Textos de Rita Lee

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Minhas Certezas (keidylee.blogspot.com)

De todas as coisas que juro ter nessa vida
Poucas são as que realmente tenho
As que eu sei: são minhas e das quais pertenço.

São poucos os fatos que considero
Poucas pessoas e objetos
São bem poucas minhas certezas.

Já andei duvidando de coisas que não podia
Confiando em coisas que não mereciam
Precavendo-me excessivamente por medos passados.

Já andei parando pra pensar
Quando os fatos queriam que eu andasse
E fui impulsiva quando na verdade deveria está intacta.

Andei fazendo balanços relevantes
E cada vez mais concluo
Que são poucas as minhas certezas.

Contáveis certezas,
Deus, a primeira delas.
E você.

APENAS AMOR

Ninguém mais compreende a intensidade da vida. Falta amor, carinho, compreensão. Faltam os valores que se perderam com o tempo e ninguém consegue achar. Deve ter ficado em algum lugar esquecido, esperando ser resgatado.

Às vezes sinto uma sensação de vazio. Noutras esta sensação vai embora, ficando apenas o momento e o que restou dele. Muitas vezes este momento se torna inesquecível, apesar de nada ter acontecido.

Falta vida. Vida com cores fortes e vibrantes. Faltam pincéis. Faltam as próprias tintas que deveriam estar escorrendo entre as veias e vertendo pelos poros. Faltam no mercado as telas. Faltam atributos que coloririam a vida com tamanha intensidade.

Falta sensibilidade para entender que as cores da vida estão relacionadas ao amor. Amor de várias formas e ângulos. Amor sem limites. Amor de todas as cores. Amor sem uma relação certa. Apenas amor.

Pelo dia que chega...
Pelas novas oportunidades que virão.
Pela chance de dar e receber amor.
Pelos que chegam sorrindo.
Pelo jeito simples de ver a vida.
Pela leveza na alma.
Pelo poder de escolha.
Pelas lições que auxiliam.
Por todo o bem que me cerca.
Pela proteção do alto.

Gratidão!

Rita Maidana

Hoje tenho mesmo, saudades tuas.
Saudades mesmo!!!
Daquelas saudades que nos desarrumam as ideias.
Que revolvem lembranças e sacodem a memória.
Saudades que se sente na pele e que nos moem por dentro.
Tenho saudades tuas.
Saudades desse abraço enorme que me envolve por completo.
Saudades desse olhar de miúdo que me derrete.
Saudades do nosso riso e das nossas conversas sem fim.
Hoje tenho saudades tuas.
Mesmo!!!
Saudades de ti.
Saudades de nós...

UM SALVE.

Pra quem chega sem cerimônia de peito aberto com um sorriso no rosto trazendo alegria.
Pra quem caminha leve, porque não usa de falsidade pra conquistar o que quer.
Pra quem é leal, verdadeiro nas palavras e amizades.
Pra quem auxilia sem cobrar nada, porque conhece a necessidade, a aflição e a bondade.
Um salve pra quem dribla as ciladas da vida com malandragem e atrevimento, mas como é do bem, não prejudica ninguém.
Um salve pra quem é de luz, pra quem é de fé!

Rita Maidana

Amigo não tira a paz, não invade o espaço.
Amigo é calmaria é medida certa.
Amigo não chega de hora em hora para cutucar com assuntos que doem.
Amigo abraça na dor e silencia quando machuca, sente junto e só.
Amigo não usa meias palavras, palavra de amigo é inteira.
Amigo não expõe o outro diante dos olhos e ouvidos alheios.
Amigo acolhe o silêncio da gente.
Amigo é anjo que nos abraça quando a gente desaprende a voar.
Amigo é laço e não nó, amigo é “presente”.

