Textos Melancólicos
↠ Modesta Poesia ↞
Poesia,
lugar onde a hipocrisia
roga anistia
transforma as mentiras,
em sublimes fantasias
resistência e melancolia,
metamorfoseiam-se em magias
tristeza e alegria,
encetam em sintonia.
Vulgariza-a por nenhum tostão,
somente expor emoção,
carências de afirmação,
recitar-se em poesia
Subjetividade
Minha alma morreu
O que tinha pra doer
Já doeu
Lembranças boas do meu eu
se perdeu
Coração frio
Pensamentos sombrios
Ausência de sentimentos
Dias extenuantes
Um nativago qualquer a espreitar a morte
Sem rumo, perdido entre o sul e norte
Recôndito a empatia alheia
Com a esperança resumida
As ruínas de um castelo de areia
Condenado a própria sorte
Vivo minha depressão
Vendo a cada segundo
Minha lenta morte
Mundo fétido, imensidão obscura, desejos insignificantes
Com significados inconstantes
Ah, podre mundo por onde vago, pobre centúria que me acede
Aldeia, óh aldeia, o que será de ti?
Benevolente e estupenda parte da sociedade
Que me cura dos olhos malditos
E me acalma com anedotas de um pássaro
Preso nas trevas que me acolhem
Em uma viagem pelos sentimentos que me afligem, sou um pobre ser
Que vaga pela escuridão monótona
E perpassa pela brutalidade efêmera da dor
Eu, pobre eu
Ainda penso que o mundo é mundo
E através desse olhar profundo
Vejo meu reflexo tênue
Me rodeia o avassalador
Que nos braços do amor me joga
Me coloca entre seu mundo
E tira toda minha dor.
Quando bate aquela melancolia dominical de final de tarde, surge em sua memória lembrança de épocas mais felizes, onde a vida corria sem essa pressa atual, onde o final de tarde era só um pretexto para a família se reunir na cozinha enquanto a mãe preparava uma panela imensa de sopa. Aquele cheiro, juntamente com o calor e o burburinho das vozes misturadas sempre foi a melhor receita para aquecer a alma, para dar forças para todos ali enfrentarem felizes a semana que se iniciava.
Meu olhar é melancólico. Ele é a janela da minha alma. Como pode uma pessoa deprimida tirar fotos sorrindo se apenas estará mentindo? E hoje, com esse egoísmo social vigente e regente das relações, cada vez mais superficiais, quem é triste não tem valor. As pessoas não querem ficar perto de quem não é feliz, de quem nem sequer se dá ao trabalho de dissimular. O importante é ter algo que haja benefício. Caso contrário, esqueça! É cruel, é. É o mundo, não sou eu que estou fazendo sensacionalismo. O mundo me exclui, primeiramente porque estou fora do padrão de beleza, porque não exponho o que comi, ganhei, não me contento em ler 140 caracteres e viver de compartilhamentos clichês, porque eu quero mais que encher a cara ao lado de pessoas que vão me descartar logo depois, minha balada é solitária, ritualista... Espero que essa tristeza toda não me deixe um ser humano frio que joga na mesma moeda que o restante. É só o que eu espero num mundo em que não se deve esperar nada, mas se preparar sempre para o pior, para ver a pior face dos humanos, para ver coisas que te deixam desacreditado de um futuro melhor, que te deixam com medo do que possa vir pela frente.
Tem música que mesmo não entendendo sua tradução, me deixa melancólico, afeta minha sensibilidade, também profundamente meus sentimentos, me deixa vulnerável a emoções fortes que fazem brotar, lembranças, saudades de alguma coisa boa ou ruim, que de certa forma marcaram minha vida algum tempo atras...
Não sei quem sou eu hoje, acontece que hoje eu sou muitas pessoas. Hoje eu sou a melancolia de minhas reflexões, a alegria de minhas conquistas, a satisfação do caminho traçado, a ansiedade do que está por vir. Hoje nasce uma valência única, antes nunca se manifestado com tanto poder. O poder da certeza, com energias que fluem positivamente em minha alma.
