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Os grupos são capazes de ser tão morais e inteligentes como os elementos que os formam; uma multidão é desordenada, não tem objetivo próprio, e é capaz de qualquer desatino com exceção de ação inteligente e de pensamento realista. Agrupadas numa multidão, as pessoas perdem o poder de raciocínio e a capacidade de escolha moral. A sugestibilidade pode ser fomentada até o ponto em que cessam de ter qualquer juízo ou vontade própria. Tornam-se excitáveis, perdem todo o senso de responsabilidade individual ou coletiva, são sujeitos a acessos súbitos de ódio, de entusiasmo e de pânico
(Admirável Mundo Novo)

Recentemente, sofri uma desilusão terrível. O curioso nas desilusões é o fato de elas serem como sonhos incríveis que temos em uma noite de sono, mas logo são interrompidos pela manhã. É exatamente esse sentimento de que nada, talvez, pudesse ter sido real. Sabe-se que o amor é um sentimento intocável, indescritível, mas podemos descrever aquilo que chega o mais perto da ideia do amor: o estar apaixonado. Estar apaixonado é como um alucinógeno, se formos tratar o significado da palavra como o que já vem de origem. Se entregar ao amor é desistir em parte dos escudos que você formou antes para não se machucar com terríveis sentimentos. Ele substitui o que quer tenha nas suas emoções e estabelece um novo sentido ao que é sentimento. Você vê coisas que não acreditava, sente coisas que não sabia que poderia sentir… tudo parece um sonho real. A felicidade, portanto, parece algo tão alcançável como gotas de chuva em um deserto. Você resisti no começo, mas, no final, acaba olhando para o lado e pensa: “acho que a felicidade realmente existe”. Mas então essa chuva cessa, o calor e desconforto volta e o “amor”, mesmo querendo continuar em você, acaba sendo arrastado para longe, te deixando sem rumo. É, alguns amores têm um fim. E como o fim de tudo o que é bom, é uma desilusão. A realidade cai em você como se fosse uma tempestade de raios secos - tempestade essa interior e exterior. Você se vê perdido e a única saída que tem é a saída que diz “não há escapatória”. E você volta recolhendo o que sobrou de si no chão ao seu redor. Acaba encontrando um pedaço de amizade ali, um pedaço de felicidade aqui… talvez esteja vendo uma parte da esperança bem na linha do horizonte… e fim. Você para, e pensa: para que algo tenha um fim, ele deve ter começado em algum lugar no tempo.

Depois, é só olhar para o que tem em mãos, mas cuidado para não manchar o que restou com lágrimas pesadas como resposta a uma voz no fundo que sempre existiu. “Eu te avisei”.

Sua falta de insegurança me deixa totalmente fora de mim, por incrível que pareça às coisas ficaram assim não sei a que ponto nós vamos chegar, mas no fim um de nós dois vai se machucar, eu percebi que estou vivendo minha vida em sua função, mas cada vez que você abre a boca tira o que eu tenho por você do coração.
Então você percebe que eu estava vivendo por você e se dá conta de que sendo assim a culpa é sua.
Não é tolo aquele que se preocupa com os sentimentos dos outros.

Eis diante de mim
A encantadora face de Vênus
Tão próxima e simultâneamente distante
Dos desejos que dilaceram-me à alma!

Sua aveludada tez
Seu radiante viço
Intenso pulsar de vida!

Vida!
Cujo sentido se encerra em
Amar-te!

Presentir teu calor, congela-me ao sangue
Imaginar teus lábios roçando aos meus
Consome-me em chamas!

Qual o sol, que aproxima-se mansamente
Buscando juntar-se à lua
Estendo ao máximo os braços, as mãos e os dedos
Porém, me é impossível alcançar-te!


Magnífica deusa!

Resta-me sorver ao extasiante olor com o qual meus dedos se impregnaram
Doses de felicidade com as quais me presenteasse!

Inebriado
Aquí permaneço!
Sentindo a intensa volúpia
Que teu corpo emana
Seguindo-te neste lúbrico folguedo!

Permites que me acerque, o suficiente
Para que sinta na ponta dos dedos
Os pêlos de teu corpo, macios, eriçados
Teu fogo interno, irradiado por tua pele
Revigorando-me a paixão!

Aquí permaneço...
Intentando
Dia após dia
Alcançar a face da deusa!