Rita Maidana

Ando economizando palavras, evitando confrontos, desgastes, cansaço. Tenho poupado minha alma de gente que exauri a vista, o ouvido, o espírito do outro com conversas e atitudes que levam a gente para baixo, para o desânimo, a descrença de tudo.
Tem momentos que a vida pede sossego, o coração pede um carinho, o corpo quer relaxar. Ando prestando mais atenção em quem chega sem barulho, de mansinho para somar, naquele que já está e em quem realmente se importa, em quem quer compartilhar, caminhar junto.
Ando prestando atenção nos sinas internos, ando assumindo enfim a responsabilidade de cuidar de mim. Não é egoísmo é intuição, sobrevivência. Às vezes parar e avaliar a jornada é preciso, balanços são necessários, silêncios revitalizam, nos recomeçam.
Ando buscando paz, energia boa, ando respirando tranquila, mais espaçado, com a mente e o corpo mais leve. Ando recomeçando.
E o melhor de tudo, estou me acostumando com este jeito bom de viver a vida.

Rita Maidana

Eu quero um tempo tranquilo como passarinho na janela.
Quero um dia bonito como jardim bem cuidado na Primavera.
Quero um canto com sossego, um cantinho de paz.
Quero dividir panela de brigadeiro com os amigos, somar naquela campanha do bem, multiplicar os sorrisos e abraços que recebo.
Quero surpresa bonita chegando de mansinho só pra me deixar feliz.
Quero pra mim e pra você também.

Rita Maidana

Metade de mim apetece-lhe o abraço.
A outra metade levanta a cabeça e segue o caminho.
Metade de mim quer sofá e aquela música. (O Vento)
A outra metade decide antes ir passear.
Metade de mim quer ouvir a tua voz.
A outra metade desliga o telefone.
Metade de mim apetece-lhe o beijo.
A outra metade decide ignorar.
Metade de mim apetece-lhe parar.
A outra metade obriga-me a continuar.
Metade de mim quer esquecer-te.
A outra metade obriga-me a lembrar.

Idas e vindas

De idas e vindas
A vida me surpreende
De nada achar, retorno.
O vento me traz da mesma forma
Que me levou
Agora, mais forte.
Seguro nas asas do meu presente
E espero
Não se atrase,
O tempo tem pressa e eu também
O relógio corre sem parar
Tento alcançá-lo e não consigo
Por isso não se atrase
Tenho pressa e o tempo também.

Incógnita...

Ele falava de encontros
E eu de roubo
De seqüestros
De mistérios

Ele falava da vida curta
E eu o analisava
Tentava decifrar seus anseios
Seus medos
Suas angustias
Lia seus olhos
Buscava nas entrelinhas
Um meio de fazê-lo entender
O mistério da vida

Tentei de todos os meios
Ser sua amiga
Sua Deusa
Sua incógnita
E ele apenas buscava o banal
O carnal
O imoral

Eu queria falar do esotérico
Das minhas atrações pelo mistério
Da lua e das estrelas
Pelo que ainda não existia
E você me via apenas
Como algo normal...

AUTENTICIDADE

Para me atingir é preciso estar no mesmo patamar. Não admito e nem deixo entrar quem não convido. Minha sala de estar está sempre aberta para aquelas pessoas de alma limpa, de espírito puro e livre como o meu. O resto são baboseiras. Não me venha com lero-lero. Ou é ou não é. Comigo não tem meio termo. Tudo é colocado em pratos limpos.

Não tolero pessoas de duas caras, que vai aonde a onda leva. Tem que ser autêntico (a). A autenticidade é um documento de identidade que carregamos desde a nossa concepção. É a certificação que mostra quem realmente somos.

Só me convide se realmente me considerar uma pessoa que está à altura do convite, senão, deixamos de hipocrisia. Deixamos de lado as cerimônias. Só pessoas hipócritas fazem convites sem importâncias. Só os hipócritas acreditam que estão sendo generosos e autênticos fazendo isso. Só os hipócritas se auto-intitulam as “celebridades do momento”. Só os hipócritas não têm créditos nem com eles mesmos, quanto mais com os outros.

Vivemos numa era em que tudo está tão virtual, tão frio, tão sem emoção. Sejamos diferentes, quentes, arrojados, fortes e com ideais. Sejamos pessoas de bem, pelo menos enquanto convivemos com pessoas. Sejamos humildes enquanto pobres mortais. A arrogância só tem espaço para aqueles que vivem num mundo de ilusões.

