Textos em Prosa
Sonho em prosa...
Sonho estrada no céu...
voo no mar...
mergulho na terra...
Sonho janela sorrindo pro sol...
Suspirando pra lua...
Piscando pra estrela...
Sonho chuva derramando ternura...
Sol esquentando poesia...
Poesia cutucando coração...
Palavras envolvendo pele...
Pele arrepios delírios...
Delírios ao som chuva caindo...
Sonho noite carícia de chuva...
Chuva ternura entre mim e você...
Um rio se abre em nossas bocas...
Bocas caladas... inundadas!
Dadas a encontro nossas almas...
Almas tecendo verso e prosa...
Prosa nossa em versos vivos!
NOSSA ESTÉTICA POÉTICA
o amor vai se fazendo verbos...
adjetivos, substantivos...
prosa e poesia...
carícia nos ouvidos enamorados!
a morada é sonhada paraíso...
Paraíso vislumbrado...
o céu é de parreira forrado
as uvas são candelabros alados
as poltronas são asas
uma ao lado da outra...
uma em frente à outra...
para “um dedinho de prosa e poesia”...
e o corpo, o coração e a alma inteiros
na arte e melindres do amor!
amor iluminado pela lua... estrelas...
amar à luz do céu e de parreiras...
oferendas e rendas
coração em oração!
santificados em carne,
pão... vinho...
Caminho rumo ao nosso cantinho!
Chico e Gisa no seu éden...
Amém!
A Rosa tão rosa
Que se desdobra em prosa
Da minha vontade incessante
Que busca em ti a todo instante
Como o baile das pétalas ao vento
Um prazer e ternura que são meu intento...
Esta é a minha procura
entre os espinhos de sua clausura
Com toda minha vontade de te invadir
nesse orvalhado respingo de amor pedir
O desabrochar aveludado de tão bela flor
Como é minha rosa que perfuma e dá calor.
Prosa Experimental
'Engolido"
(...)
Vaga a mente numa exaustão profunda e encontra o fim do que parece ser a tolerância, trama o plano de fundo fronteirando o inalcançável, segue o longo, estreito e profundo abismo estendido infinitamente sob o céu escarlate de poeira vermelha vagando com o vento seco levando consigo resquícios de esperança qual clama por seguir adiante e atravessar o desfiladeiro dos cânions abissais que cercam e emparedam-o aos cantos escuros das sombras geladas.
Teme os estrondos longínquos que vagam pela grande vala, das nuvens carregadas em algum lugar a despejar torrentes de águas a escavar e aprofundar valetas no solo que de tão seco não enxarca. Tempestades que ameaçam dar por fim um gole sedento e refrescante engolindo para o fundo dessa garganta todo irrelevante presente, presos, entalados, incapazes de se defenderem do tumultuoso reboliço gélido e embarrado da saliva secular que torna a jorrar dos céus para terra numa faxina destrutiva reiniciadoramente confortável.
O sol lá fora ferve e frita os que vagam num passeio infernal por entre as areias escaldantes e entorpecedoras, passos que levam o ser cada vez mais perto do fim de seus curtos tempos. Enquanto lá em cima desejam o fechar do tempo e o cair da chuva, aqui em baixo só se procura sentir novamente um confortável sopro de vento refrescante. Cansado de olhar para a silhueta das bordas do precipício, vaga procurando por algo caído, folhas, galhos, flores, sementes, qualquer coisa que alimente a esperança desconfiada da remota chance de sair dali, espera que esteja descendo rumo a um lago ou riacho, pelo menos o fim dessas paredes que o engolem mais a cada hora que passa, a cada passo que hora em hora ficam mais insensíveis à caminhada fatídica infindável do vale que engole a todos e digere até mesmo a sanidade.
Restos de carniça, abandonada, esquecida, refugada pelos livres urubus a voar tão alto que daqui parecem moscas no risco de céu que se vê. O derreter paciencioso da carcaça fedorenta vai sendo banqueteada calmamente por vermes lúgubres
habitantes isolados nesta garganta que a tudo abandona
deixa morrer
se findar
acabar
porque ela
final
não possui.
