Textos Melancólicos
Dei atenção para melancolia.
Desabei em abismo de tristeza.
Deixei a depressão invadir minha sede...
Esqueci a serenidade ao te pedir seu amor.
Desgastei meus pesares com tanto custo..
Que queria não mais existir...
Defloro o simbolismo do amor...
Tantos problemas com a vida
Que reconheço minha morte melhor destino.
Embora lhe reconheça meu amor...
Olho as luzes da luxúria... Me engana me
No crepúsculo até o doce fel argumenta.
Inóspita cuja existência são foto palavras
Neste estranho momento que olho o vazio.
Minhas palavras são desconectas...
De seu vasto acervo politico sem clareza...
Pois somente lhe digo sobre minha solidão.
EU SÓ GOSTO DE VOCÊ
Não gosto quando você olha pra mim dessa forma triste e melancólica
Não gosto quando você parece não me escutar
Não gosto quando você não me dispõe seus pensamentos
Simplesmente não gosto
Não gosto quando você me critica
Não gosto quando você aparece pra me de forma retraída
Não gosto quando você se desprende de mim
Simplesmente não gosto
Não gosto quando você vai sem se despedi
Não gosto quando você não me dar um beijo de boa noite
Não gosto quando você acorda sem me dar bom dia
Simplesmente não gosto
Não gosto quando você esqueci o que te pedi
Não gosto quando você briga comigo
Não gosto quando você me diz não só pra me confundir
Simplesmente não gosto
Não gosto quando você não me liga durante o dia
Não gosto quando você não retorna minhas ligações
Não gosto quando você não retribui o meu EU TE AMO
Simplesmente não gosto
Não gosto quando você esqueci nosso aniversario de casamento
Não gosto quando você tem que me pedi desculpas
Não gosto quando você não pedi desculpas
Simplesmente não gosto
Um mergulho em um rio de melancolia e apatia.
Mergulhado na escuridão.
jogado num canto do meu quarto.
A única coisa que vejo rodar na vida
É meu velho ventilador de teto.
Estarrecido, mergulhado em melancolia.
Estárrecido,mergulhado em apatia.
Cigarros se tornam meus melhores amigos.
Músicas tocam,luzes apagam se e acendem todos os dias.
A vida roda numa mesma roda todos os dias,apatia sem fim, estou cansado...
Estou apenas cansado de toda esse lixo chamado vida.
Nem sempre a nostalgia é um sentimento indefinido,
melancólico e quase belo, embora seja assim que sempre
imaginamos, pode ser uma lâmina bem afiada, não apenas
uma doença em sentido metafórico, mas também de fato.
Ela pode mudar o modo de uma pessoa encarar o mundo;
as caras com as quais se cruza nas ruas parecem não apenas
insignificantes, mas também medonhas... Talvez até nefastas.
A nostalgia é uma doença real.
Melancolia
É um estado de espírito ou do corpo,
Melancolia é aquele que está na inércia e
Esta é, propriamente a melancolia universal.
Estar ou sentir não faz mal, porém,
Acaba com o ânimo que é a alma.
Ela, a melancolia, se instaura em nossa almas,
Nos trás sentimentos reflexivos,
Saudosismos inexistentes,
Propostas inconcebíveis.
É nela, que escrevo,
É por ela, que penso e,
Principalmente,
Pensando nela,
A explico:
Só se é melancólico, quando o mundo interno
Ao qual vivemos, não é comportado pelo
Mundo externo da maioria dos humanos.
Ela é a prisão, do prisioneiro,
Ela á a Mãe do órfão
E,
Sobretudo,
É a incompreensão do incompreendido.
Serenidade
Quero o riso sem a máscara melancólica
da saudade.
Quero a remissão dos pecados do coração
E não abraçar solidões medonhas...
Quero um olhar sem mágoas ante
um céu límpido desenhado pela esperança.
Quero a reverencia ao alvorecer que trará
De volta os sonhos deixados em algum
Lugar longínquo dos anseios mais inocentes...
Quero a serenidade da fé que põe força no viver
E o acalento das flores perfumando prados
Sem fim...
