Textos e poemas
Astronauta
Me sinto como um astronauta
Meio perdida,mas não no espaço
Me sinto corrompida,mas pela gravidade
Que me faz flutuar em meus fluidos pensamentos
Pensamentos que são como rochas e vento
Me sinto como uma astronauta
Sozinha,solitária
Mas quando olha para a lua
Se sente inabalável
Se sente perdoável.
Saudades de sua família
Eles estão em seu coração
Um coração de tinta
Que tem tanto sangue em suas mãos.
Que pena que você me deixou,queria o deixar também
Meu coração estava em chamas
Minha vida em pedaços
Meu mundo,desabado
Eu estava no além
Estava esperando por alguém
Queria sentir algo
Que não fosse apenas um sentimento vazio e acabado.
Fico refletindo como a história começou
Procurando entender a razão do porque tudo começou
Se ao menos a razão pudesse se explicar
Entenderíamos a história do nosso amor
E de como tudo começou
Não podemos aceitar o fim
algo dentro de mim
bate mais forte por você
Será o amor?
O coração tem a resposta.
Alma
Alma de criança inocente
Com um caminho em mente
Achando que vai percorre-lo facilmente
Mal sabe os desafios e perigos que vem pela frente
Enfrentando cada dia sorridente
Mas falo pra ela ser resistente
E nunca desistir até
Seu objetivo conseguir
Mas até lá você terá que persistir
E nunca se deixe cair
porque isso não te deixará subir.
Jamais deixe suas derrotas fazer você parar de sorrir
E se um dia você não conseguir acredite
Que eu vou estar a te ajudar
E vou aguardar a hora de
Te apoiar e te consolar.
Por que desistir de alguém que tira um sorriso seu?
De quem te faz lembrar só porque ouviu uma música, um filme…
De alguém que é o seu último pensamento antes de dormir.
De alguém que te tira do chão e te faz ser a melhor pessoa do mundo, sem nem mesmo querer nada em troca.
Por quê?
Eis a questão! Não há motivo!
Teus olhos,
Teus lábios,
Teus cabelos,
Tuas curvas.
Mas não essas curvas,
Suas curvas.
Que brilham,
Estrelas a me fitar.
Tuas curvas.
Mas não essas curvas,
Suas curvas.
Vermelhas,
Com seu toque,
Tentando me drogar.
Tuas curvas.
Mas não essas curvas,
Suas curvas.
Macias.
Me envolvem
E me afogam,
Como ondas do mar.
Tuas curvas.
Agora sim,
Estas curvas.
Deslizo minhas mãos,
E rezo pro tempo parar.
CANÇÃO DO PURO AMOR
- A MEU PAI
Pai, ouça agora o que tenho pra te dizer...
Olha, meu pai, não se espante comigo,
Nem mesmo por agora não estar contigo,
Pois a tua vida não me fez aprender...
Não sei onde, meu pai, onde tu podes estar,
Nem mesmo sei onde posso te encontrar
Mas neste mundo talvez eu possa entender,
O homem que tu foste, e que te levou o ser...
Pai! Tão ausente, tão longe da realidade,
De um mundo que não era pra ser seu...
Tu quiseste ser rei, sem ser um plebeu,
Numa vida nostálgica com tanta maldade!
Tanto que eu o amei, meu pai querido!
Tanto que eu quis ser o teu espelho,
Mas no mundo me deixou de joelhos...
Deixastes-me, pai, com o coração ferido.
Nem mesmo agora nestas linhas que escrevo,
Consigo dizer, ou tocar neste assunto antigo,
Nem mesmo ao meu melhor amigo,
Eu consigo falar, meu pai, tudo o que devo!
Olha, onde estiveres, ouça-me agora...
Mas não se espante com o meu esplendor,
Talvez a história não me devolva o senhor,
Talvez, no tempo, o meu coração te devore...
Hoje, não te entregarei outro sentir,
Nem mesmo te entregarei outro amor,
Que não seja tão puro e de vivo luzir,
Que não seja tão forte pra vencer minha dor!
