Textos de Saudade
"Saudade do seu beijo
E do seu cheiro
Saudade até do jeito
Que me faz sorrir.
Sinto falta quando
Não estou por perto
E nos momentos
Mais incertos
Quero ter você aqui.
Por isso te escrevo agora
Pra que vejas sem demora
Que eu estou
pensando em ti."
Não faz muito tempo,
mas já sinto saudades daquela noite,
ela estava deslumbrante
com aquele vestido preto
colado no seu belo corpo,
estava muito atraente
com um brilho ardente nos olhos,
batom vermelho nos seus lábios macios.
Ah, foi um momento tão agradável
que ainda lembro do seu cheiro,
da intensidade dos seus atos
do sabor dos seus beijos.
Antes de nos despedirmos,
tomamos algumas taças de vinho
e compartilhamos parte de nossas histórias.
Portanto, espero criarmos juntos
outras agradáveis memórias.
A VOZ DA SAUDADE
Se a madrugada, acordada, plena
Branca de luar e a sensação vazia
A emoção apertada de um dilema
Faz o peito ranger de dura agonia
O silêncio na imensidão extrema
O pensamento a situação irradia
Tal um sofrente e sentido poema
De ciciosa insônia, aguada e fria
E o coração se cala no que sentia
A escuridão fala pra dor da gente
Como um canto de acre soledade
Num tom dolente a falta arrepia
Porque mais que o ruido ardente
Vozeia a voz acética da saudade...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28 janeiro, 2022, 15’34” – Araguari, MG
Algo não aconteceu, mas deixou saudade...
Embora seja uma saudade estranha, essa saudade também existe...
Vamos entender como é...
Ósculos e amplexos
Marcial
DIFERENTES TIPOS DE SAUDADE
Marcial Salaverry
Existem diferentes tipos de saudade, e um deles, é a "saudade daquilo que não houve..." Certamente será uma saudade estranha, e até mesmo parece ser algo absurdo falar em sentir saudade de algo que não aconteceu, pois é meio complicado pensar assim, pois se a coisa não aconteceu, como pode deixar alguma saudade? Realmente é algo curioso, mas acontece. Existem fatos que, por não terem acontecido, deixam em nossa recordação aquele sentimento, ou melhor, aquela indagação sobre se teria ou não sido bom, se tivéssemos levado a cabo aquele projeto, se teria ou não modificado nossa vida. Essa é uma das razões pelas quais não se deve deixar as coisas pela metade. Sendo possível, deve-se ir fundo naquilo que sonhamos, pois a saudade do não ocorrido, sempre deixa um gostinho amargo, ficando aquela dúvida, deixando aquela pergunta no ar: "Teria sido melhor? Teria modificado algo em nossa vida?"
Como exemplo posso citar algumas viagens que programamos e depois, por circunstâncias, não as realizamos. Pode ficar aquela impressão de que viveríamos a grande aventura de nossa vida, porém algo aconteceu. Pode ser uma doença, um acidente, uma queda, a alta do dólar, perda de emprego. Enfim, algum problema que impediu a viagem tão desejada, tão vivida. A frustração pela desistência dessas férias não "vividas", chega mesmo a provocar um sentimento de "saudade" pelo que não houve.
E se realizamos, terminamos por notar que não era nada daquilo que foi sonhado. Mas o fato foi constatado. E descobrimos que não era bem aquilo. Não ficará a saudade, simplesmente ficará a frustração por ter sido feito. São contradições da alma humana. Imaginar o que não foi feito, e lamentar o que foi. Imaginar os perigos de um encontro e não comparecer, e depois lamentar por não ter ido. Ou lamentar por ter ido, porque não deu certo, são simplesmente coisas da vida, que ficam por conta do "Imponderável da Silva..."
Nos relacionamentos acontece muito disso. Conhece-se alguém numa festa. A primeira impressão é aquela famosa do "zoiou, gamou". Fica-se a noite inteira com essa pessoa, imaginando-se tudo o que se poderá fazer e passar. Depois, quando se perde a pista daquela pessoa tão especial, fica-se com a sensação de que poderia ter sido bom. Fica-se com saudade do que poderia ter se vivido com aquela pessoa, algo que fica fixado na imaginação. Como não houve o prosseguimento do romance, fica aquela sensação de saudade no peito.