Desprovida de fim serpenteia a eterna víbora por entre o quente e desértico solo, rico em ausências e espaços, imensidões vazias que põe qualquer infeliz vivente à condenação de ser devorado mais pelo tempo que pelos vermes. Vastidão isolada de qualquer presença, tendo o uivar dos ventos no alto das entranhas como companhia, o aguardar paciente das aranhas em seus emaranhados nós tricotados com exímia destreza milenar, calmamente a espera de um inseto qualquer que por azar o destino lhe finda a vida neste fim de mundo enrolado numa teia tendo suas últimas lástimas ouvidas por um vagante tão azarado quanto ele que de tando andar no fundo do abismo já alucina e ouve lastimando a pequena criatura que alimenta o predador com suas energias, lembranças, sentimentos e sonhos nunca alcançados.
(...)
Esvai-se o tempo paralelo aos precipícios
seus passos ressoam pelas paredes e correm para longe
ouve-se nada
De olhos escancarados e pernas bambas
cai
fita o esvoaçar das areias no céu crepusculoso
esfria
A noite vem chegando aos poucos
sua anunciação provoca espanto
medo
A possibilidade cada vez mais real daquela garganta vir a tornar-se
a sua tumba
seu eterno descanso
repouso
sem lamúria
de um cadáver que aos poucos derrete
calmamente
sendo apreciado com elegância pelos vermes
de outrora
e sempre
A noite
sem os ventos
traz o ensurdecedor silêncio
que até conforta
O céu
super estrelado
surge na fenda
que se estende por cima dos olhos
Como se estivesse frente a frente com um rasgo na imensidão única do espaço, numa brecha para as estrelas, distantes luzes a vagarem violentamente pelo negro esplendor entre as galáxias emaranhadas nas teias do cosmo. Leve, separa-o do chão flutuando hipnotizado pelo infinito espaço celeste conduzindo seu espírito elevado para além do cânion , para além do vale, percebe-se afastando de si seu mundo deixado para traz, pronto para abandoná-lo à própria condenação. Vai para o eterno abismo escuro onde o mundo ainda está a cair, cercado por distantes pontos de luz flutuando no vazio.
Torna-se ausência...
some
Enquanto seu corpo o perde de vista mergulhando entre os astros, deixa de sentir, morre o tato, olfato e paladar. Como uma pedra qualquer, ignora sua dureza e passa a afundar na areia levando consigo a insensibilidade fria para o passeio petrificado de quem nunca sai do lugar. A partir de agora é vaga lembrança de si, aos muitos esquecida e mil vezes fragmentada em poeira de olvidamento.
(...)
O vendaval o desperta, caído, esgotado, já havia desistido de manter-se em vida. Caído aguardava esvaziar-lhe os pulmões e findar-lhe as batidas cardíacas gritando aos ouvidos; 'estais a viver', insuportável verdade que lhe implica a inspirar novamente o escasso ar empoeirado da vala, a garganta seca que lhe engolira já não se sabe quando e porque. Deitado observa o cair dos grãos de areia e alguns galhos velhos, as nuvens correm de um lado para outro sobre a poeira enlouquecida, cada vez menos se ouve o coração que a pouco ensurdecia-o pois trovões rolam das alturas como despencar de imensas pedras.
Dá um pulo e põe-se de pé quando muito próximo o chicotear de um raio lhe arranca a alma do corpo por um instante, acerta em cheio o solo que cospe para cima estilhaços e deixa um rasto de fumaça a vagar perdidamente pela ventania. Tentando esfregar os olhos cheios de areia para entender o que acontece ao seu redor, avista um javali apavorado fugindo em sua direção, foge do temido gole titânico da garganta abissal, uma onda de água barrenta carregando pedras, galhos e tudo o que houver na caminho; carcaças, aranhas, sonhos de um inseto, esperança de um vagante perdido.