Aquieta-te

Aquieta-te, coração,
Que a chuva cai lá fora
E a tempestade raivosa ruge com seus trovões
Intempestivos e ameaçadores
Aquieta-te, pois os lamentos da minh’alma
Cantam em júbilo louvores a ti.

Aquieta-te, coração,
Até que a primavera chegue novamente
E os lírios floresçam nos verdes vales sem fim
Irei respirar teu aroma deixando minha alma adormecida...

Aquieta-te e ouve minha longa história
Vê quantos segredos enraizados numa penúria sem fim
Tento arrancá-los, mas, suas raízes são profundas e velhas.
Difícil tarefa com minhas mãos frágeis.

Vê, coração, quantos anos se passaram
O pêndulo do imortal segredo guardado continua lá
Na quietude do abismo onde o sol nasce e
O véu da escuridão aguarda o pôr do sol.


Canta meu coração, eleva tua voz aos céus
Arranca as penúrias da alma
Que as trevas evaporem nas ruínas infinitas
E a aurora desponte no limiar do amanhecer...

Tenho levado uma vida um pouco vazia eu sei. Não porque eu tenha escolhido, mas, porque há certas situações que me detém a isso. Procuro o preenchimento que defina cada parte de mim. Procuro o caminho que me liberte destas amarras.
Eu sei que é difícil desapegar totalmente e libertar as correntes que prendem meus pés. Sei também que ficar no auge sempre é necessária muita determinação. Como também sei que viajar nas asas da vida requer sabedoria.
Por motivos promíscuos tudo tem me levado a um mundo um pouco fora do planejado. É um Mistério subjetivo que me mantém fora um bom tempo e é isso que me faz ver que a vida seja um pouco vazia.
Que a sabedoria me acompanhe sempre...que eu saiba determinar o melhor.

Ouve

Ouve o vento!
Como ele canta baixinho
Tentando me avisar
Que pensas em mim
E me chamas para te amar.

Ouve! Ouve o vento!
Ele grita, sacode as copas das árvores
Faz meu corpo arrepiar
Tenta me levar... vê
Ele parece falar...

Ouve o vento!
Ele tenta se acalmar
Olho-o pela fresta da janela
Ouço-lhe o gemido de dor
Encolho-me no canto de minha agonia.

Ouve como ele corre
Procurando-me por todo canto
Para me levar junto com ele pelas ruas escuras
Onde as estrelas piscam intensamente
Para a noite clarear.

Ouve o vento!
Como vem galopando e sacode as ondas do mar
Que lamenta num murmúrio forte
Avisando as embarcações
Que ele chegou para arrasar.

Ouve! Ouve como ele canta
Abraçando-me num golpe certeiro
Carregando para longe... bem longe
Onde só o eco de seu uivo engole
No seio da floresta a se esconder.

"É a passarada acessa, o cheirinho de café, de pão fresquinho na mesa. É o ar puro da manhã... É a flor desabrochando enquanto o orvalho escorre pela folha... É esse sentimento de que a vida recomeça quando o sol cruza pela fresta da janela.
É tanto milagre acontecendo pro dia nascer e a gente acordar acreditando na boa vontade de Deus.
Impossível não perceber, entender e agradecer...."

"Bendito seja este e todos os outros dias!"

Sejais

Sejais como o outono
Apesar do amarelar das folhas
E a queda da temperatura
A luz do poente se iguala a sua cor
E o crepúsculo como uma bênção se despede.

Os ipês adormecem sobre as mãos do outono
Entre os pinheiros sobrevive o tronco seco e pálido.
Os galhos que sustentavam as folhas e as flores na primavera,
Hoje descansam solitários e tristes.

Sejais como o inverno
As névoas encortinam os olhos
E os picos nevados acolhem a montanha
Que lamenta a ida da primavera e contempla
a chegada do inverno com alegria.

A anciã cobre seu rosto escondendo
A idade avançada que através das rugas
Mostram a sua longa caminhada
Por entre os vales alvos e distantes
Que o inverno cobriu-o intensamente.

