Textos de Teatro
O teatro do mercado e as fábulas contadas pelos poderosos. Semeiam especulações sobre investimentos incapazes de gerar retornos reais. Aquilo que se publica é apenas distração, cuja finalidade é captar recursos que entram na contabilidade da ilusão, em forma de negócios promissores. São como cortina de fumaça que oculta o desenvolvimento de negócios alheios aos interesses de investidores. Não é difícil concluir que o mapa do tesouro é outro, a respeito do qual ninguém fala. Na verdade, os dirigentes do mundo reinam sobre o trono do engano, cujo cetro do poder é viabilizado pela semeadura da ignorância com aparência de vantagem, e assim corrompem os sentidos das massas. Efeitos da assimetria de informação. Salário de todos os que depositam confiança em homens.
Todos têm defeitos. Mas apesar das falhas, precisamos ir a luta, subir no palco do teatro da vida e fazer nossa cena e entender que não existem pessoas que nascem para o sucesso ou que nascem para o fracasso. O que existe são pessoas que lutam pelo que querem e não abrem mão da conquista e outros que desistem logo cedo de lutar.
(...) Dizer que a "vida é uma peça de teatro" é ser literalmente mediano, a vida é um dom gratuito de Deus, portanto, não se deixe sufocar pelas decepções, ou marcas do passado, ela vai te derrubar, lapiar, deixar marcas, mas o objetivo é te lapidar para de fazer a forma perfeita de viver. Não acredite no destino ele é falso e ingrato...
“Comecei a atuar praticamente quando era criança. Sempre estive nas peças de teatro da escola, cantando e atuando, então consegui um acordo para gravar. A coisa de cantar deu certo. Eu queria apenas tentar outra vez e ser criativa de todas as formas que posso.” (Em entrevista a agência Associated Press, 04/2007)
O tempo do teatro é o do eterno retorno, é nietzscheano, é o tempo do amor. (Quando você está na cama com uma pessoa, você não tem "tempo". Você sai do tempo, entra num outro.) É a mesma coisa com a arte. Não tem sentido ficar nesse tempo de agenda. Aí você sai do teatro e não foi modificado, ficou no tempo linear, o do Ocidente, do relógio.
Antigamente eu tinha um teatro: bonecos de pano presos por cordões pulavam minha cama controlados por meus dedos. Riam, choravam e até sofriam porque eu lhes dava movimento e alma. E, aos olhos de todos, eu era um grande artista. Aplaudiam-me. Um dia, não sei como explicar, dei alma demais a uma boneca miudinha que puxou os cordões de baixo para cima e passou a guiar meus instintos, meu cérebro. Com o tempo, empolgou também a minha alma. Hoje, no teatro da vida, sou um boneco de carne e osso controlado por uma boneca de sete aninhos que dirige agora minha vontade e já já a própria vida.
A vida é um teatro mascarado,Um carnaval de Veneza.Odiando a verdade dita e amando mentira bem contada,Angústia que me segue,e o desejo por ela me faz Don Juan.Porém sem ela eu arriscaria mais ou viveria com menos complexidade,Somos grandes atores cheios de máscaras e sobretudos estilosos,Se enganando e te enganado e o seu eu enganado,A esperança trás motivos e metas trazem resultados. Quando a conquista vem ,tudo se torna sem sentido e nessa horas perceba-se que somos reféns dos nossos desejos.
Caminhamos rumo á lugar nenhum durante todo teatro da vida. Nos palcos nós interpretamos personagens, empregamos idéias e utilizamos vaidades, vitimização e como crianças de colo inventamos que precisamos de proteção, sem saber andar à sós no silêncio e na solidão, na beleza plena da vida.
"O teatro que encenas te frustras no silêncio de tua voz, mas grita nos seus pensamentos; No beijo sem sabor, no abraço sem calor e nas fantasias que sonha sozinha...Tu queres mais calor, beijo com ardor, abraço que domina e te faz suspirar de paixão....Teus lábios ardentes querem os meus, meus braços querem te envolver e te sentir nos arrepios suados, na emoção que tu só conheces nos sonhos que tu sonhas e no segredo de tua mente."
”Durante a sua apresentação no teatro da vaidade, você ouvirá um som reproduzido pela sincronia do encontro das mãos, que durará em média 30 segundos, como forma de agradecimento aos seus esforços. Depois de ter renunciado uma vida inteira e se encantado com as mesquinharias que lhe venderam como doce enconto, essa é a recompensa do artista. Somente ele sabe o que lhe espera após o pagar das luzes e o silenciar das ridículas palmas, que se encantará aos idiotas. Esse tempo também vai passar.”
