Textos em Prosa Literariamente

Cerca de 466 textos em Prosa Literariamente

Tem dias que minha mente brisa
Tem dias que minha brisa mente

Tem dias de dar dó
Tem dias que nem sei

Tem dias que só fico a pensar
Tem dias que ao pensar fico só

Tem dias que VIX
É aqueles dias de amargar
Amargo são aqueles dias
Que não quero mais lembrar

Tem dias .....

Insta: @li.fer.nanda

Tendias a me dizer coisas inúteis
Tendias a me dizer de VC
Tendias a querer irritar-me
Tendias...tendias... e sei pq!

Pq não sabes cuidar da sua vida
Pq projetas em mim seus conflitos
Pq não suporta a minha parcial serenidade
Pq queres ser eu e não VC

Tendias, pq?

Insta: li.fer.nanda

Estado de paz e não de mal
Pra que briga se é carnaval?
E não me diga que isso faz mal
Mal está onde um "não" parece "sim"
Na "obrigação" de aderir
A um capricho machista sem fim
VOU MODELAR NA AVENIDA SIM
De tetas de fora, vou sambar
Foi pra isso que vim
E quero respeito, viu?
Não quero (pré)conceito
Quero meus direitos
Direito de mostrar meu corpo
E receber respeito
Tenho direito !

Insta: @li.fer.nanda

Mande aquele sinal
Eu vou
Solte aquele sorriso
Amor
Eu te quero comigo
Sim
Tu és especial pra mim

Um abraço apertado
Um baião bem riscado
Pés descalços na terra
Felicidade eterna

Coração ta lacrado
Delimitado em VC
Extreitando o espaço
Querendo dançar com VC

Sou assim
Simplesim
Somos assim
Só carinhim
=))))

Insta: @li.fer.nanda

Solitude
Lugar onde me encontro comigo
Lugar onde percebo meus pensamentos
E re-penso meus pensamentos

Solitude
Sentimento que me absorve
Sentimento que me causa dúvidas
Sentimentos que ainda não tem nome
Sentimentos que não percebi chegar

Solitude
Vem já
Mal posso esperar para te vivenciar
Pois ao te permitir chegar
Cheguei mais perto de mim
Conheci o outro de mim

Solitude
-tudo bem!?
-tudo, e vc?
- =))

Com erros e tudo mais, é como somos e nada mais.


Insta: @li.fer.nanda

Que o caminho seja de paz
E que a vivência seja capaz
Capaz de re-organizar
As lembranças de amor entre nós

E que a morte nos lembre de não esquecer
Que é no aqui agora que devemos viver
E demonstrar nosso afeto sem nenhum por quê!?

POrque se for para amar
que seja agora
que seja aqui
que seja forte
que aperte o laço
que envolva os braços

E que a vivência de amor entre nós
Caminhe por lembranças de paz
E que se re-organize
Porque sou capaz
Capaz de apertar o laço
E envolver os braços pra recomeçar.


Insta: @li.fer.nanda

Sobre o tempo...

"Constantemente... me vejo lembrando da minha infância. O mais engraçado de tudo é que... mesmo quando eu era ainda criança, tinha consciência a respeito do tempo, sabia que era uma fase e não queria que ela morresse, jamais.
Eu procurava fotografar, com os meus olhos, cada instante, com uma riqueza imensa de detalhes, para depois, no futuro... me lembrar dos bons momentos. E assim foi... eu não queria aceitar a morte da infância e o nascimento da adolescência... depois não queria aceitar a morte da adolescência... para ingressar na vida adulta.
Por quê? Eu não sei... mas esta sensação ainda me acompanha. Aceitar a morte dos eventos, ainda que sejam incompletos, ciclos que não foram fechados de forma clara, coisas mal resolvidas... "