Sinto que seu amor me chama
em meio as chamas de uma cidade
em guerra com a saudade que sinto
O relógio avisa que já não temos tempo
que o tempo que tínhamos
você picotou junto com as poesias
que eu ousei escrever um dia
E no meio dessa agonia
nessa cidade que é você
em som, cor, tom e imagem
Minha vida entra em guerra
ao tentar acalmar um coração
que te escuta e ao te escutar
ouve o meu nome
E nada faz mais sentido
pois estamos sós
cada um em um canto
sofrendo e morrendo de amor
aos poucos.
Bem que o relógio avisou
‘O tempo é cruel’
e faz amores morrer em vida
para que nada mais faça sentido
DESCONHEÇO-ME
Não me conheço afinal
Minha existência essa!
Não me és obediente
Ontem mesmo fui dormir
Não querendo me apaixonar
Amanheci apaixonado
Enviando-te todos os dias
Flores e poesias...
Não sei quem eu sou!
Desconheço o meu ser.
Más conheço o conforto
Que tem em seus abraços
Conheço a doçura que tem
Em seus lábios, a cor clara
Que tem em seus timidos olhos
Más não me conheço.
Quantas coisas que eu gostaria de te falar que saiu em forma de canção. Tão diferente o teu mundo do meu; o que fazer com tamanha paixão.
Só me resta te admirar de longe, nos meus sonhos te abraçar e te sentir.
Mais se um dia desses a gente se encontrar; do acaso vou me aproveitar, poder segurar na tua mão e sentir que tudo não foi em vão.
E sentir amor, e sentir que tudo não foi em vão.
Tem um pouco de você em cada instante da minha vida. Já ti vi muitas vezes na tevê, no meio de alguma reportagem no centro da cidade, mostrando a loucura das lojas nos dias que antecedem ao Natal. Já cometi o erro de falar seu nome num restaurante lotado, e quando a moça se virou, não era quem eu pensava que fosse. Você se transformou em tantas, que até hoje me confundo ou perco o ar quando alguém chama pelo nome na recepção de um hotel e a funcionária tem o mesmo nome seu. Eu sempre imagino ser você. Não sei por quê, mas eu te recrio em tantas pessoas que muitas vezes perco as contas de quantas vezes tropeço em você por dia. Acho que no fundo, este foi o jeito que encontrei de nunca mais te esquecer.
Ricardo F.
O que posso dizer é que no fim a gente acaba se encontrando com o máximo de nós. Ninguém é perfeito, buscamos sempre não errar, mas os erros sempre virão, porém, o resultado de tudo é aquilo que melhor podemos ser. Por isso, façamos tudo com amor, pois só ele é capaz de superar as nossas falhas, sempre!
Ricardo F.
Parecia tudo tão bem, as coisas fluindo como deveriam ser, mas por alguma explicação não tão óbvia, a relação se perdeu.
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É complicado quando precisamos reler a mesma conversa milhares de vezes pra ver se conseguimos entender porque o outro não quis ficar.
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Ficamos tentando ligar os pontos, analisamos diversas vezes as nossas condutas, pensamos em voltar no tempo para mudar algum detalhe.
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Mas só nos restam as mensagens, as lembranças, as fotos. Os planos que fizemos se tornam amargos, as ideias perdem a graça, as noites parecem mais frias.
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Questionamos a vida, o tempo, o compasso que desalinhou. Pois é, nunca será fácil aceitar que nem sempre as pessoas estarão do nosso lado.
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Mas o que nos motiva a continuar vivendo é que a cada dia o pensamento que morava no outro vai se dispersando um pouco.
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Comemoramos o choro ter diminuído. Comemoramos a dor já não sufocar tanto. Resgatamos forças do sorriso que às vezes escapa sem querer.
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O tombo pode até ser grande, mas decidimos não continuar no chão. Redescobrimos o quanto somos capazes de passar por dificuldades, o quanto somos guerreiros em amar de novo, e de novo, e de novo.
