Textos de Tristeza
Perdida em lembranças
Tem dias que me perco nas lembranças,
de tempos de alegrias e esperanças,
do teu jeito de me fazer rir o tempo todo,
de tudo que éramos juntos
das coisas que somos tão iguais,
e da maioria que somos tão diferentes.
Minha inspiração para escritos profundos,
meu descanso para as agruras do mundo,
a certeza que tinha um apoio a todo segundo.
Quando um relacionamento acaba
Quando um relacionamento se vai
Se vai primeiro o toque, o carinho, a aproximação
Se vai em seguida o olhar, a vontade de compartilhar
Partilhar da vida, das coisas bobas e das mais vividas
Daquelas vivas e mais doídas
Quando se vai
Não vai só
Vai porque já foi
Os caminhos não são mais os mesmos
Quando um relacionamento se vai
Se vai primeiro a vontade de ficar
Se vai a vontade de se jogar
Se vão os planos
Quando o relacionamento se vai
Não é porque dois corpos irão se afastar
É porque não existem mais motivos para esses dois corpos se juntarem
As vezes, o relacionamento se vai
Quando um relacionamento se vai
Não é por culpa de quem tá de fora
Que muitas vezes olhando até chora
Quando se vai, é porque já era pra ter ido, só foi adiado...
Só foi adiado a vontade, a coragem, ou o medo de encerrar ciclos, ou ate mesmo o medo do fim
Logo nós, que iniciamos a vida na contagem regressiva para o fim,
Por isso, eu digo, o medo do fim nos causa conflitos, é a nossa natureza querendo encontrar sentido
Quando um relacionamento se vai, é porque já se foi o que deveria ter ficado... O amor
Não adianta encontrar culpados
Foi por causa de mim?
Foi por causa de ti?
Por causa do que fiz ou até mesmo deixei de fazer?
Ou será que foi alguém?
Quando o relacionamento se vai só existe um culpado
Ou até mesmo a falta de culpado
A falta do amor
Ah mas o que Deus uniu o homem não pode separar
Quem foi?
Quem foi que implantou essa ideia de que Deus está onde não há mais amor?
Se ele é o próprio amor
E quem foi, quem foi que inventou ser a voz de Deus ou falar por Deus, quando ele mesmo nos ensinou a falar?
Deus ficou mudo?
Não existem regras, padrões ou paradigmas, onde não há amor, é que a essência de Deus já se foi
Ah mas você tem que lutar pra voltar a amar, voltar a amar ou se conformar e se acomodar em viver sem amar?
Entenda, a hora de cortar os laços, faça do seu jeito
Lembre-se de todas as coisas, o amor é a irmã da esperança eles sempre são os últimos a morrer e os últimos a irem
Quando o amor se vai, já foram embora a vontade de ficar, a paz, a tranquilidade, a convergência, a amizade e a felicidade...
Quando o relacionamento se vai
É porque já era hora de ir, e agora é hora de recomeçar.
Autor: Taniel Macedo
se o amor existe
ele coexistir
Não peça para que eu explique
algo que so vive se tiver duas morada
ele nada mora so em uma casa
mas esse é o amor social
mas se o ante - social matar seu amor
e dessa planta se não pode desfrutar
e se da árvore se não pode ter
devi se abster dela cultivar um amor saudável
Pergunta de Milena
A vida perdeu a cor e o sabor quando você me deixou. O morango que eu tanto amava agora parece amargo e sem graça. Eu que era tão feliz e radiante agora me sinto no escuro e na solidão. Você levou tudo de bom que eu tinha e me deixou nesse vazio. Mas eu não vou desistir de mim. Eu vou me reerguer das cinzas como uma fênix e vou me tornar mais forte. Eu vou superar essa dor e seguir em frente. Eu vou viver sem você.
~Safira souza
Tortura
Morro sem medo
Com balas no peito
Me ponho a sorrir.
Que a noite, na calada da noite
Que por tortura eu irei partir.
Tenho defeitos
Contrafeitos não são argumentos
Eu não sou obrigada a sorrir.
Se estiver eu triste
Me deixe ser triste
E se estiver eu feliz
Provavelmente eu irei sorrir.
Hoje, me vejo sentado à beira do vazio, onde o silêncio ecoa as memórias de um amor que se foi. Há uma dor profunda que permeia cada batida do meu coração, e uma saudade que corta como lâminas afiadas.
Como tolo em um conto de fadas…..
