Textos Fortes

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Verde Viva ⁠

Esta é uma semana muito especial, de celebrações importantes que queremos compartilhar com vocês.

No último domingo, dia 19, comemoramos o Centenário de Paulo Freire, inspiração para nossas ações como educadores educandos nesta escola chamada Vida.

Hoje, dia 21 de setembro, celebramos o Dia da Árvore e o Dia Internacional da Paz. Árvores são símbolo de paz e amor, doam o ar que respiramos, alimentos, medicinas, abrigo, sombra, beleza, incondicionalmente.

Dia 22 é o Equinócio da Primavera. Início da estação em que a vida reverdece e floresce. Que floresça também na consciência de cada um de nós, para que estejamos cada vez mais conectados com a Natureza, realmente sendo parte dela.

Viva as árvores! Viva a Primavera! Viva a Natureza! Viva a vida!

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Angustiados Brinquedos Velhos Quebrados

⁠A angústia é como um parente chato que de vez em quando aparece de surpresa na sua casa e, sem perguntar nada, entra e fica umas semanas em sua vida. Depois vai embora.
A angústia vem e vai, quando vier, olhe pra ela, troque umas idéias, trate-a como um anfitrião educado e, depois, se despeça. Quando ela estiver mais distante, aproveite pra ter paz, até a próxima visita. Normal.

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Autonomia de Kant

A angústia é uma "azia existencial" percebida pelo nosso inconsciente quando ele conclui que a existência é comportamental.
Ninguém consegue viver kantianamente⁠, tem dia que tomo uma xícara de angustia enquanto converso com o café,se você achar que tudo tem de ter um propósito, já é sinal de que você precisa de medicação.

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O Tropeçar de Bico

Há quem diz que o amor não se vê com os olhos, mas com o coração.O amor romântico é como um traje,um coração feliz, um resultado inevitável de um coração ardente de amor, que como não é eterno, dura tanto quanto dura. Embora rasgado, não há de ser menos do que sempre foi, talvez, um pouco amassado, e, em breve, sob a veste do ideal que formamos, àquele que se faz de nós e rearticula o adormecido momento que se esfacela, surge o corpo real sem a figura complexa da pessoa que se diz humana, em que o vestimos.
O amor romântico,embora como quando pego e consulto Machado,cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar. A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande, portanto, é um caminho de desilusão, talvez um caminho onde os calçamentos são sintéticos e o andar andrajo se dilui.
Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, decide atribuir dentro jarro tapado ao qual escutamos o balançar de uma corrente de ar, tecer constantemente nas cortinas de véu perante àquele moinho, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove e enriqueça a pele por ele aquecida e por dentro o espectro, talvez o aspecto da criatura por eles vestida.
O prazer do amor é amar e, sentirmo-nos mais felizes pela paixão que sentimos do que pela que inspiramos e, só se ama o que não se possui completamente.

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Efeito Dominó

Inovar, transformar e superar nem sempre é criar o inédito, é dar também vida ao antigo. Isto é, num mundo de mudanças, é preciso não ficar obcecado pelo mudancismo. O dominó que vesti era errado e conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.Quando quis tirar a máscara,estava pegada à cara,quando a tirei e me vi ao espelho,já tinha envelhecido.
Não é que eu seja perfeito,nem sou um modelo ético, mas eu tento e é um esforço permanente viver não pelo que a lei diz, mas porque eu sei que é o correto.
Caso for muito intenso, complexo e ao mesmo tempo suave e simples,talvez seja o melhor de uma passagem ao atravessar a rua e escutar a cantiga pelas frestas de uma janela. Fiz de mim o que não soube, e o que podia fazer de mim não o fiz, estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,se eu casasse com a filha da minha lavadeira talvez fosse feliz.
Insosso, seu sangue tem pouca tinta. Chão, monótono, fogo morto em cinzas e ao redor do buraco, tudo é beira.