E hoje vai ser uma trade vazia e uma noite melancólica como toda sexta feira e eu vou desejar desesperadamente que alguém me abrace quando a depressão chegar.E vou desejar mais do que nunca ouvir um “eu te amo”.E vou sentir uma saudade tão profunda por ele que ela vai me consumir e me dar vontade de chorar.E minha razão vai apitar dizendo “não chora,não vale a pena”e vai fazer as lágrimas ficarem paradas nos meus olhos sem cair.E esse esforço para elas não saírem vai me dar uma dor de cabeça insuportável.
Há quem diz, que seu eterno inverno um dia já foi verão. Que suas melancolias, são apenas tristes lembranças de alguém que um dia ousou derreter seu gelo, lembranças de alguém que não ousou ficar. Há quem diz, que seus lamentos não passam de histórias, e que a verdade, nem ela mesmo sabe, ou entende, o que se passa nas suas estações. Há quem diz, que seu mundo é pequeno, resumido em palavras escritas ou pensadas, nunca ditadas. Há quem diz que essa garota pensa. Pensa tanto que esquece de falar, de viver, de se arriscar. Há quem diz que ela já se foi, que nenhuma parte sua lhe resta…Há tanta gente que diz, há tanta gente não diz… Há garotas que são decifráveis… E há garotas como ela. Há garotas como ela. Não mentira. Há garotas, e há ela.
As decepções tem dois lados na vida, podem te derrubar em frustrações, depressões e melancólias, ou te fortalecer em crescimento espiritual, mostrando à verdadeira cor do mundo, que não é cor de rosa, escute sua alma, discernimentos intuitivos nos levam ao autoconhecimento e aos verdadeiros ensinamentos de Deus, dependamos mais de nós mesmos, para quetoda podridão das distrações materialistas impostas, não nos faça perdemos o controle, criando assim uma existência menos decepcionante.
Acabou o show, todos já saíram; eu fiquei aqui no meu cantinho, melancólico pensando, porque não deu certo o amor? Porque não um final feliz como Janete Clair? Fiquei olhando os olhos rasos da platéia, conjecturando um final onde dissessem: “e foram felizes para sempre.” Um lanterninha se aproxima e pede que eu me retire. O teatro está silencioso; ouço apenas murmuro nos camarins, provavelmente atores e atrizes se descaracterizando. As luzes vão se apagando lentamente; o lanterninha está diante de mim, terno preto de designer anônimo como uma imposição, uma ameaça; o show acabou, a pipoca murchou, o refrigerante esfriou, vou saindo triste e decepcionado de um espaço arquitetônico com perfeita estética e funcionabilidade. Meu celular emite o som inconfundível das mensagens; abro ansioso e percebo; é julieta; leio com alívio e indescritível alegria: ”te amo, Romeu!”
Melancólica? Talvez.... Eu tenho pulsação sanguínea que bombeia para o cérebro e coração. Sou humana. Eu tenho sentimentos. Eu não troco a minha melancolia pela falsa fábrica de sorrisos das bonecas de plástico. Pessoas vazias não acrescentam nada em tua vida. Elas apenas adornam por um curto período de tempo a tua estante empoeirada. O tempo passa e cai a máscara do sorriso manipulado. Ser sentimental talvez seja um erro, pois nem todos merecem a tua melhor parte. Nem todos merecem o teu coração. Mesmo assim é preferível ser intensa e profunda do que ser rasa e vazia de sentimentos.
"Então em meus olhos você irá perceber a melancólica incerteza que habita minha alma. Verá que são inconstantes - fiéis aos meus sentimentos profundos - e portadores da mensagem que carrego feita em nó na garganta, mas que insisto em calar. Neles, encontrará o caminho para conhecer o âmago do corpo que habito, em suas emoções tolas. E se quiser chegar a invadi-los, tome cuidado: Talvez sua escuridão não permita que retorne ao lugar vindouro."