'Outra noite nos dois eo desejo no ar
olhando nos seus olhos vi o brilho do luar
que me encanta e me faz sonhar
que me alegra e me faz delirar
disperta o meu coração e me faz te amar
faz com que no amor eu possa acreditar
e pode o cel desabar
que nunca vou deixar
de sentir amor, de te desejar
de ser um eterno apaixonado por você.

É curioso como as pessoas querem encontrar um grande amor e quando ele bate à porta, o susto é tão grande que elas não acreditam e jogam pela janela. Eu sempre digo: as pessoas ficam juntas por um triz. O fato de ter à nossa frente o amor da nossa vida não significa que o caminho chegou ao fim. Pelo contrário: é apenas o começo. Somos testados em nossa capacidade de amar, de transformar nossas crenças arraigadas, nossos hábitos empoeirados, nossa coragem de viver a felicidade. Somos chamados para mudar de patamar, para evoluir espiritualmente e nos tornarmos seres melhores. Isso não é nada fácil.
Você quer ser feliz? Espere até um verdadeiro amor bater à sua porta! Você se surpreenderá com seus medos e com a quantidade de tijolos que colocará para aumentar o seu muro protetor. Sua mente achará milhares de motivos para não seguir em frente, você dará voltas e voltas sem sair do lugar e por vários momentos estará convencido de que “isso não é para você”.

Eu sou um grande curioso sobre tudo que diz respeito ao comportamento humano. O assunto me interessa bastante — não chega a ser um hobby, pois como dizia o velho George Carlin: hobby’s custam dinheiro, interesses são de graça. E não pense que eu mencionei o genial comediante americano somente por falta de um jeito criativo de começar o texto; menciono o falecido Carlin simplesmente por ter ficado enjoado com um vídeo que vi recentemente, estrelado pelo pastor americano Fred Phelps. Segundo consta em dos seus longos e tediosos sermões, divulgado em um dos tantos canais conservadores americanos: George Carlin está no inferno.

Carlin, uma lenda do stand-up comedy americano, dedicou muitas de suas sátiras aos pontos nebulosos e criticáveis das grandes religiões. Foi acima de tudo um crítico feroz dos costumes americanos, não tendo deixado passar em branco nenhum dos outros grandes temas polêmicos, como racismo, consumismo, e o avanço do comportamento politicamente correto no cotidiano americano. Talvez por isso tenha feito tanto sucesso no resto do mundo; suas sátiras eram universais.

Ao assistir o vídeo onde o pastor Fred Phelps, afirma de forma muito contundente, que George Carlin está e estará eternamente no inferno agonizando por seus pecados, não pude deixar de ficar um pouco intrigado.

Primeiro por não acreditar no inferno, segundo por saber que o próprio Carlin também não, e que o pastor Phelps sabia das convicções de Carlin quando gravou seu vídeo. O que me causou uma dúvida: o que o pastor Phelps ganharia ao ficar gritando pra todos os ventos que George Carlin estaria eternamente no inferno?

Para ajudar na argumentação, vamos por alguns instantes conceder a proposição de que o inferno exista. O que um cristão poderia ganhar ao se vangloriar de um destino tão trágico, e eterno? Soberba não é mais um pecado capital? E o que é a soberba senão “o sentimento negativo caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, levando a manifestações ostensivas de arrogância, por vezes sem fundamento algum em fatos ou variáveis reais.”?

No instante em que o Pastor Phelps se coloca em um lugar superior ao de George Carlin, e de todos os ateus, agnósticos, e não cristãos em geral, será que ele não caminha em direção ao mesmo inferno por sua soberba? Se o pastor não for direto para o inferno por causa dessa afirmação, será que ele não estaria pelo menos garantindo uma temporada prolongada no purgatório? Pra dizer a verdade, eu não sei dizer qual dos dois lugares o pastor iria depois de sua morte — e vamos admitir, com tantas mudanças nas regras pra se entrar no purgatório ou no inferno, fica difícil saber com certeza…

Deve-se, claro, levar em conta que racionalização nunca foi o ponto forte de nenhuma religião. Eu, pessoalmente, não tenho nada contra isso. Acho tremendamente divertido observar adultos discutirem aos gritos sobre qual deus é melhor que o outro. Mas, infelizmente os radicais religiosos não pensam como eu. Por que não ignorar, ou pelo menos respeitar a decisão pessoal de alguém ir para o inferno. Vamos considerar uma coisa: e se eu acreditasse na existência do paraíso, e ainda assim quisesse ir pro inferno? Não seria um direito meu? O que houve com o livre arbítrio? O criador onipotente e onipresente — se ele de fato existisse — não concedeu a todos o livre arbítrio pela lógica cristã? E se o criador supremo dessa bodega, respeita minha decisão ou opinião pessoal, por que os cristãos conservadores não podem fazer o mesmo?

