Textos Fortes

Cerca de 1121 textos Fortes

⁠Capitão de Areia

Garoto abandonado na Bahia é capitão de areia. Capitão de areia, capitão na areia.
Por tanto ter sido deixado pra trás, aprendeu a dizer adeus antes de ser abandonado outra vez. O homem tem mãos para alcançar as estrelas, e não consegue alcançar o menino abandonado do outro lado da rua.

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Pelo que Pode Vir

Como foi pensado e discuto como meio físico, o estudo em geral, a busca da verdade e da beleza são domínios em que nos é consentido ficar crianças toda a vida.Tudo o que dorme é criança de novo. Talvez porque no sono não se possa fazer mal, e se não se dá conta da vida, o maior criminoso, o mais fechado egoísta, é sagrado, por uma magia natural, enquanto dorme. Entre matar quem dorme e matar uma criança não conheço diferença que se sinta. No encaixe de sermos seres adequados e antiquados, quando vejo uma criança, ela inspira-me dois sentimentos: ternura, pelo que é, e respeito pelo que pode vir à ser.

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O Texto.

Existe uma frase e ela é bem pertinente para àquele que sai para colecionar mulheres. Aquele que conheceu apenas a sua, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil. A companhia é algo que não nos faz sentirmos sós, e a companhia da multidão é nociva: há sempre alguém que nos ensina a gostar de um vício, ou que, sem que percebamos, transmite-nos esse vício por completo ou em parte.
Quanto mais numerosas forem as pessoas com as quais convivemos, maior é o perigo. A pobreza e a preguiça, andam sempre em companhia.
O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são tão saudosas, o que se sente, exige o momento e, passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.

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Chama & Fogão a Lenha

⁠Pois é, assim como o fogo que consome e se consome e, some, ou do atrito de duas pedras chispam faíscas, das faíscas vem o fogo, do fogo brota a luz. Assim como a gula é uma fuga emocional, um sinal de que algo está nos comendo, assim como o fogo se consome, você continuará sofrendo se tiver uma reação emocional a tudo que é dito à você, seremos como o fogo que se queima sem se ver. O verdadeiro poder é sentar e observar tudo com lógica. Se as palavras controlam a sua essência, assim como o fogo controla a lenha e a lenha alimenta o fogo, isso significa que todos podem controlá-lo. Respire e permita que as coisas passem. Inteligência emocional não é segurar as emoções, é usar a razão e sentir a emoção, inteligência emocional é quando cérebro e coração são amigos, assim como a lenha e o fogo.

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⁠Entre Dor e Prazer

Entre a dor e o prazer, escolha a dor. Entre a verdade ou o falso, encolha a verdade. A verdade e a dor podem ser amargas com quem as procura, mas lembre-se: o amargo é o que realça o doce. O doce pode ter várias facetas, mas o amargo é sempre amargo.
Alguns homens perturbam-se com a verdade, por achá-la amarga e dolorosa. A verdade, no entanto, não é dolorosa, nem tampouco amarga, é que esses homens acostumaram-se com a mentira.
O divertimento seria o seguinte: você deseja o que você não tem, de repente você consegue o que você deseja e ai você não deseja mais e ai passa a desejar outra coisa. O divertimento seria assim trifásico: querer o que não se tem, conseguir o que desejava antes, e buscar agora outra coisa que agora deseja. Então você percebe que o divertimento é marcado por um pêndulo: ou você deseja e não tem, ou tem o que não deseja mais. Percebam que a lógica do divertimento é a lógica do saco sem fundo, é a lógica do invariavelmente faltando coisas e você estará invariavelmente buscando aquilo que te falta.

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Martelo Comunista


O Homem se fez e se faz no trabalho, desde quando um aleijão virou o dedão de lado, pois resultou na pegada da pinça entre dois dedos. Pôde segurar mais bem a comida, pegar as frutas, arrancar as raízes, catar as sementes, os seixos, com o auxílio de uma alavanca em ponto de apoio deslocar as pedras e o mundo, e com o martelo quebrar. Com o cinzel e um pincel, com pigmentos orgânicos e minerais, pintar, e com as mãos levantar as casas.
Dominou o mundo e produziu, perdeu o controle da produção e se alienou, pois quem constrói a casa, faz o pão e a plantação, em geral, não tem teto e até passa fome se vendendo e se acabando no trabalho físico sem ficar com a mais-valia que se multiplica no capital com trabalho alheio.
É a vida, mais menos que bem vivida, mas em si o trabalho deveria dignificar o Homem, quando constrói até a cerca que delimita a propriedade privada que completa o domínio do capitalismo.
É isso que se faz no trabalho, ganham pouco, se exauri e aumenta o capital e garantia da propriedade privada que a delimita e impede o invasor.
O dinheiro e cerca são os símbolos do capitalismo. Assim como o martelo cruzado com a foice o símbolo do trabalho e da sua libertação.

