Textos e poemas

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PEDAÇOS (soneto)

Em ti, ó saudade, acho parte de mim
São fragmentos craquelado e partido
Do meu eu que tenho então em ti sido
Eternizado numa dor que vive sem fim

O senso que faz em ti alarido saído
Em mim é silêncio, é solidão, enfim,
Vive da ilusão de lembranças carmim
Do comover sovado e não esquecido

Agora, o que faço para ouvir o clarim
Dos sons da quimera no porvir contido
Dando-me sonhos afora deste folhetim

Serei pouco, nada, de desejo desprovido
Se insistires em ficar tão presente assim
Aí, de pedaços o meu poetar será revestido

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, março, 05'55"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Homenagem ao primo

Queria te dizer tantas coisas...
Aquele "eu te amo" que eu calei. Por achar que era piegas, e por pensar que a vida me daria chance de ti falar no futuro. Só que a vida mais uma vez me surpreendeu, e você se foi antes que eu pudesse te revelar o tantão de carinho que eu sempre sentir por você.
Agora, só me resta lamentar muito pelo amor que eu nunca confessei. Te Amo, Te Amo e Te Amo muito... Prometo pra você que nunca irei esquecer o seu sorriso, das brincadeiras, e de sua alegria que sempre contagiou a todos, espantando qualquer tristeza.
Vou guardar no meu coração cada momento que vivemos juntos. Seu jeito de menino, a pureza do seu coração, e a fé que você demonstrou em Deus até o ultimo momento.
Sei que agora, o Deus de Amor te acolhe, e junto dele você já não sofre mais. Nós ficaremos aqui, sofrendo a sua ausência. E certos que Deus não queria mais você nesse mundo, porque sua alma era pura, Pra tanta hipocrisia e sofrimento.
Vá em paz meu primo querido, e leve a certeza de que você nunca será esquecido por seus familiares, amigos e conhecidos.

Hudson, descanse em paz no colo do Senhor Jesus, de todo sofrimento que esse mundo te causou.

Eternas saudades, sua prima.

Inserida por silviamariia

SEDE

Tenho sede de viver
Quero o afeto beber

Saciar a infiel odisseia
Da ganância da fé ateia

Terçando o ressecado saber
Clamo o doce prazer

Olhar que nos fala
Sem o desprezo que cala

Que rasga e maltrata
Quero gratidão sem ser ingrata

Sensação, quero amor
Paixão com valor

Dignidade sem preconceito
Irmandade com preceito

Abraço com empenho
Palavras com avenho

Respeito semelhante
E a retidão de ir avante...

Luciano spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

METADE

Sol de meia noite,
meia lua em meio dia.
Vago em meio devaneio,
meia luz em tarde fria.

Vou e volto, volta e meia,
não consigo te encontrar.
Meio triste, meio solta,
busco a luz do teu olhar.

Quantas noites meio calma,
meia volta tento dar,
desta dor que me derrota,
não consigo me livrar.

Vou seguindo meio morta,
meio viva ainda estou,
o meio amor que tu me deste
era pouco e se acabou.

Inserida por marianinguem70

L A B O R E S

Cai a noite.
O dia entrega as armas.
Mais uma batalha vencida.
Volto pra casa-refúgio da guerreira,
onde sorvo, na solidão,
eterna companheira,
o néctar das flores
plantadas ao longo do caminho.

Flores que enganam espinhos,
oferecendo, mudas,
o perfume e o humano carinho
que o tempo abduziu.

Ligo o rádio.
Ouço a canção de quem partiu,
falando de lutas inglórias,
de ilusórias vitórias,
num contexto artificial.

Amanhã será mais um dia...
Um dia a menos na insana caminhada...
Um dia a mais em direção
ao fim da jornada...
E o Sol por testemunha
de mais uma empreitada...

Outro dia trazendo em seu bojo,
como um Cavalo de Tróia,
milhões de guerreiros que,
como eu, talvez sobrevivam, por eras,
ao tempo perdido em dolorosas quimeras.

Inserida por marianinguem70

C I D A D E

O Sol amanheceu a cidade.
A Vida respirou Liberdade.
A noite fria e escura, morreu.

Passo pelas ruas e paços,
buscando um ombro amigo,
um abraço...
em olhares que o horizonte perdeu.

A Vida me empurra pela cidade,
navego neste mar de ansiedade
atrás do tempo...
atrás das horas...