Era uma vez uma história repleta de risos, cumplicidade e promessas sussurradas ao vento. Conheci-a em um momento em que a vida parecia mais colorida, como se cada instante tivesse um propósito maior. Seu sorriso era a luz que iluminava meus dias mais escuros, e sua presença era a melodia suave que embalava meus sonhos.
Nossas mãos se entrelaçavam como se fossem feitas uma para a outra, e o futuro parecia uma estrada promissora que percorríamos juntos. No entanto, a vida, muitas vezes imprevisível e cruel, reservou para nós um capítulo que eu jamais imaginaria. A dor chegou como uma tempestade silenciosa, levando consigo a garotinha que eu havia conhecido e, por fim, a pessoa que preenchia cada pedaço vazio do meu ser.
Os dias se transformaram em uma sucessão de sombras, onde a esperança desvanecia a cada amanhecer. Fui testemunha impotente do declínio daquele sorriso que costumava ser minha fonte de alegria. Cada conto, cada olhar era uma viagem ao abismo da tristeza, onde a realidade se chocava violentamente com os sonhos que havíamos construído.
E então, no instante em que o tempo parecia congelar, ela se foi. Seu adeus foi como uma nota melancólica, ressoando em meu coração quebrado. A solidão tornou-se minha companheira constante, e a ausência dela deixou um vazio que nada poderia preencher.
Agora, enquanto relembro nossa história, é como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado. A saudade é uma ferida que nunca cicatriza, uma presença ausente que se manifesta nos lugares que costumávamos frequentar juntos e nas músicas que compunham a trilha sonora do nosso amor.
Mas, apesar da tristeza que me envolve, guardo comigo a certeza de que o amor que vivemos foi verdadeiro e intenso. As lembranças são como estrelas que iluminam a escuridão da minha saudade, e, de alguma forma, acredito que ela ainda está presente em cada sussurro do vento e em cada raio de sol que toca minha pele.
Este é o relato de um apaixonado que teve o coração arrancado pela partida prematura de seu grande amor, uma história que, mesmo marcada pela dor, é testemunha de um amor que até hoje me arranca um sorriso!
A tua presença,
Ao longe, como uma estrela sozinha,
Brilha em meu céu,
Sendo inalcançável mas ainda a minha guia.
O seu mais profundo sorriso,
Um farol que me aproxima,
Iluminado meu caminho como um amuleto,
Onde a escuridão se torna vazia como as ruas de um gueto.
Em teu profundo e perfeito abraço,
A incógnita do enigma se revela,
A doce agonia de uma paixão que se cela.
Amparado pelas sombras,
Meu coração errante,
Ama- te em segredo,
Como o coração amargurado de dois amantes.
Amar a ti é como acariciar a lua,
Na estranha impossibilidade,
É o que resta de minha alma impura, que levemente flutua.
No infame palco da vida,
Somos atores perdidos,
Sentenciados pelo que o destino já parece ter decidido.
Te amar, um roteiro de tristeza, ódio e dor,
Pois sei que jamais posso ser o teu amor.
Entre risos, cortes e lágrimas, meu coração ainda pulsa,
No dilema de um amor que se recusa.
Conhecer-te foi um presente e um fado,
Amar-te é um sonho que nunca realizado.
Como rosas que desabrocham na solidão,
Meu amor cresce, acorrentado como em uma prisão.
Ah, musa inalcançável, doce desatino,
Em meu peito, é você meu eterno destino.
Na penumbra da impossibilidade, persiste,
O amor que em segredo, que meu triste coração assiste.
Assim, nesta dança de sonhos e afetos nunca vividos,
Guardo-te na alma, meu eterno amor, proibido!
Do que adianta palavras bonitas?!
Se no fim, não vai ser nós....
Ainda todos os dias, lembro-me de sua risada,
Ecoando de maneira pura, como uma perfume que preenche uma sala.....
A lua que olhava-mos de minha janela,
Hoje brilha como um sorriso a me consumir
Lembrando-me intensamente das noites que perdi lhe vendo dormir.....
Hoje nada mais me encanta .....
Você era tudo que eu sonhava,
Hoje sonho, talvez ridiculamente,
Tentando esquecer que lhe amava.
Ouvi, de um sábio poeta, "amor quando é amor não definha, e até o final das eras há de aumentar"....
Mas se o que aqui eu digo foi um erro?!
Assim provarei do gosto amargo do engano....
Por fim eu nunca terei escrito ?!
Ou nunca ninguém terá amado?!