E volto até aqui, carregando o que os dias cinzas que favoreceram. Um olhar caído, melancolias, fotos, músicas aleatórias, olheiras, e um velho cigarro a acompanhar. O meu desespero de não saber ao menos explicar de onde isso vem, essa sensação de estar andando como um caranguejo perdido, tentando encontrar apenas um lugarzinho para descansar os pés surrados. A caminhada que sigo é longa e isso não é nem o começo; O cansaço existencial começa agora, nesse momento, em pleno rascunho inútil que eu prefiro nem publicar á ninguém. É como se eu me acostumasse com a solidão, fones de ouvidos e alguns cigarros. (Me sinto só), e seria egoísmo se eu falasse que isso é por não ter ninguém ao meu lado, mas seria pior ainda se eu falasse que não gosto de estar só. Pois a calmaria da solidão é minha melhor companhia, é com ela que eu divido tudo, inclusive minhas lágrimas e meus cigarros. E por mais que isso seja orgulho e talvez um começo de um precipício, eu me defino assim, só , e com uma bagagem assustadora nas costas.
E aqui estou eu de novo, descontando toda minha raiva escrevendo qualquer coisa melancólica sobre amor, abstraindo dos meus sentimentos toda frustração que me fez passar outra vez. Mas tem que ser assim mesmo, devaneio meu pensar que olhando em seus olhos vou conseguir falar todas essas coisas sem fraquejar.
Em um certo dia, cansei-me da tristeza, senti exaustão em carregar uma melancolia que já fazia parte do meu ser. Optei então por viver de maneira mais positiva, enxergando a beleza da existência nas pequenas e mais simples coisas do universo. Reconheço hoje que apesar de passarmos por fases turbulentas, o que sobrou de ruim serve para aprendizado, é experiência. Nada acontece em vão. Assim como a terra, passamos pelo ciclo de términos e recomeços, tudo se regenera. Eu já tive uma vida triste, mas decidi não querê-la mais. Sinto-me melhor assim, leve e zen.
Carta melancólica de C., queixando-se de R. A melancolia é bela. Os amigos falham, nunca estão no mesmo momento que a gente. E a amizade - diz ele - não será apenas uma ilusão, o terror da solidão, o desejo de ser amado, o pensamento da morte, da partida inevitável? Cá por mim perdoo sempre, pois também falho como amiga.
Às vezes me encontro em uma melancolia sublime...como a vida é efêmera...como às vezes a gente demora pra enxergar isso...enxergar como ela é...como ela funciona...ai quando enxergamos vem aquela sensação ruim de ter perdido aquele precioso tempo...agonia de ter tido, por tanto tempo, aquela cabecinha medíocre...fechada...sensação de ter usado uma viseira que me permitia enxergar somente o que estava a minha frente...nada além disso...sensação ruim essa...causa uma dor contundente...mas ao mesmo tempo, me trás conforto...conforto de possuir, agora, uma visão que retrata a realidade...visão mais ampla...mais próxima da veras...isso, de certa forma, trás alívio ao meu coração...trás o aconchego do qual sempre precisei...trás a paz com que sempre sonhei...
Hoje acordei pensativa, um tanto quanto melancolica. Despertei tentando entender por que as pessoas gostam tanto de metades, de ser metades, de ter metades. Acordei, hoje querendo coisas por completo. Não quero a metade da laranja, quero ela inteira! Não sei ser metade em nada. Sou inteira, estou inteira. Não vejo problema algum com as somas. Ruim é a divisão. Tudo bem! Faltei algumas aulas de matemática, mas, sei somar muito bem 1+1. So há um momento em que me utilizo de metades; quando o caminho precisa ser percorrido por duas pessoas. Cada um anda a metade do caminho em direção ao outro e so ultrapassam se ambos se permitirem. Permita-se!
Sou melancólica, ansiosa, desajeitada para aquilo que chamamos de “amor”, e às vezes na minha tentativa de ser carinhosa, acabo sendo não muito – não sou a típica princesa dos contos de fadas, mas o fato de eu ser desajeitada não quer dizer que eu seja sem sentimento. Eu sei amar, do meu jeito peculiar, mas que não significa ser menos significante.