Textos e poemas

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Maçã
...Quando eu te escolhi
para ficar junto de mim
eu quis ser tua alma
ter teu corpo
tudo enfim
mas compreendi
que além de dois
existem mais
Amor só dura em liberdade
o ciúme é só vaidade
sofro mais eu vou te libertar
O que é que eu quero
se te privo
do que eu mais venero
que a beleza de deitar...

TODO AZUL DO MAR

Foi assim
Como ver o mar
A primeira vez
Que meus olhos
Se viram no seu olhar...

Não tive a intenção
De me apaixonar
Mera distração e já era
Momento de se gostar...

Quando eu dei por mim
Nem tentei fugir
Do visgo que me prendeu
Dentro do seu olhar...

Quando eu mergulhei
No azul do mar
Sabia que era amor
E vinha prá ficar...

Daria prá pintar
Todo azul do céu
Dava prá encher o universo
Da vida que eu quis prá mim...

Tudo que eu fiz
Foi me confessar
Escravo do seu amor
Livre prá amar...

Quando eu mergulhei
Fundo nesse olhar
Fui dono do mar azul
De todo azul do mar...

Foi assim
Como ver o mar
Foi a primeira vez
Que eu vi o mar
Todo azul
Todo azul do mar...

Daria prá beber
Todo azul do mar
Foi quando mergulhei
No azul do mar...

12/07/2008 09:36
Quem muito se explica, acaba falando sozinho.


Pare de se Explicar!


Não precisa se explicar,
Não há nada que eu tenha desculpar...
Você e eu somos pessoas totalmente diferentes,
Mas eu também tenho os meus extremados repentes!
Um erro não justifica o outro, é o que afirmam.
E quem define o que é certo e o que é errado?
Onde um e o outro começam e terminam?
O que é errado para muitos, talvez não seja para mim...
O inverso também deve ser levado em consideração.
Quem melhor do que nós mesmos para avaliarmos a situação?
Não gosto de ser julgada e também não gosto de julgar,
Só quem se sente dono da verdade é quem tem essa postura...
Como se ,assim como nós, não fosse também uma mortal criatura.
Não se preocupe em justificar constantemente suas atitudes,
Porque, na verdade, ninguém está realmente interessado...
Todos estão olhando para o seu próprio mundinho,
E quem muito se explica, acaba falando sozinho...
Não tenha medo de errar porque quem gosta mesmo de você,
Vai aceitar que cada um sabe que tem seu próprio caminho...
Há muito tempo você abandonou seu ninho para poder voar,
Então, por favor, pare de se explicar!

Aos olhos de quem vê....

Ela é tão simples quanto a poesia,tão fácil de amar sem ser compreendida,um olhar que vem da alma,um sorriso que acalma.
Sua voz doce e sincera a ecoar pelos caminhos de meu coração,dentro do meu entender vejo você mulher a mas bela e formosas flores que existem nessa imensidão que é o nosso universo. O lha esse teu cabelo que irradia olhar de cada homem,que brilha até ofuscar o olhar de outras fadas,poesia que te encanta faço em pequenas estrofes uma analise de sua alma.
Intensas asas que se revelam ao se apaixonar,pela pureza de um olhar inocente.No passado uma menininha que encantava , no presente uma mulher que seduz com um brilho natural,uns me acham perfeita,outros imperfeita.
Um dia me perguntaram se eu era um anjo,uma fada ou uma princesa e a única resposta para tudo isso é que eu sou tão simples como uma frase e tão leve como uma música.assim se resume minha vida....

Mãe
Mãe transmite toda a sua paixão
do fundo do coração
mesmo passando aquele sermão
na necessidade estende a mão

nossa mãe traz felicidade
ela e nossa melhor amizade
quando vai embora deixa a saudade
e quando esta presente mostra a lealdade

Mãe tem os melhores sentimentos
e em cada momento
empresta seu encantamento
e nunca nos deixa no isolamento

Quando estamos nos sentindo um horror
la vem ela com todo o seu amor
trazendo o humor
mesmo no momento de dor.

