Textos Melancólicos
Estou submerso no abismo do ócio, é triste viver sem nada e melancólico notá-lo. Quando fecho meus olhos não há nada na mente e no momento em que os abro os móveis estão parados no mesmo lugar de antes. Tenho uma vontade de mudança, abajur na sala ou no quarto, quanta indecisão vestida de medo em sair do acúmulo criado por mim. Sinto que existe um refúgio que quebre as minhas barreiras, um botão verde de saída, estou preso dentro do meu próprio ser. A primavera se acalenta na minha janela e os ares de substancialidade me afogam a cada pétala de rosas que se desabrocha em meu negro jardim.
Então essa melancolia continua. Bela história pra contar, o bem e o mal, branco e preto, aberto e fechado, frio e quente, eu e você. Você e eu. Juntos e separados. Abraços e afastos. Beijos e diálogos. Agonia e amor. Sofrimento e alegria. Pensamento e você. Eu e você. Rosas com espinhos. Olhares sem carinho. O hoje sem o futuro.
E nessa madrugada melancólica, onde a solidão circundava os meus passos e atos, à procura das poucas forças que ainda me restavam naquele momento, continuava com o meu olhar confuso e frágil, me concentrando em um objeto qualquer do quarto repleto de móveis, enquanto a música repetitiva tomara conta do meu pensamento. Conta de mim por completo. Conta do meu próprio corpo. Isso fazia-me resgatar as lembranças que até então se encontravam soterradas a fundo dentro de mim, e que, nunca haviam me atormentado tanto, não tanto quanto agora atormentavam.
Minha melancolia me mostra a cada dia que se passa, que o futuro é imperfeito, os dias são passageiros, as horas as únicas que nos intimidão. Nelas consigo ver o que vem pela frente, a tristeza que irei enfrentar, a vida sem sucesso, a alto estima la em baixo. Mas é só o princípio de alguem que não irá ser feliz nunca, jamais.
Era a vontade de ser feliz. E isso a deixava melancólica, pois era uma pretensão e ela era exigente. Queria novamente sorrir para o azul, sentir o cheiro das coisas mais belas e mais doces do seu mundo. Ela queria sonhar com sorrisos e prazer uma vez mais. Só que seus sonhos e pretensões não batiam com a rigidez da realidade.Quantas vezes ela não chorou e teve vontade de voltar para algum lugar? Era de cortar coração saber que já fora tão feliz um dia desses... Feliz pelas coisas que cativou, pelo que a cativou também. Mas continuava lá, firme, forte, fria... Palavras na letra F de significado quase igual... Se lembrava das promessas cumpridas e também das que não foram realizadas, vivia assim, sem surpresas, sem sorrisos de êxito e satisfação, mas de sorrisos irônicos e falsos.
Ando tão sem vontade de fazer as coisas, tão sem energia até pra espairecer, tão melancólica, que concluo que estou em depressão. Constatando-a, me dá vontade de me afundar ainda mais nesse abismo tenebroso. Mas pensando bem..., esse cenário é horripilante demais pra mim, não o quero. Farei exatamente o oposto. Clamo à vida, à liberdade, ao amor, a meu filho, a quem amo. Clamo à esperança, a fé renovada, ao sucesso iminente, ao encontro certo na hora certa com a pessoa certa, a Deus. Clamo à felicidade!!! Depressão, quem és tu?
A vida é como um casamento instável; Está repleta de algazarras, desordem, perturbação, melancolia, tristezas, dores, máguas, dolência, lástimas, ressentimentos, atribulações e descontentamentos. Mas existe a perspectiva de que , as alegrias, a julibilidade, os prazeres, e as clemências, apaziguem e destituam muitos dos problemas já exisentes.
"Então em meus olhos você irá perceber a melancólica incerteza que habita minha alma. Verá que são inconstantes - fiéis aos meus sentimentos profundos - e portadores da mensagem que carrego feita em nó na garganta, mas que insisto em calar. Neles, encontrará o caminho para conhecer o âmago do corpo que habito, em suas emoções tolas. E se quiser chegar a invadi-los, tome cuidado: Talvez sua escuridão não permita que retorne ao lugar vindouro."
