Textos Fortes Morte e Melancolia

Cerca de 35 textos Fortes Morte e Melancolia

⁠Pequeno Pedaço do Paraíso

Na praça reluzia o Sol nela
Em sua pele cor aço
Em sua pele cor pureza
Na minha enferma solidão
A passível alienação do amor
Em sua forma mais doentia e sinfônica
Tocava com afinação limpa em minha alma
Clareava tudo que sempre soube ser ruim
Toda a sujeira humana em seu estado mais imundo
Toda a podridão se quebrava nela e retornava as ruas
Era a intocada pelos falhos
A intocável cabelos cor sangue
A magnifica garota dos olhos de fogo
A inalcançável desejo dos homens

Restrito estou ao meu mundo
Pensamentos fluindo desenfreadamente
Em meu eufórico estado
Eu não posso vê-la; não posso; não possuo
Eu devo permanecer na inercia chata e segura
Portanto o inesperado há de acontecer e o anjo cai
Simplesmente ao meu alcance, sem esforço para tal
Eu ajudo-a sendo suas asas
Só para que voe para longe de mim mais uma vez
Cansaço e gradativa fadiga enche ao meu escritório
Me infla de pensamentos negativos como coelhos inofensivos
Mas não não não
Toda essa pressão se acumula
Não a ela
Ela rebate solenemente em mim
Paralisando-me
Acorrentando-me
Porque sabe que não posso tê-la

Certa noite
Ventava aos montes com possível precipitação
Gemia assoalho
Num súbito momento a estrela cai mais uma vez
Simplesmente não ao meu alcance apenas
Sim em meu mundo
O melancólico mundo do homem vitoriano
Dou boas vindas
Dou acesso ao seco e arranco-a da fria chuva
Entrego proteção em meu quarto
Jazia ela lá ao meu lado
Absorta em sua tola confiança
Absurdamente em um frenesi louco
Ela me encara com seus olhos escarlates
Observa bem dentro de mim num sussurro
“Alegra-te, pois sou sua realidade.
Sou o teu único desejo.”
A sensação do úmido toca o meu pescoço
O enregelado toque dela é o que me esquenta
O corpo magro quase sem peso algum sob o meu
E então dor
A primordial essência do prazer rasga o meu corpo
O cômodo girava girava
Eu gemia; Eu gritava aos quatro ventos
FELICIDADE estava em mim
Em meus braços ela me quebrava
Sugava meu ser com seu beijo cálido
Entreolhando-se éramos um
E eu sabia que afinal
O meu pequeno pedaço do Paraíso iria me destruir
Eu cantava meu próprio Mantra Mori
Sempre estive cantando
Sem ser ouvido
Sempre observando
Sem ser visto
“Apenas focamos em sua morte
Apenas queremos a sua morte
Apenas vemos beleza na morte
Apenas focamos em sua morte
Apenas queremos a sua morte
Apenas vemos beleza na morte’’
Enfim o mundo ruiu para dentro dela
Para nunca mais sentir nada.

Inserida por cawan_callonny

Olá Você

Olá, meu amor
Por que você voltou?
Não que eu não te queira por perto
Mas é que depois que se foi fiquei mais esperto

Ainda não deixei de te amar
Mas será que você já me esqueceu?
Acho que não
Já que voltou pra perto d'eu

Outra pessoa que nos reaproximou
Tenho de me lembrar de agradecer
Ela trouxe de volta a luz da minha vida;
Fiquei novamente perto de você.

