Textos Fortes

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⁠Paulo na Ditadura Freire

Conforme o tempo foi passando, a potência da filosofia freiriana cresceu. Seu prestígio se espalhou pelo mundo. O incômodo só aumentou, e os herdeiros da ditadura continuam o perseguindo.
A ditadura que expulsou Paulo Freire do Brasil em 1964, paradoxalmente, ajudou a espalhar sua pedagogia pelo mundo. Como um lutador de aikidô, Freire usou a energia repressiva do adversário como impulso da sua própria força.

Inserida por samuelfortes

Branco no Preto

A pele recobre a superfície do corpo e apresenta-se constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. Abaixo em continuidade com a derme está a hipoderme, que, embora tenha a mesma origem da derme, não faz parte da pele, apenas serve-lhe de suporte e união com os órgãos subjacentes.
Se somos majoritariamente mestiços, aqueles lugares do poder colonizador, podem ser preservados também como recordação dos que ameaçaram e exploraram nossos ancestrais. E quem não é mestiço na epiderme, vive a mestiçagem na experiência cotidiana de alimentação, vocabulário e outras práticas culturais.
Nosso patrimônio histórico vai além de fortalezas, engenhos, salões palacianos, embora devamos preservar, estudar, conhecer esses espaços para melhor entendermos sua importância nas relações sociais. Tal patrimônio, ampliado e contextualizado socialmente, será capaz de nos abranger na complexidade de nossas experiências.
Discutir a Imprensa periódica, que surgiu tão tardiamente em nosso país, é igualmente necessário em termos gerais da História Cultural, diante do caráter ainda mais tardio de uma indústria editorial no país voltada para a produção de livros, donde jornais e revistas ainda se constituírem, naquela época, em núcleos muito importantes de debate intelectual e artístico, além de político, é claro.

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Alheio ao Passageiro Alado

Todas as vidas que só tive
Só tive em numa outrora, estive.
Livra-me deste maldito ego.
Que não é eu.
Porque eu sou.

Que não haja lama nas estradas
Minha vida em devaneio
Que não haja lama em meus pensamentos
Fiz de mim o que não soube
O que de mim, não fiz.

Quando me atirei e me vi ao espelho
Já havia envelhecido.
Que não haja nem folhas mortas
Meu coração está cansado
Que não haja cinzas nas lagoas dos meus propósitos.
Torna-me puro como a água e alto como o céu.
Fazendo meu dia involuntariamente
Seguro como o sol que natural o faz
Minha cor do meu alto céu

Mostrando tudo como um único dia.
Não aprendo a tua serenidade
Na medida que sou meu sono
Na medida que tenho sono
Não sou meu dono
E só me encontro
Quando totalmente de mim
Fujo

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Bate Palmas


Ele dorme
Dentro da minha alma
Às vezes ele acorda de noite
Brinca com meus sonhos
E bate Palma

⁠Plenitude
De ser
Total

Tranquilidade
De consciência
Essência

Complacência
De
Despertar

Generosidade
De suave
Entardecer

Símbolos
Mágicos

Harmonia
De formas

Espíritos
Fluindo

No insondável
Alegria!
Viver!

Inserida por samuelfortes

⁠O Mergulhão Asfáltico

Pelo que
De mim
Entendo
Ser...

Pensou
De si
Para si


Mais
Que ver
Transver

Seja lá
O que isso
Venha a ser

Olhou
De esguelha
Própria sombra

Sempre ali
Se o sol
Se faz

Discreta
Diante
A lua...

Se
Se faz
Em sombras
Existe


Mais
Não é
Preciso

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Utópica Ousadia


⁠No cantar
Do galo
Cutucar
De raio
Luz

Puxar
De sol
De
Outras
Bandas

Pisar
De pés
Descalços
Orvalhar
Poeira
Caminhar

Na mente
Nada mais
Presença
Que
A ausência

Um sempre
Sentido
Diante
Da maluquice
Existir

Vivendo
O
Não entender

Viveu ´
Tem vivido
Fantástica
Fantasia


Jamais
Pensada
Imaginada
Pela mais
Ousada
Utopia

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⁠O Pular de Cordas

Ver
De só ver
Que somente
O ver
Das coisas

Falar
De só falar
Que somente
O falar
Das coisas

Sentir
De só sentir
Que sentimento
É coisa
De sentir
Que só

De assustar
Mesmo
A sempre
Presente
Possibilidade

De
Não mais
Poder
Comtemplar

O que
De mais
Belo
Possa
Existir

Que conversar
Por conversar
Não diz muito
De solidão

Fantasma
Que assombra
Sem
Nem sempre
Se fazer
presença

Raízes
Destroem
Ainda que
Crescendo
Construindo


Fazem
Do viver
Permanente
Atravessar

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O Escorregar de Manejo


⁠Cheiro
De poeira
Molhada
De chuva
Esperta
Em
Caminho
De
De terra

Sensação
De apruveitá
Qui nem
Tempo
De chuva
É

Chuva
Marota
Apertando
Água
De enxurrada
Já cobrindo
O pé

Essa
Outras
Lembranças
Perdidas
No tempo
Na memória
De quando

Nem sabe
Se foi
Se ainda
É

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Acidificação Estrutural


⁠Componentes
Do DNA
Do Universo

Nossas
Singularidades
Suas vicissitudes
Inimagináveis
Vibrações

Magia
Da
Evolução

Refúgio
Da vida
Em
Si mesma

Sujeitas
Ao intemperismo
Cósmico

Dando
Sustância
Ao nosso
Existir

E a vida
Se alimentando
De vida!
Vá entender!