Meus dias são vazios, cheios de tédio e melancolia. Eu não me lembro mais do que é acordar sorrindo pela manhã, feliz ao ver o sol nascendo. Nunca mais olhei pro céu, observei as estrelas ou admirei a lua. Admirar a lua, ver beleza nas flores é privilégio de gente apaixonada… Eu olho pra tudo e só vejo tristeza, nada fica bonito quando o que a gente sente não é bonito e sim dolorido.
"Desculpa se não falo coisas bonitas, desculpa se falo coisas melancólicas e tristes, e se falo isso é porque a vida só me mostra esse lado. Não tenho o porquê, nem sei como falar palavras e coisas bonitas, pois a vida não me mostra o lado bom dela, não passei por momentos de felicidade extrema para mostrar o meu afeto por ela, só tenho o pesar de momentos que sim foram alegres, aqueles momentâneos que depois viraram escuridão, preciso me libertar disso, mas enquanto não me acontece isso, peço-lhe desculpa por ser assim.. Uma pessoa que mostra algo triste, então apenas me desculpe".
Tristeza, melancolia, ódio..todos esses sentimentos e tantos outros mais, disputam um pequeno espaço na mente humana. Fazem com que o bípede humano se transforme num laboratório de emoções desencontradas que, se não forem bem administradas, o transformará num fantoche desarticulado neste teatro de ilusão.
Hoje o texto vai ser diferente. Nada de melancolia, dessabores e principalmente desamores. Hoje é o dia de falar da pessoa com quem acordo todas as manhãs, a quem eu deveria dedicar a maior parte do meu tempo. Bem, quem é essa pessoa? Sou eu mesma! Amar a si mesmo não é ficar em frente ao espelho e cuspir um “eu me amo” made in Paraguai na frente dele, o amor-próprio tem que ser vivido a cada dia, hora, minuto e segundo. Quem se ama de verdade não perde tempo se preocupando com a opinião alheia, nem perde tempo guardando mágoas, e o principal, quem se ama de verdade não tem medo de cair porque sabe a força que tem para se reerguer e como diz um famoso samba “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. Durante anos esqueci como me amar, quem me via andando pela rua não sabia o quão rancorosa e amarga eu estava, não tem aquelas senhoras amarguradas que se reúne com uma amiga e só faz reclamar o quanto que a vida é ingrata? Essa era eu. Estava criando uma terceira guerra mundial dentro de mim e mesmo que sem querer afetava as pessoas que me cercavam, discuti com gente que nunca me fez mal, passei a ver apenas o lado ruim de todas as pessoas, perdi alguns amigos, ou melhor, quando você está para baixo acaba descobrindo que existem certos “amigos” que a função deles é te deixar pior do que já está, mas sem mais detalhes porque eles não merecem lugar nesse texto. Mas, esse período ruim não foi apenas de perdas, pois ganhei amigos incríveis que me relembraram o mais puro significado da palavra amizade, foram meus curandeiros sentimentais, limparam minhas feridas, me deram um remédio tão eficaz que nem o melhor de todos os médicos seria capaz de receitar. O melhor de tudo é que eles estão comigo até depois da “cicatrização das feridas” e vão me ajudar a não procurar a quem me fere novamente. E com isso, aprendi que é impossível ser feliz sozinho, mas um grande passo para essa felicidade está dentro de nós: o amor. O próprio é uma derivação, mas não é egoísta, muito menos prepotente, o amor-próprio é um dos caminhos que nos leva a outros tipos de amores, nesse amor deixamos o passado no passado e tudo o que nos incomodavam se tornam meras experiências. Ainda não atingi o auge do amor-próprio, mas estou no caminho!
Acabou o show, todos já saíram; eu fiquei aqui no meu cantinho, melancólico pensando, porque não deu certo o amor? Porque não um final feliz como Janete Clair? Fiquei olhando os olhos rasos da platéia, conjecturando um final onde dissessem: “e foram felizes para sempre.” Um lanterninha se aproxima e pede que eu me retire. O teatro está silencioso; ouço apenas murmuro nos camarins, provavelmente atores e atrizes se descaracterizando. As luzes vão se apagando lentamente; o lanterninha está diante de mim, terno preto de designer anônimo como uma imposição, uma ameaça; o show acabou, a pipoca murchou, o refrigerante esfriou, vou saindo triste e decepcionado de um espaço arquitetônico com perfeita estética e funcionabilidade. Meu celular emite o som inconfundível das mensagens; abro ansioso e percebo; é julieta; leio com alívio e indescritível alegria: ”te amo, Romeu!”
