Textos Felicidade e Amor

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►No Parque Municipal

Agora estou lembrando daquele dia
Aquela nossa alegria
Passeando no Parque Municipal
De mãos dadas, fora sensacional
Isso sim foi um encontro de casal
Apaixonados, fomos ver um filme, que tal?
Divertimos tanto que não vimos o tempo passar
Abraçados ficamos na fila, esperando o filme começar
Sentamos nas últimas cadeiras
Acalmem-se, não pensem besteiras
Lembro que havia comprado doces para ela
Para mim já bastava o sorriso dela
Mesmo na sala escura, conseguia ver
Queria novamente aquela cena reviver
Mas quero apenas escrever versos com sentido belo
Então mais uma vez, a caneta pego
Escrever sobre aquele tempo eu quero
No começo do filme perguntei qual era a história
Não conhecia ele, mas quem escolheu foi ela, oh glória
Disse para mim que se tratava de uma batalha
Imaginei que seria como escudo e espada
Acabou que minha mente, pela imaginação, fora enganada
Se tratava de uma luta, por uma causa
Imaginação minha era falsa
Me perdi muitas vezes
Provavelmente mais que treze
Já ela, interagia com o telão
Em alguns momentos, apertava minha mão
Ela participava da ação
Disso ela não podia dizer que não.

O filme, para mim, tinha uma extensa duração
Para ser sincero, não entendi o objetivo, a razão
Inicio ao fim foi, na minha mente, uma grande confusão
Sua luxúria me chamou nos créditos finais
Não fizemos nada demais
Haviam, na sala, outros casais
As cadeiras estavam "atrapalhando" os abraços
Aqueles famosos "amassos"
Chamem do que quiserem, mas dessa memória não me desfaço
Os créditos estavam repletos de cenas à repetir
Apenas seus beijos, naquele momento, queria sentir
Eu nem mesmo tentei resistir
Eu apenas sorri
Aproveitando o amor que ela sentia por mim
"Também amo à ti"
E o filme chegou ao seu fim
Acabei por não entender nada
Partimos então da sala
Estranhamente, dizia ela, estava cansada
Claro, foi a sessão de cinema mais animada
Onde certas garotas, ao filme, participavam
Animavam, encantavam e festejavam
Ela não fora a única
Antes que apareça uma dúvida
Eu estava satisfeito com aquilo
Não queria me desgrudar daquilo
Ela era minha noz, e eu um esquilo
Ao lado dela, caminhava tranquilo
A solidão não pesava nem um quilo.

Retornamos ao imenso Parque
Eu mesmo me perguntei, "Para quê?"
Ela dizia gostar dali, era relaxante
Porém ela disse isso de forma interessante
Ela começou, comigo, a procurar
Um cantinho para nos sentar
E também para ela descansar
Aquele lugar era ótimo para encontros
Haviam casais nos quatro cantos
Foi bom, não havia ninguém em prantos
De frente para o lago, encontramos o lugar
Uma relação não gira em torno de "beijar"
Ela queria contar, mas estava calada
Desejaria ser abraçada?
"Daria uma facilitada", pensei
"Gosto muito de você", "eu sei"
"Sinto o mesmo", disse para ela, "minha pequena"
Tudo ficou calmo, ela parecia serena
Me abraçou e no meu ouvido, baixo, falou
"Obrigada por me fazer feliz"
E a cabeça, em meu peito, encostou
Deixo agora uma nota do autor
Que no caso sou eu, o escritor
"Sinto tua falta, e não saberás
Espero um dia poder te avistar
Não poder mais te abraçar
Não poder, pelas ruas lotadas, te carregar
Deixando-te envergonhada
Pequena enciumada
Agora és a ex-namorada".