Engolido é, o caldo lhe arrasta moendo sua sanidade rumo a longa digestão em algum lugar do bucho deste gigantesco demônio do serrado, tudo some, se finda, acaba. Liquidificando e varrendo suas entranhas num gargarejo infernal o monstruoso cânion solta murmúrios assustadores de enfurecimento ouvido pelas estendidas planícies. Aridez que ansiava à meses por algumas gotas tem agora o solo lavado e levado com as enxurradas seus pedaços de qualquer coisa que por aqui para sempre se perde.
Caem ao longe raios sobre o resistente mato seco que rapidamente se torna uma roça de altas labaredas erguidas contra as nuvens, labaredas que parecem alimentarem-se da chuva, enquanto o vento lhes dão força para seguir devorando o restante do que estiver sobre o solo estalando um pipocar diabólico e apocalíptico neste agora caótico recanto abandonado.
(...)
Escorrem violentamente as turvas águas barrentas
por dentre a garganta cada vez mais larga
avermelham as terras baixas e formam um gigantesco lago sujo
como sangue coagulado
pus
pedaços
hemorrágica manifestação barrenta de um fim de mundo.
Lá no meio daquilo tudo
secretado
expelido
abortado
de sua paranoica semi-existência
o vagante perdido
se encontra.
Rascunho
Toda prosa dissertada
Nem tem trevas
Ou descobrir rimas desbotadas
Providencio versos as favas
Faço versos de manhã
Faço a tardinha
Risco palavras , rascunhos
Rabiscando feito criancinha
E assim vão-se passando
Na beirada de um remanso
Riacho sem fonte
Sem caras e inatingíveis afazeres
E tem que ser a próprio cunho
Digitar
Só mesmo quando terminar
Minha inspiração só flui em rascunho
( VIII Coletânea Século XXI )
( Prêmio Revista Poesia Agora julho/ 2018)
Metalinguagem
Pressinto poema, a rima me invade
Me cerca por cima, abafa a prosa
Martela na alma, me urge e arde.
Escrevo com calma a rima teimosa.
Na cama, pijama, controle, marido
É quando a rima aparece perfeita
Prometo jamais esquecer e repito
Mas é poesia e precisa ser feita
A prosa me ronda tão chique e nobre
A rima invade, covarde, " chinfrim"
Em prosa sou ouro. Rimando sou cobre Rima é poesia que exala de mim
Ml
Não quero a rima
Nem rica nem pobre .
A prosa é ouro, rimando é cobre.
Eu tento a prosa: medrosa, padeço.
Em rima, sou asa.
Se prosa, sou gesso.
C
Prosa Alquímica
O sol põe-se, eu me sento em meditação, procurando a terceira
visão
Um homem, uma face, um nariz, uma boca, três olhos, guri aprendiz,
guri inútil
Longe da aldeia, eu me sento em meditação, sinto o meu corpo
pelas matas, meus pés ajuntados "caminham pelas pedras do remoto
riacho" onde as sereias envocam o meu nome
Nada é o tudo que tenho
Se nada tenho, então nada tenho a perder, pois, já perdi tudo
Em meditação, travo batalhas contra as minhas máculas,
tentando transformar as pedras em ouro
Em meditação, eu abduzo-me mais da sociedade
O coração do poeta
É como o instante
da prosa
Como a vida lá fora
O orvalho na rosa
É como a carícia nas mãos
O pulsar louco da paixão
É como um beijo roubado
O sofrer sozinho e calado
O coração do poeta
É como a noite estrelada
A madrugada fria
É aurora nevoada
Quando rompe a luz do dia
É como amor impossível
O dia triste e insensível
Com um crepúsculo incrível
É como a chama do amor
Como o partir que trás dor
É a primavera sem flor
Em um mundo inteiro sem cor.
