Textos de Tristezas
Desabafo das 10 horas
Desrespeito, assedio, ofensa, por qual motivação um ser humano se esforça para fazer um outro alguém se sentir assim?
Não consigo descrever em palavras o sentimento que habita em mim, repulsa, nojo, ódio, tristeza e insegurança hora sinto tudo isso por aqueles que me fizeram mal e horas sinto até de mim, do meu próprio corpo por ter passado por isso.
Apesar de saber que a vítima é só a vítima o sentimento que fica guardado no peito e alma é de total impureza, de estar coberto pelo pior tipo de sujeira, só hoje chorei mais do que consegui contar, me odiei e odiei as pessoas infinitas vezes.
Como tirar de mim tal sentimento? Acredito que terei que descobrir e rezarei para que aquilo que senti ninguém mais volte sentir.
Monólogo da ausência.
A verdade é que não sei viver,
O mais fácil mesmo é se esconder,
De mim,
Dos outros,
Viver vestida de sorrisos vastos,
Assim como as incertezas são,
Trocando sim pelos nãos,
Porque?
A vida acontece sem a gente querer?
A maior parte das escolhas,
Independem realmente das nossas próprias,
Vivemos numa algema de dinheiro,
De sociedade...
Sei que nem tudo é maldade,
Mas,
Ensurdecidamente,
Ela envaidece,
Os seres humanos,
Como semente plantada,
Cresce e floresce em dor,
No coração de outras pessoas,
Tão humanas quanto ela...
Então, porque isso acontece?
Essa verdade me entristece,
Muita gente padece,
Adoece,
Enquanto a esperança permanece,
Quero ser a mudança,
Permanecer em Constância,
Escopa de quinze.
Alegria em viver,
Prazer em conhecer.
MESMO CAMINHO
Há no amor verdadeiro, um incômodo, mas é fase.
Por querer que sincero, seja o brilho da amizade.
Há quem diga que é o fim, mas há até quem se case.
É tão ingênuo o amado, pensa ser por maldade.
Quando quem ama o fere, com o bisturi da verdade.
A alma é assim, pura vaidade, só quer aceitação e carinho.
Por isso que o amor verdadeiro, fica ali no cantinho.
Mas com o tempo, a ferida cicatriza, e o amado com o amor, voltam ao mesmo caminho.
Sergio Junior
Minha maldição
Dois de cada coisa
Dois amores não correspondidos
Dois anos de sofrimento
Dois melhores amigos perdidos
Aposto que mais dois anos remoendo
Já morei em duas casas e um apartamento
Será que mudarei por causa desta maldição?
Dois minutos de paz neste momento
Enquanto escrevo uma poesia que nunca virará canção.
Duas horas chorando
Dois dias segurando o choro
Duas ideias ruins, eu fico pensando
Se vivo de dores ou se morro.
Sinto-me vazia.
Uma solidão tão grande que me faz ter medo do universo. Qual o motivo de tanta tristeza? Escolhas erradas que me levam a felicidades momentâneas. Se me deito, lembro que nada é real, apenas mais um erro. Um erro ao qual me apaixono cada vez mais, em uma descida direto ao sofrimento, mas eu curto cada segundo, como se fosse o último.
És intensa,
grande é a tua sensibilidade,
muitos até pensam,
mas poucos te conhecem
ou querem te conhecer de verdade,
pra te abraçarem nos momentos
de fraqueza,
pra desfrutarem da tua graciosidade, entretanto, não precisa ser motivo
de tristeza ou de dor
e sim uma oportunidade
de experimentares o teu próprio amor.
Dessa dor
Um mar de sentimentos.
Um passado que não cansa de retornar...
E eu que só no presente queria ficar.
Minha vida se transformou num castelo intransitável.
Fantasmas descalços vêm ao meu encalço...
Fecho os olhos pra não os ver...
Mas o frio que com eles chega me faz estremecer.
Vivo como se espinhos tivesse cravados na alma.
Foi-se pra um lugar inatingível toda a minha calma.
Sofro... essa dor intrusa e hostil...
Fe em mim sua morada... fez-me presa do seu covil.
Coisa Triste
Triste terra
Triste sente
Triste guerra
Triste mente
Triste lavra
Triste povo
Triste trava
Triste novo
Triste muro
Triste cura
Triste sujo
Triste pura
Triste aqui
Triste além
Triste ouvir
Triste amém
Triste nada
Triste tudo
Triste fala
Triste mudo
Triste mesmo
Triste mundo
Triste esmo
Triste fundo
Triste paço
Triste casa
Triste passo
Triste caça
Triste gente
Triste igual
Triste sempre
Triste final.