Mãos que se apertam e não se tocam,
olhos que se veem e não se olham,
ombros lado a lado, em solidão!

Não sei quem morreu de verdade...
se a noite, ou o dia-cidade...
Se o ar que respiro é, assaz, Liberdade...
Se o Sol que ilumina estas ruas desertas
de amor, compaixão,
aqueceu, afinal, algum solitário...
coração.

Inserida por marianinguem70

I L U S Ã O

Quero comer tudo o que vai me matar,
Quero beber tudo o que vai me afogar,
Quero ficar na chuva, no sol,
na escuridão da noite fria,
até desbotar!

Quero sair do meu corpo e flutuar,
no mar etéreo de tua visão.
Quero me libertar desta prisão.
Quero ser o outro lado do teu avesso,
Quero ser o começo de tua revolução.

Quero viver sem perdão
e morrer no fogo de tua paixão.
Quero tudo o que for proibido,
o Universo vertido em versos sofridos,
consumidos pelo desamor!

Quero ser a flor amanhecida
no cemitério da dor.
Quero pensar que encontrei teu amor...
o abraço invisível,
o beijo impossível,
a carícia irreal...

Quero ser adorno em teu funeral,
sem corpo, sem alma...
melodia serena, apenas...
som das estrelas...Ilusão final.

Inserida por marianinguem70

SONETO IMAGINÁRIO

Imagino um soneto do imaginário
Que escorra da doce imaginação
Com o seu ilusório jamais solitário
E cheios de quimeras e de emoção

Que tenha na sua existência itinerário
Não só formas, nem aparência, ação
Onde os sonhos são seu mobiliário
Aduzidos dos cômodos do coração

Quero com que seja o meu amuleto
Guardado no peito tal qual a oração
Em mantra, não como simples objeto

E se, assim, brotar do tal poço secreto
Dos poetas, que venha com inspiração
Imaginando satisfação por completo

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ASSIM, O CERRADO

O cerrado, quando empoera
Ressequido o vento no ar
Chora seco folhas desespera
No azul do céu a bailar

O horizonte se põe a embaçar
Na miragem da atmosfera
Embaralhando o olhar
Na imensidão em quimera

Ah! Se o frescor assim espera
O tempo de chuva, pra se revelar
Retorcidos galhos esclera
Num cinza a cromatizar

Assim, o cerrado, se gera
Vida diversa, lato lugar
De exótica primavera
Quem te conhece, só amar...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

MOCIDADE JAZ (soneto)

Mocidade em mim, em simpatia
A sua lembrança já é sem graça
Na arena, silêncio, pouca galeria
E já tão distante, saudade, lassa

Nesta morrinha, de lado a ideologia
Pois, acima ou abaixo, tudo passa
Apressadamente, serventia é ironia
Velhice, prudente palavra: desgraça

Nos licores de prazer, só mitologia
As perdas já fazem parte da vidraça
Do fado, e o entusiasmo na periferia

Porém, nem tudo é ledice sombria
Curtir a paisagem e brindar a taça
Do viver, dizer não, fazem a alegria

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DO AMOR AFETO

O afeto amor, nos faz revestido
Da jura mais atraente do fervor
Enche os dias de colorida cor
E o coração de olhar conhecido

Se dele se é um querer fingido
Aos seus apelos nenhum dispor
Culposos encantos no propor
E dor nos sonhos então parido

Pra não ter ilusão e ter sabor
Tenha poesia no doce sentido
E nas mãos uma ofertada flor

Mas, se não quiser ser querido
Jamais será dele um coautor
E de ti então, o amor, terá partido

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, março
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Paciência
Paciência, pois depois primeiro encontro haverá muitos outros.
Paciência, pois além dos primeiros beijos também terá desejos
Paciência, pois mesmo com seu passado nosso presente e um legado
Paciência, pois enquanto você chorar irei pensar mil formas de te fazer melhorar
Paciência, pois em cada briga nossa teremos que encarar nossas fossa
Paciência, pois o amor é de fases então me entenda se eu for covarde
Paciência, pois em cada pensamento meu existe lá cada pedaço seu
Paciência, pois se um dia eu for grudento e só um jeito de expressar meu sentimento
Paciência, pois meu amor é tão sincero que mesmo de longe ainda aqui te espero.

