Textos grandes
Reflexos.
Ainda sentado na mesa da cozinha, já era tarde da noite, dava pra ouvir uma antiga trilha sonora que vinha do rádio no fundo da sala, depois de uns minutos levantei-me e resolvi tomar um banho. Me despi de minhas roupas e liguei o chuveiro. Ali parado com a água fria caindo sobre minha cabeça me fazia pensar sobre muitas coisas que já haviam acontecido ou que ainda estariam porvir.
Me perguntava o porque do tempo passar tão rápido, ou qual o meu papel ali naquele lugar, e até mesmo mesmo me culpava por não conseguir mudar meu destino por mais que quisesse.
Naquele tempo parado eu consegui perceber que olhando para a lâmpada eu podia ver através da água que caia o meu puro reflexo, que só conseguia ficar ali parado olhando e observando até mesmo sem reação, sem palavras, sentimentos expostos ou um semblante de dor. E naquela melodia que tocava no rádio ao fundo da sala eu me afundava mais e mais até chegar a um lugar onde eu me via submerso, como um riacho, lago ou até mesmo um rio, que não se movimenta, mas reflete tudo que está em sua volta.
Imortal e Mortal
Amor de verdade inculpe e reto não se separa
Independente da vida e do mundo
É transponível e intransponível
Amor muito bem correspondido, retribuído
Amor de duas vidas em outras e outras vidas
Reminiscente, inesquecível
Incompreensível, inatingível...
Viaja através dos tempos e vem no seu galope
Para um pequeno momento eternizável no espírito
Tão forte e tão marcante que tem sempre
A mesma forma, apesar de noutra forma
Espírito que a gente bem, muito conhece
Ela me viu quando passei disfarçado no vento
E eu vi ela em outras curvas e cores
À todo tempo e a toda hora eu quero muito dinheiro
E durmo e acordo pensando em mais dinheiro
Só fico pensando em como acumular mais para si
Mas esse é só o meu lado fraco
Pois o meu lado bom e forte
Só quer viver uma vida longa, duradoura
Bem acordado quanto a efêmeridade
E quer ser inculpe
Como um rio...
Caminhos se laçam, se entrelaçam e desentrelaçam. Quem determina o tempo de chegada e o tempo de partida, como conversas de horas, visitas constantes, uma rotina incessante simplesmente se desfaz, em que momento percebenos que o que era já não é mais?
Amores que ficam, amizades que vão, como o tempo é implacavelmente breve e contínuo segue sempre seu rumo sem olhar para trás. Da nascente ao mar muitas águas rolam, quantas histórias não marcam, quantas novas histórias não brotam, tudo segue, mas não necessariamente igual, nessa vida não há curso igual.
Como um rio o sentido da vida é fluir e em tudo isso, essa é a unica coisa que faz sentido, ainda bem.
Rosa se não você teu nome não sei q nome eu te chamaria.
Rosa das mas bela rosa tu es a melhor de todas eles, rosa se não fosse teu nome não sei o que seria. de todas as rosa q já vi você és a melhor rosa do meu jardim.
rosa se não fosse teu nome não sei como eu te chamaria, rosa
autor desconhecido: mukid
Tempo
Autor: João Felipe F. De Souza
Há tempos não tenho tempo,
de espiar o tempo no meu tempo,
mesmo que abruptamente, virar.
Ver o céu acinzentar-se e a chuva trazida pelo Vento, semear o solo terreno,
e o aroma de terra molhada, ter o prazer de saborear.
Tempo bom é o que não se pensava com correria,
Eu Brincava, namorava, jogava conversa fora e com calma eu envelhecia...
E não o via passar.
Só se valoriza o tempo
Tanto o passado, quanto o futuro,
Quando o tempo traz à luz, a velocidade de nossa passagem pelo mundo.
Trocas teu tempo por ouro,
para comprar bens, que outros lhe fizeram acreditar,
que trariam felicidade, quando o verdadeiro tesouro,
É o tempo ter com quem compartilhar.
