Textos grandes

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Sem título

Ando mas fechado do que antes
Ando mas infeliz do que ontem
Ando já não sei pra qual sentido
Ando perdido, esquecido
arrependido, revoltado
Sempre caindo em pensamentos
Melancólicos.
É tente entender como eu me sinto
tente me superar
e as vezes eu até penso em
arrumar forças não sei de onde
e mesmo assim não as acho
já não tenho vontade de nada
e também nem tenho vontade de mudar
as vezes penso se quero tanto amar uma pessoa
ela não vai amar alguém assim
com um coração que não quer nem mas bater
que se compara a um misero pedaço de concreto . .

Inserida por FelipeMoraes

CONCRETO/ABSTRATO

Eis aqui minha solidão
que desorganizadamente teima em existir.

Eis aqui minha guerra
que caleidoscopicamente procura ideal.

Eis aqui minha lucidez
que meramente quer ser visível.

Eis aqui meu amor
que inutilmente permanece acordado.

Eis aqui o imprestável
que interessa a muitos.

Eis aqui a limitação
do que é possível.

Eis-me aqui desarticulado - ironicamente vivo:
o poeta que não sabe amar inventando uma realidade.

Suponho me entender
desentendendo-me




s u b i t a m e n t e ! . . .

Inserida por FelipeMoraes

PERFEIÇÃO

O mundo diferente comporta-se doente
E eu aqui tão louco quanto um duende
Não minto, são positivo mas duende

Eu olhei pro sol que me deu o grande espelho
Gigante espelho o planeta vi
Morto incandescente “como o sol” vi
Se derreter sim

O mundo todo doente
Eu doente por ser unicamente o são
Sadio embora vadio
Embora, no cio da perfeição

EDSON CERQUEIRA FELIX

Inserida por poemas_arquivados

PÉRFIDOS POETAS

Admire a tela, a pintura
Não a toque
Admire sim admire

São vivas expressões no quadro
E aquela flor, rosa
Dentro de um cilindro na tela

Como um campo di força
Longes do poder do teu toque
Para profanar o santuário da rosa

Não toque, ame (!)
É o bastante, amar de verdade

Mas eu entendo
Tenho visto até vários ditos poetas
Tão pérfidos que lhes sinto a real vergonha
Poetas que nem sabem escrever direito
E se acham sensíveis
Gentinha medíocre

Mas não tente tocar a rosa
Dentro do cilindro
E eu te dou um beijo
De amor puro

EDSON CERQUEIRA FELIX

Inserida por poemas_arquivados

pessoas vazias

Sentir, do lado de fora, a presença do dito espírito santo
É uma coisa
Sentí-lo frente a frente, consigo, é uma coisa

Sentir a presença do ‘espírito santo’ no local, no lugar,
É uma coisa. Isso, qualquer pessoa sente ou pode sentir

Mas achar que isso seja seu só por ter percebido a força
É pequeno de mais

O espírito santo contagia mesmo em sua grande força de radiação e irradiação
Mas saber que ele não partiu de você
E mesmo assim você querer possuí-lo,
É muita pobreza de espírito da sua parte
O espírito santo deve estar em algum avatar perto de nós
Ou em um ser de luz muito clara e que pode voar

Nas asas do pensamento que voa até nós

(edson cerqueira felix)

Inserida por poemas_arquivados

PRECIOSO PRECISO

Autor: Edson Cerqueira Felix
Localização: Paraíba do Sul
Homenagem: Cantor Eros Ramazzotti e Bíblia Versão Igreja Universal

A minha panaceia
A minha médica ação para encarar
E não encarecer
Enfrentar em frente cada dia
Um tanto digamos, um tanto covarde
E inequitativo

Um dia injusto
(Contrário) falando em singular
Má singularidade, mas a singularidade é tal
Injusta

Mas a minha medicação eu precisarei tomar a cada dia
Pela minha vida e pelo mundo a via é em mim
Embora
Não intra via