Se eu quisesse abortar uma criança e condenar minha existência às chamas eternas, isso não seria um direito meu? E se eu abortasse uma criança e realmente me arrependesse, não seria correto afirmar que de acordo com a doutrina cristã, eu estaria plenamente absolvido?

Porque algumas pessoas sentem essa necessidade de tentar forçar os outros a serem como elas? Que cumpram as leis divinas com a mesma seriedade que elas? Eu tenho lá minhas desconfianças sobre a fé dessas pessoas. Para mim, elas não acreditam no que pregam. Não de verdade. Se radicais religiosos acreditassem realmente nos valores fundamentais encontrados em qualquer uma das grandes religiões — como por exemplo, fraternidade e perdão — eles perdoariam as supostas falhas encontradas em qualquer ser humano, ao invés de se sentirem felizes pela condenação de um pecador ao inferno. Se examinarmos ou julgarmos a vida de qualquer pessoa cuidadosamente de acordo com as leis bíblicas, o veredicto seria bem claro: o céu não vai sofrer problemas de super-lotação, enquanto o inferno e o purgatório teriam que arrumar novas maneiras de estocar pessoas…

Há quem pense que esse fanatismo conservador é um privilégio de países mais conservadores como os EUA, lamento informar que por aqui não falta gente do mesmo calibre. Podemos a qualquer momento acompanhar os R.R Soares da vida pregando descaradamente a favor da homofobia; podemos flagrar alguns bicadores de santa gritando em um ou dois canais de TV durante as madrugadas, e podemos facilmente encontrar uma horda de pessoas dispostas a contestar a teoria evolucionista de Darwin baseando-se única e exclusivamente em palpites e conjecturas filosóficas.

Estima-se que mais de 200 senadores estejam ligados à chamada bancada da fé, sem contar os diversos lobistas conservadores que impedem o debate público sobre assuntos mais variados, como a descriminalização do aborto, e a criminalização da homofobia. Não é muito exagero afirmar que ainda hoje, o conceito de estado laico seja algo inatacado por superstições.

Mas porque a ala conservadora é tão ativamente contra o debate, sem deixar brechas para outras opiniões? Se a ala conservadora do país está tão convencida de sua própria certeza, por que não tentar debater o assunto racionalmente? Existem diversos argumentos válidos contra o aborto — eu só nunca ouvi um que me convencesse… talvez por nunca ter visto um debate público e aberto sobre o assunto. Também nunca ouvi um argumento racional que me convencesse que alguém é pior do que eu por suas opções sexuais ou religiosas.

Se querer debater abertamente estas questões, ou discordar e satirizar opções que não parecem razoáveis garante um lugar no inferno, surgem mais duas dúvidas: será que o George Carlin vai estar se apresentando no inferno? E se este for o caso, qual a fila que entro para a danação eterna?

Laura, seu nome tornou-se uma prece.
Algo encantado que povoa meu ser
nos mais íntimos cantos.
Laura! Digo sempre quando sinto
bater na porta; toc toc... saudade.

Seu nome tornou-se um sussurro.
Algo mágico que inunda meu ser
numa sedenta vontade de tê-la comigo.
Laura! Repito sempre quando sinto
bater na porta; toc toc... saudade.

Laura, seu nome tornou-se uma força.
Algo impulsor,
tão bela esperânça.
Estimula meu ser a caminhar com fé.
Toc toc... pode entrar e morar.

Quanto mais fascinante é o desfecho, se cercado de premeditados requisitos, voluntária determinação da tal liberdade imposta. Dúvidas permeiam todas as definições dos termos escatológicos, impróprios a realidade pouco atraente, volúpia social superficial - máscaras repetidas. Indefinível é a realidade em toda a sua singularidade.