O SABOR MAIS DOCE
Criador: Edson Cerqueira Felix
Época/Ocasião: 18-12-2018 | 14:04
Região: Paraíba do Sul - RJ, Brasil
Abalroamento: O amor escorrendo do favo
Proporcionamento: À todos(as) os(as) leitores(as)
Sugestão: Para todas as idades
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Uma abelhinha veio e me disse,
"Um touro selvagem correndo, atingiu nossa colméia
E agora o mel está escorrendo do favo
E nada agora podemos fazer
Venha e coma o mel que escorre do favo
Que tem o sabor mais doce, com a melhor qualidade de mel
Nossa espécie é única, venha e prove o nosso mel"
Eu fui e realmente o mel escorria do favo
E era puro, doce, saboroso, como um mel único em qualidade
Não era enjoativo, era algo que eu podia comer o dia todo
E eu fiquei abaixo, bebendo o mel que "jorrava"
E o mel jorrava como que de uma fonte
E caiu um pedaço do favo em minhas mãos
Eu ò comi e foi um delírio o seu sabor
BOCA-BOCA
Criador: Edson Cerqueira Felix
Época/Ocasião: 20-12-2018 | 15:30
Região: Paraíba do Sul - RJ, Brasil
Abalroamento: O beijo da vida
Proporcionamento: À todos(as) os(as) leitores(as)
Sugestão: Para todas as idades
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Eu fui nadar e pegar umas ondas, é claro, no litoral
Praia movimentada, fim de semana, vários surfistas
E a sensação de adrenalina é mais pelo fato de surfar perto dos recifes
Isso mesmo, eu disse recifes (de coral)
Peguei a primeira onda, segunda, terceira e quarta, e assim por diante
Tudo bem, sem problema. Tudo okay
Até o momento que eu distraído pensando na última onda...
Tomei um caixote, indo contra o recife onde bati a cabeça
A água ficou vermelha, era o sangue da minha cabeça ferida
Perdi os sentidos, lembro de beber um pouco da água [...]
Tive a sensação de ver tudo escurecer
Na areia da praia, começo a ver uma luz clareando minha mente
Era o sol, e devagar meus olhos se abriram
Uma salva vidas que parecia uma deusa me fazia, boca-boca
ATRÁS DE PIPAS
Criador: Edson Cerqueira Felix
Época/Ocasião: 21-12-2018 | 17:00
Região: Paraíba do Sul - RJ, Brasil
Abalroamento: À procura de algo, a mais
Proporcionamento: À todos(as) os(as) leitores(as)
Sugestão: Para todas as idades
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Uma menina mocinha, jovenzinha franzina, menina meio moleque
Corre atrás de pipas na localidade
É boa de pipa, no cruzamento, sempre leva a maior
Quando está sem pipa, corre atrás de pipas, 'avoadas'
Olhar no alto, mira o cruzamento, mas de repente, vem é de longe
Um pipão e cheio de linha, avoado
Numa tarde deserta de verão na rua, só vai dar ela
Disparada ela foi atrás daquele pipão, que ia ao longe
Pelo menos não muito longe daquela área ali, do miolo local
A pipa ia descendo, perdendo altitude, e a menina no encalso da pipa
Até que ela agarra numa árvore grande de maçãs
A menina corre pra subir, pegar aquela pipa, e invade o quintal do vizinho
E na árvore havia uma serpente, que disse pra menina comer do fruto
E aquela donzela viu que o fruto era bom, e o tomou, e comeu dele
Ao final do ano, tendemos sempre a olhar para trás!
E devemos olhar, mas para guardar as boas lembranças, identificar e reparar os erros, tirar lições e aplicar de imediato aquilo que foi aprendido!
O futuro não nos pertence, mas o que sempre será nosso é o PRESENTE.
E a cada PRESENTE que recebermos, nos novos tempos que virão, que sejamos gratos, que entreguemos o nosso melhor, buscando sempre a FELICIDADE!!
E tudo o que for bom nos seguirá!
DIAMANTES DE AMANTES
Criador: Edson Cerqueira Felix
Época/Ocasião: 27-12-2018 | 15:30
Região: Paraíba do Sul - RJ, Brasil
Abalroamento: O encanto do amor
Proporcionamento: À todos(as) os(as) leitores(as)
Sugestão: Para todas as idades
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Em um dia de outono, de manhã até a tarde
Nasce o amor entre dois pássaros que no bater de suas asas
E no bater de seus corações
Encontram o mesmo compasso
E voando como que no círculo feito por um compasso
E não o deixa de ser
No compasso de dois pequenos diamantes de amantes coração
E voando juntos, bailando no ar, as suas emoção
É como mirar ao horizonte o mar
Tão longe e tão cheio
Mas que de cheio não transborda, apesar de os rios irem pra lá
Uma valsa no ar para os dois jamais esquecerem desse valsar
E num humilde ninho o acasalamento
Que se transformará em acalanto quando os ovinhos à chocar
Tem coisas que a cachaça não apaga , ainda mais se for uma pegada com a luz apagada.