(Vanderlei Campos)
Joaninhas
"Eu estava triste
e quando sufocava, saía para andar
na esperança de beleza na vida encontrar
Mas de nada isso bastava
pois o mundo é feio
quando se vê apenas as pessoas
Foi só eu me abaixar
perto de uma roseira qualquer
que encontrei meu paraíso
Como Deus é perfeito
elas sempre estavam
ali pra me alegrar
Sim, pequenas, vermelhas
com pintinhas pretas
não cansava de as observar
A beleza estava mais perto
que eu podia imaginar
obrigada, Senhor.
Por criar vida
vida além do ser humano.
hoje estou feliz."
Quero desfrutar
de cada fase da tua infância
que está passando tão depressa,
amanhã não serás mais uma criança,
confesso que sentirei um pouco de tristeza,
mas será momentânea,
pois estamos construindo inesquecíveis lembranças
que sempre poderei visitá-las
e sentir uma necessária
bem-aventurança.
Amor não correspondido
Eu só queria ter te conhecido melhor, ter conversado com você, sentar em uma mesa e tomar um café ou suco ou refrigerante ou uma cerveja e bater um papo... Mas a culpa foi minha mesmo, foi minha culpa eu ter me apressado, me antecipado em dizer o que eu realmente sentia por você, não queria que você se assustasse, não queria que você tivesse receio de mim, nunca foi a minha intenção... Mas acredite, eu realmente estava te amando.
Agora, o que restou disso tudo foi um silêncio tão barulhento que incomoda, que machuca tudo dentro de mim. Eu vou ter que me acostumar com isso, dói no momento, mas conseguirei me acostumar, pois você tem todos os motivos para não se comunicar mais comigo.
A única coisa que posso pedir nesse momento é que você fique bem e que você se recupere desse incômodo que causei na sua vida. Não se preocupe, pois eu te prometo uma coisa, que te deixarei em paz. Me perdoe por isso.
Por qual motivo gosto de ter controle de tudo,
Se nem controle da minha vida ultimamente estou conseguindo ter,
Não tenho com quem conversar,
Não tenho com quem me abrir,
Não tenho com quem contar,
E, por isso, escrevo.
Escrevo para deixar a dor sair,
Escrevo para deixar as tristezas tomarem vazões,
Escrevo para que outras pessoas não precisem se dilacerar com minhas tristezas, e não se machuquem mais do que elas já estão, nesse mundo chamado "vida",
Muitas vezes, o som da minha voz,
Machuca,
Atordoa,
Devora,
Machucando o outro
E, sim, eu mesmo.
Pássaros cantando
Talvez o mundo não fosse tão grande como eu imaginava
Talvez eu não merecesse o céu, como eu achava, somente as nuvens
E, tenho apenas que me contentar com o canto das pássaros
Porém, não é me desfazendo deles
Eles não deixam de ser belos
Mas, são singelos
Talvez eu devesse cantar apenas a minha verdade
Andar a passos curtos
Sem fazer barulho
Apenas vivendo cada instante dentro da minha própria eternidade
Numa silenciosa jornada
Ao mesmo tempo intensa e necessária pra quem a vive
Talvez eu devesse apenas recolher as folhas que eu encontro nos bosques do caminho
E plantar uma nova história
Pouco a pouco fazendo o meu ninho
Uma casinha no interior
Um campo verde e florido
Uma chaminé
E novamente os pássaros cantando
Escutando e apreciando meu silêncio interior no interior do interior.
A saudade do futuro
Uma saudade não nomeada
Também brota aqui dentro
E se perde pela estrada
Ah, se no meu próprio canto eu ouvisse os pássaros cantando...
Talvez eu não mereça mesmo o amor
O amor de Eros, o amor dos outros
Nem a paz e a calmaria da cidade
Talvez no meu coração só possa perpetuar a dor
Continuamente
E nesse total desprazer é que a minha mente sente
Sentimento descontente
É o que provoca esse miserável, insensato e profundo estado de torpor.
Encanto
Foi em um sábado que a gente se conheceu
Se assim possoe dizer
Uma ocasião comum
Sem tanto a oferecer
Mas de conversa em conversa
Foi se moldando o interesse
Quem era aquela ali?
De acaso apareceu
É confuso
Não sei porque você
Não sei porque eu
Seria ironia?
De tantos caminhos
E outros trajetos
Por que esbarrar no seu?