Quero o amor impregnado nas vestes da
Da alma como carícia eterna de uma
Doce Paz... Ah... Eu quero!...
melancolia no desatino
de vida dessa,
alma gótica,
mundo sem fim,
delirio do meu coração,
sintonia que se dissipa
no envolucro de um precipício,
torna o devido ar de paixão...
do fraco instante
o lapso paira num
vulto implementar do mito
que ressurge na alquimia
o ter involuntário ser,
do prologo um sonho
na tua alma volúpia,
o milagre do desejo...
se da em curvas
o absinto da ilusão do teu corpo.
no vigente sentimento sensações
nesse deslumbre suas intensões
tremulam nos teus braços
insinuações que olhares
tem devastação
como a figuração singular
de coito sem fim ou começo
desdem a própria existência,
se tem vulgo de um amor....
o colapso tenso sexo...
se tem com mistura de amo,
para obter máximo do prazer,
segura ar até parecer morrer...
apenas é o prazer.
Às vezes, sobretudo agora, verão e lua quase cheia, me surpreendo melancólico pelas noites a suspirar na sacada espanhola, com vontade de chorar. Choro quando consigo. Ou ouço Caetano cantando Contigo en la distancia, e choro mais. Não tenho pena de mim, mas por vezes sinto falta de amor. Fico sempre muito só.
Eu entendo,eu sei como é ruim estar sentando em um banco olhando da janela vendo a vida passar sem que você consiga acompanhar os passos de alguém e o tempo.
Meu presente,passado e futuro esta construida pela metade.
Tenho medo desse mundo cruel, tenho medo de ir lá fora e acabar chorando novamente
Pois meu sofrimento é doce e todos provam desse doce
É nesses momentos de dor e angustia que penso:o livro da minha vida esta todo escrito e já foi publicado e agora não posso fazer mais nada para impedir que todos leem.Sinto que minha alma já esta morta e que meu corpo vaga pelo mundo por obrigação, por lei porque se dependesse de mim me alto suicidava.
Os meus cortes no meu pulso mostra as dores,cicatrizes que não chegam nem perto das do coração, uma dor alivia a outra e saber que meu sangue escorre pelo meu pulso alivia toda raiva que sinto.
Vivo em vão sabendo que independente das coisas boas que aconteceram ninguém notará e que todas iram embora deixando um gostinho de quero mais e,é nessa hora que a raiva me consome trazendo de volta o desejo de vingança,pois depois que vão embora mais uma edição da minha vida é lançada e todos julgam.
Resumo da minha vida (12/07/2013 Autora:Fabiana Lima)
Minha vida miserável arrastada para a escuridão onde os maiores sentimentos são o sofrimento
O não que me faz chorar e desperta
O meu lado desconhecido
Por mim mesmo
Os que julgam minhas atitudes sem saber a dor quem sinto na hora
A dor de uma pessoa, julgar aquela pessoa que ama a ele
O inferno de acordar e vê que o pesadelo é a realidade que estou vivendo
Você chora pelas minhas palavras, mas não sabe quantas lágrimas de resposta eu derramei sem que a pessoa certa perceba meu sofrimento.
E me perdoa pelo mal que eu fiz
Sem essa pessoa ando entre a luz e a escuridão onde estou sentada no chão
Derramando minhas lágrimas
Sem essa pessoa ando entre a luz e a escuridão onde estou sentada no chão
Derramando minhas lágrimas com um caminho cruzado onde só agora tenho que escolher um deles e não quero nenhum dos dois
Apaixonado pelo meu sofrimento doce e agradável pra você
Que não conhece minha vida
(Todos)
Pois sem você não sei o que é ser feliz
Depois do seu não só arrependimento que você sente por mim
Hoje em dia duvido e todos e do que eles sentem
Hoje em dia só quero ser de maior e sair andando por ai procurando eu mesmo
Pelas ruas
Alguém que realmente me conheça
Que aceite meu passado só quero você na minha vida
Prometo que mudo tudo que eu fiz de mal
Sem você sinto o vento sombrio da escuridão que cobre todo o meu ser que toma conta do meu corpo minha vida
Tirando as sobras da luz que restava em minha alma
Penso em não esperar mais nada de ninguém e dar chances para que elas tornam-se decepção
Dói muito não ter espaço em um lugar onde eu queria estar
O triste disso que saber que a pessoa certa não note seu sofrimento
Não sei qual é a pior se é o de perder ou nunca pode ter?
Sem você me sinto mal por dentro como se algo estivesse quebrado e faltando
Já não sei mais se estou vivendo de amor ou morrendo sem sentir ele
E o que eu mais queria é ter uma vida tão diferente desse inferno que estou vivendo
Já não sei o peso que carrego o caminho que percorri, portanto estou com medo de sempre olhar pra traz e nunca mais querer seguir
Em frente
Quando um anjo disse que acabou duvidei de tudo que sabia que aconteceu vendo meus sonhos caído dentro de um buraco sem fundo. Agora estou
Aqui sentada do lado desse buraco vendo caindo às chances de um dia eu ser feliz
Espero que um dia toda essa dor seja útil pra alguma coisa
Estou tentando amadurece vendo a pessoa que eu amo me trocando...