Pode-se traçar um paralelo com os atuais "romances virtuais". A Internet propagou o "vírus do amor virtual", que pode ser muito gostoso, gratificante mesmo, se for bem administrado, desenvolvido com absoluta sinceridade. O perigo nos romances virtuais, é quando um dos dois lados está mal intencionado, e quer tirar alguma espécie de vantagem. Mas não vamos falar desse lado ruim da história.
Se o tema é saudade, só se pode senti-la de coisas boas. Correto? Um romance virtual sempre começa com uma simples e inocente troca de e-mails. Começa-se um papinho descontraído sobre isso ou aquilo, e de repente começam a descobrir afinidades, pensamentos iguais e começa uma troca de carinhos verbais. Por vezes almas solitárias que se afinam. Surge porém um problema de difícil solução, que é a famosa distância. Um, mora no Amazonas, e o outro no Rio Grande do Sul, e assim, pergunta-se como fazer, pois é algo que complica. Uma viagem dessas exige tempo, recursos, e depois pinta aquele medo: Eu chego lá e a gente não se afina. Vai que fisicamente não se gosta. Perde-se a viagem, perde-se a amizade. Então o encontro vai sendo adiado, e fica na imaginação o que poderia ter sido aquele encontro idealizado com todas as luzes, com todas as sensações imaginadas e descritas.
E se o relacionamento termina como começou, virtualmente, vai ficar aquela saudade do que poderia ter sido aquele encontro tão planejado, tão descrito, tão imaginado, aquele beijo tão carregado de paixão que seria trocado, mas que nunca o foi. Fisicamente, pelo menos, não. Vamos combinar que por vezes, é muito mais gratificante ficar na imaginação, sentindo-se o amor na virtualidade, pois assim não haverá o perigo da rejeição física, que poderá ser dolorosa, mas por outro lado, vai ficar para sempre a sensação de que se perdeu algo que poderia ter sido muito bom. Um amor vivido é melhor do que um imaginado. Será mesmo? Imaginado pode-se vivenciá-lo como quiser, pode se fazer o que vier na imaginação, ao passo que no plano físico, podem surgir inibições que não eram sentidas.
Enfim, é algo que deve ser muito bem administrado e estudado. E, principalmente, deve ser muito bem conversado desde seu início, com absoluta sinceridade, para que se possa saber os limites de até onde pode chegar a coisa.
Muitas pessoas que vivem romances virtuais, sentem alguma melhora em sua vida, mas sempre vai ficar aquele gostinho do que poderia ter sido, e assim se explica a saudade estranha do que não se viveu. Aquele desejo não satisfeito, aquele sonho não realizado, aquele beijo não trocado, aquele momento de amor não vivido, aquela viagem não realizada, enfim muitas coisas que foram pensadas, mas não consumadas, são coisas que nos fazem sentir esse tipo de saudade, que realmente é uma saudade estranha...
Agora de uma coisa, ninguém vai sentir saudade. É do meu BOM DIA, CRIANÇAS, pois está sempre presente, sempre desejando UM LINDO DIA, pelo menos por enquanto, mas não sei até quando...
O teu olhar
Saudades do teu olhar, me olhando devagar
E eu sem reação, pois atingiu o meu coração
O meu coração ficou alegre e feliz, pois ele soube que tem você perto de mim
Meu coração fez-me apaixonar por ti
E fez-me emocionar diante de tanto amor gerado pelo teu olhar
Esta emoção se tornou um mar de razão que me fez molhar de emoção, pois se tornou uma devoção que me fez adorar
Teu olhar faz o céu brilhar, faz as aves voar e faz o meu coração pular
Tenho vontade de te beijar, mas acabo a falhar
Aí que vontade de deitar e imaginar a gente se encontrar
Opção
Bem perto do amor estar,
e desistir.