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Não tememos o amor. Somos feitos dele.
GALHO SECO
Num galho seco caído à beira do caminho
Vi pousar um alegre passarinho
Quebrou um galhinho com o bico
Voou dali para longe
Aquele galho seco caído no chão
Um dia foi verde
Deu flor
Agora tão frágil
Sem cor
Mesmo assim me ensinou:
Só gravetos secos podem ser ninho.
ǫᴜᴇsᴛᴏ è ʀᴇᴀʟᴇ?
Ah, inofensiva borboleta
presa a seus desejos
em sua teia ardilosa, você à fez crente do fascínio da atração
beijando-a mostrou-lhe o paraíso e, em seu repentino partir
lhe apresentou o inferno.
sᴜʀʀᴇᴀʟᴇ
Eu era sua borboleta, e você fora meu equivoco
Fui uma amarga salvação para o amante do mais doce pecado.
nos perdemos da realidade.
ᴛᴏʀɴᴀ ᴀʟʟᴀ ʀᴇᴀʟᴛà
Na chuva fria, você prometeu não soltar minha mão e me fez
descobrir da pior maneira que a felicidade era um narcótico.
De efeito, limitado.
O beijo com você é diferente, ele é muito além do tempo, além do espaço, da distância. É um beijo termo que não tem gosto de beijo, tem gosto de esperança, de expectativa, de apego por algo que ainda não se fez, não existe, mas que é tão vivo, tão alucinante que, é possível voar sem asas, sentir sem tocar, amar sem ter, sonhar sem dormir, dormir sonhando em não acordar.
Ricardo F.
Com vontade de escrever,mas a mente confusa não me deixa transparecer...
E colocar no papel tudo aquilo que deveria lhe dizer e para não haver um término desse ''eu e vc'' devo lhe contar tudo aquilo que sinto e te falar das coisas que me fazem duvidar,se é ao meu lado que você realmente gostaria de estar.
DIFÍCIL DE ENTENDER
De uma chance
Rola um romance .
De um pequeno beijo
Rola tanto desejo.
Palavra te amo
Não tem como explicar
O sentimento imenso
De amar .
Conhecemos pessoas ,
Algumas fazem você bem
Outras fazem você mal
Isso tudo é tao normal.
Incrível o jeito delas
Agem como se fossem belas.
Apenas viva nesse mundo
Sem bobeiar por um segundo
Conheci pessoas erradas,
Me arrependi .
De tudo que fiz
Eu esqueci
Das pessoas eu as fiz mais belas.
João era só,
até encontrar rosa,
João Se entregou a rosa,
ele esqueceu os espinhos,
Se feriu João,
e rosa chorou,
pálida ficou rosa,
Branca que só ela,
limpou as feridas de João,
e João se curou,
com a rosa branca,
que se tornara vermelha,
a cor branca da rosa ficou,
estampada no sorriso de João.
[...] Tá, pode ser que não esteja aqui, quem sabe numa dessas viagens que a gente nem espera que aconteça, de repente, um fim de semana inesperado, uma surpresa meio improvável. E pode ser que quando estiver lá, você pegue o telefone e me ligue no meio da tarde, só pra saber como eu estou, só pra dizer onde você está e o que vê. A gente vai rir, ficar meio desengonçado, tropeçando no até semana que vêm, naquela vontade de continuar se falando, mas as palavras não saem muito bem. Você dirá tchau, fica bem, eu te direi; tá tudo bem, se cuida também.
Ricardo F.
Eu não aprendi a perder pessoas...