E sobre a areia da praia apenas nossas roupas jogadas,
ao lado de nossas pegadas em uma madrugada quente de verão .
Você dizendo não para, e é claro de jeito algum eu pararia
mas a gente pode parar pra se pegar em qualquer outra estação
ou qualquer dimensão, escolhe o destino da nossa viagem eu compro a passagem, arrumo a bagagem, podemos ir de ônibus, navio ou avião.
Que o destino e a sorte faça sua parte.
E possamos fazer por inteiro uma felicidade dos dias que virão.
Teu corpo será minha tela, espera que agora só falta você pra enfeitar a paisagem da minha janela.
Seja o mar, seja amor que me da inspiração .
Não me de presentes caros, seja presente e eu encaro.
Meu amor é abstrato essa é minha condição .
Observar a vida bela, e vê os bico da favela, dizendo .
Olha ele , olha ela , olha ele está com ela .
Sem me perguntar se ela está comigo .
Seu corpo no meu copo sempre cheio de absinto.
Me ajudou a esquecer os meus problemas, me ajudou a ser um pouco mais feliz. Também me deu coragem pra chegar na cena.
Sou cachaceiro é por isso sou feliz .
Tem coisas que a cachaça não apaga , ainda mais se for uma pegada com a luz apagada.
E sobre a areia da praia apenas nossas roupas jogadas,
ao lado de nossas pegadas em uma madrugada quente de verão .
Você dizendo não para, e é claro de jeito algum eu pararia
mas a gente pode parar pra se pegar em qualquer outra estação
ou qualquer dimensão, escolhe o destino da nossa viagem eu compro a passagem, arrumo a bagagem, podemos ir de ônibus, navio ou avião.
Que o destino e a sorte faça sua parte.
E possamos fazer por inteiro uma felicidade dos dias que virão.
Teu corpo será minha tela, espera que agora só falta você pra enfeitar a paisagem da minha janela.
Seja o mar, seja amor que me da inspiração .
Não me de presentes caros, seja presente e eu encaro.
Meu amor é abstrato essa é minha condição .
Observar a vida bela, e vê os bico da favela, dizendo .
“Olha ele caidinho por ela olha ela o que faz com ele olha ele sempre está com ela . Será que ela bebe ele ou ele sempre bebe ela ?
Sem me perguntar se ela está comigo .
Se não tiver cachaça ele aceita vinho
Seu corpo no meu copo sempre cheio de delírio
Quando estou com ela não preciso de amigos
Me ajudou a esquecer os meus problemas, me ajudou a ser um pouco mais feliz. Também me deu coragem pra chegar na cena.
Sou cachaceiro nunca foi porque eu quis .
Cês acham que eu durmo na fila, sempre dois passos na frente nos tropica mas se livra.
Mesmo sabendo que isso causa dependência, aperto forte você na mão, ou te jogo na minha mesa.
Em frente a geladeira vendo você suando , louca pela minha boca sei que está me olhando.
Quando estou com você eu posso viajar, eu dou risada mas se eu der PT eu nem vou lembrar.
No bar da esquina, em balada open bar.
No meu cantinho você vai sempre está
Aos fios de teu cabelo
O vento os balançam,
Às minhas narinas
O perfume é o seu cheiro.
Com teus toques com carinho
Um sentimento único,
Com sua doce voz
Os arrepios.
Fecho me os olhos,
Então, não vejo,
Deixo-me levar, calmamente,
Aos teus lábios; teus beijos.
É doce e suave,
Assim como as nuvens do céu,
O mel das abelhas e,
No teu dedo o anel.
Amo-te assim,
Sem vírgula, sem espaço,
Sem mais ou menos;
Ou pontos para por fim.
“Nos tempos atuais é muita gente molhando os dedos, sendo superficiais, enquanto, coisas incríveis moram nas profundezas da intensidade”.
Estamos constantemente a procura de significado, famintos pela sensação de felicidade, presos as nossas lembranças, presos no passado. Por conta de nossos medos e inseguranças passamos a nos privar, poupar de um mundo completamente diferente ao que estamos vivendo, este que não costumamos aprofundar em nada e por consequência, nunca sabemos o que existe lá no fundo.