Meu conhecimento é meu próprio pesadelo e os problemas somos nós mesmo
Eu por ser uma pessoa calada, fria, calculista, tímida... e é nessas horas que vejo todo o barulho em minha mente
Estou cansada de mostrar minha beleza para aqueles que não veem
Dê fala as verdades para aqueles que não ouvem
O que não consegui fazer foi não mentir para quem me ouve e não decepcionar quem me vê
Agora sei que o pecado que cometi é doce como um veneno, que reflete tudo que meus desejos consomem
O mais puro dos sentimentos convertidos com forma de sofrimento e dor
Um pequeno pedaço e minúsculo com poucas funções chamado amor.
Se tudo na mina vida pudessem cantar sobre todo o meu passado, cantaria uma triste canção.
Não acho suicídio pensar na minha morte todos os dias com medo de acontecer
A dor, tristeza, sofrimento é algo pesado que está em minhas costas enquanto o inferior de minha
Existência se arrasta pela lama sem caminho.
É como se todos os conhecidos que convive e conviveram comigo se importasse comigo menos o que mais é
Importante pra você
Minha alma várias vezes já pediu por socorro como se estivesse morto, perdido…Hoje vivo com minha morte interna vagando por
Um mundo sem sentimentos
Minha ferida parece não querer cicatrizar, sinto que estou vivendo através de minhas cicatrizes que o tempo em muitas vezes não consegue apagar
Vivo perguntando a mim mesmo se alguém sentira minha falta e é essa dor que me assombra todas as noites
"Meu sofrimento lava minha alma... minha magoa estão afogadas no meu ser e o medo cada vez me domina mais"
Tenho medo do mostro que estou me tornado nem sei o porquê
A minha pior prisão é ter uma mente fechada sem saber onde se esconde a chave mestra para abrir
O silencio age por si próprio e as lágrimas surgem quando esta se matando por dentro
Sinto-me como ninguém enxergasse o que eu sentia, eu só sabia sorrir e sorrir. Poderia estar morrendo por dentro
E o sorriso ficava estampado no meu rosto escondendo meus sentimentos e sofrimentos e me pergunto se alguém me viu chorando ou se
Importasse comigo
Vivo com essa vida infernizando e internalizando todo o meus ser e continuo sendo a mesma sabendo que certas dores
Poderão até cicatrizar mais não por completo
É fácil dizer que o amor é lindo quando não é seu coração que está sofrendo sendo despedaçado
QUERO GRITAR para o mundo inteiro dizendo se o seu coração é de ferro tenha um bom aproveito com ele antes de enferrujar porque o meu foi feito de
Carne e sangra todo o dia da existência da minha vida
Muitos que convive comigo e sabe um pouco sobre minha vida diz que essas dores vão me torna mais fortes, parece que comigo acontece ao contrário, pois
A cada dia que passa me sinto mais frágil, manipulada e com pouca vontade de viver
As vezes pendo de uma forma mais ou menos assim: “Mesmo que tudo dê errado pra você eu ainda estarei aqui; não porque sou obrigada ou porque lhe devo algumas pratas
Mais sim porque eu quero, porque sua dor é minha dor e porque não consigo te ver triste sem fazer nada"
Tenho medo de praticar com a pessoa errada.
Tento fazer o melhor de mim, mais acho que não é o suficiente para te alcançar.
"Em qual esquina da vida perdi meus sentimentos? em qual rua do destino vou encontrar meu lamento?"