Você, no meu mais puro sentimento relutante,
Calei-me, em silêncio como os pássaros em dias chuvosos,
Não porque me faltam palavras,
Mas, pela primeira vez diante da forma como me via,
Eu não queria ser o poeta,
Mas sim,
A poesia.....
"Silenciosa
Vem a noite fria
Que lentamente habita em meu âmago
E reclama um verso!
‒ Que pena! Não te tenho rimas.
Sou apenas miragem de uma vida!
Rindo… uma vez outra chorando!
Às vezes de um sonho
De uma canção
Ou de um gemido a devorar-me!"
Rogério Pacheco
Livro: Vermelho Navalha - 2023
Teófilo Otoni/MG
hoje você falou que nunca me conheceu de verdade.
realmente
você nunca soube dos meus sonhos, das minhas vontades, dos meus gostos
porque toda vez que eu tentava falar sobre, você agia como se fosse tudo ignóbil.
mas hoje tentei novamente, tentei te mostrar meu mundo
você me ouviu,
e me olhou com repulsa
só porque seus desejos são diferentes dos meus
(e isso não quer dizer que eles não importam, porque eu sou humana, assim como você)
você me disse que eu era ingênua e burra, por me apegar as pessoas
que você era o único que se importava comigo
que pra elas eu não significo metade do que elas significam pra mim
mas você em algum momento perguntou se eu gosto de ser assim?
eu amo amar
amo visitar almas
amo me decepcionar com as pessoas
porque é isso que acontece, pessoas cometem desvios
amo perdoar as pessoas
amo ver o mundo como uma criança
e em nenhum momento você perguntou se eu gostava de ser assim
você afirmou com toda certeza do mundo que no decorrer de minha infância me ensinou respeito
mas nunca me ensinou isso
“você apenas me dava medo
suas palavras me davam medo
suas mãos enormes me davam medo” foi o que eu disse
e você não aguentou ouvir isso sair da minha boca, da boca de alguém que nunca teve coragem de te enfrentar, da boca de alguém que falava que te amava o tempo inteiro.
e você falou que eu nunca o amei
talvez eu não tenha amado mesmo,
talvez eu só tenha tentado te perdoar por tudo que você me fez passar.
nunca tive voz perto de você, mas hoje consegui falar
nao palavras vazias e mentirosas como sempre custumei fazer, mas algo lídimo
falei:
“essa sou eu.
não queira me mudar, porque isso jamais irá acontecer.
se não gostar de quem sou, se não aceitar quem sou, pode me mandar embora”
e foi o que você fez,
me mandou embora
e eu fui.
queimou minhas fotos
jogou partes de mim no meio da rua
como se eu não fosse nada
como se tivesse jogando fora um objeto que não tem mais utilidade
como se eu não fosse sua filha
“vá embora, e não volte nunca mais na porta da minha casa”
é o que irei fazer, e nunca mais voltando na porta da sua casa, terei a certeza de que nunca mais viverei com medo
Pra não dizerem que não fui mediocre - Ao meu amigo Alexandre
Tudo é podre no mundo. Que importa?
Se a ferida que tenho está morta
Maldito tédio; bates minha porta.
Ferida do tempo, ainda me corta.
A dor ao meu passado me transporta
O Peito bate mais do que suporta
E sinto explodir à minha aorta
Apenas minha fronte me conforta
Embora a coitada esteja torta
Vive presa e leve como esporta
Cai guardada, em um vaso de retorta.
Que à minha alma à distância exporta
Por isso o sofrimento me recorta
Como, na pior das safras, a horta!
coração esmigalhado
pelos lábios de quem diz amar
sonhos todos despedaçados
pelos braços de quem DEVIA cuidar
sou apenas um
mais um nesta multidão
de infames seres mal tratados
sem esperança
sequer uma ilusão
sou esquecido dos deuses
neste universo desfigurado
centro de todas as culpas
palco de todas as agruras
vítima de todas as dores
tudo
porque
nunca
fui
amado!
O espectador (início dado em 2023)
"[...] Mas os piores sentimentos do mundo são, definitivamente, aqueles que são capazes de mudar a sua perspectiva sobre si mesmo de uma maneira negativa. Eles chegam até você em forma de descoberta e impactam tanto quanto uma epifania.
Isso acontece por causa de um detalhe específico: nós sempre estamos buscando respostas para as nossas ações e situações pessoais, e tendemos a crer mais facilmente nas teorias mais pessimistas, além do mais, o que é negativo gera mais impacto por causa do fator "dor".