Eu não aprendi a perder as pessoas. Por mais que minha vida esteja no rumo que eu escolhi, ou que a própria vida escolheu para mim, eu nunca me habituei ao fato de me faltar alguém que um dia foi tão presente, tão importante. Não sei qual é a interpretação que possa passar, mas é irrelevante não deixar claro que ninguém passa por minha vida sem deixar algo. Nada é perdido, nem de fácil livramento, quando este, fez alguma coisa que me fez crescer, me deixou uma melhora no jeito de agir, de pensar, e me pôs na dúvida do porquê de tanta coisa. Nenhuma perda é pequena ou pesa menos, ou deixa de pesar. Perder é sinal de algo que conquistei, algo que esteve do meu lado, e um dia me ouviu, chorou junto, me apoiou, se apoiou em mim, trocou figurinhas do cotidiano sem ao menos pensar no futuro, sabendo sempre que, o depois é algo tão incerto, e como dizia a música, "... que o pra sempre, sempre acaba”, mas mesmo assim fechou os olhos e seguiu, porque a vida tem de ser assim, não é? Eu não aprendi a ficar sozinho, a deixar ir, dizer adeus, a seguir em frente, sabendo que um dia eu fui um elo entre o que havia de velho e o que eu trazia de novo na mala, sabendo que um dia nem precisava de mim, mas viu que eu poderia ser um acréscimo de coisas boas em sua vida. Não aprendi a ficar na casa vazia, não sei ficar em silêncio, eu não sei ficar sozinho, não sei ter o controle das coisas, não sei trocar de canal, não sei ter liberdade, não sei olhar pro lado e ver um buraco ali no canto, ver uma roupa pendurada, um fio de cabelo solto na barra do vestido esquecido no fundo do armário, um desenho bonito girando por ai. Não sei ficar sem ouvir bom dia, não sei ficar sem olhar a luzinha verde, não sei dormir mais sem dizer “durma bem, esteja em paz, onde quer que esteja”. Não sei como faz pra desentortar minhas emoções, nem sei mais onde faço caber aquilo que já não me cabe, não sei mais escrever sem carregar na tinta uma gota de lágrima atrevida qualquer. Uma pedra quebrou uma vidraça, e aquele buraco me incomodou dias até trocar o vidro quebrado, mas mesmo trocando o incômodo continuou, porque aquele vidro não é queimado do sol, mofado pelo tempo como os outros, é diferente, não é o vidro que havia, e eu gostava daquele vidro. E se apenas um vidro faz falta, imagine uma pessoa inteira? Sabe, eu não sei me levantar da mesa sozinho. Sinto falta hoje, de não ter guardado tantas coisas, não ter tido o hábito de segurar tudo aquilo por mais um tempo, para que, quem sabe um dia, eu pudesse voltar e saber que estive ali, que fiz parte do processo de evolução, e mesmo que minha memória seja fotográfica, sabendo sempre que a gente sempre deixa algo, é uma dor estranha essa de não poder mais ser parte daquilo, mesmo tendo a nítida certeza de que estive lá. Eu não sei andar sozinho, não sei soltar as cordas, as rédeas, não sei ter controle, não sei partir, não sei soltar das mãos, não sei levantar da cadeira e simplesmente ir embora sem saber o que vem de sobremesa. Há uma profundidade de ligação que o tempo criou que faz com que a pessoa se torne parte de mim, uma metade do corpo, um dependência humana que fica na pele, como o cheiro colado nas paredes que nunca sai, como o espinho no chinelo que vez ou outra você pisa e ele te lembra que ainda está ali. Pessoas são como portas abertas, e é muito difícil ter que fecha-las. Só sei que a gente chega a um ponto da vida que é preciso saber o que fazer, saber abrir mão, entender que as vidas já estão completas, que o nosso lugar não é este, que por mais que exista amor, o tempo é errado. Tenho pena de tanta coisa, pena por mim mesmo, por tudo que sonhava, e admito o quão é difícil se acostumar aos excessos e ter de lidar com a falta deles. Nunca vou te ouvir tocar o piano, nunca vou ver com você o sol se pôr no mar num domingo à tarde. Nunca vou te levar bombons no trabalho. A gente se despede dos sonhos com a leve convicção sempre, de que viveu o que pode ser vivido, nem mais, nem menos, o bastante para ser chamado de Para Sempre, o bastante para não saber ir embora. Pessoas possuem profundidade.
Ricardo F.
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