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Cardíacos⁠ e Escravos

Há controvérsias. Essa experiência de sofrer para criar casca pode ter efeito contrário e acabar causando feridas profundas que, no futuro, gerarão interminável. Escravos dos que pensam de que é a pior escravidão, porque não cessa nunca e vai ao longo de uma via de vida inteira ou até que você se dobre às regras do grupo, sirva ou não, essa é sua essência.
Criar casca, desafio maior na somatória do resultado subjetivo.
Fizeram isso, por meio da hipnose. No dia a dia, deflagra o ruim sobre mim e o senso ativado na arte de ser autônomo com a autopunição e punições me direciona no criar de engrossar de casca.
O insulto é dual, não traz consigo somente a intenção maléfica. Pode até ser muito instrutivo. O problema é que com ou sem intenção, a maledicência fere. Será que o calo que protege também não diminui a acuidade dos sentidos onde toca?

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Comportamento Discordante

A fidelidade, não é ao outro. A fidelidade é sempre ao passado de si mesmo.
A traição é diretamente ligada ao seu oposto, que é a fidelidade. A fidelidade por sua vez é uma virtude moral e, ela é uma virtude moral justamente porque ela pode não prevalecer.
Então, a fidelidade é uma virtude e, portanto, é um critério possível de tomada de decisão sobre a vida na imediatidade do presente.

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Anistia

Jogados pela lembrança do terror
Cheirando à diesel em meio a noite escura
No frio neblina fumaça branca em veraneio
Não sou a sua morte, nem serei sua vida

Somos o que repetidamente fazemos
⁠Se dez batalhões viessem à minha rua
E vinte mil soldados batessem à minha porta à sua procura
Eu não diria nada

Eu sou o não atrás do poste
Aquele que vê e se faz fazendo
Suspiro coração ardente
Saliva preparada em ponto de guerra

Teu corpo branco já pegando pelo
Me lembro o tempo em que você era pequeno
Não pretendo me aproveitar
E de qualquer forma quem volta sozinho pra casa sou eu

Eu sou a Pátria que lhe esqueceu
O carrasco que lhe torturou
General que lhe arrancou os olhos
O sangue inocente de todos os desaparecidos
O choque elétrico e os gritos

O terror continua aberto
Apenas mudou de cheiro e de uniforme
Está estacionado por cima da calçada
Comem lixo e deixam latrinas deitadas

Bocas de lobo abertas e quentes
Calor de um motor frio
Ausente de si mas em qualquer esquina

Preso em vergalhões gravetos
Surrado em meio ao muito cheio
Pela janela olhares assustados
Calor do rosto entre a fresta

Tropeçar de botas cano longo
Batidas de botas e cacetete
Eu sou a sua morte
O sangue inocente de todos os inocentes

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⁠Pateta Perdido em Disney

O moralista não é um justo, é só mais um pecador que se alegra em julgar o erro dos outros para se sentir menos mau em relação ao seus próprios erros.
Chris Rock, criador do seriado "Todo Mundo Odeia o Chris", disse que o politicamente correto e os lacradores, estão matando a comédia e deixando os filmes mais entediantes. Que agora temos um monte de comediantes e programas de TV sem graça.
Dave Chappelle, um dos maiores gênios da comédia de todos os tempos, disse exatamente o mesmo. Alguns anos atrás, Jerry Seinfeld disse o mesmo. Agora será que tem algum gênio da comédia ao nível desses três, que seja a favor da lacração? Difícil, né. Estão cancelando praticamente tudo, como animações, filmes, séries, autores, filósofos e personagens fictícios.
O moralista é como um sinal de trânsito que indica para onde se pode ir para uma cidade, mas não vai.