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⁠Kantianamente

Kant, como Everest da filosofia. Tento ler, mas sou brutalmente humilhado, estou fazendo uma jornada para chegar aclimatização. Naturalmente que Kant, exija paciência, já que a repetição de palavras é devido à semiologia geográfica e às influências do pensamento local. As teorias tridimensionais vêm da semiótica do verbo alemão e poesia.
Assim como a kultur, que é cultura em alemão. Eu olho desde Friedrich Ratzel, para resolver o problema Estado-Prisão. Como sendo a Filosofia geográfica, ela por si só é essencialmente linguística e hermenêutica. Conheçamos e prossigamos

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Anastomosados e Entrelaçados Rios


⁠Tudo o que dorme, é criança novamente. Talvez, porquê no sono, não se possa fazer mal e se não se dá conta da vida, o maior criminoso, a mais fechada e egoísta arquitetura visual, ao estar longe de nossos demônios que vivem ao apagar das luzes, e que corre pelos corredores ao tocar apagador, enquanto dormimos, há a segurança e, o eterno retorno, nos desperta e não nos fazem mais espertos, nos coloca diante do corredor e do apagador, que, pode estar aceso ou apagado. O tempo passa rápido é água de rio que não volta.

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⁠O Mito de Sísifo

Segundo Camus, o suicídio é o único problema filosófico. Muitos visualizam no suicídio, somente uma maneira de conseguir o que almejam, a saber, extirpar o absurdo da existência. Então, provavelmente, ou é um pico de angústia muito alto, aliado a essa não subjetivação ou um pico, uma angústia contínua e perene que vive como ruído. É um pico de sofrimento tão alto e com pouco recurso para simbolizar esse sofrimento, você tem como defesa, desafetar, ficar em uma lógica um pouco cool, sendo mais da metade Blasé, sendo expert em defesas desinfetantes ou maníacas, indo ao movimento do consumo e se entretém e, quando você entra no olho do furação e enxerga sua própria vida, história, você mesmo não tem recurso, não tem pensamento, não tem formação psíquica, não possuindo conteúdo mental, verbal, simbólico, físico, sem linguagem, potencialidade, se ausentando da inteligência psíquica, cognitiva, para fazer face à vida, e se extingue o conhecimento e a consciência. É muito mais como uma defesa para uma angústia, para um afeto muito avassalador do que uma decisão de que está bom para mim.

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O Assuntá de Assentados

⁠Um
Gostoso
De
Se sentir
Bem

Manhãs
De domingo
Na pracinha

Turma
De sempre
Reunida

Alí

Assentados
No degrau
Da porta
De aço

Um
Encostar
De corpos

Divina
Sensualidade
Contida

Céus
E terra
Se
Fundindo

Secretos
Amores
Nem tanto...

Tempos
De adolescentes
De
Outros tempos

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Descarrilhado


⁠Natureza
Pra ser
Natureza

Precisa
De quatro
Estação

Trem de ferro
Esse trem

Só de uma
Só uma
E tá bão

Café com pão
Café com pão
Café com pão

Muita força
Muita força
Muita força

Vou depressa
Vou correndo
Que só levo
Pouca gente

Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...

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Solidão Aristotélica


Armei minha solidão
Pra me defender
Do pecado da existência

Sem suprimentos
Matei-me com um sorriso
Morto pendurado de esperança

Fui acusado de ilusão
Meu Paradoxismo
Era muito radical

No final do meu surto
Ninguém sabia dizer
Se fui bom, ou era mau

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⁠Assintomático Hipocondríaco


Mudei para o azul
Talvez para o idiocromático
Não lembro se antes era vermelho
Da cor do meu inexistente

Cabe ao tempo verdejante
Cabe ao viajante
Definir o tom da letra
Que já não era mais preta
De fundo branco

Nem violeta
Era sustenido
Singelo
Mas Franco

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Erasmo e a Porta

É necessário que pela primeira vez na vida, diz Hamlet em todos longos os monólogos, que você consiga dizer apenas o que as coisas são, e para isso, Hamlet teve que se fingir de louco. Porque como escreveu Erasmo de Roterdão e, publicado em 1511, Elogio da Loucura, às vezes é necessário ser louco para dizer o óbvio. Às vezes é preciso ser louco para dizer que todos os problemas que nos são mostrados, são problemas falsos, para que nós não vejamos os reais. Que todas as festas, são um barulho alto para impedir que eu expresse a melancolia densa e profunda da minha existência, e quanto eu mais escrever, potássio, potássio, potássio! É sinal que eu estou triste, triste, triste!