E o que parece ser mais real do que a dor? A felicidade pode ser falsificada muito mais facilmente do que a dor, e pior do que isso, realizamos este trabalho diariamente. A dor é a constante que definimos como a verdadeira.
Toda a nossa vida gira em torno de amor e dor, como um ciclo, e a ideia de que é impossível sair do círculo da dor é extremamente convincente porque aparenta ser uma conclusão lógica, mas é apenas uma suposição pessimista mascarada.
Assim, ao perceber que há algo na sua vida que está dando errado novamente e que isso se repetiu incontáveis vezes, por exemplo, este "algo" começa a se parecer com um evento canônico impossível de ser evitado. Esta ideia é impulsionada pelo fator "epifania", e este, por sua vez, pelo "dor".
Quanto mais este evento ocorre, mais real esta teoria se demonstra, e mais desesperadora é ela.
No fim, tememos cada vez mais que a nossa realidade dolorosa se estenda até que deixemos de respirar.
Qualquer coisa que nos tire dela nos causa um grande alívio. Não queremos sentir que estamos presos num calabouço de tortura que chamamos de "vida" e, no epílogo, pensarmos "nada disso valeu à pena".
Quanto mais vezes o evento ocorrer, mais deprimidos ficamos."
Tributo ao Meu Pai: Lembranças de uma Rotina Perdida
Eu sinto falta do meu pai.
Sinto falta das manhãs descontraídas
Dos churrascos e almoços de domingo
Das conversas sobre geopolítica pós-aula
Dos momentos que passávamos juntos
Das viagens que me proporcionaram boas e velhas memórias
Do caloroso e forte abraço do Dia dos Pais
Das lições sábias que aprendia com o senhor
Do conhecimento que compartilhávamos juntos
Eu sinto falta da minha velha rotina
Da minha velha rotina que não volta mais!
Aquela rotina da qual eu costumava ser feliz
E que hoje só perdura na minha memória,
Nas profundezas do meu coração,
Em minhas vísceras,que alimentam o falso sentimento de que algum dia eu possa ser feliz de novo
Será que algum dia alguém poderá me amar e me cuidar do jeito que o senhor fazia?
Não sei!
Só sei que sinto sua falta!
E que estás marcado em cada lembrança que rege minha vida…
COBRANÇA
devia ter vivido mais
ter feito realmente tudo que eu queria fazer
ter comido tudo aquilo que não comi
ter bebido tudo que não bebi
ter chutado tudo pra cima
viajado e curtido a vida
sem me preocupar com o dia de amanhã
que já é hoje
extravasado todos os desejos juvenis
que ficaram reprimidos por acreditar que assim
minha idade madura seria saudável
que curtiria minha velhice
não fiz não comi não fui não curti
e tudo se foi
o tempo passou a idade pesou
com ela todos os problemas
que vem atrelados aos seus dias somatórios
agora se apresentam
se tivesse feito talvez nem estivesse aqui
não o fiz e o resultado não foi dos melhores
a química foi ruim genética problemática
não preciso de fatores externos para me ferrar
a natureza já se encarregou disso
se tivesse feito seria alvo de criticas
todos me diriam que tudo que me cabe
foi culpa minha que eu gerei todos os problemas que tenho
e satisfatoriamente eu responderia
eu mereci,MAS EU VIVI
A gente cuida e cria filhos com amor, sacrifica a própria vida e abre mão dos nossos objetivos somente para não se distanciar dele. Quando crescem reclamam da nossa preocupação em saber onde está, com quem está... nesse momento passamos de pais para vilão da história... ouvimos palavras como: SOU MAIOR DE IDADE, NÃO DEPENDO DE VOCÊ... EU NÃO PEDI PARA VIR AO MUNDO. Nesse momento entra em nossa mente uma retrospectiva de tudo que vivemos em prol do bem-estar dele, pois o dar tudo não significa cobrir um filho de ouro, mas dar o melhor que temos. Hoje vejo meus esforços despedaçados e eu valendo menos que amigos. Sabe-se que um dia os filhos terão que ir, mas não esperamos que estejamos exclusos de suas decisões. Sem despedida, sem abraço, sem justificativa... apenas mensagens em rede social.
Mesmo arrogante eu sei a dor que estou sentindo e não é fácil ser forte, pois meu amor não se resume apenas na minha personalidade.
É como sonhar acordado... Se eu escrevesse sobre o nascer e o pôr do sol, sobre o amor e a morte, sobre toda a imensidão da dor e da alegria, isso faria de mim um poeta?