Tenho que ocupar minha mente para não pensar em você e chorar mais uma vez porque estou cansada de sofrer só não sei como fazer isso
Considero minha vida difícil de seguir em frente quando o passado me atormenta o tempo todo dentro de mim batendo, gritando sofra, sofra o quanto puder
Já passei por tanto sofrimento que já não sei se posso recomeçar e se quero recomeçar
Sabe os medos, desentendimento, magoas as vezes que sofri calado, sozinho, chorando sem entendimento, as vezes que sofri sem ninguém saber e entender... Entende? “São elas”
Minhas lembranças me atormentam trazendo de volta tudo aquilo que um dia tentei esquecer
Já chorei tantas e tantas vezes que já perdi as contas e todas foram por ti
Não é que sou triste e solitária é que nada mais me faz feliz
Cansei de me machucar, de lutar em vão por algo que jamais chegara pra mim
Às vezes quero saber e buscar a resposta exata sobre minha vida
Me pego várias vezes deitada na cama na hora de dormir chorando ao som daquela música que diz tudo que meu coração queria sair gritando
Minha única companhia é a saudade, meu único medo é a solidão e meu maior desejo é ter você aqui
Frio, sarcástico, calculista e sem coração foi no que me transformei agradando a sociedade
Queria que a sociedade fosse um sonho e que nesse sonho o que eu mais queria fazer é acordar
Afinal, quem vê minha expressão por fora não deve imagina o que se passa por dentro.
Me sinto como se alguém me chicoteia-se toda vez que caio querendo que eu ande em um lugar onde queima meus pés e o no vento tem pedras que me machucam por inteiro enquanto todos olham sem sentir piedade de mim sem me dar nenhuma roupa pra me proteger e quando eu entro em uma sela no meio do nada, vejo que quem ir lá apenas vê o que acontece com as pessoas sofridas sem ajudar está correndo grande perigo e então eu ouço uma voz que sempre ao cair da noite diz que as feridas não serão cuidadas para eu possa saber o que fiz de ruim em querer me liberta de algo que já faz parte de mim e querer mudar algo que é definitivo em minha vida e não vai sair dali
Acho que pertenço ao meu passado, pois ele sempre me condena ...Minha vida está por um fio e já estou próxima da minha morte e não sei mas o que fazer porque tenho medo de ser feliz, medo de mostrar toda parte de quem eu realmente sou porque toda vez que mostro sou ferida, sou muito frágil e ninguém toma cuidado comigo .
S.O.S
A muito tempo busquei realizações profissionais, financeiras e amorosas.
Optei correr em direção ao estudo. Formado, e já estagiado, procurei exercer a profissão. Efetivado com o tempo, me profissionalizei nas práticas dessa profissão. Envelheci...
Com certeza em algum momento dessa corrida, alcancei realizações incríveis, que me permitiriam usufruir do mais precioso valor, por trás deste longo e árduo caminho que escolhi seguir por tanto tempo. "Felicidade", sim, felicidade! E isso é tão bom! Pena que demorei tanto pra entender que a felicidade estava também nas palavras de sabedoria das mãos cheias de calos do meu pai, que descansa em paz, no aconchego cheio de saudades de minha mãe; Que não está mais aqui. No olhar de orgulho dos meus irmãos; Que seguiram seus diversos caminhos. Nos conselhos sinceros dos meus amigos; Que se foram. No beijo molhado da minha amada; Que não pode suportar a minha ausência, e por mais que eu estivesse, sempre soube que nunca estive.
Talvez se eu tivesse percebido isso antes, minha felicidade não teria sido tão limitada à conquistas, e sim ao reconhecimento daquilo que eu já tinha, mas nunca pude ver, o tesouro chamado presente!!
"A melancolia além de um elemento importante de inspiração, é também uma máquina do tempo, onde nos permite enxergar o futuro de uma vida que não soube significar."
(Vinícius de Morais JUSTINO)
SONETO TÚBIDO
O que fazer desta melancolia primitiva
que adentrou minh'alma vorazmente
haurindo o prazer num ato contundente
como se fosse uma serpente viva?
Como sustar deste "ser" frente a frente
que me alicia e do meu eu não esquiva
me oprimindo numa redoma passiva
invadindo meu sentimento de repente?
Busco por outras alternativas à deriva
me afastando pra além da má mente
e nada, só amargo me vem na saliva...
E como se fosse parte de mim, ciente
ousa induzir que esta minha negativa
é túrbida, e que na fé sou pendente!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
agosto, 2016
Cerrado goiano
#NOSTALGIA
E no correr do tempo...
No eco vazio a que me enfeito...
Partiram sem se despedir...
Partiu minha infância...
A pureza também se foi...
O brilho do olhar foi quebrado...
Quando em certo dia...
O coração foi magoado...
Chegou a adolescência...
E tão rápida também se foi...
Se houvesse uma despedida...
Mais triste seria talvez...
Tudo era descoberta...
Confesso que às vezes tenho melancolia...
Desejos partiram...
Muito deles foram embora sem me avisar...
Vejo o tempo de cada minuto como uma eternidade...
Bate a nostalgia do passado...