Mais sim eu precioso preciso dessa panda ceia
Bambus verdejantes fresquinhos
Pra minha panaceia;
A cura para cada dia adoecido d’escuro
Doente não é o mesmo
Torná-lo convalescido
Pelo sol bem aquecido como preparado e sarador medicamentoso
Caloroso amor completo para o meu todo
Sabiamente
Pelos melhores profetas e escribas
Da bíblia
Que bebo-a

Data: 13-01-2018

Inserida por poemas_arquivados

pré-ocupação

É, eu me pergunto as vezes, ou eu me vejo pensando as vezes
Em se as coisas vão ser para sempre assim
Não que eu não esteja contente/satisfeito com as coisas que tenho
E eu nem sei se questionar isso ou falar assim é um modo bom de se dizer
Mas que nenhum erro neste caso, seja-me imputado (à mim)

Eu fico perdido as vezes neste mesmo raciocínio
E qual o proveito que isso traria (?)
Seria um passatempo maior, do dilema ao parque de diversões
O meu trabalho, as vezes me perco ligeiramente nesse pensar sobre o meu trabalho
Se um dia as pessoas deixarão de serem ingratas e darão algum sentido
Ao grande trabalho que tive até aqui
O trabalho de compor tantos textos em versos

Eu nunca quis ser superficial naquilo que me propus a relatar
Eu nunca quis, agradar a ninguém, e isso é errado (?)
Eu simplesmente quis ser fiel e íntegro a minha mensagem
Fiel e íntegro a minha verdade. E eu sei, um tanto questionável
Do ponto de sua razão, talvez, é que na verdade, na verdade
Eu falo como um poeta, com linguagens um pouco transponíveis a realidade

Eu tive uns sonhos, onde estrelas traziam, muitas vezes o seu calor frio
Para perto de mim
Em busca, em troca de uma palavra de sabedoria
E isso me fez talvez mais ainda pensar num tempo de reconhecimento
Um tempo onde a minha dedicação e o meu conhecimento
Tão meu e não meu
Que eu acumulei enquanto eles/elas só queriam acumular grana e bens

Eu acumulava luz dentro de mim pra não me perder num dia de escuridão
E assim, talvez eu estivesse com o rosto a refletir raios de luz
Oh Moisés contemporâneo, oh me levem os anjos

(edson cerqueira felix)

Inserida por poemas_arquivados

raios de sol

Encontrei a lua, depois de cavalgar em noites sem lua,
Hoje reluzente à encontrei em outro canto do céu
Rainha da minha noite, decoras meus sonhos com as estrelas

Mas eu pude notar o teu grande brilho embora entre,
Nuvens esparsas
Oh espelho do rei sol

Ornas tão bela a noite e assim fazes o meu pensamento sonhar
Embora da costa tão longe, me vejo ante o mar
Na velocidade da tua luz
Que brilha e alumeia as esperanças de um coração
Que tanto ama o teu lindo brilho
Oh dona lua, o brilho que o sol, romântico, apaixonado emite pra você
Como uma prova e uma carta iluminescente de raios do amor

(edson cerqueira felix)

Inserida por poemas_arquivados

SEU RIO E EU RIO

Autor: Edson Cerqueira Felix
Localização: Paraíba do Sul
Homenagem: Cantor Hyldon e Chuva de Janeiro da Localização

A cidade, óh infiel e óh
Infeliz fez da infelicidade um adorno
Para sua garganta a gargalhar do pisar
No jardim de rosas
Rosas embora não só rosas

Agóra cidade se desintegrando até o mar
Lançada bem no seu rio
E eu rio
Rio que lhe afoga agora na aurora; pronto!
A aurora de novos tempos, se fez
Nova civilidade

Gente abominável
Monstros seus costumes
E festa, cerveja, entretenimento na infelicidade
Alegria na tristeza
De outros oh touros a animais abatidos
Oh dor;
Lançei no rio em sua água barrenta, todo o mal!