Não, não quero suas flores, não desejo seus aplausos, nem seu reconhecimento. Tudo me parece tão desconexo e tenro nesta manhã. Mas ainda assim não desejo suas flores, e não tente cruzar esta linha, pois você já a cruzou antes, já cruzou várias vezes.
Não, não me faça chorar, não nesta manhã tão solitária, é como se eu houvesse perdido minha juventude e, não, você não entenderia. E por favor, também não me faça sorrir, deixe-me apenas em total apatia.
Não me veras mergulhar nesta manhã nem em euforia, nem em agonia. Apenas leve-as daqui, suas flores, elas me lembram de como perdi parte de minha juventude. São memórias, são flashs inconsistentes, lembranças de um tempo melancólico.
Isto pode ser uma revelação à luz da manhã, bem como isto pode ser uma maldição de um longo período noturno. São muitos invernos, são sementes que nunca desabrocharam, são anos que se perderam em meio a imensidão de noites muito longas e dias muito curtos.
Às vezes vejo que ainda estou preso, nesses dias tão vazios, nessas melancólicas manhãs que trazem todo um vazio que gostaria de apagar, ou não sei ao certo, se gostaria de apagar ou ressignificar, enquanto isso sigo escrevendo...
Talvez algum dia aceite suas flores, mas este dia não será hoje. Se esse dia chegar, será um dia como hoje, uma manhã, onde tudo estará igual, mas tudo estará tão diferente, será um novo nascer do sol, que dissipa e ressignifica todo o vazio de tudo aquilo que não posso alterar, trazendo um sabor completamente novo, ao mesmo tempo antigo, com o velho gosto de minha doce infância, e um frescor gostoso de uma nova juventude.
Pode ser que nesse dia seja tarde demais, tarde para agradecer os aplausos, tarde para sentir todo seu reconhecimento e mais tarde ainda para aceitar suas flores, é o preço que terei que pagar, por ter me mantido durante tanto tempo preso a esses tempos mortos, é o preço que tenho pagado...
São as flores que trazem tristezas, os anos de dor e os dias de glória, são as lágrimas e os sorrisos daquele que escreve, sobre um tempo que se foi, sobre um tempo que ficou aqui e agora. Apenas não me peça para prometer nada, apenas não me peça qualquer coisa que exija sacrificar mais do que já sacrifiquei, apenas deixe-me aqui a sonhar acordado nesta manhã.
Sinto-me cada vez mais baixo
Com um novo começo de solidão
Um leve preço por ser tão culpado
Entre derilirios e uma dor agonizante
Me sinto cada vez mais preocupado
O coração grita feito um berrante
O sangue vai escorrendo adiante
Pedindo para eu parar
Que tudo isso que sinto vai passar
E ganho um novo patrocínio Gillette
E algumas tatto nova!
Mais a depressão me abraça fortemente
Sussurrando que esta preste a me levar
Aguardo tudo isso ansiosamente
Com um falso sorriso no semblante
A saude ja não e mais a mesma
E tudo isso me prejudica
Não vejo a luz no fim do túnel
Estou cansado de esperar sem nenhuma dica.
E tudo que faço ninguém entende
E me questiono por que ser tão julgado?
Se tudo que aprecio é inapropriado...
Eu ja não me conheço mais
Estou no fundo do profundo desse mundo
A dor nao passa sobre nenhuma substância
Matei o velho eu, mais ainda sinto a sua essência
Desperto sobre o mofo do meu coração
E não ha distância
Que não me traga lembrança
De sua existência
Ja me abri demais e sai machucado sempre
Então não esquente
Decreto a falência dessa firma chamada "coração"
Agora é uma terra inabitável
Que se aposenta com todos seus vulgos e pecado!
Ainda me lembro daquela passagem:
"O choro pode durar uma noite, mais a alegria vem pela manhã."
Mais estou preso nessa eternidade
Reciprocidade ou sacanagem?
(...)
É isso, já faz um tempo, tempo demais que mal consigo lembrar
a última vez que sentei neste mesmo computador
e comecei a cuspir todo meu amor e também a dor.
A dor, no início, sempre foi algo fictício, porque meu hobby sempre foi amar.
Hoje a dor me consome, como uma chama intensa que não irá apagar.
A depressão bate à minha porta e não consigo afastar.
Sinto-me completamente inútil, circulando meu quarto sem parar,
procurando momentos felizes, algo para me agarrar.