Quotidiano fardo se amontoa após as frustrações de poucos significados. Tanto que é a limitação das tentativas de entender expressões; dissolvidas, encontram fim na indiferença fundamentada de maneira nenhuma. Tantos são os sinais de esplendoroso caminho, mas nunca vistos, nem jamais se manifesto aos pedaços em longo tempo. Insignificantemente existem, subsistem e se perdem sem resultado, inclusivamente são desviados da direção a qual são arremessados, e se perdem.

Ao alento de frases conexas, rejeita-se as razões do pranto. Haemolacria excêntrica.
Insisto na ordem de letras, imperfeita denúncia revela o transe. Extremamente limitadas, mas ainda complexas. Brechas abertas a empíricas suposições, definidamente cercadas de compreensões para demasiadas teorias.

Pouco entendo do efeito do meu pensamento, como códigos ilógicos ou ocultos, dos quais sempre assimilo muito menos que o necessário. Não há sequer capacidade de explicação...

Até quando será o desengasgo suficiente? Ensaio o próximo; os suspiros marcarão o caminho, entre um e outro pode ser que o certo afaste a hesitação, então será a conclusão, para alguns a exteriorização da derrota, para mim a essencial liberdade.

O encantamento

O que é afinal, o encantamento?
Isso que busco, esse acalanto
Que aviva a alma e o pensamento,
Que me embriaga e eu quero tanto?

Que vejo eu no firmamento?
Que eleva a vida (o riso e o pranto),
Que me traz força, paz, alento,
Que é puro amor, beleza e encanto.

Por que não fujo ao desafio?
E antes, o amo e o venero!
Mergulhando em negro rio

Persigo insano, tudo o que quero!
Morro de fome, de sede e de frio;
Mas morrer também é o que espero.

JAMAIS


Baila e encanta
Neste furor de outrora
Quem na energúmena deixa
Soubesse que a teus pés
Rodopia-se em longas madeixas
Os remelexos de uma só quimera.
E jamais seria tão singela...
Jamais teria explodido o pranto.
Jamais a entrega tão bela.
Jamais o sofrer e o desencanto.
Jamais, jamais, jamais...

É incrível a capacidade que temos de deixar passar as oportunidades que a vida nos traz e depois de vinte ou trinta anos, às vezes nem é preciso tanto, ficamos fazendo dezenas de lamentações sobre o que deixamos de fazer durante a juventude. Enquanto somos jovens, nem ao menos desconfiamos do poder, da vivacidade e da beleza da juventude.
Pensar no futuro é bom, é sinal de sensatez. Agora, deixar de aproveitar a vida com medo de amanhã ou depois faltar dinheiro é algo deplorável. Nunca se sabe se amanhã ou depois vamos estar aqui para desfrutar do dinheiro guardado com tanta preocupação. Preocupações existem, mas não devemos deixá-las tirar o precioso sono, vital para a saúde física e mental. Os problemas aparecem, claro, a vida não é um mar de rosas, e surgem quando tudo parece estar bem, parece que aparecem para tirar o sossego, quando menos se espera, mas tudo bem. Isso faz parte. Nunca ninguém disse que a vida era perfeita. E se fosse, seria monótona, sem grandes emoções. Não teria a menor graça.
Às vezes estamos no topo, mas nunca devemos pisar em quem está no chão. Às vezes estamos no chão, mas nem por isso devemos invejar quem está no topo e muito menos aceitar ser pisado por eles ou por quem quer que seja. Humilde sim, capacho não.
Esqueça das angústias do passado. Pra que se torturar com coisas que não voltam mais? A vida é curta demais para perder tempo com sentimentos que nada trazem de bom.
Cuide de você. Não só da sua saúde física, mas principalmente da mental e da emocional, pois se a mente e o coração se não estiverem bem, aí já era. Pode ter certeza, o corpo vai reclamar e muito.
Quebre algumas regras. Isso de vez em quando faz bem, alivia as tensões. Nem sempre é bom ser exemplo. Quanto mais certinho você for, mais cobrado vai ser.
Não seja egoísta, o mundo não gira em torno do seu próprio umbigo. As pessoas em volta são tão humanas quanto você. Antes de fazer qualquer coisa, coloque-se no lugar delas e pense o que você sentiria se estivesse do outro lado.
Esqueça a opinião alheia, ouça e siga o que o seu coração ou a sua razão dizem. Ouça quem fala mais alto.
Não se afaste dos verdadeiros amigos ou da sua família, eles são seu porto seguro nos momentos tempestuosos.
Aceite que nem tudo é perfeito e que as coisas dão errado de vez em quando. Nem por isso você vai desabar.
Voltando a falar do futuro, ele é incerto. A gente nunca sabe o que vai acontecer daqui a um minuto. Você nunca sabe se um vai conseguir aquele emprego tão sonhado, se vai conhecer a pessoa dos seus sonhos, se vai comprar aquele carro do comercial da TV, ou se vai emagrecer os quilos que tanto quer... Pode ser que sim, pode ser que não... Quem poderá saber... Mas uma coisa é certa: o futuro depende de você. Você é o maior responsável pelo seu destino. Não adianta colocar a culpa em Deus pelos seus fracassos.
Aproveite a vida. Cante, dance, represente, sapateie, ame, mas ame você antes de amar outra pessoa, tenha ciúmes, mas não deixe isso cegar você. Seja você mesmo, quem não gostar que se afaste. Aceite que você tem defeitos, coma tudo o que tiver vontade, beba, mas com moderação (essa frase é famosa nos comerciais de cerveja, mas é válida), dê gargalhadas, chore, grite, se descabele se quiser. Perdoe, pois guardar rancor causa rugas e outras chateações que ninguém merece.
Corrija seus defeitos e destaque suas qualidades. Você é o seu próprio cartão de visitas, a moldura do seu próprio quadro.
Lembre-se que antes de qualquer coisa, você é um ser humano e nada vai mudar isso. Portanto, seja você mesmo e seja feliz!