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⁠⁠Vou Por Aí

Sua posição está baseada em dois pilares fundamentais: a observação cuidadosa dos limites do entendimento humano e a primazia do hábito como condutor de nossas vidas. Com as inferências que se fazem nas conexões causais, as quais, são as únicas conexões "que podem nos levar além das impressões imediatas da memória e dos sentidos".
As ideias, sempre se originam como cópias de impressões sensíveis ou como associações destas e impressões, impressões, que seriam aquelas sensações por nós experimentadas através dos sentidos: aquilo que ouvimos, vemos e sentimos.

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O Sucesso Alheio e o Autêntico

Todo mundo é alvo de inveja, mas ninguém é invejoso. É o pecado sem pecador, acostume-se a vencer em silêncio e ajudar em anonimato. O primeiro, afasta a inveja e, o segundo, te enche de coração. Sendo a inveja, a tristeza como alimento próprio, que é feliz com a intolerância de si mesmo.

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⁠Cabeça à Prêmio e Ereções

O peixe morre pela boca. O Homem é o que come. A História não se repete!
A Democracia é o menos mal dos governos. O Fascismo é o espectro que ronda o mundo.
A votação até o meio dia transcorria normal, malgrado a pistoleira, o segurança que mata em Paraisópolis e o arsenal e tiroteio do abençoado do padre de quadrilha.
Todo tiranete não acredita na própria sombra, pois sabe da sua fraqueza, daí tira um a um dos que o levaram a ocupar o poder que conseguiu às custas de uma facada e quer retomar na bala perdida dos último dias.
A política só se entende com um partido forte e a militância consciente sem alienados e fanáticos.
Por isso, no Helloween, em vez de cassar as bruxas, elas estão soltas por aí.
Sete vezes, qual praga, havia mudado de partido e mudou para ganhar, pela insatisfação vigente e de novo mudou ao novo, para se juntar com quem atrapalhou todos os governos da Nova República, o Centrão.
Antes, não teve dinheiro nem debates. Agora, sobra dinheiro pelos ralos, FakeNews e debates vazios.
Na cabeça dura não cabe nem capacete, por isso infringe a Lei fazendo motociata com a cabeça à prêmio.
Vai continuar falando ao vento, que mudou e sopra liberdade em mar calmo, com fartura de peixe.

30\10\2022 Eleições Brasileira\Segundo turno

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⁠Paganismo

Eu estive ausente e morto por toda uma eternidade, agora estou fazendo os preparativos para o funeral: estou convidando alguns parentes e amigos, mas antes é preciso conhecê-los, estou criando memórias e lembranças alheias para que sejam usadas como prova de minha breve visita, e estou, acima de tudo, esboçando um epitáfio: "vivi para convidar alguns conhecidos para lamentar minha ausência, porém, desta vez, uma ausência que se fará a frente de testemunhas."

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⁠Quando me Olho

Muito se comenta a respeito da alienação que a internet e as redes sociais produzem nas pessoas, mas essa alienação já era induzida pela leitura de livros em papel. A questão não é o veículo, livro ou internet, mas a propensão da mente humana em buscar informação e exagerar nisso de modo a construir para si um mundo paralelo mais a seu gosto que o mundo real.
Quando me olho, duvido muito que ele tivesse qualquer neurose em relação a isso. É apenas cânone literário. Dissecar um cânone literário e ver sua relação com a existência humana e geográfica, assim como a relação com o seu tempo é a essência da época.
A questão religiosa mundial tem a ver com um cânone literário e citações. Aleatório ou contextual? É uma razão bíblica, talmúdica e islâmica em jogo.
Inclusive, se você decide demonstrar o que define a religiosidade nacional do futuro.
Na minha concepção desde a infância, pelas minhas observações, a tendência de abrir um livro, música e outros, pegar trechos e interpretação de ordenamentos é uma tendência.

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Ser e Estar

⁠Porque o verbo "ser", está em concordância com o núcleo do sujeito "maioria". E, "maioria", embora denote uma quantidade maior de qualquer substantivo contável, é uma palavra no singular. Por isso que "a maioria", é. E, "a maioria" nunca "são".

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