Inserida por Pedronagel17

(Sempre serei EU)
Eles querem me impor um manual de como devo levar minha vida.
O que devo fazer com minhas roupas, com meu barraco.
Eles querem viver minha vida por mim.
O que eles me deram... joguei em um poço sem fundo!
Nunca fui nada do que eles queriam que eu foce.
Nunca serei nada disso que eles pensam.
Não posso querer ser nada disso.
Jamais serei como todos os outros.
Não tenho muitos amigos, nunca fui o favorito.
Nunca fui o que meus pais queriam que eu foce.
O que eu aprendi, aprendi por conta própria, Foi tentativa e erro.
Só quero um momento, um momento pra pensar.
Quero meus verdadeiros pensamentos.
Meus, e só meus, Meus verdadeiros sonhos.
Meus verdadeiros acertos, ou erros...
Não posso ser o que vocês querem que eu seja.
Não posso fazer o que vocês querem que eu faça.
Eu sou, e sempre, Sempre serei EU.

Inserida por Divergente-X

FIAR POÉTICO

E então, ó poema?
A inspiração indaga:
qual trilha, que dilema
se a intenção vaga...

Reage a página vazia
siga a tua saga
de vida
tristura e alegria
desprezo e amor

Pois, só assim
verso e reverso
o poema há de compor

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Aliceando, Alice Ruiz

Inserida por LucianoSpagnol

Nada foi por acaso
Mas se por um acaso, eu tivesse que me por ao começo
Eu faria tudo de novo
Mil vezes
Pra realizar contigo mil desejos
E os viver por mais de milhões de beijos
Ao seu lado, me pondo a te escrever
Seria somente eu, você e nosso amor
Ao som de um blues
Um sorriso torto seu
Aquele belo mar azul
Meu olhar, perante a ti, sem jeito
Olharia pro céu e na mente diria na mente
Obrigado acaso...

Inserida por Novopoetavelhosonho

Sereia,
Ah, Sereia
Me encontre,
Sou um caso a parte
Prole da arte
Vem, Sereia
Sente comigo
que eu te encanto
Eu preciso de ti, Sereia
Não sei como me expressar
loucura
paixão
amizade
tenho comigo que é tudo isso junto
Adaptemos, oh Sereia
O amor bate cada vez mais tarde na porta
mostre seu amor, Sereia
nunca leve, Sereia
Me leve,
Sereia.

Inserida por Novopoetavelhosonho

Acredito que seria muito bom,
Não ter que me preocupar com nada,
Se quiser sair saiu, se não quero, fico em Casa

Acordar a hora que eu quiser,
Pois não tenho obrigação,
Nem comigo mesmo,
Nem com no geral, meus "Irmãos"

A Paz é um sonho distante,
Que acho que nunca terei,
Nadar em águas claras,
Sem preocupação eu irei.

Queria que esses versos se concretizassem
E assim chegasse ao meu bom Deus
Que os Anjos levassem em forma de Oração
Que se realiza-se com Paixão

Inserida por PensadorAmbulante

Mais um dia te olhando de lado
E você sem me olhar
E eu assim me sentindo esnobado

Você passando pelo corredor
Abrindo seu armário ao meu lado
E eu quero ser o seu redor ou não ser esnobado

Mas quando se falarmos sinto que vai
Sinto que sua risada e a composição dá minha
Não sei se é verdade ou apenas ironia

Sempre que te digo que você se parece com meu passado
E que não real se tem cara do meu presente
E o seu lugar sem mais é ao meu lado

Mais seu olhar tem uma coisa que me chama
Não sei dizer o que é de verdade
Só sei que quero olhar resumindo te encarar

E sobre o que dizer em seguida eu não sei
Depende de você cada linha escrita em seguida
Então pensa em coisas boas e em não ser mais uma

Inserida por Pedronagel17

Notícia no jornal, mais um pobre preto e morto na capital, com letras grandes e ilustradas, escrito menos um marginal.
Festa hoje na delegacia por conta do seu polícia, mais um aumento no seu salário mensal, viva policial.
Luto hoje na casa de mais um pobre, suas filhas choram enquanto a esposa nem se move, seus pais pedem piedade por conta dessa crueldade

Inserida por Pedronagel17

...Dentro de mim o medo é o rei e a tristeza a rainha.
Só apenas um servo do sofrimento que
serve como almofada neste horrendo
mundo.

Somente tenho comigo o desespero e o
eco do meu choro como confidentes e a
mágoa como conselheira.

...Aqui jazo, neste enfermo mundo,
esperando um pouco de luz no meio
deste mundo obscuro

Inserida por Aloisio123