Inserida por AteopPensador

Amo amo amo
Com coração aberto, sem medo.
E agradeço aos Deuses por ter esse dom
Ao contrário do que falam, amor não machuca, não fere,não humilha.
Amor cura ,alivia, engrandece, renova as esperanças, é o Sopro de vida que nos mantém em pé, me faz acordar e sorrir pra vida diariamente,
Infelizes os que não conseguem sentir, ter o estômago cheio de borboletas. Aquele suspiro forte que vem do fundo do ser, muitas vezes nos dá a sensação que vai faltar o ar, aquela vontade súbita e encontrolavel de correr pro meu amor, e olhar seus olhos azuis e me embriagar de prazer, provocar seu sorriso algumas vezes de cantinho de boca, beijar a sua nuca e provocar-lhe arrepios, receber seu bom dia e o sol brilha, mudando as diretriz. Amo de coração aberto tendo tua essência como proteção e pode vir qualquer desafio que dou "Conta tio Zoca".

Inserida por Clarajane

Bem Pelos Anos Rebeldes/Yacale

Bem jovens(éramos jovens),estamos descalços.
Entre a nostalgia do fim da madrugada,os raios de sol chegavam em nossos rostos e aquele calor era a única coisa que nós tínhamos de valor,nossa amizade firmava uma senescência.
Me recordo como hoje,aquelas palmeiras imperiais,cheias de vida nos chamando para prestigia-las.
Mas aquilo sim...
Era
Foi
E sempre será nossa juventude.

Inserida por jefferson_werller

'FÉRIAS AMAZÔNIDA'

O vento sopra o inferno. O calor amazônico flutua sob o rio, deixando as pessoas em flamas, desnutrindo-as nos barcos calorentos...

O rio amazonas engole leitos e o abstrato. Os ribeirinhas se aproximam ainda mais das matas, com seus filhos, pescando nos barcos que passam...

As crianças gritam, sons abafados pedindo comida dos céus. De repente a correnteza os ouvem e algumas migalhas vão ficando para trás, flutuandos ao léu...

A Capital tem ócio, tem casas penduradas, como a violência íngreme e diária. O ribeirinha tem sonhos: passar as férias na capital...

Mal sabe do dragão atormentando pessoas, sem água tratada, sem alegria no rosto. Férias tem mais sabor nos córregos, no vento balançando a casa simples de palha...

No paladar arejado, comendo o peixe sem sal. No mergulho diário lavando a alma. Na ausência de tormento e do barulho da cidade grande...

O cosmopolita tem sonhos: passar férias nas terras do ribeirinha...

Inserida por risomarsilva

'RIBEIRINHA'

Vejo o infinito passear nas águas.
À minha frente há paraísos.
Escurece.
É hora de ascender lamparinas ou olhar vaga-lumes,
desmitificando a escuridão...

O peixe está na brasa.
Crianças alegres estão a brincar,
sem ter pressa de chegada.
Sou morada a ver navios,
com suas guloseimas distantes...

Sou acenos,
canoas cortando rios,
a caçula trouxe um pote de doce.
A mesa está farta.
Cantaremos músicas populares para agradecer.
E para que o amanhã seja feliz como o hoje...

Inserida por risomarsilva

LAR DOCE LAR

Nas ruas,
o barulho tardio.
Pessoas atônitas,
andando de um lado para o outro.
Há crianças perdidas.
Observa-se penumbras.
Pássaros voando sob telhados...

Tudo à céu aberto,
cheiros triviais,
desses sentidos no aconchego do lar.
Em flash back,
as feridas vão se abrindo,
uma a uma...

A percurso será longo,
como a acre canção que não finda.
A chegada cortante,
como o rio e seus talha-mares.
Lentamente,
tudo fica longínquo...

Ventos formam alusões,
e o infinito distorcido aparece.
A metrópole dá lugar a paisagens exuberantes.
A cidade vai encolhendo com seus arranha-céus.
O coração distante,
bate descompassado...

Os olhos molhados agradecem,
na esperança que as telas se reiterem,
e os quebra-cabeças regressem um a um como antes.
A saudade vai sendo esquecida.
E o doce lar vai abraçando seu tirano,
serenamente...

Inserida por risomarsilva

TRABALHA A DOR

A TV na vitrine
Casa emprestada
O operário é um cisne no lago
Asas quebradas
Vendendo força de trabalho

Poder na produção
Não pode cansar [de domingo a domingo]
Manufatura em excesso
Recebe migalhas
Declínio no preço...