Eu estava com saudades
Desse teu sorriso que me faz sorrir
Não acho que conseguirei parar de te amar
Mas talvez quando eu partir

Inserida por lara_bicalho

Céu Purpura

Sob ruas nevoentas, não enxergo justiça
Sem horas para contar minha insônia
Divago louco, envolto no pálido tato
Segurando a linha tênue da vida
Em pele conflitante a minha
A morte possui senso de humor
Rindo ele esteve, do nosso genuíno amor
Pintando-a, assim, de provocador roxo
Jus as suas vestimentas fúnebres
Destoante de seu cerne perfeito
Forçado estou, ao fardo doloroso
De carregar a obra-prima mortal

Sublime aroma angelical a fugir
De seus cabelos sem luz a revirar-me
Sua essência absoluta, do meu lado a ficar
Zombeteira aos olhos impudicos
Sua posição transcende sangue e carne
Me isolando de ti, abriu celebres asas
Largando a existência antiga
A qual amei perdidamente
Mas pouco me falta

Não serei capaz de dá-la a terra
A mim sempre pertenceu e assim será
Dissipado em eterna aflição
Deita-se em mim sem mais tensão
Inabilitado do pensar
O que me resta é apreciar
Juntos as suas preferidas Violetas
O céu purpura de seus lábios.⁠

Inserida por cawan_callonny

⁠A vida que leva sentido pela dor,
e que somente a dor pode nos tirar,
mesmo que sem vontade ou razão,
nosso último sopro de ar.

Dentro dessa contradição,
jaz no buraco vazio do teu peito,
onde devias ter um coração,
um nó de forca para o desavisado.

Onde amargo fim chegou e,
sem ser considerado por motivo algum,
amor, desvaído, sem força ou vontade,
no peito do condenado.

No fim, apenas o silêncio,
e uma alma pura em sua elegância,
queima no fogo sem fim,
destroçada e sem esperança.

Inserida por FlavioBorges

A Dança da Insignificância⁠
A LIFE, um palco escuro, um palco sem plateia.
Um amanhecer que se esvai antes mesmo de nascer,
uma promessa de sol que se dissolve em névoas cinzas.
Um falso sol "entardescente", enlouquecedor em pleno horizonte,
a melodia fúnebre da existência,
uma sinfonia de morte que ecoa em cada batida do coração. TUM-DUM- TUM-DUM…
A queda, a queda eterna,
um ciclo vicioso que nos arrasta para o abismo,
sem trégua, sem esperança, sem piedade.
Cada passo em frente, um passo para trás,
um eterno retorno ao ponto de partida.
Sem sentido:
Nascer para morrer,
levantar para decair,
Uma dança macabra onde o ritmo é a própria finitude, de mãos dadas estamos com os dias contados.
Sorrisos, máscaras frágeis que tentam esconder a dor,
uma farsa que se dissipa com o vento.
A dor, um fantasma que nos assombra,
uma sombra que nos acompanha num passo a passo em toda a LIFE.
Lágrimas diamantadas,
um brilho que se dissolve em lágrimas de sal,
um lembrete cruel da fragilidade da vida.
O riso, um eco distante,
uma lembrança tênue de um tempo que não existe mais.
Um grito silencioso que se perde no vazio,
uma tentativa desesperada de negar o inevitável.
Olhar sincero,
olhar vazio,
olhar de quem já não tem nada a perder,
de quem já não tem mais esperança.
Pois, é isso!
A dança sem música,
a valsa do desfiladeiro da inevitabilidade.
A vida, um palco sem luz,
uma dança macabra sem fim,
um eterno retorno à morte.
A morte, a única certeza,
a única verdade.
A morte, o único refúgio,
o único descanso.
O que resta?
O que resta é a dança,
a dança sem música,
a dança da vida e da morte,
a dança da inevitabilidade.
O que resta é a dor,
a dor da existência,
a dor da finitude.
O que resta é a esperança,
a esperança de um amanhecer que nunca chega,
a esperança de um sol que nunca brilha.
O que resta é a vida,
a vida em sua fragilidade,
a vida em sua beleza,
a vida em sua crueldade.
E assim dançamos,
nós, seres insignificantes,
neste palco sem luz,
neste desfiladeiro da inevitabilidade,
nesta dança macabra sem fim.
E assim dançamos,
até que a música pare,
até que as luzes se apaguem,
até que a cortina caia.
E assim dançamos,
até que a morte nos leve,
até que a morte nos abrace,
até que a morte nos liberte.

Free me from this meaningless life!