Passamos a ser receosos, acreditando nas nossas próprias mentiras, mentiras até mesmo dos reais significados de tudo. Por mais que colecionemos momentos felizes, ainda sim, sentimos a sensação de estar vivendo uma ilusão.
Até nos depararmos, mesmo que raramente, à uma sensação única e genuína de felicidade, tal que nos domina completamente, suga toda nossa lucidez, esta é a tão formosa intensidade e constância no agora, nos propondo profundidade e entrega total, que como resultado nos dá a sensação de viver o infinito.
"Ver é diferente de enxergar, pois enxergar vai depender do nosso conhecimento, e principalmente do controle que temos sob nossos pensamentos e emoções."
Certo dia, numa bela tarde, num simples almoço, encontrei-me com um senhor...
Este me dissera: aquilo qual vemos é diferente para todos, e que é principalmente dependente do conhecimento que temos...
Tal simples frase me fez refletir por um longo período, pensando e repensando, em volta da mesma frase, qual foi objeto de profunda reflexão, proporcionando a elaboração de uma frase qual passou por algumas alterações, até então, ser o título desse texto, dessa reflexão.
Bom... Após aprofundar em certo “porquês” e significados, conseguir obter uma grande sabedoria, através da frase, pois aquilo que vemos realmente é diferente para cada indivíduo, e acima de tudo, ver ainda assim, é completamente diferente de enxergar...
Ver se trata de algo mais “inocente”, qual carrega consigo uma superficialidade e que modifica completamente nossa percepção de mundo, podendo aliviar nas nossas cargas de pensamentos, culpas e pesos quais carregamos à nos prender numa realidade bem “chula” na zona de conforto.
Já enxergar é algo completamente diferente, pois tudo o que vêm incluso dependerá de cada um, dependerá da busca pelo conhecimento, mas principalmente da postura qual buscamos tal, este mesmo que proporciona uma perspectiva mais próximo da realidade. Realidade repleta de profundidade é que exige nada mais que uma conduta filosófica, em busca de conhecimento e proximidade da realidade. É sem dúvidas algo que exige muita energia e dedicação, nos tirando da zona de conforto, e proporcionando algo único e sem igual, nos desprendendo das amaras da superficialidade. Mas ainda assim, como tudo o que é valioso, temos um preço à pagar, este mesmo que é sem igual, e quando mais profundo formos, maior é o preço, maior também é o efeito que nos causa, as vezes podendo até “descolorir” o mundo, trazendo o peso da realidade, daquilo que está nas entrelinhas, pesando em nossas mentes, elaborando pensamentos até mesmo, capciosos e também um peso que somente os esforçados em descobrir a realidade carregam.
A Contradição do mundo contemporâneo
No mundo contemporâneo, as coisas, a vida, tem uma concepção completamente diferente, pois não adotamos posturas adequadas, e muito menos sabemos quem realmente somos, levando uma vida inteira através de decisões tomadas, sem um pensamento bem estruturado que por ventura nos condicionam vidas completamente contraditórias daquilo que realmente somos. Passamos por cima de tudo aquilo que realmente tem valor então nos apegando a coisas supérfluas sem valor ético algum, nos abraçamos fortemente sobre os critérios morais, mas a moralidade está atrelada diretamente ao coletivo, ao pensamento de uma sociedade qual dita regras e comportamentos, quais nem sempre nos encaixamos e engajamos. Essa contradição da vida contemporânea, ainda assim, é a mesma metodologia, o mesmo caminhar na mesma direção do autoengano, sendo que refletir dentro de si pode extrair o melhor conteúdo de nós mesmos, direcionando para o autoconhecimento como a maior virtude, assim, não só conhecer-se, mas também parar para pensar naquilo que realmente somos. Não levar a vida no famoso “o vento levou” e até mesmo poder responder aquelas perguntas “toscas” que nos fazem em entrevistas de emprego: quais são seus pontos positivos e quais são suas fraquezas, pois, simplesmente não sabemos responder por conta de adotarmos uma postura do “deixa a vida me levar” e nunca em hipótese alguma damos valor aquilo que realmente tem valor, aquilo que realmente somos.