Vem a certeza de ser o que fui...
E feliz novamente estar...
Onde foi que fiquei?
Onde foi que me deixei?
O que foi que me fiz?
Não quero no tempo, não preciso, voltar...
Só me restam as lembranças e sonhar...
Feliz pelo o que ainda não veio...
Esperando o melhor dos agoras...
A vida é essa arte...
O que antes foi esperança...
Hoje são saudades.
Sandro Paschoal Nogueira
Conservatória - Caminhos de um poeta
Hoje a tristeza bateu a minha porta cedo. Confesso que já a esperava. Perante tantos “baixos e baixos” em minha vida, se torna previsível que, ora ou outra, ela apareça.
Pra falar a verdade, eu estou cansada. Cansada desse vazio em mim que, as vezes some, mas logo volta. Também estou cansada de fingir. Fingir que estou bem, quando meu único desejo é chorar até que não haja mais lágrimas. E bom, as pessoas a minha volta costumavam fingir que se importavam quando notavam minha tristeza, mas não é o caso de agora. Não estão mais fingindo, na verdade não estão nem ai. E de fato, eu sempre soube que elas não se importavam, mas agora tendo certeza disso, dói.
Sempre fui aquela que escuta a dor de todos. E sempre que alguém precisasse, eu estaria lá. Mas também sempre fui aquela, que quando desabava, seja de tristeza ou por outros motivos, ninguém se importava. Eu estou cansada.
Minha melhor amiga? A solidão. Sempre fui aquela “anti-social”, a estranha. Sendo sincera, minha vida sempre foi baseada em observar as pessoas e seus relacionamentos bem sucedidos, já que os meus raramente existiram. Sempre desejei ter alguém, para realizar coisas desde as simples até as complexas. Desde sentar na calçada e jogar conversa fora, até ambos nos ouvirmos durante uma crise existencial ou algo do tipo. Pois é, sempre tive essa mania; mania de querer tudo aquilo que não posso ter.
Mas pra falar a verdade, eu estou acostumando com a solidão...
ÚLTIMO SUSPIRO
A escuridão abraçou minha alma vazia
Vejo meu mundo se diluindo, sufocado pela
Mortalha do destino.
Gotas rubras pingam de meus pulsos dilacerados
Frias, sem dor, sem vidas...
Nada mais importa, apenas meu último suspiro.
Vejo a luz esvanecer e a escuridão eterna me engolfar.
Sinto o mórbido sussurro da morte me chamando,
Enquanto a chuva entoa sua lamúria no vale da névoa fúnebre.
Minha essência melancólica mergulha
Na solidão da natureza morta.
Agora eu posso vagar ao lado dos emissários do silêncio,
Nas sombras gélidas, eu caminho em meio aos túmulos ermos
Sentindo as brisas deprimentes soprarem minha lápide!
Meu mundo agoniza, tudo que resta, são memórias esquecidas.
No orvalho da floresta, minhas cinzas caem e
São sopradas pelos ventos frios do inverno.
Agora posso voar como os corvos,
Enquanto meu espírito mórbido descansa
No vale do silêncio eterno.
Vocábulos vazios
Alguns dias são piores que outros. Na maioria das vezes me perco em pensamentos. Deito-me, olho o teto do quarto e espero o tempo passar, se perder. Alguns dias nada faz sentido, não me lembro de ações anteriores, não meço meus atos posteriores, me perco no relógio. Alguns dias eu queria apenas algumas horas a menos, dormir e acordar sem compromissos, planejamentos ou regras a seguir. Em alguns desses dias, o mar é meu refúgio, imagino-me prostrada sobre a areia fina, observando o céu, as constelações, dando nome a todas elas, uma por uma.
Em outros desses dias, sinto minha garganta queimar, meus pulsos arderem e meu peito doer, cada vez mais forte, cada vez por mais tempo, e assim o tempo passa. Algumas vezes uma pintura, uns escritos, são o bastante pra me definir. Algumas vezes, me encontro em meio a um punhado de lágrimas e soluços ritmados com meu coração. Algumas vezes, para ser sincera, não vejo em mim muito mais que uma pilha de pincéis, palavras e livros lidos, ao se tirar isso, não sobra muito de mim.