Carta melancólica de C., queixando-se de R. A melancolia é bela. Os amigos falham, nunca estão no mesmo momento que a gente. E a amizade - diz ele - não será apenas uma ilusão, o terror da solidão, o desejo de ser amado, o pensamento da morte, da partida inevitável? Cá por mim perdoo sempre, pois também falho como amiga.
Hoje acordei pensativa, um tanto quanto melancolica. Despertei tentando entender por que as pessoas gostam tanto de metades, de ser metades, de ter metades. Acordei, hoje querendo coisas por completo. Não quero a metade da laranja, quero ela inteira! Não sei ser metade em nada. Sou inteira, estou inteira. Não vejo problema algum com as somas. Ruim é a divisão. Tudo bem! Faltei algumas aulas de matemática, mas, sei somar muito bem 1+1. So há um momento em que me utilizo de metades; quando o caminho precisa ser percorrido por duas pessoas. Cada um anda a metade do caminho em direção ao outro e so ultrapassam se ambos se permitirem. Permita-se!
Sou melancólica, ansiosa, desajeitada para aquilo que chamamos de “amor”, e às vezes na minha tentativa de ser carinhosa, acabo sendo não muito – não sou a típica princesa dos contos de fadas, mas o fato de eu ser desajeitada não quer dizer que eu seja sem sentimento. Eu sei amar, do meu jeito peculiar, mas que não significa ser menos significante.
Sinto falta da melancolia que agora já não é mais minha. Masoquista eu? Não, não gosto de sofrer. Mas é simples, quando estava sozinha em minha solidão, estava eu acompanhada de minhas palavras indizíveis e pensamentos eloquentes, coisas que eu sentia pra mim e acabava vivendo pro mundo. Um paradoxo que me tomava. Talvez Clarice estivesse certa, de certo modo, minha escuridão era a minha melhor face, minha solidão era minha força. Agora entendo, era meu lugar certo, onde minha essência brilhava e onde já não havia nada mais que pudesse me ofuscar, até porque,eu já estava mesmo no fim do poço!
Ah, é uma depressão física e mental quando estou longe de você. Melancolia, gula e muitos sonhos! Uma casa na praça, perto da igreja, com jantar fora depois do trabalho e massagem nos pés. Com surpresinhas, não esquecimento, buquê de flores, comida da Dona Maria, saudades sempre, gargalhadas na varanda e um bom vinho pra comemorar a vida, a nós!
Às vezes me encontro em uma melancolia sublime...como a vida é efêmera...como às vezes a gente demora pra enxergar isso...enxergar como ela é...como ela funciona...ai quando enxergamos vem aquela sensação ruim de ter perdido aquele precioso tempo...agonia de ter tido, por tanto tempo, aquela cabecinha medíocre...fechada...sensação de ter usado uma viseira que me permitia enxergar somente o que estava a minha frente...nada além disso...sensação ruim essa...causa uma dor contundente...mas ao mesmo tempo, me trás conforto...conforto de possuir, agora, uma visão que retrata a realidade...visão mais ampla...mais próxima da veras...isso, de certa forma, trás alívio ao meu coração...trás o aconchego do qual sempre precisei...trás a paz com que sempre sonhei...
O sol ao recolher-se estava entristecido, melancólico, pois não erradiou a sua luz, o seu calor de fim de tarde em você, então, indo ele embora chateado por sua ausência encontrou a lua que assumiria o seu lugar no céu, a lua então perguntou, o que houve? e o sol lhe respondeu, a lua então comovida com a história do sol disse a ele: não tenha preocupação, irei ilumina-lá com meu brilho, mostrarei a ela minha melhor face, convocarei as estrelas para me ajudar a fazer da sua noite a mais linda e serena possível, e ao despertar do repouso ela irá sentir o teu calor, e diga, obrigado sol por te ver mais uma vez, a lua me deu o brilho necessário, a tranquilidade esperada,mais é do teu calor que necessito para aquecer o meu corpo, e da tua luz que preciso em meu coração e é o teu fogo que quero para incendear minha alma!