Prosa Poética: “O caipira João”
Thaís Falleiros 21-06-2013
Era uma vez um caipira, bem caipira sô
Humilde e tímido
Mas como diria minha avó, bem afeiçoado
Era Bicho-do-mato. Neguinho calado
Mas de um coração que não cabia no peito
Peito esse que nunca ficava gelado
Graças ao coração
Até que um dia o menino envergonhado
Viu-se por uma rapariga muito da metida
Apaixonado.
Ah, a paixão e suas armadilhas!
É perigosa e inimiga numero um da razão.
O menino que sempre gostara de flores
Tirou uma, a mais bonita, do jardim,
Colocou-a num vazo de barro
Pequeno e nada vistoso
Estufou os pulmões e foi lá declarar
O amor que já não cabia no coração.
A moça muito da arrogante
Menina da cidade, estudada e viajada
Achou uma indignação.
Moço pobre me dando uma rosa inda em botão?
E num vazo, de barro, sujo e manchado?
Não podia não.
O moço ficou com as maças do rosto vermelhas
Como essas que vem lá das bandas da Argentina
Lugar longe e frio, onde todo mundo fala enrolado.
E a moça achou engraçado.
Desembestou a rir, até chorar. Não parava mais.
Ah, isso não se faz não moça. O Destino há de me vingar.
O moço foi-se embora com o vazo na mão.
Entrou na sua caminhonete velha que era na verdade de seu avô.
E foi embora para o sítio, lá no meio do mato, com as vacas e os cavalos.
Pois lá ninguém ria de suas fuças. Era seu lugar no mundo.
A moça, poxa, não fez por mal não. Apesar da sua estica
Do seu porte de moça rica, bem vestida e de joias na mão
Ela também havia de ter um coração.
E não é que no meio da noite a danada da inconsciência
Vinha lhe trazer em sonho, o moço caipira, bonitão?
E no dia, cada rosto parecia que era o tal João.
O tempo passou e essa doença não passou não
Nem na moça, nem no João
E a doença era nada mais nada menos, que paixão!
A moça muito da atirada, percebeu logo a sensação
Não perdeu tempo e foi no mato atrás de seu amado
Pedir-lhe desculpas e lhe dar uma explicação.
Mas no meio do caminho, quase chegando no portão
A moça que vinha em seu carro importado
Teve um piripaque e adivinha quem apareceu?
O Jão!
Estava sujo de terra, com cheiro de esterco de porco
Mas não teve tempo de pensar nessas besteiras
Pegou-a no colo com muito cuidado
Levou-a para a sala que estava desarrumada
E lhe fez respiração
Boca-a boca é claro, e a família toda viu
E todo mundo ficou calado.
A moça acordou já no meio da respiração
Que nessas alturas já era na verdade
Só o boca-a-boca. E a paixão virou amor
E o amor virou um casal
A Maria e o João Junior, o Juninho
Que ficou caipira igual ao pai
E ela ficou dondoca igual à mãe.
Mas não faz mal
Tudo terminou como tinha que ser
A moça rica com o homem pobre
Que lhe tratou como rainha do sertão.
Graças ao destino, que vingou o moço
E lhe emprestou a sua mão.
VANITAS
Só, em silêncio, a inspiração tímida e fria
Poeta... A prosa sai tremulante e inquieta
Rascunhando a estrofe em uma linha reta
De ilusão secreta, dor e suspiro em agonia
Febril, sua o devaneio, amotina a euforia
Bravia a alma grita, palpita, e então espeta
O nada, por fim, quer ser qual um profeta
Iluminado, falante e de alucinada idolatria
Poeto... cheio da minha imaginação cheia
Nascente do meu mais abismo profundo
E desagregada das paredes da teimosia...
Farto, agora posso descansar a cavalaria:
As mãos nervosas e o coração moribundo.
Arranquei-ti-ei pra vida, vivas tu ó poesia!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SONHOS DE PAPEL
Incrível o desafio que uma folha em branco nos proporciona!
O verso, a prosa, a poesia, o conto, o romance... Infindo sonhos de papel que nos leva a um universo de palavras.
Palavras de amor, palavras de frustração, palavras de saudade, desespero e paixão. Enfim, tantos sentimentos para descrever momentos!