Só lamento no coração e no pensamento
Pela pedra
No fundo do rio

Data: 15-01-2018

Inserida por poemas_arquivados

síncope só de te olhar

Sobeje-me ela e só me beije Ela. Até mesmo antes de me beijar
Ela me faz sobejar até mesmo antes de beijos sobejarmos
Antes de um único beijo Ela me sobeja de beijos
E eu antes de sobejá-la de beijos
Já nos sentimos em sobejo de beijos
Pois num olhar, um único olhar, já me desfaleço como que de tantos mil beijos

Um olhar que tem o poder de toda a pureza imaginada e inmaginável
E já estamos sobejados de tanta e tamanha ternura
Transbordamos ternura
E já é necessário parar, só de um olhar, pois não queremos nosso
Coração de síncope parar

E nada mais podemos à tentar, pois de um só olhar
Faz meu corpo levitar e ao menos um abraço eu posso te dar

(edson cerqueira felix)

Inserida por poemas_arquivados

sólida solidão

Como é que são as coisas, ou como não deveriam serem as coisas
Quando quem gente, a gente conhece
Se torna totalmente irreconhecível
Oh lágrimas de olhos secos, olhos em seca

Tanta dor, agora não chora mais, não
O veneno esteve sempre com as mãos sobre minha cabeça
Sempre, sempre acalentando com seus afagos o meu rosto
Mas tudo é estranho agora

Pra eles sou estranho, me chamam de senhor,
Pedem licença, mas eu não vou confiar naquele suposto dna
Eu não quero com eles associar ou comer quilos de açúcar
De sua companhia, me deixe só para sempre

(edson cerqueira felix)

Inserida por poemas_arquivados

soneto: a pureza de um desejo

Sim, encontrei, embora com tanta, tamanha solidão
Encontrei aquela que me diz o sim ao invés do não
Um paraíso, quem diria, na solidão
Mas estava escrito e eu vi, um paraíso comigo e contigo

Um paraíso que não pára de solidão
Estava escrito eu ser tua metade e tu minha
A minha doce e bela metade

Sem procurar eu encontrei, alguém que o nome nem sei
Mas deve ser, um anjo esculpido do que há dentro de mim
Só bastou um olhar para o nosso amor se casar, eternamente
Está escrito na rocha que Um Alguém fez de caderno

Tocar em suas mãos, é mais que tudo de um alguém qualquer
E que eu não almejo
É por você o puro do meu desejo

(edson cerqueira felix)

Inserida por poemas_arquivados

soneto: corpos diferentes, o mesmo espírito

Alguém me disse não ser possível a padmini negra
A flor de lótus escura ou preta
Me refiro à excelência feminina ou a excelência em mulher
A perfeição da beleza por dentro e fora da mulher

Uma santa com pele indiana veio pra mim
E ela trouxe pra mim essência e incenso de jasmim
Me remetendo com o aroma aos campos e jardins

Embora casta não me negou o seu beijo
E não censurou a qualidade do meu desejo
É a flor perfeita dando o perfume do fim ao começo
Me dá tudo o que o nobre diz: eu desconheço

Não temos pressa quando estamos juntos
Embora eu tenha pressa de estar junto com ela
Um beijo eterno é o que lhe dou e o que vem dela

(edson cerqueira felix)

Inserida por poemas_arquivados

soneto: Cozar e Diana

E se o que você tem pra me dar, é tudo isso, um beijo
Então não tenha pressa
Me dá o beijo e faz com ele o carinho e sua conversa
Vem Diana, me livra dessa

Numa noite tão grande se fez pequena
Com a, essa história de me beijar
Eu conheço a tua conduta (de que gostas de ser... indefeituosa)

E eu também fui feito assim, sem defeito
E os caminhos se mostraram vazios com tanta gente que não faz uma
Com tanta gente, que não soma e nem uma
Com um diamante nos olhos iguais aos dos seus

Oh Deus (!), eu te peço muito obrigado, pelo beijo Dela
Me dais hoje, e mais hoje, e hoje mais um pouco
Da sua glória me beijar no beijo Dela

(edson cerqueira felix)

Inserida por poemas_arquivados

Falta-me sono
E vontade de dormir.
Quando durmo, acordo
E acordado pareço sempre dormir.