Inserida por literapaixao

Infância sinistra nos anos 80

"Nossas brincadeiras eram tão “surreais”. Era uma diversão imensa comer pão com ovo frito, tomar café com leite... e depois, ir queimar papel higiênico no quintal da casa... nós ficávamos tão felizes por viver isso. Era uma emoção imensa, colocar os papéis sujos para queimar... enquanto a fumaça nos cercava, parecia nos provocar um verdadeiro transe espiritual haha. Aqueles tatuzinhos que vemos no chão... muitas vezes, fazíamos “corrida” entre eles... o tatuzinho que chegasse primeiro num lugar específico... ganhava a corrida. Tal lugar específico poderia ser perto de uma pedrinha ou de um papelzinho. Caçar vagalumes era um passatempo e tanto também. Prendíamos o bichinho dentro de um vidro, coitado. Era uma espécie de competição, para ver quem conseguia “caçar” mais vagalumes. "

Inserida por literapaixao

Meu Ernesto Azul...


Voltava eu daquelas paragens de Pirapora, dirigindo meu possante Gordini Delfini, carinhosamente tratado por Ernesto, já de cor não muito definida, trazia uns leves amassados em ambas as portas, umas ferrugens no piso, faltava-lhe o retrovisor esquerdo e o para-choque traseiro... nada demais!




Mas aquele Gordini era meu xodó, até carreto o “bravo Ernesto” fazia: meio metro de brita ou de areia pra ele não era nada. Só não se dava bem com subidas, em compensação, nas descidas, ninguém e nem nada o segurava. Um detalhe que não podia de esquecer, no momento de passar a marcha, tinha de ir da primeira pra terceira... em algum momento ou lugar, ele perdeu a segunda marcha, porém, uma certeza eu tinha: um dia, mesmo que não parecesse, sua já havia sido cor foi azul, mas, não um azul qualquer, um de respeito, admirável e solenemente azul. Bem, mas isso se deu em tempos que eu ainda não havia vindo ao mundo.




Dona Orsina, mãe de “Zé Goiaba”, me encomendou um carreto: levar 14 frangos até o sítio de João da Grelha. Em troca de “dois dedos” de pinga, Juvenal aceitou a incumbência de me ajudar nessa empreitada, mas, não deu muito certo, numa curva de chão batido, entre a porteira da Fazenda Craviola e a ponte do Manguezal, meu amigo Ernesto foi, literalmente, atropelado por um boi. Mas, não um boi qualquer! Foi um desses de grande porte, de passos firmes, grandes orelhas caídas, negro focinho, peitoral extenso, parecia ter sido “construído” de concreto e músculos, coberto por uma pele negra, com algumas manchas brancas e outras, em leves tons marrons, reluzentes. Estava selado o destino de Ernesto: faleceu ali, naquela curva e o boi, seguiu em frente... sequer olhou pra trás. Seguiu seu caminho, me deixando apenas com o que sobrou de meu companheiro, dores pelo corpo e vendo os frangos entrando no manguezal.




Pensei até em fazer o velório e o enterro de Ernesto, mas o Padre Policarpo me aconselhou a não fazer, segundo palavras dele, “seria uma sandice”, na hora, entendi sanduiche, e rebati: “Não sô padre, vô fazê é o enterramento do Ernesto, num é um lanche não”, e o Padre nem respondeu, virou as costas e saiu resmungando: “é cada uma que parecem duas...”.




Voltando àquela curva, onde jazia Ernesto, me deparei com Bento Carroceiro e, entre uma prosa e outra, contei a ele de meu luto e que não ia conseguir enterrar Ernesto. Foi quando Bento me disse: “mas ocê é bobo demais, sô! Hoje, ninguém enterra mais ninguém não, só toca fogo e pronto. Depois, pega as cinzas e joga no rio. Isso é que é coisa chique”.




Pensei, matutei e decidi seguir o conselho de Bento. Toquei fogo em Ernesto ali mesmo e fiquei olhando ele queimar. Chorei muito, doeu fazer aquilo, mas o que mais me intrigou foi o caminhão de feno de Tião Matadô passar ali exatamente na hora que Ernesto queimava. Senti cheiro de mato queimando e, logo que olhei pro fim da curva, vi que o feno que o caminhão de Tião Matadô levava, queimava e a chama já subia pra mais de 10 metros...