Quem vive nesse mundo se realiza quando escreve, às vezes demonstra o que está no peito, mas também o que não sente assim emprestando um pouco de emoção para quem tem muito a dizer, mas não sabe demonstrar...
Muitas das vezes essa veia de poeta é um pouco melancólica... Isso porque os amores perdidos e não correspondidos, a dor e saudade são os que mais inspiram os poetas.
Na maioria das vezes somos muito exagerados... Se amamos o amor é para sempre, é incondicional, acima de tudo e de todos, mas se não somos correspondidos preferimos às vezes até a morte de tão grande que é a dor... É ferida que sangra... E parece que nunca vai cicatrizar...
Mas, é gostoso ser assim posso sonhar, imaginar uma bela história de amor com apenas um beijo, fazer amor com um toque e amar com apenas uma palavra... Somos intensos!!!
Se você quiser sonhe comigo! Viva esse sonho de papel onde tudo pode acontecer! Tudo é possível! Só depende de você!
Se gostou curta/siga:
Face: Versos Sem Vergonha
Instagram: @versossemvergonha
UMA ROSA
Uma rosa é uma rosa
De uma beleza caprichosa
De um perfume em prosa
É comunhão, é jóia preciosa
Uma rosa faz sedução
Em ramalhete e ou botão
É fecho para o coração
Dengosa, alicia a emoção
Tão fugaz em sua real vida
A rosa flor se faz em despedida
Majestosa, torna-se flor despida
Uma rosa sempre uma rosa. Garrida!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2014, fevereiro
Cerrado goiano
Breve Prosa.
Sou mulher.
Sou sensível.
Eu preciso de coisas que você nem imaginaria para ser feliz.
Coisas que para você podem até parecer bobeira ou loucura.
Preciso de toque.
Preciso de afeto.
Preciso de sensibilidade.
Preciso de percepção.
Preciso de sinergia.
Embora não pareça, eu acredito no amor romântico.
Um amor para se desenvolver, precisa de surpresa, de mudança, de fantasias, de degustação, de momentos a dois.
Eu não acredito num amor rotineiro, frio, distante e sem surpresas. Porque amor quando é de verdade, estimula as coisas mais bonitas existentes em nós; de forma que até a rotina seja repleta de felicidade e sintonia.
Eu sou mulher, penso como mulher e sinto a flor da pele, como tal.
Não me julgue por isso, não se irrite, apenas entenda! E se não puder me entender e tentar de fato compreender minha forma de ver o mundo, nem sequer segure a minha mão. Mantenha distância!
escrevendo no livro da vida
sou poesia e não prosa
sou verso e não estrofe
sou ponto e não acento
sou palavra e não frase
sou assim sem crase
sou eu sem gramática
sou narração enfática
sou assim bem dramática
sou eu sem paixão
sou assim bem histérica
sou eu sem coração
sou eu bem eclética
sou eu sem perdão
totalmente sem noção!!!
Conjugação do verbo AMOR
Sem prosa e nem rima
Mas com uma certa dor no coracao
Eu não entendo
Tu pressentes
Ele não sente
Nós não compreendemos
Vós não ressentíeis
Eles mentem...
Eu não queria
Tu não pretendias
Ele não esquecia
Nós não tentaríamos
Vós não pensaríeis
Eles não intuiriam...
Eu lamentava
Tu reclamavas
Ele não tolerava
Nós não acatávamos
Vós revoltáveis
Eles não tentavam...
Eu chorei
Tu não envolveste
Ele não resolveu
Nós não absolvemos
Vós não se movestes
Eles não absorveram...
Eu resistirei
Tu não insistirás
Ele não persistirá
Nós não consentiremos
Vós não assistireis
Eles não facilitaram...
E depois de tanto conjugar
Quero ver por em prática
A conjugação do (se) amar
A quem, sem ter noção
De que ela(e) possa não retribuir
Todo amor destinado
E vira obstinação
Por parte de quem não aprendeu
A conjugação da vida
E deixou aberta a ferida
Que dilacerou o coracao!!!