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⁠O Ferreiro Fresador

⁠É preferível uma vida de mortal no lugar certo, do que uma de Deus, no lugar errado.Os circuitos de consagração social, serão tanto mais eficazes quanto maior a distância do objeto consagrado.
Já dizia,o grande e primeiro poeta italiano, Dante Alighieri: "As palavras são feitas para mostrar aquilo que não pode ser visto." Ou seja, se você ta se elogiando, talvez isso queira dizer que você não é tão elogiável quanto pensa.
Essa pensamento, apenas conduz o indivíduo carente que busca a auto-afirmação para a exaltação do EGO. Simples assim.
Salomão,rei de Israel e talvez filho de Davi, este grande sábio, disse: "Seja outra pessoa que te elogie, e não a tua boca, um estranho, e não tuas próprias palavras.

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Metáfora da Mesa

Se o filósofo filosofar peripateticamente como Aristóteles e andando pelos jardins à la Epicuro, a tendência é você desenvolver um temperamento blasé e fleumático, alguém que desfruta melhor da solitude, sem necessitar de apego desmedido aos outros.
Talvez, se deva buscar pessoas com esse tipo de disposição para à vida, senão, você pode acabar se tornando aquele sujeito com cara de paisagem no meio da "galera".

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Mãe, vírgula

Mãe, sou extremamente grato pelos ensinamentos que pude (e posso) extrair de você. Ainda sou muito jovem, mas espero, um dia, poder atingir um nível de excelência e maestria minimamente semelhante ao seu, vide seu repertório e a sua capacidade comunicativa inconfundíveis. Sem dúvidas, uma das minhas maiores fontes de inspiração para as questões filosóficas, sociais e políticas.

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⁠Lençóis e Pregadores

A angustia, na psicanálise freudiana pode ser interpretada como um sentimento negativo que se manifesta por gatilhos mentais e permeia seu estado emocional e só vai embora quando você abre a porta. Ou seja, deixa a emoção fluir, chora, se expressa e manifesta isso de alguma forma.
Talvez a busca pelo sentido seja o reflexo de todo trauma que todo ser humano tem. A busca por prazer e sensações que nos são tomadas à medida que crescemos e nossa mente se amplia ao passo que se torna mais difícil encontrar significado e sensações em coisas simples.
Um contraponto à nossa sociedade contemporânea, onde a angustia perdura ao repartir nossos conflitos existenciais perante a cobiçada ascensão social. Looping infinito, até que se esvaía o ego e nos conformemos com nossa mediocridade, onde nada podemos controlar no mundo, mas podemos trabalhar melhor nosso emocional visando melhor equilíbrio meio às fases de tristeza comuns em nossa vida.
Enquanto o homem estiver preso à racionalidade, não escapará da angústia, é preciso aceitar e conviver com o absurdo.

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⁠Só Tu

Nem mais e nem menos, somos todos um e somos o que somos, e a cada um, o seu devido valor.
Este dissecar com uma lucidez e simplicidade irrepreensíveis, questões filosóficas comparando "pedra", "planta" " eu" (ser humano) e que resulta, no fim, num profundo respeito pelo lugar das coisas no mundo, remetendo o poeta (ser humano) ao seu singelo, apesar de importante, lugar de apenas mais um ser. Só Tu.

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Meu Medo

Sinto-me, nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo. Pelas plantas que erguidas diante a meus pés, para o calor dos pés que subia um estremecimento de medo e, profundo sentir de tocar e a palma da sola no despenhadeiro de um sussurro de que a terra poderia aprofundar-se de dentro, como não estava fora e previa o passado diante do ocular distante ao meio do nada em mata virgem, erguiam-se certas borboletas batendo asas por todo o corpo.
Como as plantas, a amizade não deve ser muito nem pouco regada. O amor é uma experiência pela qual todo o nosso ser é renovado e refrescado como o são as plantas pela chuva após a seca.
Sei que as pedras existem e as plantas, porque elas existem ,mas não somos mais que alguma coisa ou uma pedra ou uma planta Então as pedras escrevem versos? Então as plantas têm ideias sobre o mundo? Embora com menos clareza que me mostram a pedra e a planta, não sei mais nada. Sim, escrevo versos, e a pedra não escreve versos. Sim, faço ideias sobre o mundo, e a planta nenhumas. Mas é que as pedras não são poetas, são pedras, as plantas são plantas só, e não pensadores.
Os aduladores são como as plantas parasitas que abraçam o tronco e os ramos de uma árvore para melhor a aproveitar e consumir.
Segue teu destino, rega tuas plantas, ama as tuas rosas. O resto é sombra de árvores alheias.