Passar a viver de sonhos,
ser vizinho da saudade.
Viver de esperanças que não
morrem, ver a quem se quer,
em todos os lugares.
Assim vive quem opta,
por querer o que é irreal.
Assim vive quem anseia
atingir o inatingível.
Assim vive quem espera de
suas entranhas nascer um
amor sibgular.
Com o calor de um amor
racional.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico da Acilbras- Roldão AIres
Cadeira 681
Patrono Armando Caaraüra- Presidente
INQUIETAS SAUDADES
Elas chegam como à flor pendida
Mirrando o peito, agasta sensação
Ou como a dor a cutucar sentida
No desejo, no espírito, no coração
Elas chegam tal senhora da vida
Doída. E o agrado clama em vão
Numa fereza e ousadia incontida
Arrancando o sossego da razão
Inquietas saudades, até quando?
Está lágrima a me rolar chorando
Gastando, tão de aflição demais
Desvanecido resta o sentimento
Sussurrando a todo o momento...
Ufanas, elas tragam mais e mais
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
01/02/2021, 19’00” – Araguari, MG
*A falta de você*
Sua ausência me preocupa
Espanta-me
Deixa-me com um nó na garganta
Será que é minha culpa?
Seu silêncio me enlouquece
Faço várias preces
Ainda não sei o que lhe entristece
Já vejo que você padece.
Ficarei na torcida
Até que você conecte outra vez com sua vida
Voltando a ser aquela garota atrevida
Deixando-me comovida.
Com o brilho no olhar
Estarei a te esperar
Pois essa fase logo irá passar
Não importa o tempo que durar.
No meu coração você já tem seu lugar!
O amor de verdade.
E na ausência a permanência da existência.
A distância direta de uma certeza incerta.
Atitudes esperadas, e o colapso no caos do tempo.
Frases insensatas, sentimentos confusos…
Ansiedade eminente de falar, sem o cuidado coerente de ouvir.
O texto não compreendido.
Na mensagem o pedido de um socorro não verbalizado, mensagem enviada, não enviada, a mensagem lida, ignorada e apagada.
Perguntas sem respostas, respostas sem coesão.
O ego que teima, sem o discernimento da razão
Querer estar certo no calor de uma acusação.
O grito de um silêncio, no barulho de um coração
O livro da vida ali aberto, sem o último capítulo.
De que adianta uma aliança sem sentido?
O afeto a anos ali, aguardado e mal resolvido?
Expectativas depositadas na inconstância de quem por tanto querer não definiu e não soube se resolver.
O adeus sem despedida de um amor tão esperado, a inquietude de uma saudade do belo, o mais puro genuíno e raro,
No vazio de uma escuridão, a voz: “ Seja bem vindo ao poço invisível da tortura da depressão”
Cicatrizes marcadas com,e sem explicação.
Traços, rabiscados de uma memória falha.
A dor latente de um pedido…arrependido…
O som imperfeito de música.
“Best of you” … a história do seu melhor amor o medo do desconhecido, ou forte demais para se perder?
O eco do passado permanecendo e tentando apagar o presente que nem sequer foi vivido.
No cálculo da realidade.
Não existe 80% de responsabilidade.
Porque no julgamento
Não há juiz que compreenda.
A dor pertence a aquele que sente.
O blecaute de um sonho interrompido
10…(20)…30…40…anos de um abismo, 20% sem fundamento?
No amor a matemática é simples.
A regra é básica, a conta sempre será exata!
Porque metades não se completam
São dois inteiros se somando e definindo.
Mas quando muito se questiona
O que era soma se fraciona
Dividido nas dúvidas o amor então se subtrai, deveríamos procurar na equação a explicação? Aquela que foi criada para ajudar as pessoas a encontrarem soluções para problemas nos quais um número não é conhecido? Não adianta porque quando se começa a duvidar do amor já não é mais amar.
E acontece neste momento a maior traição
Quando você trai a si mesmo com questionamentos de uma mente que perturba.
E um dia chega!
“ Enfim só “?
1 mais 1 e o resultado foi zero.
Noites e dias de um o sono que não existe.