De qualquer forma
Não é preciso tanta resposta
Foi o melhor que aconteceu.
Parecia que eu já te conhecia
Mesmo sem ter te visto
O fascínio e a lembrança dançavam juntos
Ao que parece
Nem desta vida.
Se de erros é que se aprende
Estou disposto
Vou confiar uma vez
Na serenidade brilhosa de seu rosto
Que só ilumina
Porque conversa com meus olhos
E de alegria faz sua química
No silêncio
É possível ouvir os muitos elogios
Que perante a cautela
Ainda não foram ditos
É de admiração
Que aos poucos
Vamos desdobrando nossa relação
Progredindo para conhecer
Saber um pouqiunho mais
É tanto mistério
Que a gente não sabe o que faz.
É fosco o véu que cobre o sentimento
Ainda é cedo para se entregar
Ei de chegar o momento
Que de intimidade poderei te contemplar
Te conhecer seria um prevlégio
A gente se fala tão pouco
Nem parece que estudamos no mesmo colégio
Até porque frente-a-frente
Não há tantas declarações
As palavras fogem
Nem sequer ficam os trechos de canções.
Me desculpe não ser tão destemido
É que pra mim não é natural
Nunca me preocupo com as pessoas
Elas geralmente me deixam mal.
Vou me esforçar por você
Assim espero
Ei de engradecer cada dia
A forma como te quero
Digo que anda não é amor
De minha parte seria muita pressa
Deixarei o tempo cuidar
E que seja na intensidade do seu dispor.
Você ainda precisa pensar
Ainda precisa se decidir
Quando for sua vontade
De braços abertos pode vir.
Até lá
Pode pensar com carinho
E amadurecer suas ideias
Eu sou acostumado a viver sozinho
Mas seja pra onde for
Onde quer que sua mente queira repousar
Me dê esperança
Que de mim não vai enjoar.
Assim
O mesmo vento que irá te aconselhar
Em uma calma e sublima brisa
Sem tantas anunciações
Vai te fazer retornar.
Apólyti
27/11/2021 (23:05 - 00:47)
A cada dia que passa você não fica mais novo(a).
A cada situação vivida você não fica mais ingênuo.
A cada perda ou falta você não fica mais feliz.
A cada tropeço você não fica menos dolorido.
Uma coisa que sempre reparei nas pessoas mais velhas era que elas não sorriam tanto, eram sempre muito sérias. Pessoas desconhecidas, nos ônibus, que se irritavam com os adolescentes barulhentos.
Elas só queriam paz. Elas só queriam não sentir as dores que sentiam. Elas só queriam alcançar conquistas que pareciam impossíveis. As marcas que carregavam no rosto não eram rabujice... era a vida, a perda, a falta, o tropeço, a dor.
Todos os dias elas pensavam que passavam despercebidas. Mas eu estava lá vendo e me perguntando. Ingênua, eu não entendia bem as dores da vida. Hoje com 38 anos eu ainda vejo por trás de sorrisos de Internet, rostos tristes andando por aí. Rostos marcados pela dor, pela amargura, pela tristeza.
Não sei por qual motivo meu rosto ainda não quis deixar marcas de tudo que eu já vivi, embora meus cabelos verdadeiros já sejam brancos em grande parte.
A verdade, me parece, é aquele momento quando ninguém conhecido está te olhando, e você pode ser você mesmo(a). Essa pessoa que nem você costuma olhar, pois nem todo mundo se encara no espelho pra ver a vida através das suas marcas.
Houve um tempo em que eu não me olhava mais no espelho. Agora eu olho. Acho que a gente para de olhar no espelho quando tem raiva do que vê. Pra mim, tá de bom tamanho. Não sou perfeita, mas sou aceitável pra mim mesma e isso é mais que suficiente pra mim.
No final das contas a vida é aquilo que a gente decide viver. Ou a gente mergulha no fracasso ou a gente simplesmente levanta e descobre se tem algo melhor pra nós por aí. E eu acho que aqueles que escolhem a segunda opção, sempre tem mais chances do que quem se perde no tormento da própria alma.
LIXO DESCARTÁVEL?...
Realmente sou um tipo de pessoa descartável
Um lixo mas não reciclável, sempre deixado.
Pelos outros em qualquer lugar largado...
Não ligam pro meu estado.
o que sempre destrói o seu gramado.
Desculpa ter te incomoda caro asfalto
Mas eu já fui usado e aqui fui largado
Mas não se preocupe, pelo vento serei levado.