Inserida por mucio_bruck

Lembro a primeira vez que te vi
Corredor comprido, olhar comprido. Não sabia que duraria uma vida inteira.

Única e primeira vez. A primeira dentre muitas. Mundo novo, gosto novo, tudo novo. Era você, era eu, foi um "nós" que quase deu um nó.

Idas e vindas. Cabeça rodava, coração acelerava. Sensação de sempre. De vida toda, de outras vidas. De pertencer desde muito.

Zig zag na minha vida. Mudou a direção. Me fez ultrapassar meus limites, me deparar com quem eu realmente queria ser. E não fui.

Amor que me tomou. Me preencheu, me acendeu, me mostrou. Sentimento diverso, que virou verso e rima e prosa de uma história real.

Foi amor. É amor. Sempre será

Inserida por monicaermirio

UMA FLOR
Vou lhes contar uma trova
Que não precisa de prova,
Pelo respeito a uma formosa.
O nome? Digo no fim da prosa,
Pois, ela é formosa
E pra mulher amorosa.
É presente pra carinhosa
Mas, pra mulher raivosa
Essa flor é amargosa
E, nesse caso, dê a ela uma babosa.
Essa flor, no jardim, é cheirosa
No ofurô é deliciosa
Pro beijaflor é saborosa
Pra abelha é preciosa.
Atenção! Ela não é venenosa
Mas, é espinhosa
Assim, a lida deve ser cuidadosa
Porém, sua ferida não é maldosa
Mais adjetivos? Seja malicioso ou maliciosa
O nome dela? Escrevi nessa prosa
De forma tendenciosa!
Já sabes o nome dessa flor maravilhosa?
Não? Você é vagaroso ou vagarosa!
Sim? Complete a rima, pois, o nome dela é...

Inserida por MarGeLellisSil

INTEMPÉRIE

temporal d'água
com muita chuva
encheu as luvas
de enxurrada.

Saiu arrastando
carros pelas ruas
alagou as casas
minha e sua.

Desceu asfalto
sem nem um zelo
encheu as bocas
de todos bueiro.

Temporal d'água
veio com ventos
molhou as éguas
e seu jumento.

Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

ROSA MULHER

Olhe a rosa?!
_ Mas que rosa?
_ A Rosa Maria
Mulher do vigia
Ela zanza à noite
Dorme durante o dia.

_ Mas que vigia?
_ O vigia José
Que trabalha, trabalha
E a Rosa, nem café...

Eita mulher que falha!
Outro dia ela saiu
Logo ao entardecer
Invisível ninguém viu
E ela só foi aparecer
Na aurora ao amanhecer.

Bateu o pé por ai
Desobedeceu se mandou
Depois começou a mentir
Disse que foi caçar pequi
E na verdade com outro
Ela foi fazer amor.

Saiu de carro um dia
Com um cara lá da feira
Não escolhe a quem vai
Diz que tudo é besteira...
Ontem saiu de bicicleta
De fininho por ai
Foi até a beira do rio
Em dia assim de estio
Vejam o que poderá vir.

Garra agarra ela brincou
A tarde toda com amor
Que a outro prometeu
De fininho ela voltou
Jurou para o seu senhor
E para a nossa senhora.

Valei-me meu Deus!
Leva a vida sempre assim
Nem ora e não sabe rezar
Na igreja ela não vai
Sempre zanza por ai
De cara com o satanás.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