A.C -> 22/08/2024

Inserida por SrAnonymous

⁠O corredor da morte é minha própria mente, não de uma forma melancólica, mas como literal, no fim sempre haverá morte. Mas o universo não se baseia nisso, o início como vida, o meio como sofrimento (e também formas de coexistir com ele, até o mais extremo de se agradar, prazer vindo da dor existente), e o fim como morte.

Inserida por faeldemon

‘Um dia eu também vou morrer.’ Acontece com você, não? Ódio do mundo, que muito alegremente continuará sem você. Uma sensação básica de que todas as coisas do mundo são bagatelas, fantasmagorias comparadas à sua agonia mortal, e portanto à sua vida, pois, como você mesmo diz, a vida em si é a agonia antes da morte.

Carta melancólica de C., queixando-se de R. A melancolia é bela. Os amigos falham, nunca estão no mesmo momento que a gente. E a amizade - diz ele - não será apenas uma ilusão, o terror da solidão, o desejo de ser amado, o pensamento da morte, da partida inevitável? Cá por mim perdoo sempre, pois também falho como amiga.

Inserida por dacl

Agora, quando já era tarde demais e as lojas da vida estavam fechadas, ele lamentava não ter comprado certo livro que sempre desejara, não ter jamais passado por um terremoto, um incêndio ou um desastre de trem; não ter visto jamais o Tatsienlu no Tibet, nem ter ouvido nunca as gralhas azuis parlando em salgueiros chineses; não ter jamais falado com aquela colegial errante, de olhos impudicos, que encontrou, certo dia, numa clareira solitária; não ter rido da anedota contada por uma mulher tímida e feia, quando ninguém riu na sala; ter perdido trens, alusões e oportunidades; não ter dado a moeda que tinha no bolso para aquele velho violinista de rua, que tocava tremulamente para si mesmo, certo dia gelado, numa cidade esquecida.

Quando começou a perder de vista a si própria, pensou que seria correto informar a uma série de Lucettes cada vez mais distantes – a fim de que passassem a mensagem de uma para a outra como na regressão de um jogo de espelhos – que a morte era apenas um conjunto mais completo de frações infinitas de solidão

Inserida por heberluciano

Estava meio surumbático, esquisito, melancólico, tão, que só Camões,quando morreu sua esposa Chinesa, no naufrágio de seu navio no mar da China. Depois, foi ele se exilar e garantir as possessões Portuguesas no estreito de Hurmog, hoje Hormuz, e nos brindou com a grande epopeia lusitana, que o soldado luiz Vaz de Camões, versos inigualáveis nos Lusíadas. Livro obrigatório, pois ali, mesmo com a exaltação vista por todo o texto, estava claro a tristeza, a saudade e a melancolia, como podemos ver nestes versos:

"Anda tao unido o meu tormento comigo que eu mesmo sou meu perigo"