Gostosa do jeito de ser, gostosa alma, gostosa prosa, enrola e encanta, mulher que vai do cativo do riso, até o mais belo e singelo verso.Mulher do cordel, mulher que saltou da tinha do pincel, caiu na tela e virou arte, musa que se têm por toda parte.
Não parte das minhas faixas memoriais, fica brincando de apaixonar, e eu me jogo na rede de impressionar.Calando os mais altos defeitos, mostrando que é bem melhor ser do seu próprio jeito. Imensidão que enche os olhos! Criatividade divina, Deus te fez menina!
Calor das noites frias, banhada da poesia. Mulher de ossos fortes, que não tem barba e bigode, mas é flor de ninguém pode!Da riqueza e do poder, nasceu serena, confusão e arretada! Brincalhona, sujeita a todos os a frontes, respostas duras aos que acham que podem atacar essa doce criatura!
Atitudes Inusitadas, se acaba na risada!! ( Hahaha)
Gostosa mulher! Você é gostosaa! Seu corpo é só o sagrado templo de grandes budistas, tem que meditar muito para achar algumas pistas a ter o seu coração!Trilhada a dedos! Só toca quem vem de corpo e alma.
Não mergulha em piscinas rasas, é sempre glorificada por intelecto, dialetos, e seus mais belos tipos de madeixas
Seja lisa, cacheada ou crespa, riscada com estrias, que retocam um pouco mais suas mais lindas saliências.
Não mergulha em piscinas rasas, é sempre glorificada por intelecto, dialetos, e seus mais belos tipos de madeixas , seja lisa, cacheada ou crespa, riscada com estrias, que retocam um pouco mais suas mais lindas saliências.
Diz o que pensa, e pensa no que diz! Não sai com qualquer um que se têm por aí. Sai por sair, sem saber onde vai! Uma coisa eu sei, bom rapaz, ela vai aonde ela quer. pensa no que diz! Não sai com qualquer um que se têm por aí. Sai por sair, sem saber onde vai! Uma coisa eu sei, bom rapaz, ela vai aonde ela quer
gosto de mim assim
escrita em verso e prosa
diversifico meus ideais
proseio com o meu silêncio
sou tudo o que posso
posso ser o que ainda tenho vontade
sou desenhada com tatuagens
sou meiga e selvagem
sou escrita conforme minha poesia
com tristezas e alegrias
escrevo-me como forma de protesto
a minha vida atesto
é cheia de surpresas e sacrilégios
sou do contra, tudo e todos
sou cheia de sortilégios
consigo o impossível
aqui dentro de mim
me engano e te desengano
fujo rapidamente de mim
coloco a máscara da bondade
com o coracao cheio de maldade
sou imperfeita e raramente feita
de sanidade, e “ quando eu sou boa
eu sou boa, mas qdo sou má
sou melhor ainda”, dentro do significado
que me dou, e esclareço-me
como um tropeço, com ou sem apreço
sofrer é tudo o que mereço
para o meu crescimento espiritual
sou feito um diário, totalmente descrita
com a palavra universal
com o amor intencional
sou um enigma fatal
só decifrará o código
a pessoa que ler o meu coracao!!!
Prosa de um Escritor: Comentários e Desabafos…
Sou um apaixonado pela leitura, pela boa arte, principalmente a brasileira, seja a interpretada em palcos, seja pintada em quadros e/ou couro, esculpida em madeiras ou em pedras, mas, especialmente pela música: se for MPB ou uma moda de viola, melhor ainda!
Mas, confesso: me dei conta de que não sou um artista de sorte apinhada!
Sou homem caseiro, de meia idade, não gosto de viajar distâncias demasiadas longas, também, nem curtas: não gosto de idas a lugares que sei que corro o risco de nada de prestante venha me somar, se há um incomodo que jamais me importei, são os que me trazem meus familiares ou uns poucos amigos.
