

Estava meio surumbático, esquisito, melancólico, tão, que só Camões,quando morreu sua esposa Chinesa, no naufrágio de seu navio no mar da China. Depois, foi ele se exilar e garantir as possessões Portuguesas no estreito de Hurmog, hoje Hormuz, e nos brindou com a grande epopeia lusitana, que o soldado luiz Vaz de Camões, versos inigualáveis nos Lusíadas. Livro obrigatório, pois ali, mesmo com a exaltação vista por todo o texto, estava claro a tristeza, a saudade e a melancolia, como podemos ver nestes versos:

"Anda tao unido o meu tormento comigo que eu mesmo sou meu perigo"

Ali, podemos entender toda nossa contemporaneidade e nossos medos que desde o século XVI, o mesmo dos navegadores continua a nos assombrar. Através de Camões podemos entender toda a nossa desilusão e melancolia, entrelaçada de furores de jubilo e esperança. Ali Camões, curou toda a tristeza da perda de sua amada. Porém, ao que parece, pois não há dados históricos verossímeis, mesmo em batalha, pois estas sempre lhe acompanharam, curou-se da saudade, mas a tristeza e melancolia que o habitava, permaneceria em toda sua vida.Como tudo na vida tem algo de bom, fomos brindados com uma saga e versos dignos de nos darmos o título de civilizados. Cada dia que passa, sinto que a única coisa que nós fará sermos lembrados daqui uns 10, 20 mil anos, se muito, serão os livros. Mas voltando a minha dor camoniana, estava eu pronto para ir para Brasília e sabia de antemão, que a cidade havia se tornado um deserto. Ninguém queria falar com ninguém, os tribunais e repartições estavam parados, as boates antes tão cheias, vazias. até as garotas de programa, tão procuradas pelos nobiliárquicos ores do poder, estavam dando 50% de desconto ou mais, ou seja, a cidade estava sendo movida a lexotan e pronazepan, era uma melancolia estampada no rosto de todos. Nunca a cidade esteve tão desesperada, não havia Hormuz, para ninguém se exilar e esperar o tempo curar todas as dores. O tempo conspirava contra todos, os cargos e empregos ia virar pó. Mas eu tinha que ir, havia recebido os honorários e tinha que despachar no tribunal, não tinha, depois que vazou a lista de processados ou citados pela procuradoria da república. Alguns, mesmo deixando claro que não tinha outra saída. peguei o voô e em uma hora, já estávamos desembarcando, quando num dos assentos, vi uma propaganda da prefeitura de Curitiba, que algum passageiro havia deixado, me interessei e a levei comigo. Enquanto ia pegar minha mala, fui lendo e eme interessando cada vez mais. sabia, que dado o baixo astral da cidade, eis que ali é uma rede e todos, todos sem exceção fazem parte dela, seria inútil minha ida naquele céu exuberante como tão bem Toninho Horta, retratou na música céu de Brasília. Cheguei ao Hotel e havia decorado todo o panfleto, confesso que já me sentia um especialista. Nem mal me aloquei no quarto e já fui visitar uns sites chinesas, pois se você procura conhecer de coisas bizarras, tem de procurar na china. nós ocidentais somos muito caretas. E não é que achei, li tudo, decorei, as diversas cores, prendi a ler a sorte e o futuro, pequenos tocos, pois eu que nunca pensara ser possível, depois que me dei conta, que desde sempre ele esteve comigo. Ao final, tendo todas as minhas previsões que Brasília, estava uma bosta, curei-me de minha melancolia, me tornando um especialista em cocô, afinal um país que tem uma elite de merda, só sendo especialista em cocô, é que é possível sobreviver, neste deserto sem qualquer futuro.

Inserida por robertoauad

VIRGÍNIA
Um dia a solidão inventou a lua e as estrelas, e a melancolia de contemplá-las; caminhava a beira do açude para descobrir o avesso do firmamento que certamente estaria no reflexo de seu espelho. Descobriu que o lago são lágrimas choradas pelos que se desiludiram com o amor e a vida, ou as lágrimas que ainda não choramos. Quando não pensava em nada viginha colocava os planetas nas margens do açude; terça casava com alfredo em marte; quinta casava com lucas en jupiter, quarta casava em venus, domingo se divorciava e voltava a terra, e, na terra era solitária. Há muito tempo o gaiola trouxera as suas mais belas recordações nas águas do rio; Iara era o fruto dessas recordações, mas um dia o gaiola se foi; a lua e as estrelas mergulharam no espelho do açude, e a noite cinzenta só mostrava o vulto de um espírito que não mais percebia os crisântemos e açucenas que floresciam às margens do lago. Virgínia buscou a lua e as estrelas no fundo do lago e descobriu o mistério e o silêncio de águas profundas...

Inserida por tadeumemoria