Sou fraca, você me disse uma vez, lembra? Eu concordei, mas acho que essa frase nunca fez tanto sentido quanto agora. Sou fraca com relação a você e ao mundo. Sou fraca por não conseguir lidar com minhas emoções, principalmente quando se trata de você. Às vezes dói, às vezes faz mal, e às vezes eu só queria mais um cigarro e uma dose daquele whisky barato que comprei na esquina outro dia. Cada dose te tirou um pouco de mim, e ao final do litro, nem conseguia dizer o teu nome. Talvez fosse bom, talvez eu realmente quisesse que você evaporasse junto com cada um daqueles tragos de cigarro dos tantos que dei. Talvez você já tivesse evaporado, se misturado com o ar, talvez eu só não soubesse.
Algumas horas eu penso em te deixar, em outras dessas eu não vejo muito futuro sem você. Meu pensamento é como uma bola, e você, um jogador empenhado, daqueles que são realmente bons. Você chuta uma vez, duas, três, de novo e de novo, enquanto tudo se agita por dentro, enquanto tudo se mistura e nada mais fica estático. É sempre assim quando te vejo, já percebeu? Meus olhos vidram nos teus castanhos vivos, nas tuas órbitas que parecem querer juntar-se as constelações que estariam ali, acima do mar. Você também ama o mar não é? Te ouvi dizer isso uma ou duas vezes, não lembro. Guardei comigo só o que considerei importante, todo o resto foi descartado, junto com tudo que me lembrasse você.
O teu "adeus" me perfurou a carne, como uma furadeira entrando por meus órgãos e me causando hemorragia em cada um deles. Um sangue imperceptível e coagulante que a ti pouco importava.
"Espere por mim", você dizia em meus sonhos, e neles, você realmente vinha, mas a vida real não funciona assim. Meu sangue se infectou por todas as manchas negras causadas pela nossa separação, meu corpo desidratou por todas as lágrimas derramadas em teu nome. E minha cabeça girava, minha boca, seca e meu sorriso, sem vida. Este e aquela, antes se iluminavam ao te ver, emanavam uma luz quase tão ofuscante quanto tua própria presença.
Se meus sonhos pudessem se tornar realidade, meu peito agora não doeria, minha voz não falharia, minhas pernas não estariam a fraquejar. Se aquela praia estivesse comigo, meus pulmões teriam o mais puro ar, poderia vislumbrar as estrelas, e te ver acima de mim, em cada uma delas. Já que não posso, essa tarefa cabe a ti e somente a ti. Quando vir as estrelas, quando for à praia, lembre-se de mim uma vez ou outra. Lembre que te amei um pouco mais a cada dia, até perder o controle por completo de mim mesma. Lembre que seu rosto, seu sorriso, seu abraço, são as melhores coisas que eu já experimentei nesse mundo, que tu fostes meu abrigo nos tempos de tempestade, minha calmaria em meio ao nevoeiro, e agora tem minha vida em suas mãos.
Eu, carbono, ei de me decompor logo mais, você, com seu desamor seja feliz pela presença que te invade, vais e não magoe ninguém mais...
Thaylla Ferreira {31/07}
Alucinógenos
Histórias contadas
Mitos criados
sonhos Inventados
Duendes e Gnomos por todos os lados
Um chá de cores
Um chá de amores
Céu vermelho,
Chão anil,
Uma cachoeira de caramelo,
Um sol não amarelo
Um chá de cores
Um chá de amores
Nuvens roxas
Pedras negras
Chuva estranha
Partes e entranhas
Um chá de agonia
Um chá de melancolia
Rostos dissolvidos
Amores repreendidos
Eis o que me arrasta
Para a profunda desgraça
Um chá de agonia
Um chá de melancolia
Uma voz me chama
Um olhar me atrai
O medo se esvai
O tempo volta a passar
O efeito acaba.....
Desculpa pela preocupação,
Mas não sou quem pensa,
Sou um ser vazio sem crença
Uma farça
A farça que sou,
O ser que criei para "agradar-te"
O ser que te encantou,
Te encanto porque?
Se não sou o que pensa,
Sou a miragem que criou
O meu ser pede socorro,
Ele grita e chora,
Toda hora,
Que ser é esse?, que ser sou eu.
...como admirava, então, aquelas enevoadas tardes de outono ou de inverno! Como respirava, ansioso e embevecido, a sensação de isolamento e melancolia, quando, noite adentro, enrolado em meu capote, atravessava as chuvas e tempestades de uma natureza hostil e revoltada, e caminhava errante, pois naquele tempo já era só, mas ia repleto de profunda satisfação e de versos, que mais tarde escrevia, em meu quarto, à luz de uma vela, sentado à beira da cama.
(O Lobo da Estepe)