Ideologia de igualdades
Sutilizados pelo empregador
O sofisma é aparente
O empregador abastece cidades
Com o suor do trabalha a dor...

Monta todas as TV's
Sem descanso no trabalho
Tem suas aparentes metas
Acorda no alvorecer
Assim como borboletas...

Tentando voar com amarras
Sonhando com a imensidão sem limites
Almejando casulo melhor
Mas é apenas robô mecânico
Mero historiador sem história....

Metamorfose agridoce
O capitalismo é uma sucessão da miséria
Mas permanece como se não fosse
Eis a sorte do trabalha a dor:
Explorado por bactérias...

E eis que o trabalha a dor
Continua sem a TV que tanto sonhara
Sem seu feudo para apaziguar o suor
Utopizando a vida genuína
Falácias de quem vence a dor...

Inserida por risomarsilva

'MEU COLEGA DE QUARTO'

Ele sempre chora.
E perde as estribeiras.
Clama pelas razões que lhe sustentam.
Tem o coração do tamanho de um trem,
viajando por vilarejos,
perfeccionado o amanhã,
diferente do hoje...

Sonha com os pretextos,
esquecidos nas janelas.
Tem o coração remendado de razões banais.
Ele sofre,
como o copo quebrado,
perfurando a pele,
fragmentando abraços...

Tolo,
esquece bicicleta nas ruas,
fotografias no chão.
Espera sorrisos que não vem.
E aguarda esperança nos diálogos trazidos pelos ventos.
O presente fez-se maré,
e todos não entendem...

Ele é reflexo,
vidro polido.
Com suas lágrimas intermitentes e diárias.
O quarto está escuro e não se pode vê-lo.
Queria não sê-lo,
e não desejar-lhe imagens diárias.
Meu colega de quarto,
o espelho,
tão singular,
transparente,
sempre foge de mim...

Inserida por risomarsilva

'TE DESEJO O MELHOR, CARO IRMÃO'

Que o amanhã seja melhor que hoje,
e suas esperanças já engavetadas sejam libertas.
A 'liberdade' tem sido tua inimiga,
privando-te de viver razoavelmente a vida,
de sentir as tantas fragrâncias expostas ao nosso redor.
Olha a tua dor como aprendizado e algo passageiro,
lembrando que tu a compartilha,
sem que percebas...

Não se precisa daqueles enormes castelos vistos nos filmes de ficção para ser feliz.
Precisamos cultivar apenas um: o nosso castelo interior.
Que ele seja simples,
aconchegante e de bom grado.
As construções da vida começam com um pequenino tijolo,
depois,
se tiveres foco,
virão as próximas etapas...

Não esqueces de acolchoar a cama [para que ela fique quente] nas noites geladas.
Não te entristeces se sentires muito frio.
Levantas as mãos e pede lençóis.
A 'jogada' estar em dar o primeiro passo,
o primeiro abraço verdadeiro.
A labuta tem que ser diária,
para confortar a alma.
Se o quarto sempre escurece,
janelas deverão ser abertas para que a luz da lua nos ampare,
sem medos ou receios...

Não quero te perder para a ignorância,
nem tampouco para o mundo negro.
Ando triste ao ver esses olhos vendados,
culminando falência de órgãos.
Lembras que,
há como contornar quase todas as situações desarmoniosas da vida e mudar uma história.
Não te fixas em reescrever o presente tão sofrido focado no passado.
Te fixas num novo recomeço.
Vira a página calmamente e sem pressa.
Vê que ela estar em branco,
precisando das tuas mãos com novos pincéis e outras tintas.
Não há erro em recomeçar uma nova história,
uma nova vida...

Inserida por risomarsilva

'PORTA'

A porta não está deserta,
há fantasmas fazendo-lhe companhia.
Indivíduos mórbidos,
cada vez que é entreaberta...

Atrás dela,
as faces e as dores.
Com seus condolentes personagens,
gritos sem cores...