Caráter

É muito comum e bastante intrigante vermos pais se queixando do comportamento de seu filho, ate mesmo colocam em questão a forma em que o criou. Ouvimos coisas do tipo “ele não era assim” etc.
A todo o momento, pais criam seus filhos de uma forma um tanto inocente, mas não param para questionar “como será que meu filho crescera se eu continuar a criá-lo desta forma”? Será que será um bom pai, um bom marido?
Mas eu me questiono se a culpa é totalmente dos pais? Creio que não!
Especialistas dizem que o caráter da criança é criado ate os sete anos, porem eu discordo.
Vivemos em um mundo que coloca em prova o nosso caráter o tempo todo, ou seja, nos criamos e reinventamos todos os dias.
Como pode então, uma criança de sete anos saber o que é caráter? Podem sim ter bons exemplos em casa, uma boa escola, bons amigos, mas devemos saber que pessoas entram e saem de nossas vidas, às vezes até por uma questão de adequação temos que transmitir uma imagem que não confere com nosso intimo.
Uma boa educação em casa acarreta SIM uma boa porcentagem na criação do caráter de nossos filhos, mas devemos estar cientes de que isso não é a resposta de tudo.

A paixão é ilusoria

Apaixonar-se é se encantar por alguém, e criar para essa pessoa uma imagem que apenas nós vemos. Isso explica o fato de muitas vezes pessoas de fora discordarem de nossa visão e atitude; por fora parecemos idiotas.
A paixão nos deixa 'fora do ar', como se arrastasse nossa mente para outra dimensão, ela venda nossos olhos com algo mágico, colorido e com prazo de validade muito curto; Paixões sempre são intensas, porém curtas; seu resultado na maioria das vezes é um coração dolorido e descrente, que prefere ficar longe de relacionamentos durante muito tempo.
Apesar dos pesares, apaixonar-se não é de todo mal, pois sempre acabamos aprendendo, amadurecendo e seguindo em frente; sequência essa que talvez um dia nos leve à um amor verdadeiro, sem espasmos cardíacos.

seja o que for, era melhor não ter nascido,
porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
a vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
a dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
e ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
e tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.
cruzo os braços sobre a mesa, ponho a cabeça sobre os braços,
é preciso querer chorar, mas não sei ir buscar as lágrimas...
por mais que me esforce por ter uma grande pena de mim, não choro,
tenho a alma rachada sob o indicador curvo que lhe toca...
que há-de ser de mim? que há-de ser de mim?

"O caráter determina como uma pessoa usa a sua inteligência". Um homem vai agir nas oportunidades que se apresentam e reagir às circunstâncias de acordo com seu caráter, que é moldado por seus valores. Por isso, é muito importante que uma pessoa defina conscientemente seus princípios, valores e convicções, pois disso depende a sua vida.

"Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida". Pv 4:23

O vento soprou e as folhas caídas vieram correndo em minha direção.
Senti a brisa no rosto e curiosamente fiquei alheio a todo caos que, irremediavelmente, me rodeia.
Me apressei em abrir as portas e janelas, para que o vento entrasse e levasse com ele tudo que, outrora, me fazia sentir menor.
Observei que as frentes frias, que insistentemente me habitavam, acabaram por cessar
O sol aqueceu, curou, completou e iluminou todo vazio.
Fui invadido, inesperadamente, por uma sutil tempestade que me trouxe, entre outras coisas boas, um tanto de serenidade.
Busquei o sol e o mantive aqui, só para me certificar que ele vai estar sempre aceso e brilhando, na órbita da minha felicidade.

Aquele que cativas

Me concedo o direito de não me sentir responsável por aquele que cativo. Me sinto grata, mas responsável é demais

Devia ter uns 14 anos. Estava na sala de aula, olhar compenetrado no quadro-negro, quando de mão em mão chegou até mim um bilhete de uma colega que costumava ser esnobada pela turma e com quem conversara algumas poucas vezes na hora do recreio. Ela me convidava para ir a sua casa à tarde. E concluía com uma sentença: És eternamente responsável por aquele que cativas.

Eu não tinha a menor intimidade com aquela colega e não estava a fim de ir a sua casa. Mas ela havia recorrido a Saint Exupéry. Me impressionou.

Fui à casa dela, conversamos, emprestei uns cadernos, mas nunca ficamos íntimas e nunca mais ouvi falar da garota. Hoje deve ser uma ótima advogada, já que desde menina conhecia as manhas para se convencer alguém.

O que ficou daquela tarde foi o argumento. “És responsável por aquele que cativas.” Acabei rezando por essa cartilha por um longo tempo. Bastava a pessoa simpatizar comigo e eu me sentia na obrigação de ser atenciosa a ponto de fazer coisas que não queria. Até que um dia dei um basta nesse trelelé.

Com todo o respeito ao autor de O Pequeno Príncipe, a terceira obra mais publicada e traduzida no mundo, presença constante nas listas dos mais vendidos mesmo 68 anos depois de ter sido lançado, me concedo o direito de não me sentir responsável por aquele que cativo. Me sinto grata e envaidecida, mas responsável é um tantinho demais.

A frase, que não deixa de ser um bonito verso, ganhou ares de reprimenda e punição. Cuidado: se alguém gostar muito de você, se passar a depender de você, danou-se, será obrigatório adotá-lo. O que era pra ser espontâneo virou um dever.

Reconheço as melhores intenções do livro, que é belo e merece continuar sendo lido por muitas gerações. Mas a frase, quando usada como ameaça, cria um mal-estar entre cativantes e cativados. Será mesmo que você é responsável por quem se encantou por você?

Sei que há pessoas de má-fé que seduzem os outros por diversão e depois desaparecem, deixando o seduzido chorando abraçado às suas ilusões. Maldade. Não se deve brincar com os sentimentos de ninguém, aprendemos isso antes mesmo de aprender a ler. Mas nos casos em que a sedução se deu de forma não proposital, ninguém deve sentir-se amarrado.

E mesmo quando houve sedução intencional e essa foi retribuída, virando um relacionamento, quem desama primeiro não precisa se sentir culpado se resolver ir embora. Que seja educado, gentil, amável com aquele que tanto o preza ainda, mas está liberado para tocar sua vida de outra forma e à distância. Quem fica deve aprender a fazer o mesmo. Não é fácil ser rejeitado, mas transferir a responsabilidade do seu bem-estar para outra pessoa tampouco é uma atitude cativante.

Nada pessoal, pequeno príncipe. Apenas um contra-argumento.

⁠Boa noite!
Para a sua noite:
Que você possa sonhar com tudo que cativa o seu coração.
Que a esperança lhe traga força e poder para realizar os seu sonhos.
Que a fé lhe ajude a perseverar e não desistir.
E que Deus esteja abençoando os seus caminhos e iluminando as direções.
Uma esperançosa noite!

Aprendi ser a única protagonista
da minha história.
Sem essa de esperar pelo príncipe encantado, ou um beijo para me despertar no final do ato.
Tomei o controle das rédeas, coloquei o meu melhor sorriso no rosto e um pouco de malícia.
Ocupei o trono, que era à mim predestinado,
nesse incrível teatro que se chama vida, eu deixei de ser uma mera coadjuvante.