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Rebeldia

⁠Na vida
Risco maior
Habituar-se
Com
O
Estabelecido

Rebeldia!

Provocar
O pensar
Não
O que
Pensar

Rebeldia!

Envelhecer
Tentando
Rejuvenescer

Rebeldia!

Ter sempre
Em mente
A vida

Rebeldia!

Mesmice
É
Idiotice

Rebeldia!

Na caverna
Retro tópica
De Platão
Rir
Das sombras

Rebeldia!

Inserida por samuelfortes

Dramaticidade Onisciente
⁠Mesmo
Na
Dramaticidade
Das
Vicissitudes
Ter sempre
Um tempo

Tempo
De se
Lembrar
Recordar

Olhar
De olhos
Docemente
Cerrados

Mãos
Sobre mãos
Pinicando

Movimentos
Alternados
Pra cima
Pra baixo
Brincando


De
Gavião Pinhé
Um doce
Pra quem
Souber
O que é
Como é

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Reflexo Absurdo da Distância


⁠Todos os rios tem o seu narciso. Imagino as águas de um rio se exibindo para o céu azul de um dia ensolarado. O poema em si, é uma beleza de palavras ricas escritas não a lápis mas com tinta. Belas são as mãos de quem escreve algo que nos faz sonhar. Todos os homens tem o seu rio.
Os rios abandonam os homens que envelhecem distantemente da sua infância.

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Pré-datado



“Anos atrás, quando eu mapeei mentalmente pela primeira vez o que significaria andar à frente, havia meia dúzia de arremessos em que eu pensava: Oh, isso é um movimento assustador e essa é uma sequência realmente assustadora, e aquela pequena laje e aquela travessia. Havia tantas pequenas seções onde eu pensava, mas nos anos seguintes, eu empurrei minha zona de conforto e a tornei cada vez maior até que esses objetivos que pareciam totalmente loucos acabariam caindo no reino do possível.”

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⁠Engana-se


⁠Engana-se! Tu és único, por isso, és diferente de tudo e de todos.
Sua personalidade, inteligência, cheiro, performance, beleza, virilidade... são exclusividade deste homem, super, que é você.
Uma poesia de raiz profunda, intensamente na mais íntima incrustação da alma poética diante do mundo, das coisas, de tudo que o mundo é dentro de si e também dentro de nós.


Ontem só fotografei pedras
E a pedra afinal
Parecia-se comigo

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⁠Imbigão e Padrão



Broa
De fubá
Grosso

Com
Torresmo

Assada
Na panela
De ferro

Com braza
Em riba

No fogão
De lenha

Cozinha
Chão
De tijolo

Picumã
Na parede

Cambão
De piaba
Na fumaça

Lamparina
De querosene

Lampião

Na sala
De visita

Café
Passado
No cuadô
De pano...

Como
Explicar
Isso
Pra vida

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O Poeta Lúdico e o Louco

Na insegurança
Das decisões
A angústia
Da ansiedade

Na incerteza
Do que está
Por vir
O temor

Onde
O tempo
Livre
De toda
Matéria
De que
São feitos
Os medos?

Quando
O tempo
De realizar
O que
Se aspira?

De recusar-se
A morrer
Sem ter
Vivido?

Que dizer
Da ética
Do agir
Sujeita
À ação
Da violência?

À tragédia
Do desamparo?

À submissão
Da incompetência?

À catástrofe
Do terrorismo?

À dramaticidade
Da tortura?

Ao sofrimento
Da descompaixão?

À insensibilidade
Da ambiguidade?

À tristeza
Que emudece?

À arrogância
Que asfixia?

Às esperanças
Frustradas?

Aos fantasmas
Dos medos?

Nada
Mais aterrador
Que cristalizar-se
Num estado
De maturidade!

No rescaldo
A sensação
De diluição
De algo
Imprescindível

Por vezes
A loucura
Só é lúdica
À distância!

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⁠Mudez

Mudo, mas não mudo muito
⁠Na esquina da cortina ao alto mar
Me vejo
Desejo de ser e tocar de vidro frio

Do horizonte cheio de montes baixos
Desembrulhar-me e ser eu
E raspar a tinta
Como os que me pintaram os sentidos

Nas grandes cidades
A vida é mais pequena
Na cidade, as grandes casas fecham
A vista e à chave
E as flores são cor da sombra

E tornam-nos pobres,
Porquê a nossa única riqueza
É ver.

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⁠Processos e Minutas


Como passou depressa o tempo
Como mudou a poesia
Uma gota de chuva
A mais,e o ventre grávido
Estremeceu a terra.

Depois foi só. O amor era mais nada
Sentiu-se pobre e triste como Jó
Um cão, sarnento e de rua
Mas não de todas as ruas

Veio lamber-lhe a mão
Espantado, parou.
Depois foi só

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⁠Feito Fibra e Pedra


Nasceste para o sol
És mocidade
Em plena floração
Rosa que enfloreceu

Sobre teu rosto soberano
A vida em ti, que é sumo alegria
Em plena floração, fruto sem dano

Numa severa afirmação da luta
Uma impassível negação da morte
Feito pó, feito pólen

Feito fibra
Feito pedra

Inserida por samuelfortes

Parapeito



Falar sem aspas, amar sem interrogação, sonhar com reticências e viver sem ponto final.
Enquanto você sonha, estará fazendo rascunhos de seu futuro. Você nunca encontrará o arco-íris se estiver olhando para baixo, pensamos muito e sentimos muito pouco, sendo assim, a vida é uma tragédia quando vista de perto, mas se torna uma comédia, quando se vista ao longe.

Inserida por samuelfortes