Pálpebras fechadas,
Em meio a escuridão,
Vejo o que a luz
Me impede enxergar.

Cochilos e sonhos
Mato com café.
A euforia afogo
Em etílicos, para conservar.

Dessa forma vivo
Ou sobrevivo.
Transpirando sangue,
Para construir algo nesse mangue.

Inserida por felippe_santana

"Mas a dor e o sofrimento são inevitáveis na vida, Antônio. No parto há dor. Quando os dentes de um bebê rompem a gengiva, há dor. Quando somos impedidos de realizar algo para força maior, encaramos o sofrimento. Um dia sofremos de amor, em outro, sofremos a perda de pessoas queridas. Dor e sofrimento fazem parte da vida, e o segredo está em como você consegue lidar com isso. Quer saber de uma coisa? São nos momentos de sofrimento que as pessoas mais se aproximam uma das outras. Não seria essa uma utilidade à nossa existência?"
Trecho do livro "A Menina e o Equilibrista"

Inserida por brasil_book

Salmos

Compilei no meu peito
Todas aquelas palavras
Que funcionam melhor
Ao pé do ouvido
E as transformei em orações
Tão sagradas
Que os deuses ainda
Hão de escutar
Quando eu as disser
Em voz baixa
Dentro da tua boca
Tocando-te o céu
Enquanto
De olhos fechados
Contemplaremos
O nascimento
De alguma Estrela

Inserida por brasil_book

Quem vai quebrar o silêncio
Quando nosso peito calado pela distância
Sentir que há tempos já não tem voz?
Qual de nós dará o primeiro passo
Em uma corrida rumo ao abraço
Com braços atados por tantos nós?

Após a tempestade e alguma deriva
Será apenas o rancor quem flutua?
Ou será que a tua pele
Ainda navega tão viva
Procurando a minha carne
Qual a minha busca a tua?

Quem vai quebrar o silêncio
Quando nossa voz tingir-se de rouca
E o brilho dos olhos de escuridão?
Talvez os corpos falem sozinhos
E cada um quebre o próprio silêncio
Fazendo das tripas alguma canção.

Inserida por brasil_book

É urgente olhar para o céu
Com a inocência de um animal
Negligenciar os saberes astronômicos
E medir as estrelas apenas
Com nossos olhos
Tão pequenas
Em nosso enfoque
É preciso
Pensar na lua sem compreendê-la
E reaprender aquela
Admiração natural
Deixar de lado o conhecimento
É urgente olhar para cima
Com nossos olhos de bicho
Para depois olharmo-nos
De frente
Dentro dos olhos
Com o sentimento puro
De imensidões de almas
Que se sabem em corpos
Tão pequenos
Feito as estrelas no céu

Inserida por brasil_book

Poda:

Era uma roseira diferente:
Seus espinhos brotavam para dentro
Ninguém os via
Ninguém os tocava
Ninguém os sabia
E a roseira, na tentativa de gritar
Abria rosas indescritíveis
Em noites de lua, sonhava podas
Todas bem rente ao chão
Mas ninguém a podava
Abriram espaço em seu jardim
Para que todos a contemplassem
Conheceu a solidão
Seus espinhos cresciam
A dilaceravam por dentro
A cada nova estação
E ela gritava dezenas de rosas
Uma lágrima em cada botão
Quando afagavam seu caule liso
Ela se contorcia de dor
Sentia os espinhos cravando
Queixava-se abrindo outra flor
Um dia, os espinhos já grandes
Formaram nódulos pelo seu corpo
Uma espécie de tumor
Cansada, não abriu flores
Podaram-na rente ao chão
E ela conheceu um pouco
Daquilo que é não ter dor
Quis mostrar uma folha ao sol
Mas a coragem faltou
Recusou a água
Recusou o adubo
Rejeitou a terra
A mesma terra que a criou
Ali desapareceu
E todo o jardim se abriu em flor.

Inserida por bibliografo