Textos Melancólicos
Quando você vai vir? Mas vir de verdade. Da maneira como você fazia. Ainda me abraçaria? Me confortaria? Porque mesmo sabendo, eu fico. Eu deito, penso, choro e espero. Mas você não vem. Eu sabia que não viria. Mas acreditei porque era tudo que me restava de você. Esperança. Esperança de que você atravessasse aquela porta, dizendo que me amaria até já não poder mais. Que me beijaria até o ar faltar. Que colocaria sua mão sob a minha. Que faria carinho no meu cabelo. Que me chamaria de princesa. Sua princesa, era como você dizia. Eu te amaria. Mas você não me deixou te amar. Não sei se era medo, insegurança, ou se o problema era eu. Mas saiba que eu entendo. Eu entendo e não guardo magoa, só pedaços do que você me deixou. Mas não estou te culpando, longe disso. Você poderia não estar pronta pra me amar. E eu já superei. Mas por que ainda dói tanto pensar em você? Por que ainda sinto meu estomago formigar quando penso na sua voz? Por que ainda me lembro do seu sorriso, do som da sua risada? Queria que estivesse aqui. Você saberia me responder. Quando você vai vir? Mas vir como se quisesse vir, como se quisesse estar aqui de verdade? Eu sinto tanto por mim. Por vc. Por nós. Mas o meu sentir não é suficiente. Nunca foi. Em meus sonhos eu vejo você. E tenho que me contentar com isso.
"No meu tempo os adolescentes amadureciam mais cedo". Mais cedo do que neste tempo? Duvido muito, pois vivemos em uma revolução, já não se tem mais um diferencial entre maiores de idade e menores, os mais velhos tornaram-se infantis, e os mais novos adultos inexperientes, esta geração é basicamente um avião sendo pilotado por um motorista de navio, esta é a maneira mais simples e explícita que posso descrever.
Obviamente, livros são mais que médicos. Alguns romances são amorosos, companheiros de uma vida inteira; alguns são um safanão; outros são amigos que o envolvem em toalhas aquecidas quando bate aquela melancolia outonal. E muitos… bem. Muitos são algodão-doce rosado, cutucam o cérebro por três segundos e deixam para trás um nada agradável.
Não sentia, deleitava-me no prazer do não sentir. Ainda que no silêncio das madrugadas, o não sentir entrava sem bater como um vento frio de inverno, se deitava ao meu lado, como única e solitária companhia. Em forma de escuridão densa, sentia o seu abraço. Como um frio insuportável, apertava-me com aperto da depressão e com o cheiro da melancolia
Agora me vou para minha triste solidão, onde estou rodeado por todos, mas no meu âmago, estou só. Afogado num mar de sentimentos, preso numa cela de pensamentos. Meu coração dói e meu mundo se corrói, enquanto lá fora a chuva cai e o vento sopra, fico aqui ouvindo a infinita ópera que se tornou o meu pranto, e que hoje eu me espanto, mas que já não posso abandonar, pois, aqui, nesta cela escura e fria, aqui é o meu lar.
Sobre o mundo contemporâneo e as relações de trabalho. O operário é visto como recurso estratégico, é considerado recursos humanos, é chamado colaborador etc. Porém, este trabalhador vive para o trabalho, pouco tempo lhe sobra para a vida social, pouco lhe resta financeiramente para sobreviver e sua jornada de trabalho o sufoca significativamente, para que, não seja percebido o seu valor humano. Pois, sendo tratado como máquinas obsoletas que não podem apresentar falhas e nem sinais de cansaso, o operário está fadado a sua melancolica busca por uma vida melhor.
Leve contigo as tuas fantasias...a tua boca amarga e fria que já não me beija mais. Leve contigo as tuas melancolias,as tuas alegrias E o que poderia ser o mais Belo amor. .. Leve contigo as nossas noites de orgia,os nossos sonhos,as nossas poesias E tudo o que lhe causa horror. Leve contigo as nossas lembranças,as nossas esperanças, nossos planos bobos de criança,a tua infinita dor. Leve o teu sorriso e tudo mais que for preciso...- Não quero o teu favor!