Ali, podemos entender toda nossa contemporaneidade e nossos medos que desde o século XVI, o mesmo dos navegadores continua a nos assombrar. Através de Camões podemos entender toda a nossa desilusão e melancolia, entrelaçada de furores de jubilo e esperança. Ali Camões, curou toda a tristeza da perda de sua amada. Porém, ao que parece, pois não há dados históricos verossímeis, mesmo em batalha, pois estas sempre lhe acompanharam, curou-se da saudade, mas a tristeza e melancolia que o habitava, permaneceria em toda sua vida.Como tudo na vida tem algo de bom, fomos brindados com uma saga e versos dignos de nos darmos o título de civilizados. Cada dia que passa, sinto que a única coisa que nós fará sermos lembrados daqui uns 10, 20 mil anos, se muito, serão os livros. Mas voltando a minha dor camoniana, estava eu pronto para ir para Brasília e sabia de antemão, que a cidade havia se tornado um deserto. Ninguém queria falar com ninguém, os tribunais e repartições estavam parados, as boates antes tão cheias, vazias. até as garotas de programa, tão procuradas pelos nobiliárquicos ores do poder, estavam dando 50% de desconto ou mais, ou seja, a cidade estava sendo movida a lexotan e pronazepan, era uma melancolia estampada no rosto de todos. Nunca a cidade esteve tão desesperada, não havia Hormuz, para ninguém se exilar e esperar o tempo curar todas as dores. O tempo conspirava contra todos, os cargos e empregos ia virar pó. Mas eu tinha que ir, havia recebido os honorários e tinha que despachar no tribunal, não tinha, depois que vazou a lista de processados ou citados pela procuradoria da república. Alguns, mesmo deixando claro que não tinha outra saída. peguei o voô e em uma hora, já estávamos desembarcando, quando num dos assentos, vi uma propaganda da prefeitura de Curitiba, que algum passageiro havia deixado, me interessei e a levei comigo. Enquanto ia pegar minha mala, fui lendo e eme interessando cada vez mais. sabia, que dado o baixo astral da cidade, eis que ali é uma rede e todos, todos sem exceção fazem parte dela, seria inútil minha ida naquele céu exuberante como tão bem Toninho Horta, retratou na música céu de Brasília. Cheguei ao Hotel e havia decorado todo o panfleto, confesso que já me sentia um especialista. Nem mal me aloquei no quarto e já fui visitar uns sites chinesas, pois se você procura conhecer de coisas bizarras, tem de procurar na china. nós ocidentais somos muito caretas. E não é que achei, li tudo, decorei, as diversas cores, prendi a ler a sorte e o futuro, pequenos tocos, pois eu que nunca pensara ser possível, depois que me dei conta, que desde sempre ele esteve comigo. Ao final, tendo todas as minhas previsões que Brasília, estava uma bosta, curei-me de minha melancolia, me tornando um especialista em cocô, afinal um país que tem uma elite de merda, só sendo especialista em cocô, é que é possível sobreviver, neste deserto sem qualquer futuro.

Inserida por robertoauad

Hoje me vejo fadigado,
Triste e melancólico.
Estou farto por isso ocorrer,
Exausto por não ter você.
Hoje me sinto meio morto,
Melhor dizendo,
Me sinto completamente morto.
Morto de saudades,
Morto de vontade,
Morto de desejo,
De ter você,
De estar com você.
Hoje me sinto morto,
Por não poder beija-la.
Te amo minha vida,
Amo morrer de amores por você.

⁠Subjetividade

⁠Minha alma morreu
O que tinha pra doer
Já doeu

Lembranças boas do meu eu
se perdeu
Coração frio
Pensamentos sombrios

Ausência de sentimentos
Dias extenuantes
Um nativago qualquer a espreitar a morte
Sem rumo, perdido entre o sul e norte

Recôndito a empatia alheia
Com a esperança resumida
As ruínas de um castelo de areia

Condenado a própria sorte
Vivo minha depressão
Vendo a cada segundo
Minha lenta morte

Inserida por EderPioli1986

De certa forma todos vamos morrer, sendo alguém bom ou não isso só vai mudar sua trajetória nunca seu destino, estamos condenados a tristeza e a morte.
O céu não está estrelado, e isso já muda minha noite, eu vejo as estrelas como almas, pois as que vemos já deixaram sua existência a muito tempo e o que vemos é somente seu brilho, e quando eu não às vejo parece que minha noite é vazia, me sinto na total solidão, sem uma inspiração, logo triste, situação parecida com o que sinto no meu dia-a-dia, mesmo andando na rua com dezenas de pessoas ao redor me sinto invisível, um fogo sem oxigênio.

Inserida por Apolyti

Agora entendo a melancolia profunda de Van Gogh ao morrer infeliz. Não era apenas transmitir aquele estado de tristeza para as suas obras mais perfeitas, mas sim a dolorosa percepção das imperfeições de suas mais belas obras sublimes, comparadas às obras divinas de Deus. Há alguns instantes, não reconhecia a minha própria infelicidade, mas agora reconheço que ela arde em peito e queima em meu coração. Minha infelicidade é não tê-la comigo nas minhas noites mais tristes, em sua ausência, não ter o meu abrigo.

Inserida por Silvazzz