A porta é áspera,
e não abri com facilidade.
Por mais que se tente,
é tristeza aparente e saudade...

Mas a porta há de enfraquecer-se,
nas suas microbactérias.
E os pequenos olhares terão lugar definido,
com suas reconstruções e artérias...

Ela é passagem,
caminho bucólico.
Não precisas mais ocultar-se,
nem cantar canções melancólicas...

Teus segredos já fora definhados,
tenta seguir a razão.
Ser alegre na intuição,
escultando as pessoas de tenra idade...

Somos alguém,
com nossas portas esquartejadas,
algumas dolosas,
nas suas formas diferenciadas...

Porém,
somos vigor e podemos mais que ela,
aflingi-mo-los eis as sequelas,
e as esperanças baterão à nossa porta...

Não evitas o mundo,
nem tenta ser abstrato!
Abre todas as portas sem receios,
e não será mais refém desse quarto...

Inserida por risomarsilva

'ESPARTILHO'

O espartilho,
vazio.
Ninguém vê condolências,
tampouco adiposidade.
Sem castilhos,
sem brio.
Amordaçando consciência,
vislumbrando fatuidade...

Há barbatanas,
melancolias.
Lâminas cortando o abdome,
exíguo.
Ah Juliana!
Vê essa travessia.
Não dê tanta atenção para os homens,
para quê tantos castigos?

Afrouxas o corriqueiro,
delgado.
Já és esbelta,
graciosa.
Coração em jasmineiro,
delicado.
Seguras a fisberta,
e não deixes cair a rosa...

Inserida por risomarsilva

'PALHAÇO'

Seu universo,
controverso.
Alegria de palco.
Levando alegria,
sinestesia.
Exteriorizado...

Escondido,
nos seus malabarismos,
absorvendo aplausos.
A comédia terminou,
a face congelou,
vida real...

Falta elementos,
tudo fingimento!
O cômico não é angelical.
Ego indignado,
tudo abarrotado,
Ele transformara-se...

Comédia da vida sem alma,
sem calmas,
Particípio.
Sem séries,
nas suas imterpéries.
Sem gesticulações no espelho.
O palco é agora colinas,
e as tantas neblinas,
fez do palhaço homem...

Inserida por risomarsilva

'ESSA SEMANA'

Vi um rosto que não via há anos e bateu uma saudade no peito rasgando todo o tempo perdido.
Pitada de esperança em revê-lo,
abraçar-lhe e falar dos anos escorregadios na qual passamos juntos...

Presenciei uma idosa correndo atrás de dinheiro desesperadamente,
igual a uma criança, correndo atrás de pipas, sem conseguir ter paradeiro para suas refeições diárias.
Fiquei meio intrigado com isso...

Abracei um problema que não era meu.
Mas o fiz por entender que o próximo é a nossa mais fiel semelhança.
Temos muito de congênere,
comportamentos parecidos,
mas análises e ponto de vista diferentes...

Era para ser uma semana normal.
Mas atrasei-me ao buscar o filho na escola.
Não conversei habitualmente com algumas pessoas como de costume.
Fui 'duro' com algumas pessoas e não abracei meu cão...

A semana passa rápido após os quarenta.
Essa foi de nostalgia,
algumas pessoas 'partiram' de súbito,
Não tiveram oportunidade de pedir perdão,
ou despedir-se carinhosamente da mãe,
dos irmãos,
amigos...

A semana finda,
e com ela,
tantas desesperanças...

Inserida por risomarsilva

'CORAÇÃO III'