São vários comprimidos que induzem ao
sonho acordado e dilacerado.
Fracasso de conversas não concluídas.
Emoções explosivas, comportamento implícito.
O presente sem um laço, nem mais o abraço
O futuro se encerra, no fim do que não começou, o som da música mais perfeita que não mais tocou.
Assim se finda o pranto daquele(a) que um dia esperou, na tela da vida, alguém que te amou.
Fomos, somos ou seremos felizes?
Não! Porque de quem decide, o que se espera não terá o que esperar.
Acorde! Pare de tanto questionar… aqui somos instantes onde o tempo ira findar.
O amor não é escolha, mas a decisão de querer amar.
Palavras, sinais e declarações incompreendidas.
O colo que um dia foi o abrigo, hoje a mala na porta seguindo seu caminho.
As lágrimas que se secam de tanto chorar.
Na face de uma lembrança impossível de apagar.
Você foi vida, o sorriso a tristeza e a despedida.
E a lua de mel o que aconteceu?
Viagens e a rota de um voo que no aeroporto se perdeu.
O Sol de um Monte Verde, a alegria esteve ali mas e depois! Se até a Lua que eu te dei você esqueceu.
No céu a Estrela mais forte, que por anos você a buscou e ela apareceu, mas lá na sacada no exato dia, virou o ano e ela esteve ali do seu lado e você nem sequer percebeu.
E assim foi a vida do casamento que nunca existiu, no véu da ilusão que enfim se partiu.
O paraíso, desapareceu.
No enigma do tempo, a sincronicidade ruiu.
Estranho mas, são duas almas que conseguiram se encontrar, reencontrar e se perderam, no labirinto das sombras onde os fantasmas de um pesadelo sem nexo, foi mais forte que a real realidade.
Na confusão de querer ouvir Deus, se desviou do caminho e acabou se perdendo em vozes que não disseram a frase: “ Você chegou ao seu destino” aquele que lhes trariam paz, sabedoria e amor.
E a intenção? Não sei!
Seria este o pulo do gato? Talvez!
Porque existe uma única maneira de despertar a consciência, e ela é através da experiência, na consistência de não desistir, de lutar e não se entregar, e aprender que não se encontra o amor se você primeiramente não aprendeu a amar.
Porque amar está na coragem, na ousadia de saber exatamente onde se quer chegar, e não na entrega de um anel e no arrependimento que sentiu.
Então quem perde é aquele que tem medo, e ainda pensa em não tê-lo.
Este foi o processo, a maturação de não fazer algo por insegurança, porque o amor não é propriedade, ele é a serenidade, a evolução de ambos na espiritualidade, numa mão única, o amor e o carinho pela manhã, a tempestade durante o dia e a paixão nas madrugadas, o encontro na cozinha, o tropeção na escada, nas taça de vinho, nas risadas, na dança na sacada, o amor é zelo, os detalhes de bilhetes, a toalha perfumada no banheiro, o aroma no travesseiro, o prato inteiro de brigadeiro, no desatino da preocupação de uma dor lombar, na alegria do café a se preparar, na loucura de contar as sístole diástoles no tato, na parede o porta retrato, é a união das famílias, nos encontros a alegria, o cuidado nos gestos, acredite o amor se faz nos detalhes, por tudo que não deixamos o amor sem a paz, com as experiências a gratidão, nas turbulências a certeza de não partir, e na grandeza de saber perdoar aquele conseguiu te ferir.
Olhe, observe, e reflita…
Estaria no futuro ali bem na sua frente a porta do enigma no apartamento trancado, num guarda roupa fechado com algo guardado, duramente abandonado, o passado não acabado e a única chave está em tuas mãos para abri-lo e dar de cara com o presente e viver o amor mais nobre de alguém que um dia foi amado, em sua integridade e sem precedentes.
Então vem cá e tente descrever este amor?