Um dia... Não mais que um dia tua mente insana e putrefata será consumida pela mais pura dor da melancolia. E então nesse dia tua alma se resumirá a nada. - Um dia... Não mais que um dia! Um dia... Não mais que um dia tua face pálida e doente será consumida pela tirania da morte fria e imponente. - Um dia... Não mais que um dia! Um dia... Não mais que um dia tua tua boca amarga e fria irá silenciar-se . E nesse dia sem haver mais alegria tu irás me procurar. - Um dia... Não mais que um dia!
Sozinho,de luto em luto eu luto,bebo meu vinho,fumo meu charuto... E assim sozinho eu enfrento os meus fantasmas interior todos os dias. E às vezes eu até consigo sorrir numa esperança louca de uma pequena alegria. E por linhas tortas escrevo frases e poesías. À procura do que me falta no âmago da alma caminho por aí até me cansar. Volto... Aí vem o silêncio, o medo,o nada, somente eu e os livros... E no auge sufocante da minha agonia faço uma coisa e outra para tentar disfarçar toda essa tirania melancólica que me faz questionar por que eu ainda estou vivo! E sempre dentro de mim aquele enorme vazio!... As horas são lentas... Os dias parecem que não tem fim. Em minha mente tudo está sempre turvo, chuvoso, estranho e frio. Parece que o tempo todo estou andando por sobre nuvens escuras. Sou poeta. Portanto - sou triste!... Mas adormecida em meu coração ainda resta uma pequena esperança quase sem cura que está sempre à procura de um sonho...- Que talvez já nem existe!...
Aquele determinado sentimento de inutilidade e fraqueza nos auxilia a se auto compreender, principalmente em situações em que a belíssima solidão nos abraça como o conforto de nossas casas e a mais incrível e eterna melancolia mental nos cobre com seus cobertores ideológicos para, enfim, descobrir os segredos do nosso caráter mais profundo e pensador que já existiu.
A nostalgia as vezes me acorda com tapas na cara disfarçados de saudades, mas com ela me traz as raízes profundas dos tempos que já vivi e que ela tem prazer em me fazer lembrar que nunca mais irão voltar. Me deixe em paz. Minhas raízes são tão profundas que a cada vez que você aparece, vem acompanhada de solidão, melancolia e lágrimas.
Não sou poeta, mas carrego em mim a aurora da poesia. Minha mente é um cosmos de murmúrios, porém, de meus lábios desabrocha apenas um sorriso fugaz. Por dentro, palpito com fervor e vigor, mas na vida exterior, mantenho-me recolhida. Posso parecer gélida, distante, mas no âmago, sou labareda e brasa que consomem em silêncio. Sou mais que um corpo, sou a síntese de uma essência ardente e enigmática, uma melancolia profunda, um mistério até para mim mesma.
Superação é a chave para abrir os portões que bloqueiam o caminho de quem já sofreu por algo ou alguém ao longo da jornada que vivemos. Porém, esta só é alcançada por aqueles providos de vontade, o que se diz contraditório à situação de sofrimento, já que, por sua vez, retira toda e qualquer vontade do Homem, seja ela de cunho bom ou ruim. A melancolia eterna ecoa na mente de um indivíduo que, hoje, não passa de um grão de areia em meio à tantas outras semelhantes à ele.
Na eterna busca da felicidade humana, a capacidade de compreensão do incompreensível sentido literal da palavra se vê obsoleto e falho, fazendo com que o etéreo sentimento causado pela ação de um mero mecanismo fisiológico, no caso, a liberação de serotonina, se torne apenas uma ilusão sobre seu real conceito e significado.
O sentimento de não pertencer à determinado grupo pode parecer algo fútil e, de certa forma, simples. Porém, a capacidadede entendimento dos mecanismos mentais, seja do grupo em questão, seja do indivíduo com tal sentimento, se mostra extremamente complexo e de extrema dificuldade de compreensão, sendo, de determinado modo, impossível de determinar razões certas para tal sensação de falta de pertencimento.