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Meu Jardim

Num dia excessivamente nítido e claro ao raiar de uma manhã amada, dia em que dava a vontade de ter trabalhado muito para nele não trabalhar nada, e me entrevi, como uma estrada por entre as árvores, como por galhos de galhadas que nos tocam o rosto e ao meio de um arbusto perdido em meio ao tudo e no meio do jardim terrestre, no meio mundo do mato terreno, oque talvez seja o grande segredo, aquele grande mistério de que os poetas falsos falam. Mas que não há um todo a que isso pertença e que um conjunto real e verdadeiro é uma doença das nossas ideias.

Digo de mim, sou eu
E não digo mais nada.
Que mais há a dizer?

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⁠1876

Em 1876
Um registro
Na História
Se fez

Assim
Aconteceu
Dom Pedro
Assumiu

Finalmente
O sonho
Do inconfidente

Em Minas
Uma Escola
Apareceu

A corte
Passou
Um telex
Pra França
Chamando
Gorceix

Verdade
Está
Na História
Assim
Se deu

Cem anos
Sonhando
Ensinar
Que
A vida
É lutar

É
A vitória
Sofrida
Assim
Aconteceu



Verdade
Do amor
É
O eterno
Pra dar

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⁠Rebanhos

Porque o único sentido oculto das coisas
É elas não terem sentido oculto nenhum

No dia brancamente nublado
Entristeço quase a medo
E ponho-me a meditar nos problemas que finjo.

Todos dias agora acordo com alegria e pena.
Antigamente acordava sem sensação nenhuma
Acordava.

O rebanho são os meus pensamentos
E os meus pensamentos
São todos sensações


Uma vez amei,
julguei que me amariam,
Mas não fui amado.

Porque sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho de minha altura

Não fui amado
Pela únicagrande razão
Porque não tinha que ser.

Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.

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Hedonismo Epicurista

Voltar aos jardins do passado, reviver, sonhar e podar as velhas novas mudanças descontínuas em uma continuidade vertical e não totalmente apical. Sou como a araponga errante que vive na beira do rio, as orvalhadas da noite me fazem tremer de frio, me fazem tremer de frio como junco na lagoa, feliz da araponga errante que é livre e livre voa.

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Não Volto à Voltaire

Ainda que me falte ar, que me falte o andar do despejar da essência imaterial do abstrato consciente concreto, acabo que por concretizar o meu concreto abstrato natural medíocre.
⁠Robert Desnos (1900-1945), poeta francês, que perdeu a realidadde, ainda que há tempo para alcançar o habituar da adaptação do contorno, acaba que por si só, bailarino como um membro no dançar da vida.
Assim, como em um balanço no pêndulo da gangorra de Deus, acaba que por si só, fantasma na sombra surrealista de nossas vidas. Na divisão do estar descrito em uma inscrita circunscrita em meio a lado. Assim como no surrealismo de um "Sonhador Acordado", devido à sua escrita automática, o melhor “médium” de experiências hipnóticas na poesia,Montparnasse, aparenta-se como sua cama, tapeada em formatos de versos, diversos, contidos em uma roda gigante e não girante.
Uma alegria tumultuosa anuncia uma felicidade medíocre e breve, Deus deve amar os homens medíocres. Fez vários deles. Assim sendo, me revolto e volto em Beto, e digo que diria: " Temos sociólogos bons e medíocres. Uns acabam professores, outros presidentes da República."

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