Impossível, inexplicável, intangível e imensurável, mas mesmo sem estar ele estará contigo por todos os cantos, no infinito do imaginário de seus anseios, no desequilíbrio dos teus pensamentos, porque o amor é atemporal e você aprenderá que passe o tempo que passar, contigo ele sempre estará, agora e para todo o sempre…
Amém
Re Pinheiro
Minha saudade
Deus permita viver em meus sonhos
Pois é neles em que te encontro...
São estes momentos que me fortalecem
É a certeza de que nada separa quem se ama...
Sentir teus braços, teu cheiro, ouvir tua voz
A dizer que me ama...
Fortalecem a minha sobrevivência...
Amenizam minha saudade...
INFÂNCIA PERDIDA
Ah! Saudade da infância perdida,
onde as lágrimas eram de birras e os castigos eram martírios.
Saudade da infância perdida, onde as cantigas de rua eram roda-roda e os gritos de alegrias.
Saudade da infância perdida, onde os tombos eram curados com um beijo e o medo acalentado por um abraço.
Saudade da infância perdida, onde tudo virava bagunça e o esconderijo era d'baixo da mesa.
Saudade da infância perdida, onde as perguntas tinham respostas e o olhar era tão sincero.
Saudade da infância perdida, onde a inocência era guardada e a mentira era coelhinho da Páscoa.
Saudade da infância perdida, onde as nuvens se desenhavam e o andar era adiante.
Saudade da infância perdida?
Apenas saudade!
Da infância perdida.
Me diga o que fazer,
Quando saudade tua vier a bater
E a vontade de chamar teu nome não desaparecer
Como devo proceder?
Se já não consigo me conter
E essa abstinência
que possui nome é sobrenome,
Dá minha vida some.
sem a decência
De dizer, que toda essa dor
Não é por querer
Mas - "eu já não quero mais teu ser".
Choro
"Às vezes choro sem motivos,
Acredito que só pode ser saudade...
Saudade que tem gosto de você.
Quando vem a vontade de chorar é como uma represa que vaza, começa por uma pequena fresta, depois vai desmoronando sem tempo pra reparos.
Assim são as lágrimas de saudades, do nada elas começam a cair e quando percebo estou inundada por esse sentimento tão melancólico.
Quanto tempo leva pra conseguir parar de chorar por alguém que se foi?
Qual o tempo que se espera pra entender que passado não volta?
Será que o coração consegue esquecer lembranças tão fortes?
E quando será que o corpo aceita não ter mais aqueles carinhos tão desejados?
Tantas dúvidas perturbam minha mente, quanta dor alojada no coração, quantos desejos reprimidos esmagando meus sonhos.
Toda essa angústia transformada em lágrimas de saudade, só me resta chorar extravasando toda essa dor de não ter mais você aqui."
___Roseane Rodrigues___
Eu quero sempre acreditar que toda amargura tenha o amor como cura e a saudade seja apenas uma fase da reabilitação, não um virus letal sem antidoto descoberto.
Espero em todo nascer do sol que a luz invada cada canto escuro da Terra e que nenhuma noite seja de tormenta sem fim, para os que propagam o bem nunca desanimarem.
Embora a brisa do sertão seja quente e a chuva do sul uive, nada entre o mundo dos homens e o de Deus poderá mudar sua vontade divina de intervir nas florestas, oceanos e montanhas.
Que minha fé prevaleça ao meu medo de não sobreviver na próxima luta e meu amor pelo que vive seja tão grande quanto ela, para que eu não perca a empatia com o oposto a mim e respeite as suas escolhas como necessito do mesmo respeito.
E por fim, que eu possa servir de instrumento a quem precisar do meu colo maternal, meu abraço carinhoso de consolo, minhas mãos quentes, massageando os pés frios de medo de quem precisar da minha oração de amor, alimentando o espirito faminto de quem perdeu a esperança de continuar acreditando que ainda vale a pena lutar.