A MENINA POETISA

Mamãe eu vou ali, voltarei já, irei colher flores de maracujá... Eu posso ir mamãezinha?..
A senhora vai deixar?! _ Vá, mas volte logo filha minha não se esqueça de que você é a perola dessa família.Além do mais já é quase chegada a hora do almoço: meio dia, e depois eu não quero te ver envolvida com garotos.
_ Oh minha mãezinha!’ porque tanta ladainha assim! Eu também quero ter tempo para passar no jardim... Colher folhas de alecrim, E aqui aproveito a nossa prosa para te falar que das rosas eu colherei pétalas, para mim, e também trarei para ti pétalas de flores de todas as cores
lindas grenás como sabe, todas as rosas vermelhas esboçando os meigos amores.
_ Minha filha você também tem a lição escolar para fazer; meu sonho filha minha, e a minha paixão para quando você crescer e for uma médica sensível e cheia de mimo como você é,
e sempre será.
_ A mãezinha a senhora ainda não sabe que se estuda muito para ser médico, e assim com esse poder aquisitivo baixíssimo que nos possuímos, é claro que nunca serei uma médica.
Nessa via só sou menina pobre só sei brincar,
Brincar de boneca, pula corda ciranda, eu sei
rodar, gosto de bambolê pular sorrir e cantar
nasci para ser rainha do lar medica não serei!
Quem dera chegar lá?! Tenho estudado:
Anatomia, matemática socialismo e biologia
Para que desse modo de ser, pobre eu saia
um dia. Mas aqui, a vida é simples, sem stress
sem conta e sem processos, não tem carros
nem aglomeração os dias são meigos
e a esperança existe no coração.
A lua por aqui, a noite ainda se vê no céu
Ver também todas as estrelas... Sobre o sol,
se anda de chapéu observa-se as chuvas
as enxurradas a correr fazendo aranzel.
Ver também o vento farfalhar as folhas
O joão-de-barro revoando para lá e pra cá
fazendo a sua casinha e com a sua amada cantando a namorar, tenho visto o
tico-tico no terreiro bicando o fubá os
pássaros todos alegres a chilrear, o galo
no poleiro apresentado o seu cantar.
Mãe eu não sei se quero ser medica viver
sob quatro paredes não me agrada. Não me
agrada aprender tanto, tanto! Para depois
viver sobre tensão carregando um controlador
“bipe” e nunca mais da vida nada!’ poder degustar, sou mesmo uma pessoa simples,
admiro a saúde a paz e o amar, fico feliz
apenas com uma musica, um cantar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

EXPECTAÇÃO

A carta em cima da mesa
com palavras toda florida
contem frases de esperança
e pautas cheias de vida.

Relata, meigas saudades
atos de dóceis de carinhos
cita até certas vaidades
do tempo cheio de mimo...

A carta em cima da mesa
marca uma época de amor
rascunha ali uma certeza
que no amar, não existe dor.

O que existe é alegria
com sol límpido e preciso
um sonho a cada dia...
Alvorecer cheio de riso.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SOTURNO

Eu tenho criado mudo...
Mudo no quarto não fala
as vezes mudo do canto
mas nunca chega na sala.

Mudo sempre na casa
sem palavra ali, pronto
aonde guardo as cartas
e lagrimas desse pranto.

Já tentei falar com ele
ele... Sem fala não fala
silencio eu sei, é d'ele
as lembranças nos abala.

Criado mudo me ensina
viver sem nunca chorar,
padecer é minha sina...
porque choro no amar?

Antonio Montes 24/10/16

Inserida por Amontesfnunes

UTOPIA

Com laço d'essa saudade
amarrei minha paixão
na corda da felicidade
dei o nó no coração.

Fiquei sufocado ao ar
sem poder nem respirar
meu Deus quando eu voava
queria, tanto amar!

Hoje sem minhas asas
meu horizonte encolheu
meu voou, dentro de casa
meu sonho é eu mais eu.

Agora é dentro do sono
onde posso navegar
sentimentos tem dono
acabou-se o esticar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ESCAPULIR

Quando você, bater n'aquela porta,
para ir embora...
Não olhe para traz, não olhe porque:
Se olhar...
Irá perceber que meus olhos chora...
Siga o adeus da minha mão,
e as lagrimas por terra...
Caídas do meu coração, saiba que:
Meu choro estará sobre pedras pontiagudas
d'essa sua paixão.