"A vida é como o teatro, uns são coadjuvantes, outros protagonistas, porém aos que insistirem em serem meros personagens secundários, a vida só lhes proporcionará papéis irrisórios. Já para os que pretendem ser protagonistas, a estes sim, serão sempre conferidas as honras, os aplausos e o reconhecimento pelo brilhante desempenho naquilo que se pretende ser."
O universo visível é um teatro de partículas carregadas. Uma dança de elétrons e prótons mantém unida. Vemos seus ritmos e geometrias em detalhes microscópicos, assim como a sua música toca por todo o cosmos: átomos e moléculas unidos pela força elétrica, estrelas e galáxias organizadas e energizadas pela mesma força, e no nosso pequeno planeta Terra, os organismos vivos animados pela eletricidade da vida. Não existe espaço vazio. Tudo o que vemos agora é ligado pela dança universal de partículas carregadas.
"Representação. Invenção. Minúcias. Premeditação. Vivendo o real na irrealidade pessoal. Transformação. Transição entre a vida e o palco. O ator é o reflexo do outro. A vida pra muita gente é um teatro, totalmente mal interpretada, inventa um personagem toda vez que as "cortinas" se abrem. O que elas não sabem, o ator não se perde de si."
Ninguém passava a achar moralíssimo matar o pai e casar-se com a mãe após assistir Sófocles na Grécia Antiga, nem tampouco adulterava após aplaudir o teatro de Nelson Rodrigues, ao contrário. Ver toda a miséria humana no palco sempre causou ojeriza ao público perante sua hediondez revelada.
O que seria de mim sem os meus sonhos? Podem me chamar de lunática, mas eu passaria o resto dos meus dias vivendo de fantasia, bem ao estilo Dom Quixote. E, estou certa, seria uma trajetória mais significativa do que a dessas pessoas que levam tudo a sério demais, até mesmo essa grande peça de teatro a que chamamos vida.
Tristeza, melancolia, ódio..todos esses sentimentos e tantos outros mais, disputam um pequeno espaço na mente humana. Fazem com que o bípede humano se transforme num laboratório de emoções desencontradas que, se não forem bem administradas, o transformará num fantoche desarticulado neste teatro de ilusão.
Muitos dizem serem capazes porém poucos são de fato capazes, não confunda quantidade com qualidade, muitos querem mostrar habilidades, enganar os outros, fingindo ser o que não são para tentar se sobrepor perante aos demais, falar qualquer um fala, ninguém precisa mostrar capacidade para ninguém, tão pouco mostrar que é competente, pois isso não se expõe como uma peça de roupa em uma vitrine de uma loja, se faz como em uma peça de teatro em um espetáculo onde muitos virão você se destacar.
Deveria ser Lei a obrigatoriedade de distribuição de cestas básicas mensais para os profissionais que fizeram parte da historia da programação, pelos grandes grupos de comunicação, televisão abertas e fechadas, das festas, do áudio-visual e do entretenimento no Brasil via os sindicatos correspondentes para atender a justa e digna demanda de abandono e esquecimento dos artistas velhos e portadores de doenças graves.
"- Ela era impressionante. Para fazer o garoto de "Pega Fogo" enfaixava a região dos seios com tiras largas de esparadrapos. Depois de uma semana de representação, a pele saiu e ficou a carne viva. Ela teve de se enfaixar com tiras de pano. Cacilda sempre fez esses sacrifícios. Quando montamos "Maria Stuart" sofreu dores nos rins porque a roupa era pesada demais e a peça durava 3 horas e 15 minutos. Aos sábados fazia três sessões e, no domingo, duas. Exauria-se de cansaço. Representou "Arsênico e Alfazema" gravida de sete a oito meses. Esta é a Cacilda Becker que conheço há quase trinta anos".
"Lembro-me dela, uma moça que não comia, tinha a fragilidade de uma flor de estufa. Alimentava-se com um ovo cru e um pedaço de carne. Chegou a pesar 42 quilos. Ela nos preocupava. A Cacilda Becker que todos conheceram nos últimos anos era robusta perto daquela mocinha que conheci. Mas ela tinha a dedicação mais absoluta ao teatro, ao fenômeno de teatro, ao amor do teatro."