Saudades pai
Essas lembranças, essas bem antigas são muito boas, lembro quando me levava no bar do lado de casa pra comer coxinha com guaraná, ou nos fins de semana de manhã quando fazia pão na chapa ou ovo cozido com a gema mole, são as que gosto de lembrar, são as que sinto saudades, ou até da confusão em minha cabeça quando aos 11 anos descobri que eu não era seu filho de sangue, foi a primeira vez que escutei a expressão " Pai é quem nos cria, quem nos dá amor". Dói lembrar que minhas lembranças depois dessas não são nada boas, ainda me dói as vezes em que passo por lugares onde era hábito lhe ver caído, bêbado e sujo, ou quando lembro da vergonha que sentia quando tinha que explicar para os amiguinhos de escola que aquele cara bêbado e mijado caído no portão era na verdade meu pai... Mesmo sabendo que o senhor não era uma pessoa má, isso não era o suficiente pra mim, eu não queria ter que entender as suas frustações e a sua dor, eu só queria um pai, só queria que minha mãe não tivesse que estar sempre tão exausta e nervosa por não ter com quem dividir as responsabilidades e preocupações, isso ia criando tanta revolta e mágoa no meu coração, tanta vergonha e tantos outros sentimentos que cultivei por toda a vida. Já fazem 2 anos que o senhor partiu, hoje a mágoa foi embora, mais eu queria do fundo do coração que ela tivesse ido primeiro do que o senhor.
O jardim das margaridas
A sua falta me preocupa
E a saudade ja me consome
O que e a vida se nao as lembrancas que deixamos na memoria de quem trilhou conosco essa jornada
E dificil andar para frente quando se perde o motivo pelo qual caminha
E eu nunca saberia dizer adeus
Talvez o amor nesse tempo seja ainda cedo
Nao que eu queira traspor a palavra da qual
Carrego e invento de mim
Nem procuro exilio nas lembrancas que me restam
Difícil olhar para tras e saber que o tempo nao retorna
Difícil nao entender e tentar explicar
Nao fui eu que outrora sempre temia sentir essa dor
E quando deitei me lembrei da cancao que voce gostava
"Quando olhaste bem nos meus olhos e o teu olhar era de adeus
Juro nao acreditei
Eu te estranhei me debrucei sobre o teu corpo e duvidei"
Hoje eu sei o porque a um tempo atras eu nao fui embora
Nos resta ainda tudo.
Nao resta de mim o que seja meu
Nunca se esquece os bons momentos
Vamos sentir sua falta
Difícil e saber e não querer acreditar
Afinal
A morte leva a vida devagar.
Hoje me peguei pensando na vida.. saudades dos que já se foram ..
Saudades dos que estão por perto, mas longe ao mesmo tempo !
Saudades dos filhos que tanto cuidei e amo que foram arrancandos de mim por causa do meu momento enfermo...
Estou de mãos atadas e angustiado por não poder fazer mais por eles, por não viver nossos momentos juntos...
Essa melancolia quem vem sem hora marcada e vai esmagando meu peito como uma dor sem fim ..
Lágrimas que escorrem em meu rosto intensamente como rios correntes ...
E mais um dia vivido por sentimentos inconstantes!
Eterna é a noite sem ti
Quando teu cheiro vem para de lembrar
Me matar de saudades, sinto um vazio entre meus braços
Rolo de um lado para outro, na esperança de que se agarre em mim
Mas o frio toma conta, sinto a falta de tua cabeça no meu peito, da sua respiração lenta e calma, de sentir teu coração batendo devagar no mesmo ritmo dos meus pensamentos
A noite é eterna sem ti...
Sofrer
Saudades.
Coisa difícil
de sentir.
Corta como navalha.
Paz? não dá nunca,
mesmo que se queira.
Saudades, é ferro em
brasa, sobre a carne,
deixado.
É como se de propósito,
alguém , tenha que
ficar marcado.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Que sonho estar ao seu lado...
Sinto saudades
Beijos que não beijamos
Abraços que não abraçamos
Carícias que não trocamos
Mas anseio tanto...
Sonho acordado com a doçura
do teu olhar
Com o calor do teu corpo
Com a melodia da tua voz.
Eu sei que você sabe
Mas não pode me responder
Nem eu te telefonar e dizer
Aqui não posso escrever
Não posso te expor.
Por respeito, por amor.
Mas você sabe
e encontrá como me responder...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)