Viver de Ilusões
Vivemos num mundo qual o hiperativo é dado como normal, onde o mesmo reina, enquanto quem está simplesmente refletindo e entrando em contato com o seu verdadeiro EU é visto como o infeliz e anormal. No entanto, esquecemos das coisas que realmente importam, e tudo, simplesmente por nunca sequer por um mero segundo parar e refletir. Refletir sobre aquilo que fazemos, pensamos e principalmente quem somos ou estamos nos tornando.
Nossas condutas vem sendo cada vez mais moldadas pela sociedade qual vivemos, tal sociedade que venera viver de ilusões, enquanto fugir da realidade é a prioridade. Honestidade é vista como ofensa, e então, passamos a viver em prol de nossas ilusões, criando relações e pensamentos quais fortaleçam ainda mais aquilo que tanto adoramos. Ora somos tão vazios assim, para estarmos em constante alimentação de nossas ilusões e vazios? Sim, pois foi assim que estruturamos nossas condutas e alicerces como pessoa, onde o superficial e a zona de conforto são cruciais para um “bem estar social”. Então fugimos do profundo, do intenso, do verdadeiro, alegando ser autossuficientes e verídicos.
Profundo Desejo
Quando se tem uma tempestade para se enfrentar... Avistamos e achamos não dar conta, e justamente para não parecer fracos, vestimos uma outra personalidade, abraçamos o autoengano, e passamos a transparecer que somos frios e fortes. Tudo por medo de fraquejar e mostrar pontos fracos, e então, buscamos preencher vazios com coisas ainda mais vagas, nos deixando levar por tal personalidade. Esta que achamos ser ideal para encarar tal tempestade.
Nos perdemos, enquanto não descobrimos que a "cura" para este vazio é claramente o preencher através daquilo que mais desejamos. E desejamos com tanta intensidade que saímos do nosso verdadeiro Eu, em busca de coisas fúteis e sensações vagas.
Até então descobrirmos que o que mais precisamos é entender que a tempestade só vem a acalmar quando entendermos que somente ficaremos bem, quando novamente, avistarmos a terra segura, aos braços do nosso mais profundo desejo.
Constantes Vagantes sem Rumo
Falar de amor é sem dúvidas a coisa mais complexa, inclusive refletindo com base no mundo qual vivemos, onde tudo parece tão superficial, nada é duradouro, e simplesmente buscamos preencher o vazio qual mau sabemos da existência, pois não nos conhecemos... É aí que acredito ser a raiz de muitos males, a falta de autoconhecimento e de profundidade de nós mesmos, tal falta que nos torna constantes vagantes sem rumo.
É bem como escutar aquela frase tão famosa “quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”. Podemos até refletir a respeito, mas seu significado é ainda mais profundo que o entendimento mais profundo, pois nós caminhamos exatamente para onde sequer sabemos. Alguns de nós acreditamos estar trilhando algo que queremos, mas será de fato o que realmente queremos? É bem difícil responder, pois não nos conhecemos da maneira qual deveríamos e por conta disto, acabamos por nos precipitar em relação a quem somos, abraçando o autoengano ao invés do autoconhecimento, e pecamos por não saber a questão crucial para os significados de nossas vidas, e então nos tornamos constantes vagantes sem rumo.
Nossa busca por significado é constante e no decorrer costumamos atribuir valor a coisas que são apenas coisas, deixando de lado o que realmente tem valor. Preferimos gravar um show por completo, simplesmente para alimentar a necessidade fictícia de atenção dentre outros, e por isto deixamos o valor da experiencia de lado, não focamos no agora e perdemos a oportunidade de sermos a melhor versão de nós mesmo, simplesmente por não estarmos presentes no agora, estando divididos em diversas partes. Estamos fragmentamos e ao mesmo tempo precisamos ser cada um destes fragmentos e nunca somos apenas um, um inteiro, mas sempre divididos, buscando completude, conforto pela falta, e felicidade inalcançável. Quando falamos de amor, partimos da mesma busca e passamos a confundir muita coisa, pois aliás, não sabemos realmente o que queremos, e por isto, passa a ser uma busca sem rumo. O verbo amar passa a ser apenas mais uma palavra que justifica a sensação fictícia de completude e conforto, entretanto, não passa de uma mera ilusão, pois adotamos hábitos tão destrutivos que mau percebemos e então nenhuma relação dura, e nada é feito com entrega total, estando inteiramente no agora, desfrutando os sabores de ser quem é em sua totalidade, enquanto continuamos a ser constantes vagantes sem rumo.