Não quero me fazer de santo, não, eu tenho minha dívida, algo para pagar,
pois estive do outro lado da moeda e consegui falhar.
Isso me custou tão caro que me custou minha vida;
como penitência, só sobraram os resquícios de uma alma sofrida.
Me levei ao extremo por não me aceitar,
é como se desfizesse a amizade que tinha comigo mesmo,
e não conseguisse mais nos salvar.
Pergunto a mim mesmo quando foi que tudo isso começou,
quando foi que tudo mudou.
Eu realmente não sei dizer
o quão difícil foi tentar nos esquecer.
Sinto-me algemado aos meus próprios pecados,
estou tão cansado; as lágrimas que descem em meu rosto
não limpam a minha alma e têm o puro gosto do desgosto.
Mal nos vemos, mal nos falamos, dois idiotas que seguem calados.
Pergunto a mim mesmo onde está minha fé,
se fui ladeira abaixo e ainda estou de pé.
Cada ano que passa, fico mais velho.
Lembro-me quando escrevi meu poema "Espelho Vadio", este é meu eu externo.
Tão pouco se dá,
tão pouco se tem,
tão pouco se ama,
tão pouco refém.
O vazio incolor
que agora me inova
de um amor indolor
que minha alma desova.
Sempre que pego o carro, passo em frente à sua casa,
mas já se passaram muitos anos e vi que você queimou a largada.
Tudo bem, você é muito bonita e jovem, talvez nunca mais me enxergue;
o tempo se passou e não existe mais ninguém que me alegre.
Talvez eu esteja um dia mais perto da morte,
talvez amanhã será meu dia de sorte.
Talvez minha família não suporte
que eu achei o bilhete dourado e esse foi meu passaporte.
E eu me sinto triste por você nunca ver minhas páginas meio rabiscadas
e conseguir entender o quanto você foi amada.
Invicto no fracasso, invicto no sucesso,
como diz o Black, cansei desse retrocesso.
Entre o desespero e a esperança, eu vagueio perdido,
como um viajante sem mapa, no deserto do desconhecido.
A fé, uma chama vacilante, em meio à tormenta,
não sei se me guia ou se me atormenta.
O tempo escorre como areia entre os dedos,
cada grão um sonho desfeito, cada segundo um lamento.
Em meu coração, há um eco de promessas quebradas,
um lamento sombrio pelas oportunidades perdidas.
E enquanto a noite se estende, escura e sem fim,
eu me afundo nas sombras, perdido em mim.
O silêncio que agora me envolve é um reflexo do meu desamparo,
uma vida que se esvaí, sem futuro claro.
Não há redenção para este espírito quebrado,
não há consolo no crepúsculo de um sonho fracassado.
E assim eu permaneço, preso no eco de minha própria dor,
um ser perdido, afogado na tristeza, sem nenhum amor.
E assim permaneço, preso no eco de minha própria dor,
um ser perdido, afogado na tristeza, sem nenhum amor.
Mas talvez, nesse torpor, eu encontre algum alento,
ou será que apenas me deixarei levar,
neste confortável entorpecimento?
Cicatrizes do Silêncio
Nas madrugadas frias do desespero,
Ouço o eco de um amor que se foi,
Seu nome, uma cicatriz em minha alma,
Um sussurro que se apaga na escuridão.
Os dias que se arrastam, vazios e pálidos,
São fantasmas que dançam na penumbra,
Cada lembrança, um espinho cravado,
Na carne frágil do meu coração partido.
Garrafas vazias espalhadas pelo chão,
Refletem meu olhar, perdido e turvo,
Bebi cada gota do esquecimento,
Mas o sabor amargo do fracasso persiste.
Teus olhos, faróis que se apagaram,
Na tempestade do nosso fracasso,
E agora, apenas sombras restam,
Do que um dia chamamos de "nós".
Páginas perdidas de um livro inacabado,
Rabiscadas com palavras de dor,
São tudo o que resta deste amor morto,
Enterrado fundo em minha alma solitária.
Momentos infelizes, repetidos em loop,
Como um filme de terror sem fim,
E a morte do amor, lenta e cruel,
Desfazendo a última fagulha de esperança.
Queria poder gritar teu nome ao vento,
E pedir ao tempo que volte atrás,
Mas sou apenas um náufrago, perdido,
Nas águas turbulentas da saudade.
E assim sigo, carregando o peso,
De um amor que se tornou poeira,
Nas mãos trêmulas do destino,
Escrevo nossas despedidas, em lágrimas.