Sempre ocupando outros espaços
Para uns... um belo tesouro admirado
Para outros... só um lixo imprestável
Correndo nessa vida, pelo vento "aliado"
Só esperando o tempo levar meus pedaços
Sofrendo por não ser necessário
Acho que acabou meu legado, enfim.
Poha de novo fui reciclado.
Acho que entenderam o recado
O ABANDONO DA LINDA FLOR
Fazia meses que eu não a regava, tão linda era seu brilho que gradualmente se ofuscava na seca do sol.
Ela nasceu no meu jardim! mas eu não a plantei. Certo dia, passou-se perto de minha casa um rapaz que vendo o abandono que eu fizera com a linda flor, fazia questão de rega-la dia após dia para mim. Até que chegou o tão esperado dia que com lágrimas nos olhos decidiu levá-la para sua casa, mas nem ao menos pediu-me permissão, zangando fiquei como nunca.
Ah! Tudo era puro egoísmo, tão infeliz sou eu que não cuidei da flor e não deixo que cuidem dela por mim.
Leve-a jovem rapaz, cuide-a com carinho, enxugue os pés dos teus olhos, pois essa flor já era tua antes de mim.
Levei meu sobrinho para passear comigo, há tempos ele vinha me pedindo, animado, seriamos só nós dois. Crianças abaixo de cinco anos nunca foram meus favoritos, só venho lidando com crianças de vinte dois anos ou mais.
Só que pensei ser uma boa oportunidade, saímos e eu descobri uma inveja dessa energia juvenil, a gente perde tanto quando cresce. Tudo bem, não digo perder, sacrificamos muito para conseguir zelar por nossa sobrevivência. E nesse exato momento, eu almejava um pouco dessa vitalidade que a vida me tirou. Mal me lembro da sensação de ver o mundo pela primeira vez.
Voltei meus olhos para o meu sobrinho e ele pulava, sorria, caía e levantava sem muitas preocupações na vida. Tudo o que tinha era o presente e só isso bastava. Os frutos do futuro não lhe interessavam. Essas preocupações cabiam aos seus pais, este é único período da vida em que temos o direito de entregar nossos destinos nas mãos de outros, todavia, conheço adultos que ainda insistem em fazer isso. Tolos, não sabem que depender dos outros é um luxo que não podemos nos dar. Porque a vida maltrata com socos no estômago. Quando crescemos, o presente é invadido por possíveis futuros, a maioria deles irreais.
Somando todas as invejas que senti de meu pobre sobrinho, aquela foi uma das mais marcantes. Pensar na maneira como já tive o presente e perdi fez dessa a maior perda de uma vida. Agora mesmo, enquanto meu sobrinho brinca nos brinquedos do parquinho, eu checo meu celular pela quinta vez, procurando por pessoas que definitivamente não estavam ali. Preocupando-me com compromissos que ainda virão. Já não sei como recuperar o luxo do presente e só. A vida te pede para ficar.
Então voltamos para casa. Caminhamos por entre as pessoas, ele grudado no meu braço, e me puxando para que cessasse meus passos, como se toda a sua vida dependesse disso. Meu sobrinho queria voltar, pois algo lhe roubara sua atenção, algo no mundo era digno de seu afeto. Queria pegar uma tampinha de garrafa dourada no chão.
— é só uma tampinha de garrafa. — disse eu.
— eu nunca tinha visto uma dessa cor.
E foi aí que eu me dei conta que crescer é uma grande perda e me dói saber que meu sobrinho logo será um adulto como muitos outros, lamentando a perda de quem foi um dia.
Despenco dos céus como um anjo,
A dor de ser rejeitado
Me faz soltar uma lágrima de ódio...
Porque me fizeste presenciar a sensação do poder absoluto,
Se pretendia me jogar de teu coração,
Me machucando.
Sinto a dor de mil facadas em meu peito...
Apenas teu amor pode curar tal efeito...
Dizer que me ama e matar logo depois com tiro no peito.
Já senti a dor antes, mas dessa vez acertou em cheio.
Posso não me recuperar, mas nem quero tentar.
Já aceitei o fato,
De que a terei apenas em outra realidade...
Que não termine comigo assassinado.
"A mente atormenta durante a noite fria,
a paisagem congelada ocupa o espaço na mente vazia
o pensamento vaga em várias direções em busca de uma resposta
já não posso mais suportar essa falta de ar que me sufoca.
Preciso respirar mas em cima do meu peito há o mesmo peso na qual a minha mente esboça.
Será esse o meu fim?
A minha alma dói na possibilidade de perder o amor que sentem por mim."