O maior dos guerreiros é aquele que vence a si mesmo.

Vencer a si mesmo é mais importante do que você ter toda a riqueza do mundo, mais importante do que todos os gozos desejados pelos sentidos, é mais importante do que se você fosse rei de universos.

Artes Marciais é em seu real sentido uma jornada esotérica rumo à realização espiritual.

O Verdadeiro guerreiro atinge sem golpear, machuca sem agredir, vence sem lutar.

Lutar na verdade não é um conjunto de golpes ou técnicas intencionais (ataques, defesas, contra ataque...) e sim um estado de espírito pacífico atuando com golpes e técnicas em determinadas situações, mas não aplicando golpes nem técnicas, pois essas saem por si mesmo como parte do guerreiro conforme a situação.

Resultados de uma luta não são verdadeiramente resultados, são as ferramentas de um ego baixo, interesseiro e intencional que pensou, fez, realizou, determinou o resultado num sentido que só tem valor para ele.

Treinar ou praticar artes marciais é algo falso, desenvolver-se um artista marcial é que é verdadeiro.

O verdadeiro guerreiro está pronto para qualquer luta ou combate independente da situação ou do seu oponente.

Quando a vontade for vencida e o ego absorvido surge no lutador o verdadeiro espírito de guerreiro.

Treine, dedique – se com sinceridade do fundo da alma, aperfeiçoe-se e se prepare para tudo e saiba que ganhar, perder, empatar, resultados não são fatos.

Você deve matar a si mesmo, não enxergar oponente nem situação, não ter espírito de luta e triunfar sobre a vontade, absorvendo todo o ego, estado não estado de vazio, só assim vencerá o invencível, fará o impossível, compreenderá o transcendental e irá diretamente ao Todo e o Todo irá até você.

A espada não é a arma do guerreiro, mas a sua alma em um objeto desnecessário.

O Kobudô não utiliza armas, apesar de desenvolver habilidades em diversas armas, a questão é que o verdadeiro Kobudoka em um combate despreza seu ego, ouve seu coração, guia – se pela sua alma e compreende as coisas do espírito.

Karatê – Do (caminho das mãos vazias) cujo significado tem haver com um sentido histórico de uma época em que era proibido utilizar armas em combate no Japão, tem também, além disso um outro sentido, que o próprio Funakoshi deixa claro em um de seus pensamentos que, o termo (Vazio) transcende este sentido histórico apenas, sendo seu real sentido o (Vazio) o mesmo espírito do significado Taoísta e esotérico do nível mais elevado espiritualmente quanto tecnicamente no combate ou em qualquer situação da/de vida.

A agressão é sempre sinal de fraqueza.

Competir não é necessário, provar aos outros é ridículo.

O mais forte não é aquele que muito agride, mas aquele que tem a melhor defesa.

Aquele que acha que vence os outros porque o agrediu, perdeu na verdade para si mesmo, sendo vítima de suas próprias fraquezas e ignorância.

Lutar pela honra? a luta aí é lutar contra seu orgulho em defender a honra de sua própria vaidade.

Só o homem pacífico é realmente forte.

Platônico


Nos teus olhos sinto a vontade de amar
Assim como vejo as estrelas a iluminar as noites
Noites aos quais já fiquei a sonhar em te amar

As expressões que você faz enchem os meus olhos,
Invadem a minha mente e me fazem imaginar como será estar em sua frente.
A cada sorriso aumenta mais o meu querer
Em ti vejo pureza misturado com uma beleza que só reflete delicadeza.
Delicadeza que me faz imaginar, qual será o gosto dos teus lábios a me beijar.
E a partir daí saber que nessa noite os sonhos podem se tornar realidade.
Realidade esta que quero apenas te amar.

E em quanto esse momento não chega você não sabe que estou a pensar em ti.

Você tem medo de fazer amor comigo
Você tem medo de acordar com um bandido
E ver no espelho escrito com batom:
- Tchau trouxa, foi bom!
Você não sabe de onde eu tiro o meu dinheiro
Você não sabe o que eu faço o dia inteiro
E esse mistério destrói a nossa paz
Ah, não posso mais
Não me pergunte nada, me deixe apenas vendo
Seu corpo lindo vindo para mim
E não se esconda tanto pois o seu corpo chama
Um outro corpo solto sobre o seu que eu bem sei
É o meu
Você suspeita que eu não seja um bom sujeito
E não entrega seu amor a um suspeito
Mas mesmo tentando jamais conseguirá
Não me desejar

EXISTENCIALISMO: UM ESTILO DE VIDA
Problemas existenciais são próprios da humanidade. No entanto, o movimento filosófico existencialista, que fez emergir filosofia(s) do existencialismo, só ocorreu após a Segunda Guerra Mundial (1945) porque a Europa se encontrava no caos, com todos perplexos e descrentes dos tradicionais valores burgueses, com necessidade de superar esses valores através de um novo estilo de vida, que ficou caracterizado, de forma arbitrária, como “existencialista”, sendo, portanto, caricaturado pela aparência descuidada e não higiênica; pelos cabelos desalinhados; pela oposição ao moralismo, às normas sociais, à demagogia; pela exibição de um modo de vida sombrio, amargo, melancólico, entre outros adjetivos similares. O movimento hippie foi considerado um dos exemplos do estilo de vida existencialista, da filosofia existencialista defendida por Jean-Paul Sartre, que foi criticado inclusive por brasileiros ilustres, como Tristão de Athayde, e católicos que acreditavam que esta corrente de pensamento ameaçava a fé cristã.
Nos anos sessenta e na primeira metade dos anos setenta conheci este estilo de vida, aproximei-me um pouco dele, mas como não deixei completamente de lado as tradições burguesas, porque embora tenha continuado trabalhando para sobreviver e estudando, acreditava que através do diploma teria uma vida melhor, quer dizer, uma vida burguesa ou uma vida de burguesa.
É verdade! Com o tão sonhado diploma, com letra maiúscula, tive acesso a concurso público, horários definidos verticalmente e salário bem razoável para quem pensava que era livre. As consequências: um estilo de vida próximo do burguês, com direito a carro zero, apartamento alugado porém mobiliado, viagens e lazer. Esse “estilo” ficou mais “certinho” com os valores embutidos no casamento, no nascimento e acompanhamento dos filhos e, especialmente, no tipo de trabalho que fazia: cuidar de gente. Não deixou de ser um “enquadramento” no estilo “normal” da classe média brasileira. Com isto, adeus ou até breve àquela filosofia, vã filosofia.
Mas, lá no “fundo” do meu ser, na sua essência, aquele que ficou para trás era o meu mundo, especialmente pela liberdade que ele proporcionava tanto no meu imaginário quanto no concreto da minha existência.
O tempo passou, e muito, mas o existencialismo continuou “passeando” no meu imaginário e no meu cotidiano pois tudo que vivia obviamente tinha a ver com existência, com a minha existência, com a existência de outras pessoas, de todas as pessoas! Ainda hoje, na solidão em que vivo, me “pego”, às vezes, pensando/falando que gosto de conversar sobre assuntos existenciais, aqueles que tratam da existência humana, do que mostramos na vida afora, e da sua contraparte, a essência, aquilo que é, do jeito que é. Fico a pensar: a essência é a essência. Dificilmente a perdemos por completo mesmo quando desviamos, como foi o meu caso, do caminho que eu vinha construindo desde criança: um caminho cujas fronteiras eram ilimitadas.
Nesse período da minha vida, eu já sabia que cada um tem a sua vida, o seu caminho, a sua existência e a sua essência. Lutei pelo meu do jeito que foi possível! Ainda adolescente, mesmo contra as ideias do meu pai de que uma garota deveria aprender “prendas domésticas”, saí de uma cidade do interior da Bahia e fui fazer o segundo grau (atual ensino médio) na Capital (Salvador). Assim, antes mesmo de ouvir falar em Kierkegaard, já sabia/sentia que havia vários tipos de existencialismo sem mesmo saber o que este termo significava. Muito mais tarde, só no mestrado e, principalmente, no doutorado, fiquei conhecendo o pensamento de alguns filósofos e deste que confirmou para mim que há sim diferentes tipos de existencialismo uma vez que cada pessoa tem uma visão individual das questões humanas, que cada ser humano tem uma experiência singular de vida.
Do segundo grau à vida como docente universitária, estive engajada em movimentos sociais-políticos, de modo que o coletivo superou o individual mas, por sorte, não perdi este de vista embora o tenha minimizado, quem sabe, o esquecido num canto pois esta é uma questão ainda não resolvida. Aliás, são tantas as questões não resolvidas: de onde vim? Para onde vou? O que tenho feito e o que está por fazer? Por que isto ou aquilo não deu certo? Existe certo e/ou errado? Qual o sentido da minha existência? Por que tamanha insatisfação/inquietude? Tantas e tantas outras... A solidão contribui, e muito, para a emergência de questionamentos desta natureza. Será/seria uma herança do modo de vida na infância e na adolescência, como aconteceu com Kierkegaard?
Quando mais jovem era mais presa à objetividade, chegando, inclusive, a me debruçar sobre filósofos materialistas. Talvez porque fosse mais fácil me apropriar do concreto ou me desapegar dele. Quem sabe não ter sido essa a opção para fugir da subjetividade, ou melhor, da realidade? Realidade versus subjetividade? Subjetividade versus realidade? Complexo demais para mim!
Sempre há uma saída mas a que encontrei para chegar à compreensão, mesmo tênue, da subjetividade, foi por demais dolorida, decorrente de muitas perdas imateriais. Mas era preciso acreditar no que não se vê! Eu tinha/tenho necessidade de Encontrá-lo. Primeiro, é preciso ter a fé que tudo suplanta e que se encontra acima da razão mesmo que esta continue orientando algumas das minhas/nossas ações. Fiz uma longa peregrinação em busca desta fé. Caminhei por montanhas, vales, atravessei riachos, conheci pessoas de fé, vivi momentos de fé, mas não sei, ainda, se sou uma mulher de fé. Só sei que ter fé, ser um homem ou uma mulher de fé, não é fácil! Continuo procurando esta fé em toda parte: fora e dentro do meu eu mas quando e como saberei que a encontrei? A subjetividade traz questões que só a fé é capaz de resolver. No entanto, como isto é possível já que a fé é subjetiva? Olhe eu de novo me encontrando com Kierkegaard, para quem a fé é a maior paixão do homem, para quem Deus é a única fonte capaz de tornar o homem plenamente realizado.
É, para quem não tem “certezas” como eu e que sente uma necessidade imensa de encontrar a fé que tudo suplanta, só resta continuar caminhando, vivendo a existência, experimentando a sua essência, a minha essência, a essência humana.
COMENTÁRIOS SOBRE O TEXTO EXISTENCIALISMO: UM ESTILO DE VIDA (De Marina Lemos para Delva Brito)
Adorei o texto!
Fazer uma autobiografia é uma forma de se conhecer melhor e, a partir daí, tomar consciência de algumas coisas...
Muito legal!
Acredito que não vamos em busca da nossa essência. Ela se apresenta a cada momento. Então, tento buscar a consciência de mim, do que estou sentindo a cada momento, independente do outro ou do ambiente (apesar de sabermos que é impossível não sermos influenciados pelo ambiente), ver o que me faz bem, e, a partir daí, fazer as minhas escolhas de modo que me aproxime do meu ser naquele momento. Assim, sou feliz a cada momento, e, em outros em que não consigo, aprendo com os erros. Faço o que me faz bem.
O existencialismo coloca que somos responsáveis pelas nossas escolhas, a cada momento, mesmo que aconteçam tragédias, pois o que decidimos e o que fazemos com o que acontece conosco também é uma escolha. Daí, a importância de estarmos conscientes, a cada momento, para fazermos escolhas conscientes. Há uma frase bem legal no âmbito da Gestalt-terapia: não importa o que acontece com a gente e sim o que fazemos com o que acontece com a gente.
Acho que você não se perdeu no meio de sua vida mas que está em processo de evolução, como qualquer ser humano. É apenas um caminho, um processo de crescimento. Temos sempre a impressão de que não éramos nós naquele momento ou que não estávamos livres naquele momento! São apenas momentos, somos nós a cada momento, expressamos nosso ser diferente a cada momento, talvez por isto não nos reconheçamos, muitas vezes, no passado. Hoje, temos consciência diferente, mais maturidade, e achamos que, no passado, éramos diferentes! Somos nós a cada momento.
Acho que a fé também não se busca. Está em nós. Precisamos nos conectar com ela. Acho que o contato com a fé é muito individual. O que é fé para mim não é para outra pessoa! Primeiro, é preciso perguntar o que penso da fé e, depois, como eu, na minha maneira de ser, me sinto melhor ao me conectar com ela (por exemplo, quando fico na natureza sinto-me mais perto da harmonia e da boa energia; quando pinto, medito...). Com angústia, insatisfação, ansiedade, com estes sentimentos, deve ser difícil! A primeira coisa é harmonia, tranquilidade e paz. Acho que só a encontramos quando perdoamos e aceitamos (não de forma cômoda). Então: aceitar, perdoar e liberar!
EXISTENCIALISMO: UM ESTILO DE VIDA
(Por Delva Brito para Marina Alves Lemos)
Gostei muito dos seus comentários, especialmente por ser uma psicóloga, especialista em Gestalt-terapia, que está conectada com o existencialismo.
No entanto, gostaria que (re)visitasse como trato fé, não qualquer fé mas aquela que tudo suplanta e que abordo em outro texto, “Aprofundando a fé no Caminho de Santiago de Compostela”.
Quanto à questão “essência versus existência”, concordo que a essência é a essência. Ela está lá. Mesmo que ocorram muitas mudanças profundas numa vida, ela está lá podendo vir à tona ou não...
Você é ainda muito jovem mas sei que me compreende e que, assim como eu, escreve o que sente, o que emerge do coração. No entanto, lembro os cuidados com interpretações. Já até falamos sobre os “perigos” de interpretar o “outro”. Cada interpretação é uma interpretação e interpretar o interpretado é, ainda, mais complexo. A realidade é mais dinâmica do que a nossa capacidade de interpretá-la. O que se escreve agora, quando lido no futuro, é passado!
Continuo colocando no papel outros sentimentos/pensamentos. Ah! Quanto atraso! Depois, no computador com direito a micro, monitor, teclado, mouse, som, impressora separada de scaner, internet fixa. Que horror! Ah! Quebrou quase tudo ou tudo! Graças ao “salitre”. Que bom! Era “pesado” demais para quem vive p´rá lá e p´rá cá, às vezes levada pelo vento ou “empurrada” pois, com carro velho, embora não seja vermelho, isto é bem merecido para quem se arrisca tanto como eu. Existência? Essência? Estão aí...
Na existência é assim mesmo. Veja: agora, tudo um pouco mais moderno: note book, face book, msn etc. Bem mais fácil para socializar o que se escreve mesmo sabendo que a escrita é estática. Nela, o diálogo fica complicado. Restam sempre questões pendentes que, algumas vezes, são reveladas por escrito desde que se tenha a paciência necessária para esperar o retorno de respostas ou de novas questões, como o que aconteceu entre nós, nesta comunicação.
Minha filha querida, minha “pupila”, se assim posso chamá-la, valeu mesmo!
Contudo, quando diz que para a Gestalt-terapia: “não importa o que acontece com a gente e sim o que fazemos do que acontece com a gente”, quero apenas sugerir que não deixe o autor anônimo pois sei que sabe que esta “filosofia” se origina em Nietzsche: biografia de uma tragédia - “[...] A primeira natureza é aquilo que fizeram conosco, o que nos foi imposto e o que encontramos em nós mesmos e ao redor de nós [...] A segunda natureza é o que fazemos com isso tudo.”
________Notas escritas entre 2010 e 2011.

Allie: Ficar com você? Por quê? Olha só pra nós, já estamos brigando!
Noah: É o que fazemos. Brigamos. Você fala quando estou sendo desgraçado e arrogante, e eu falo quando você está sendo uma chata irritante. Que é o que você é 99% do tempo. Eu não tenho medo de magoar você. Fica chateada por uns 2 segundos e em seguida volta a fazer a próxima coisa irritante.
Allie: E daí?
Noah: E daí que não vai ser fácil. Vai ser muito difícil. E vamos ter que trabalhar nisso todos os dias. Mas eu quero fazer isso, porque eu quero você. Eu quero você para sempre. Você e eu, todos os dias. Pode me fazer um favor? Por favor. Será que pode imaginar sua vida… daqui a 30 anos, 40 anos. O que você vê? Se vê com aquele homem, então vá. Vá embora. Perdi você uma vez, acho que posso me acostumar de novo, se for o que você realmente quer. Mas não escolha a saída mais fácil.

Noah Calhoun e Allie Hamilton
Diário de uma Paixão (2004)

Nota: Filme baseado no livro "Diário de uma Paixão" de Nicholas Sparks

...Mais

Quando já não tinha espaço pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer acomodei
Minha dança os meus traços de chuva
E o que é estar em paz
Pra ser minha sem ser tua

Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranqüila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver

Nada do que eu fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra a tua boca

E mesmo que em ti me perca
Nunca mais serei aquela
Que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela

Quando já não procurava mais
Pude enfim, nos olhos teus vestidos d'água
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas

E assim no teu corpo eu fui chuva
Jeito bom de se encontrar
E assim no teu gosto eu fui chuva
Jeito bom de se deixar viver.

John Tyree: Por que não ligou? Eu não merecia mais explicações além daquela carta? Não podia ter me ligado? Não podia ter me dado uma chance de te fazer mudar de ideia? Não acha que me devia isso?
Savannah Curtis: Não podia.
John Tyree: Não podia? Foi isso mesmo que você pensou naquela hora, que não podia me ligar? Por quê?
Savannah Curtis: Porque eu não pude.
John Tyree: Me dá uma resposta. Por quê? Por quê não?
Savannah Curtis: Porque eu não pude.
John Tyree: Fala! Eu quero uma resposta!
Savannah Curtis: Porque só em ouvir a sua voz eu teria mudado de ideia.

John Tyree e Savannah Curtis
Querido John (2010)

Nota: Filme baseado no livro "Querido John" de Nicholas Sparks

...Mais

Se ainda não tivessem dado nome á felicidade, hoje ela seria batizada por mim, pois, felicidade é o nome que se pode dar ao que eu estou sentindo!
Muitas vezes nós pensamos que a felicidade só existe para os outros, mas, aí é que nós nos enganamos, porque ela sempre está do nosso lado, basta sermos sensíveis o suficiente para poder percebê-la. Não sei, mas o que pode fazer uma pessoa feliz de verdade, é muito menos do que todos imaginam.

Jura Secreta

Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que não causei

Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que eu quero me suprime
De que por não saber ainda não quis

Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que não sofri

Sinto falta de ouvir a sua voz
Sinto medo de não ser mais nois
Não dá pra esquecer
Tudo que agente viveu

Quero ter mais uma chance
pra acertar
Quero te mostrar
Quem sou agora

Não vou
Mais deixar você partir
Nada vai tirar você de mim
Não vou mais deixar você partir
As vezes tudo recomeça
quando chega ao fim

Ei, será que pra falar de amor é preciso pedir licença? Talvez não
Eu não sei o que você pensa, mas amor é algo pra se falar, fazer, gritar...
E, eu vou sempre gritar pelo seu nome e pelo seu amor
O meu amor por você é tão grande
Que desde pequeno eu aprendi
Que o mais importante é saber amar, e eu sei... claro que eu sei!
Sei porque te amo
Eu te amo... o sentimento que eu tenho por não ter você é que me consome
E, esse amor que eu tenho aqui, dentro do meu coração é todinho pra te dar
E você heim???
Parece que não quer, parece que não vê, não liga!
Ah! Que bobagem a minha
E, eu que cheguei a pensar que um dia você pudesse me dar amor...
Mas você não dá nada, e, mesmo assim eu te quero tanto
E, mesmo assim eu te amo tanto,
E te peço: Por favor ouça meu grito de amor.

Você pode sumir agora e simplesmente deixar de me atender, não responder minhas mensagens e somente e tão somente sumir da minha vida...
Para quem parte é sempre mais fácil, você vai dormir e acordar como se eu nunca tivesse passado por você.
Você vai ouvir a minha banda favorita, e não vai te incomodar nem um pouco, no máximo vai pensar: eu já ouvi isso antes... Você vai rever os filmes, aqueles dos fins de semana.
Você irá nos lugares que frequentamos e tudo será normal!
Não terá significado algum pra você... E eu?
Eu terei que ter paciência porque vai levar um tempo (não sei bem o quanto) pra que tua presença se dissipe de mim.

Ainda lembro do som
Da chuva lá fora
E como quis
Me entender com você...

Mas o rancor foi quem falou
E eu fui embora
Você nem soube
O que eu ia dizer...

E nesse instante
O que lhe doeu mais
Foi pensar que eu nunca
Fosse voltar...

Eu disse:
Mas você não ouviu
Que não vim pra te perder
Não vim pra crer
Que possa haver você sem mim
Não pode ser
Não vim aqui pra saber
Que é fraca a minha fé
Eu vim aqui pela força do amor
Só por você

E fui rodando a longa estrada
Sem trégua
E quando eu quis retornar pra você
Fiquei sem pistas
Aumentou a pressa
Na chuva
Na luz do entardecer
Você distante
Esperando sempre
O momento em que eu voltasse ao final

Deixa esse momento ficar
Não foi um erro qualquer
Mas deve ser deixado pra trás
Perdemos o medo e sabemos porque

Não vim pra crer
Que possa haver você sem mim
Não pode ser
Não vim aqui pra saber
Que é fraca a minha fé
Eu vim aqui pela força do amor

Só por você

Pra falar do amor de verdade,
Vou começar pela melhor metade
Te mostrar tudo de bom que tenho
E se for preciso eu desenho
Eu amo você,
Que eu quero você

A outra metade é defeito
Você vai saber de qualquer jeito,
Anjo ou animal, suave ou fatal
O que de um grande amor se espera
É que tenha fogo,
Que domina o pensamento
E traga sentido novo

Que tenha paixão, desejo,
Que tenha abraço e beijo
E seja a melhor sensação,
Que preenche a vida vazia,
Mande embora a agonia
E que traga paz pro coração,
É você, é você

Que preenche a vida vazia,
Mande embora a agonia
E que trouxe paz pro coração
Que preencha a vida vazia,
Mande embora a agonia
E que é dona do meu coração,
É você, é você

Lentamente, como eu faria com um a animal ferido, estico a mão e acaricio alguns fios de cabelo em sua testa. Ele fica paralisado diante de meu toque, mas não o rechaça. Então continuo acariciando delicadamente os cabelos dele. É a primeira vez que o toco voluntariamente desde a última arena.
  – Você ainda está tentando me proteger. Verdadeiro ou falso? – sussurra ele.
  – Verdadeiro – respondo. A resposta parece requerer mais explicações. – Porque isso é o que você e eu fazemos. Protegemos um ao outro.