Meus pares, em especial, não me apetecem quando se acham incumbidos de me darem palpites e conselhos, e é o que mais me pedem e, geralmente, independentemente do assunto, na grande maioria das vezes, me esquivo e assumo: não, me agrada opinar quanto a temas que são de fórum íntimo, seja para quem quer que seja!
E, quem bem me conhece sabe disso!
Admiro-me com o fato de não raro, receber em minha casa uma ou outra visita para dizer-me sobre quais temas devo ou não escrever ou simplesmente para tecer uma ou crítica, tomando meu tempo e perdendo o dele: muitos chegam a me encomendar uma poesia, prosa, uma mensagem para um seu amor ou ente querido, muitas vezes, gravemente enfermo, como se palavras o fossem dar a cura!
Na verdade, me incomoda perder meu tempo em receber pessoas que se creem músicos e vem em meu descanso me apresentar suas composições musicais e, na maioria das vezes, pra meu desespero, geralmente um Funk, e outros, de diversificados, estilos, mas, considero que, ou bem ou mal, são temas que fazem parte de nossa cultura, mas, no íntimo, muitos compositores e escritores podem ser considerados “doídos”, criando melodias e textos sem sentido, que nada conta ou nos soma em valia.
A expectativa é, num repente, receber à mão, digamos, um “enunciado” contendo uma nova ideia, uma escrita, mesmo sem rima, mas que seja prestante, o que seria uma surpresa, com passagens, que até sejam metafóricas, porém, que tenha excelência, ou pelo menos, seja uma construção literária ou musical que faça sentido, que tenha a capacidade de ter, em sua essência, uma mensagem, ou uma visão estética e instrutiva do tema abordado nos versos ou no desenrolar da prosa.
Como dizem os grandes pensadores: “A inteligência nos livrou da memória”, e isso se deu graças ao advento da criação do “ São Google”, e, voltando aos que me trazem o que produzem, a partir da sua capacidade de criar, para que eu os avalie, penso: “Vamos lá, pois, a princípio, só existem duas formas de se avaliar uma obra, a partir de sua criação: “as fatais e as não fatais à cultura”! As fatais são aquelas que, no excesso de erros gramaticais e que não “iluminam” o leitor, não tem a capacidade de “prender” a atenção e acho isso muito triste, dá a impressão de que os escritos ambicionam assassinar a língua mais bela e sonora do mundo: a língua portuguesa!
Tenho comigo que muitos escritores estão nivelando o bom gosto da boa leitura e a capacidade de criar obras pouco ou nada interessantes, com gosto nenhum e isso tende a colocar a literatura brasileira num patamar que não merece estar!
Saia do casulo
Se torne acessível
Como uma linda rosa
No jardim da prosa
Empreste seu acervo original
A quem por ti procura
Seja a arte do escritor
Mesmo que os espetos lhe causem dor
A vida é joia em forma de espinhos
Às vezes fere
Corta a alma
As vezes reluz, encarece
Quem a ela dá o dom da palavra.
00:31
Desta vez és uma prosa diferente. Gostaria de falar, que você se deixou apaixonar por alguém que adora escrever. E que, ainda bem, que nós somos ilimitados por dentro. Somos um “vazio’’ cheios de espaços, e cheio de coisas ao mesmo tempo. Não vejo meus limites em escrever poesias sobre você. Na verdade, se tratando de você, é como chegar numa sessão de poesia em uma biblioteca. É só caminhar meus olhos sobre você. E tudo se torna tão fácil, porque, no momento em diante em que eu fito meus olhos nos teus, eles me contam segredos quando tua voz não tem coragem. Teu corpo te desobedece quando sente meu toque. Você pode até ser bem racional, mas meu romance consegue tirar você da pista, como um carro desgovernado que passa a cem quilômetros por hora numa curva fechada. O bom é que após perder todo seu controle, não existe penhasco nenhum, não existe fim, nem se quer um ponto final. Após que você passa direto pela curva, tudo que lhe resta é mergulhar no meu romance exagerado.