Quando você bater n'aquela porta,
para ir embora...
Vá! Não pare, não pare porque, se parar...
Ouvirá a lamuria do meu chorar,
e as lagrimas do meu ser a soluçar.
Se parar... Ira ouvir, o gritar do meu coração
e verás o meu afogar na poeira da sua estrada
em desalento com o meu amor
e o salutar da minha triste dor.

Quando você chegar n'aquela porta
para ir embora...
Por favor... Não abra, se abrir... Não vá...
Fique comigo para sempre,
porque, para sempre eu irei te amar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

FLORES DE OZÔNIO

Com a chuva da língua sumida
a plantação de palavras, não arriba,
e esse sol ardente em chamas, inflama
... Pelos cumes dos arrebóis,
pelas sementes da vida,
pela enxurradas que carregam as lamas.

O poeta deixa de colher suas flores
de cores vivas, meigas queridas...
e perdeu a hora do alvorecer da criação,
atualmente tem sido, tingido pelas sombras
e sobre o escuro do seu desengano
nem uma pétala sobre as flores caídas
tem voado no jardim do seu triste coração.

Todavia a ampulheta do imaginar quebrou-se
e as areias, do seu tempo, esvoaçou ao ar
e sobre o vento impiedoso do deserto
o poeta perdeu-se nas margens do seu amar.

Assim como um passe de mágica
deixou de encher suas sesta de meiguice
e com ramalhetes que todavia te fez feliz...
Perdeu as flores pelo caminho da fosca visão
as quais deram vida ao tilintar da vida
e hoje, trocadas pela modernidade
estão sobre os jardins dos sonhos, esquecidas.

Com a sequidão dos sentimentos,
o poeta não é capaz de sentir o gosto do riso,
e sob o rosto de um meigo menino,
não sente o piscar feliz da bela mulher
nem tão pouco vê o arco-íres
esbanjando suas cores sobre as nuvens...
Agora o pesadelo flutua em seu sonho
não consegue colher ilusões
nem embarcar na canoa das fantasias.

É meu poeta...
Abra o diafragma para alegria
abrace a simplicidade e siga com suas braçadas
pelos oceanos dos sonhos,
assim quem sabe, a chuva cairá
e você voltará a colher suas flores...
Nas retinas do seu ameaçado ozônio.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

AS ÁGUAS

Eu sou as águas...
Amazonas Paraná, rio Nilo, velho chico...
Olhe ai o São Francisco, Solimões
O Yangtzé, Mississipi Missouri, Yenisei
Tenho águas tenho peixes orcas tubarões
Estou indo! Que saudades!
Será que volto?
Tive uma morte honrada
A onde morria no mar
Hoje minha morte e desgraçada
Morro todo dia!
Pelas nascentes, pelas margens
Eu sei que vou me acabar.
Eu sou o rio de lagrimas após o arpoar
Lagrimas, derramadas pelo amor
Lagrimas aos ventos de dor de amar
Sou o rio, sou rota sou caminho
Sou energia para sua vida
Carreira para sua canoa
O cais do porto o embarcar
Ninho para o seu Iate
Balança para a sua lancha
Balsa para suas cargas
Viagens, apoios para seus navios
Eu sou o rio que hoje...
Seca pelo efeito do seu estio.
Fui induzido
Perdi as nascentes
Para as ignorâncias das gentes.
Descabelaram o meu leito
Poluíram as minhas lagrimas
Eu sou o rio e já matei muita sede
Semeei vidas
Atiraram-me redes
E com meus frutos, sanaram as suas fomes
Sou o rio...
Todavia explorado pela mão do homem
Roubaram as minhas pedras
Meu ouro
Meus tesouros
Fiquei fraco esmoreci
Não consigo mais fazer estouros
Gasoso, evaporo aos céus
E caio como chuva orvalho
Faço cachoeira
Como enxurradas corto atalho
Embelezo os jardins os risos
Amplio a bonança disperso prejuízo
Sou a fonte que vem dos montes
Sou vida dos mais, pequenos
Ate aos grandes como os elefantes
Olhe o banho olhe a comida
Estou na panela na cacimba
Eu sou o rio... Sou vida.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes