Textos de Tristezas
Poesia "A Vaca"
A vaca era leiteira,
Dava muito leite
Fazia filhinhos,
Muitos bezerrinhos.
Amava seu esposo,
Um boi preguiçoso,
Amava sua família
Uma família unida.
Ela passeava
E também pastava,
As vezes não comia
Ficava doentia.
Ela envelhecia,
Estava bem velhinha,
Seus filhinhos cuidaram bem dela,
Como ela deles cuidou.
Certo dia bem fraquinha,
Pediu para falar com sua família,
Restava apenas alguns suspiros,
Então disse:Eu amo vocês
Seus filhos choraram,e,choraram
Seu esposo se arrependeu de não ter sido um esposo bom,
Chegou a hora,ela se foi
E para um lugar bom viajou.
Perceber quando somos impelidos a seguir adiante, pois não mais ecoamos neste espaço, é dançar entre a resignação involuntária e o brado autêntico da rebeldia.
Saiba que até mesmo no teatro de fingir que já não me importava, reside um ato de bravura. Enquanto sua suprema covardia se revelou em culpar-me pela minha reação.
“O problema é que a gente acredita nos insultos, não nos elogios”
Pois é, muita gente fala que meus olhos são bonitos
Não acho, eles são vazios, frios e eles não brilham mais como antes
Essa semana me falaram que: eu sou chata e se eu não tomar meu remédio eu fico insuportável e ninguém me aguenta e que era pra mim tomar dois pra ver se alguém me aguentava, me falaram que eu era um lixo muito grande pra caber no lixo da minha sala, que ninguém se importa, que eu sou idiota
Eu acredito em tudo isso
Isso é o que eu sou
Titulo: Eu era.
Como um passaro livre
Que se apaixonou
E uma espécie de grade o cercou
E tão assustado ele ficou
Pois não saberá porque ela o trancou
Mas em sua gaiola ele ficou
Até que sua dona se foi e não o levou
E muito abalado ele ficou
Perdeu sua liberdade e uma gaiola ganhou
Se ela o amava ele então duvidou
E com um pensamento eterno ficou
Porque antes de ir ela não o soltou??
►Ajude-me, Senhor
Doutor, me diga, o que eu tenho?
Às vezes estou sorrindo em devaneio
Outrora, lágrimas cortam o meu peito
Estou cansado, doutor, não aguento
Com tão pouco tempo de trilha,
Já fui apunhalado e jogado ao relento
Certos erros que cometi, ganharam vida,
E me assombram, oh, que tormento.
Doutor, por que sofro desse jeito?
O que fiz? O que esqueci de fazer?
Sei que não sou perfeito, eu sei, doutor
Mas, será que mereço? Quanto mais irei sofrer?
Doutor, cuide do meu filho
Oriente-o, para que ele não siga o caminho do pai
Que seja, carnívoro ou onívoro
Mas, que ele seja, além de tudo, sagaz
Pois, o que me faltou, eu quero que ele tenha por demais.
Doutor, eu confiei em tantas Dalilas
Que a minha vida para sempre estará em ruinas
Confiei a algumas, meu amor, meu calor, os meus versos
Em recompensa, fui arremessado, isolado, ao deserto
Chorei demais, doutor, e como chorei
Pedi demais, doutor, e ainda pedirei
Para mudar, me tornar um animal,
Com apenas desejos carnais e nada mais.
Doutor, quero não mais argumentar perante o espelho
Não quero mais discutir comigo mesmo
Quero viajar lábios a lábios, sem me apegar
Quero velejar em curvas que não irão me devorar
Estou cansado, doutor, de me entregar e me enganar
Tudo que faço é pensar no próximo
Por que, então, doutor, me desprezam com tamanho ódio?
Doutor, o senhor não sabe,
Mas, já escrevi serenatas de bela vontade
Acredite ou duvide, foram ridicularizadas, doutor
Elas foram esculachadas, enojadas
Diga então, se estou doente
Por que ainda continuo escrevendo-as diariamente?
Até quando estarei na reciclagem?
Até quando serei usado? Ou isso tudo faz parte?
Não, doutor, não tenho orgulho de quem sou
Não me adoro ao reflexo, ah, o rancor
Não sei mais o que fazer, preciso do senhor
Acho que estou doente, sinto tanta dor
Faça ela passar, bom doutor, por favor
Estou à deriva e tenho medo de me afogar
Não tenho ninguém para me salvar
Nem mesmo aquelas pessoas que me pus a ajudar
Abandonaram-me, caro doutor, todas elas se foram
Viver um outro amor, foram se aproveitar de outro
Sofredor, doutor, como eu, ah, quanto desamor.
Estou cansado de sempre tentar,
Falhar, me recusar em desistir, e levantar
Quero paz, doutor, mas, não sei se sou digno
Talvez eu tenha cometido algum delito
Talvez eu esteja mentindo para o meu espírito
Talvez eu mereça estar ao pé deste precipício
Caro doutor, diga-me, o que eu devo fazer?
Devo ceder? Cair, para esquecer de tudo?
Tenho medo de, quando sol nascer,
Eu ainda esteja só, no escuro.
Doutor, às vezes eu fico pensando sobre a minha postura
Fico pensando se eu deveria ser mais agressivo
Ter menos "jogo de cintura", mais instinto, ser menos pensativo
Doutor, quero ser comum, normal, apenas um indivíduo
Com desejos, com medos, pensamentos reprimidos
Não quero me preocupar com o bem-estar alheio
Não quero ajudar pessoas e relacionamentos passageiros
Quero ser um Don Juan, doutor, mas, não consigo
Não consigo visualizar damas como simples objeto, estou perdido.
Doutor, desculpe este meu monólogo
Obrigado por me escutar, me sinto melhor
Espero vê-lo logo, tenho tanto mais para dizer,
Desabafar, tenho muito para falar
Obrigado novamente, doutor
Devo ser o paciente mais problemático do senhor.
Três Sentimentos da Vida
Nem mesmo a dor pode se calar
Como os sussurros no ouvido
Que dizem para fazermos o mal
Nem uma história pode ser feliz
Cada motivo de uma lágrima à sair
E era uma vez
Uma pequena história de um rei
Sem a rainha comandando os três
Três sentimentos da vida
O amor, a tristeza e a alegria
Com isso tudo foi ao caos
O amor ficou sem esperança
A tristeza arruinou a paz
A alegria nem se fala mais
E quando as pessoas perceber
Percebe que arruinaram seu poder
Tudo será tarde demais
E o velho poeta não sorrira mais
Sou forte, sou forte
Como uma serpente no peito
Uma serpente raivosa
Que de dor dança
Grita e chora.
Tenho nas mãos
Pedaços de sangue
Réstias de paixão
Na alma fatias de sonhos
No rosto risos partidos
Migalhas de amor próprio
Na garganta a voz surda
Nos olhos constelam estrelas líquidas
Nos lábios soluços e prantos
E na beleza do delírio
O sol morre afogado nas lágrimas
Assim de repente
Levanto como um facho
Esculpida pela renúncia
Agarro "balaio" de história
De beijos e equívocos
Exponho para o céu.
Ponho o meu vestido
Vestido dourado dos meus filhos
Com mão na cintura
Carrego a fraqueza
De alegria que rasgou-me
E sangrou-me nas palavras.
Sou forte, sou forte
Tão forte sou que
Desconheço a minha força
Glória Sofia 2-7-2020 11:27
Incógnita - Marcas de um sonho ruim
-------------------------------------------------
Olhe para mim,
Não tente me entender,
Nem queira me convencer
Se eu sou um dilema para você.
Sinta meu olhar...
No silêncio das noites
Ele brilha como o mar.
Não queira me compreender,
Pois nem mesmo eu sei
O que dizer, o porquê
De tantas coisas que me afligem.
Não se assuste, não.
Minhas marcas são cicatrizes
De feridas no coração.
Assim eu sou.
Não tenho muito o que dizer,
Porque assim eu sou, Simplesmente.
Incógnita, talvez...
Uma pessoa que uma vez
Talvez tenha tido um sonho ruim.
Sinto se lhe fiz sofrer com minha dor,
Mas saiba que eu chorei
Quando você chorou.
LOCUÇÃO ADJETIVA
Desbocado que me encantei por ti enquanto cursava gramática. Fora um sujeito simples que se tornou composto, advérbios que pertenciam à extrema intensidade e adjetivos que somente serviam para te expressar qualidades.
Entrava e saia, quando certa vez restou-se apenas nós dois no eco daquela sala; mirei firme os teus olhos pretos — ou talvez a pupila que tanto havia delatado — e bastou-se apenas isso, para então dizer, "Eu te amo".
Acontece que os adjetivos são variáveis, e foi por esse motivo que nosso amor desandou. Havia variação de gênero, número de pessoas que contavam mais que dois, e até os graus; não existia mais lindíssimo, perfeitíssimo, generosíssimo e tantos outros superlativos! Agora brilhava em nós, a inferioridade e o complexo da comparação.
Foi no eco daquela sala, desolado sem a tua companhia, que percebi que ao te dizer "Eu te amo" o único pronome que determinou a ação de amar, havia sido "eu".
Atormentado perante tanto silêncio, gritei desesperado ao nada, "Eu te amo!". Por certo, você não estava lá, mas o eco tratou-me de retornar, "eu te amo, eu te amo, eu te amo".
Era jovem demais para entender que minha alma tentara explicar que o mais puro amor já havia me encontrado, seria aquele e somente aquele que minha mente dizia, quando ninguém podia escutar.
Passos Escuros
Na dor nascemos
no conforto partiremos;
mas nessa vida...
até o fim sofreremos.
Existem dias bons e ruins
Existem dias que não se tem nada
nem dor, nem amor, nem tristeza;
temos apenas...
"existência".
Caminhamos uma vida sem alegria,
ser depressivo não e deixar de ser feliz;
mas deixar de ser alegre.
Passos e passos
um longo caminho de passos escuros,
como uma escada para escuridão
envelhecemos nos afundando nela,
não e a falta de amor
não e a falta de alegria
apenas o fato de que não nascemos para sermos felizes.
De uma dor compartilhada eu nasci
para uma dor solitária eu irei
até meu confortável fim.
Ingratidão: A Era do Vazio
Vivemos em tempos marcados pela ingratidão, onde as pessoas parecem cronicamente insatisfeitas consigo mesmas.
É uma era estranha, na qual se luta incansavelmente para conquistar algo, apenas para, ao alcançar, sentir um vazio imediato, como se o esforço não tivesse valor.
É o ciclo do “consegui… e agora?”, onde o objetivo ou pessoa se torna rapidamente irrelevante.
Estamos cercados por pessoas que não sabem o que realmente querem, e, quando finalmente conseguem, falham em reconhecer o peso e o valor de suas próprias conquistas.
Falta reflexão, falta apreciação, falta conexão com o que foi alcançado.
Que triste constatação: viver como se nada fosse suficiente, como se cada vitória fosse um fardo, e não uma celebração.
Que vazio é não valorizar os frutos do próprio esforço. Que derrota é conquistar e não reconhecer a grandeza do feito.
É um convite à vergonha, mas, acima de tudo, à mudança.
Que possamos aprender a valorizar o que temos e a ser gratos por quem nos tornamos ao longo do caminho.
Gratidão não é só virtude; é a base de uma vida mais plena.
No mais baixo abismo estarei olhando para o buraco,
Sim, para o buraco da alma que me faltam pedaços,
E me sobra um vazio do qual observo estupefato,
Tristeza costumeira que se apossa do meu corpo,
Inquilina sem pagar aluguel e ainda assim causando dano ao meu coração,
Dedico tais letras a quem sofre do mesmo mal que acomete a muitos,
Do qual poucos entendem,
Tira-lhe as forças, o ânimo, a vontade de vida,
Como se não bastasse, ainda a perspectiva lhe é ausente,
Não importa o indivíduo, seja ateu ou crente,
Rico ou miséravel, não escolhe cor ou classe social,
Hora ou lugar, vem aos poucos e de alguns suprime a vida,
Estagna a vida e o verbo é jogado fora do dia.
Vamos lá, quem é o primeiro a jogar nessa roleta do azar?
Do apíce ela lhe joga ao fosso,
E ao poço você se mantém,
Dia após dia tenta lutar com todas suas forças, e adivinhe?
Descobrirá que tem falhado,
Meu amigo, nessa jornada temos que buscar a luz,
Unir forças e pedir ao Criador que nos conduz,
Para que possamos sair dessa labuta
E enfim sair dessa luta,
Pois irmão, sei que das batalhas tu é guerreiro,
Tu é vitorioso, lutar já é muito,
Vejo as lágrimas que tem caído de tua face,
Os dias que não levanta da cama,
Que de fato nada de bom tem,
E vejo que mesmo assim há brilho no teu olhar,
Força de viver, força de lutar,
Há de um dia dessa luta sobressair.
A derrocada dos viajantes
O meu destempero acompanha meus passos, os portões silenciosos e as janelas escuras são testemunhas, mas são através de subidas, e mais subidas, e um repente de súbitas sensações de cansaço, que se fazem todas minhas manhãs. Muitos me dizem que esta é a hora de se fortificar, porém esses parecem tão fracos quanto eu, não os julgo, muitos se contentam com suas estradas, e é claro, cada um têm a sua; curva, inclinada, esburacada estrada que os levam para um destino, esse no qual é incerto de sua chegada e, sua volta é almejada desde à partida. Sou mais um como muitos outros, mas ainda não perdi a graça de observar meu trajeto, entretanto, outros nem perscrutam por onde passam.
Outrora vazio ou cheio me sinto, ouço o ressonar dos passos atrás de mim, e aqueles que irão me acompanhar, não os conheço, mas são gente assim como sou, pois, é assim que penso, e sei, que não deveria pensar assim. Hoje, ainda jovem, tenho força para me defender, ou será que tenho? Porque pessoas não são nada, para aqueles que gostam de sentir o poder e o domínio de sua jornada, e quando você pensa, é menos um andando pelo caminho que partilha. Claro, tenho medo, mas não posso parar de viajar. Minha juventude, infelizmente, em nada me beneficia neste caminho que começo tão jovem, consigo se traz ingenuidade e carência, eu vigio por muitos, mas será que alguém vigia por mim? Não, sei que não, porém logo cedo o sol bate no pico da catedral, e nos ilumina, nós, os viajantes. Ainda assim, mesmo com essa luz, meus consortes não conheço, logo, como os mais velhos instruem; “olhem para os seus pés”.
Agora fria, minha pele começa a ficar morna, contudo, esta bendita estrela não me consolará assim. Em horas, estarei banhado pelo meu suor, angustias, revoltas, e pelos cantos, ficarei choroso. Mas meus pés nem doeram para pensar assim, nem estou na metade do percurso, quem dirá o dia. Sendo assim, devo me atentar para não me desarmar na frente daqueles que cruzam bem rapidamente minha caminhada. Sempre acenam, fazem um assobio, mas o que se faz presente nesses, são os sorrisos sem tempero, até menos que o alimento na metade do dia.
Outrora, fazia questão de se atentar para minha jovem saúde, hoje, parece que não tenho mais opções para fazê-lo, são grãos que não agraciam minha dispensa, minha fruteira de plástico, são medicinas que não jazem mais em nossos velhos criados, e um conjunto de pessoas que necessitam do mesmo que eu, que prezam pela sua recém vitalidade, e aquela que já quase parte. Canso-me de pensar, e de tanto pensar, canso de mim. Ó, descida desvanecida, não cheguei aos montes para não conseguir te enfrentar, pois, quando eu estiver no platô, terá mais um cume para desbravar, donde desaguarei em vias e rodovias turbulentas, sujas e com mais gente assim como eu, que de tanto pensar, cansa de si. A minha astúcia não se faz mais presente quando tenho de exercer o que realmente tenho que fazer, e minha altivez se desbota na última esquina que dobro, e sinto o tempo escorrer pelas minhas mãos, meu doce e precioso tempo, escorre por minhas grandes e (que agora) gélidas mãos.
Todavia, na volta é onde me faço vivo, onde minha existência não é tão execrável assim, onde minhas enfermidades não me preocupam, e nem sequer me pego pensando que todo fruto do meu esforço, são para dividas que não foram engendradas por mim, e paras quais, desconheço seus valores exorbitantes. No fim das contas; para ser exato, no fim de muitas contas. O meu êxtase se torna real quando ouço o caloroso e doce falar de um futuro viajante, que peno por ele em todas minhas caminhadas.
- Chegou cedo, papai!!!
O floricultor triste
Floricultor era ele
Plantava flores para curar suas dores
Dores que derrubam qualquer um
Triste como arranjos que estavam ali
Sonha a ter uma vida livre e feliz
Senso ele mesmo
Já se perdeu no personagem que nunca quis ser
Mesmo assim sua busca é pertinente
Pertinente como sua aparência
Cansada de tudo mas nunca desistiu
Sua missão? Não sei
Só sei que eu o acredito
De qualquer jeito, sua vida será feliz um dia
Queria tua boca e abraço quente para mim
Mas não o posso ter
Já estou morto
Morto como rosas mortas
Ele cuidará de mim mesmo nessa situação?
Jardim perdido
Perdido em sua mente
Uma prisão que o foi buscar
Sente o ódio amargo em sua boca, a tristeza tirava suas forças
Apenas a boca daquele garoto poderia me salvar
Suas palavras adocicadas me fazem ser mais quente
Quente como o inferno
O salvarei dessa doença
Chamada pessoas
Pessoas que não te dão o mínimo
Protegerei de mim, para que não caia comigo no abate da sociedade
Somente sei a dor do destino
Floricultor que precisa ser cuidado como suas flores
Flores que se sentem mal como ele
Por sua dor se tornar frieza
Flores, flores mortas como a mim
Assim deixo ele com o que mais queria
Dei a minha liberdade de sobra para o mesmo
Como presente de morte do seu admirador.
EU SINTO MUITO
Eu sinto a dor,
O horror, a ferida aberta;
Esse calor que queima,
O frio que corta,
A casca deserta.
Eu sinto a culpa,
A exaustão, o mal tão carente;
O sol que me cega,
A chuva que cai,
A alma ausente.
Eu sinto as horas,
O passado, o futuro que morre;
O presente que grita,
O silencio que abraça
- Prisão que socorre.
Eu sinto os sorrisos
Tocar-me os ouvidos,
Cobrando atenção... ;
Eu sinto saudade,
Eu tenho vontade,
Eu quero o perdão!
Eu sinto muito!
Itamar FS
Ame(-se)
E quando a dor te rasga o peito?
Ouando o amor não faz efeito
Quando você chora por dentro
Até que chega a transbordar
E quando a sua tristeza
É sua única certeza
Na escuridão falta clareza
E não te deixa enxergar
E quando perde a esperança
Lembra-se quando foi criança
E ao lembrar pòe-se a chorar
Quando o presente é o passado
Sente que nunca foi amado
E não aprendeu a se amar
Não tenho vergonha de dizer que estou triste, sim é verídico.
Estou triste porque olho para o céu e não vejo o sol, estou triste porque não vejo o amor, estou triste porque vivo numa sociedade tóxica que prefere relações temporárias do que se extasiar por uma história amorosa. Esta sociedade está corrompida, não há admiração pela cultura, pela história, pela leitura, o que acontecerá no futuro? o que será o nosso futuro? um bando de incultos insolentes? crianças que não respeitam as hierarquias, crianças que tratam os professores como amigos, crianças que não tem um pingo de ideia do significado da palavra respeito, pois os seus pais em vez de os educarem, passam o tempo todo no telemóvel. Telemóvel, em inglês Cellphone, como diz o próprio nome “Cell” (cela) um dispositivo que devia prover a liberdade apenas nos torna prisioneiros. Temos os recursos, temos as oportunidades, e mesmo assim, com tudo isto ao nosso dispor, deixamos-as escapulir.
Temos a nossa vida toda pela frente, podemos ser o que quisermos, fazermos o que bem entendermos, tudo depende da intensidade, do quanto queremos as coisas. QUERER É PODER.
Enquanto minhas lágrimas percorrem junto com a água do chuveiro
Percebo que estou só;
Só eu, e mais ninguém.
Ninguém para presenciar minha dor,
Nem meu grito ensurdecedor.
Nos meus piores dias,
Tive que me curar sozinha.
Ainda dói bastante.
Um dia, talvez...eu encontre
Um antídoto nessa estante.
DO ESCURO DA NOITE, AO CLAREAR DO SOL
O dia findava-se e com a luz,
me recolhia.
O escuro adentrava por completo todos os lugares,
e naquele momento reconheci o quão impossível é não te sentir.
As estrelas escancaram tudo,
a lua movimenta a maré,
eu até fujo,
mas logo o sol amanhece,
e tarde se é,
pois como num mar claro,
mergulhei no oceano dos teus olhos.
Tem coisas que vão doer e te tirar o chão.
E não tem outro jeito!
O problema não é sofrer e sim querer viver sem dor, não tolerar um vazio, não saber lidar com as frustrações, perdas, incertezas, rejeições e por aí vai.
É não aceitar o inevitável lado avesso da vida e das emoções.
Quando aceitamos a dor, ela atravessa a gente e sabe o que acontece?
Ela PASSA e tudo se ajeita.