Coração
mar de indecisões
Descompreensões e outras cifras
Debilitado nas condições de amar
Relutante como as pedras nas cachoeiras
caindo lentamente
Avistando abismos
Preservando sequelas
enxurradas
Conflitante ao extremo
Sangrando feridas vãs
Mórbido nos limbos
Desencorajador de almas
Incógnita conclamando o futuro
vivendo migalhas a cada manhã
Eco sem respostas
Existo?
Não sei!
Talvez!
Indecisão causando confusão
Não sendo o que me pedem
Coração
nasceu mórbido
Conflitante consigo
Tenta ser diferente
escalar penhasco
Verdade seja dita!
É semelhante aos outros
Deixa ser abatido
Morrendo mas ainda pulsando
Às vezes sorrindo
chorando
Tudo imaginação!
Com suas brechas e espaços
Coração
vida e morte!
Pulsar estranho
Tarântula escorregadia nos olhos
Desprendendo veneno e revivendo leucócitos
Tem flechas
ceifando sonhos
A vida a cada pulsar diminui
Tintas em papiros
sem muita razão e sombreado
Coisas do coração!
Tudo soa tão banal
Que truculento esse meu amigão
Artista sem intenção
E a decisão é não mais tê-lo
Coração
é chegada a hora!
Não se precisa de órgão
Somos perecíveis
Para quê sequelas?
Costelas não abrasam a dor
Se quer um coração de verdade
Desses que se joga no rio
esperando ele fazer o percurso sozinho
Provisório
como respirar outras intenções
fotografando imagens diferentes
reais
Coração sem pretextos...

Inserida por risomarsilva

'PERCURSO...'

Ele sempre caminhava pelas ruas observando a crueldade.
Numa de suas andanças,
percebeu uma pobre criança,
a pedir comida a um senhor que o rejeitou.
Mas à frente,
um vetusto de idade,
já sem conhecer a cidade,
tentando atravessar a rua sem que ninguém o ajudasse.
Mas à frente,
observou um nasocômio,
Ali presenciou pessoas enfermas!
Outras truculentas.
Pessoas sofrendo nas filas ali formadas.
Olhares abatidos,
desesperadas...

Voando pelos lados,
viu pessoas jogadas ao chão.
Cheiro de fome e frio,
sem brio perdidas no vício.
Amotinação de carne humana,
sem ação.
Céleres andando de um lugar para o outro,
andar sem direção.
Caminhando em volta da pequena praça,
ninhos de celeiros à céu aberto...

Cidade metropolitana com seus metropolitanos fantasmas.
Passou na igreja e presenciou uma porção de tristezas espalhadas.
Refúgio de ludibriados,
pensando ser desanuviados.
E a nuvem de truculências e idolatrias estavam seguidas juntas.
A partir de então,
o homem resolveu ser triste por excelência.
Um mundo triste,
cheio de pessoas tristes.
Tristeza refletindo adolescentes contemporâneos.
As tantas guerras entre si,
sementes cultivadas pelo esboço humano...

O homem triste sempre chora ao perceber que os milagres não mais existem.
E que as enfermidades escurecem o amanhecer.
Toda sua tristeza percorre-lhe novamente à alma como um menino nascendo.
E lembra do pequeno parto que é a vida,
dos pequenos verbetes que lhe atingem a alma olhando fotografias antigas.
Pequenas descobertas parecem tão reais,
triviais,
fortalecendo o percurso.
Ele toma seu café da manhã como se fosse o primeiro,
talvez o último.
Cheiro de 'novo'.
Mas novamente faz o mesmo decurso,
cheio de atalhos,
sem pássaros para mostrar-lhe as melodias.
Percursos que ainda podem reviram um coração cheio de dor...

Inserida por risomarsilva

'VETUSTO'

Aprendi tanto.
Borboleta voando em lugares.
Ubiquidade avistando publicações do paraíso,
juntando amontoados de aprendizados.
Plantei dores,
sem jamais esquecer das pitadas de esperanças no olhar.
A fé cultivada virou bonança em plena tempestade...

Sonhei tanto.
Sonhos imperceptíveis que ainda alegram a alma e o coração.
Há um tempo em que os sonhos chegam ao fim,
perpetuando a linha azul do horizonte,
e as estrelas perdem o brilho.
Tudo fica sem sabor...

Sorri tanto.
[Sorrisos verdadeiros,
outros faz de conta.]
Se o amanhã não mais abrir as cortinas,
e as lágrimas caírem,
lembre do sorriso que lavava o coração,
e deixava o dia mais colorido...