Sejais como a primavera
Em tempo de intempéries
As flores não deixam de florir
E seu bálsamo perfumar e inspirar
Os olhares apreciadores dos enamorados.

Sejais como o verão
Mesmo o sol aparecendo em demasia,
As árvores permanecendo imóveis
Sua sombra abraça o sorriso das crianças
Que se alojam para brindar o frescor do dia.

O mar não dorme enquanto passa as estações
Permanece vigilante enquanto o navio
Cruza as linhas do horizonte
A noite se encolhe de frio
E o vento ruge deixando as águas serenas.

Outro dia alguém perguntou, por que falar só de coisas boas. Como não sentíssemos dor, tristeza, como se em nossa vida não houvessem medos, dúvidas, tropeços, decepções.
Há sim, muitos! Somos normais, cheios de imperfeições, sofremos, erramos, pecamos, magoamos, somos magoados. Vida normal, idas e vindas... sufoco, rotina...
Mas optamos por não espalhar esse tipo de vibração, não compartilhar o lado feio dos nossos sentimentos e atitudes, muito menos as do outro.
Máscaras? Mundo cor de rosa? Ilusão? Não! Opção, escolha, filosofia de vida.
Optamos por, mesmo que para poucos, transmitirmos energia boa, amor, paz, fé... luz.
Todo dia temos em nossas mãos muitas sementes, e muitas escolhas. Nosso esforço é para que não sejamos nós a espalharmos as de erva daninha, que fere, machuca, contamina o verde da esperança dos corações que acordam cheios de positividade. Para que não sejamos nós os que chegam dizendo aos que sofrem, que as dores não passam. Sabemos que de um jeito ou de outro, um dia tudo passa...
Todo dia temos sim muitos caminhos, e apesar de nossos tantos defeitos, escolhemos o do bem, da claridade, se não para nós, ao menos para aqueles que cruzam por nós.
Se isso serve de resposta aos que questionam nossos pensamentos e nosso jeito de ser, também serve de afirmação aos nossos corações que dormem e acordam cheios de incertezas.
Tudo tem um sentido! Tudo faz sentido quando você se propõe a observar, aprender as lições.” Quando você sente na pele e não fecha os olhos, não cruza as mãos, os braços, quando sente na alma e no coração.

Rita Maidana

Talvez hoje seja o nosso dia de suportar. Talvez hoje seja o nosso dia de tomar decisões que há muito tempo vem se arrastando. Talvez os talvezes estejam saturados e precisam não mais de indecisões, mas, de decisões precisas.
Talvez hoje seja aquele dia em que precisamos ter a coragem de ir além e buscar nosso EU que estava em algum lugar precisando ser resgatado.

RECOMEÇO

Uma visão, uma mão sobre o vidro da janela.
Um pensamento alheio, longe, vago, distante
Um destino a ser traçado, uma nova vida a ser definida
Olhos distantes buscam o vazio. Vidas não vividas.

É noite. A cidade acordara. O breu lá fora apavora
Às luzes ultrapassam as cortinas que através do vidro emolduram a sala
O medo ficou do lado de fora. É tempo de repensar, de ir além
O que estava guardado a sete chaves e o que estava oculto vieram à tona.

O Jazz toca na vitrola. A nostalgia se fez presente.
O passado trouxe lembranças de um tempo que desconhecemos
E que precisava ser vivido hoje. Resquícios de uma vaga lembrança. Um filme.
Nossa música, um vinho na taça, um brinde, uma dança.

Uma caneta esquecida no móvel da sala. Um pedaço de papel sobre a mesa
História para contar. Relatos que nem lembrávamos de que um dia fez parte
Da nossa história. Vem. Chegou a hora. Precisamos revirar as páginas
Recomeçar. Reescrever. Reinventar ou talvez deixar acontecer.

A madrugada se despede neste momento e eu preciso partir.
O que precisava terminar, o tempo se encarregou de levar
Um novo período irá começar. Uma nova porta irá se abrir.
Uma nova chave no chaveiro. Um novo tempo e uma nova escolha.