Vivi tanto.
Mas as estações são passageiras aos oitenta.
Outras vezes demora na dor.
Vi netos,
bisnetos.
Filhos agarrados na compaixão,
mágoas em tantos corações...

Já esqueci quase tudo.
Agora só abstrações,
os flashes veem para apaziguar a dor.
Quarto escuro e seus muros.
Perdido não apenas no cansaço,
esperando a hora de um abraço ou do sono infernal,
sem tantas crenças no por do sol...

Inserida por risomarsilva

NAS NUVENS [PRAÇAS]

Um dia ficara adulto e percebeu não ser criança.
Semelhante aos demais,
a vida lúgubre.
Passou a andar rude nas praças.
A olhar para o céu,
'bestiado' porque as nuvens nunca caem...

Talvez elas declinem nas suas formas várias - pensara!
Exuberantes e tão tempestuosas.
Nuvens de poeira e algodão doce ficadas para trás.
Como a vida metaforizada,
nuvens levadas ao ermo...

A praça estar vazia.
Nos céus,
nuvens de orações e tecnologias.
Sem perceber,
as praças caíra no esquecimento,
surrupiadas e expostas nos ventos,
sem ar...

Tudo perde a graça ao olhar para o céu sem granizos.
E todo o tempo as nuvens sempre caem em chuviscos.
Das praças mirando ao alto,
as nuvens já são tão repetitivas.
Menos as células abaixo,
enferrujadas envelhecendo sorrisos...

As pessoas só veem aqui [praça] por algum tempo,
quando tem a liberdade de fitar os olhos nas suas tempestades.
Após,
se aprisionam em outros espaços caóticos,
nuvens de areia impactando-se...

Na praça há multidões,
chuvas ácidas.
Nas nuvens,
simplórios corações dualistas.
Seres matando expectativas sem antes abraçá-las...
Sempre se olha para as nuvens asfixiando conquistas.
E as praças em preto e branco,
já não tão mais otimista,
lembra saudade e solidão...

Inserida por risomarsilva

Astronauta
Me sinto como um astronauta
Meio perdida,mas não no espaço
Me sinto corrompida,mas pela gravidade

Que me faz flutuar em meus fluidos pensamentos
Pensamentos que são como rochas e vento

Me sinto como uma astronauta
Sozinha,solitária
Mas quando olha para a lua
Se sente inabalável
Se sente perdoável.

Saudades de sua família
Eles estão em seu coração
Um coração de tinta
Que tem tanto sangue em suas mãos.

Que pena que você me deixou,queria o deixar também
Meu coração estava em chamas
Minha vida em pedaços
Meu mundo,desabado

Eu estava no além
Estava esperando por alguém
Queria sentir algo
Que não fosse apenas um sentimento vazio e acabado.

Inserida por MagicFlower

Te amo com palavras
Te amo no silêncio
Te amo quando falo muito
Te amo quando fico muda
Te amo com os pés no chão
Te amo com asas nos ares
Te amo na calmaria
Te amo nas tempestades
Te amo na brisa
Te amo no fervor
Te amo intensamente, desesperadamente
Te amo calmamente, desejosamente
Te amo, Te amo

Inserida por niviarodrigues

Como és bela, única e doce

Tua cor rubra e vívida me enche a alma
Nas nuances perfeitas, me fazem ir ao delírio
Iguais aquelas feitas na delicadeza das quimeras
Como és bela, única e doce

Surpreende a alma com um sentimento ávido
Aos descuidados chagas ardentes terão de cuidar
Destinada aos calmos que a apreciam
Como és bela, única e doce

Sorte daquele que em seu jardim a tem
Amar e cuidar são sinônimos de afeição
Parte integra de sua exuberância
Como és bela, única e doce

Poderei toca-la sem pudor algum?
Apreciar se por alguns estantes de sua presença celeste
Peço para que me perdoe a indecência do desejo
Como és bela, única e doce

Eis a felicidade em forma, simples e atraente
Anseio o dia em que floresça em meu quintal
Poder tê-la a todo instante e dizer:
Como és bela, única e doce

Inserida por vitorminetto