Textos de Richard Bach

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O PODER DE NOSSAS ESCOLHAS

Coisas ruins não são o pior que pode nos acontecer. O que de pior pode nos acontecer é NADA.

Uma vida fácil nada nos ensina. No fim, é o que aprendemos o que importa: o que aprendemos e como nos desenvolvemos.

Traçamos nossas vidas pelo poder de nossas escolhas. Quando nossas escolhas são feitas passivamente, quando não somos nós mesmos que traçamos nossas vidas, nos sentimos frustrados.

Uma pequena mudança hoje pode acarretar-nos um amanhã profundamente diferente. São grandes as recompensas para aqueles que têm a coragem de mudar, mas essas recompensas acham-se ocultas pelo tempo.

Geramos nossos próprios meios. Obtemos exatamente aquilo pelo que lutamos. Somos responsáveis pela vida que nós próprios criamos. Quem terá a culpa, a quem cabe o louvor, senão a nós mesmos? Quem pode mudar nossas vidas, a qualquer tempo, senão nós mesmos?

Deus sabe que isto é verdade.

A PONTE PARA O SEMPRE

Pensamos que, às vezes, não restou um só dragão.

Não há mais qualquer bravo cavaleiro, nem uma única princesaa passear por florestas encantadas.

Pensamos,, às vezes, que a nossa era está além das fronteiras, além das aventuras. Que o destino já passou do horizonte e se foi para sempre.

É um prazer estar enganado.

Princesas e cavaleiros, encantamentos e dragões, mistério e aventura... não existem apenas aqui e agora, mas também continuam a ser tudo o que já existiu nesse mundo.

Em nosso século, só mudaram de roupagem. As aparências se tornaram tão insidiosas que as princesas e cavaleiros podem se esconder uns dos outros, podem se esconder até de si mesmos.

Contudo, os mestres da realidade ainda nos encontram, em sonhos,
para nos dizerem que nunca perdemos o escudo de que precisamos contra os dragões; que uma descarga de fogo azul nos envolve agora, a fim de que possamos mudar o mundo como desejarmos.

A intuição sussurra a verdade!
Não somos poeira, somos magia!
Feche os olhos e siga sua intuição.

Quase todos nós percorremos um longo caminho.
Fomos de um mundo para outro, que era praticamente igual ao primeiro, esquecendo logo de onde viéramos, não nos preocupando para onde íamos, vivendo o momento presente.
Tem alguma ideia de por quantas vidas tivemos de passar até chegarmos a ter a primeira intuição de que há na vida algo mais do que comer, ou lutar, ou ter uma posição importante dentro do bando?
Mil vidas, Fernão, dez mil!
E depois mais cem vidas até começarmos a aprender que há uma coisa chamada perfeição, e ainda outras cem para nos convencermos de que o nosso objetivo na vida é encontrar essa perfeição e levá-la ao extremo.
A mesma regra mantém-se para os que aqui estão agora, é claro: escolheremos o nosso próximo mundo através daquilo que aprendermos neste.
Não aprender nada significa que o próximo mundo será igual a este, com as mesmas limitações e pesos de chumbo a vencer.

Uma alma gêmea é alguém cujas fechaduras coincidem com nossas chaves e cujas chaves coincidem com nossas fechaduras. Quando nos sentimos seguros a ponto de abrir as fechaduras, surge o nosso eu mais verdadeiro e podemos ser completa e honradamente quem somos. Cada um descobre a melhor parte do outro.

De além-horizonte norte e além-horizonte sul, de além-terra a além-mar, reina, calmo e sereno, o céu.
E reparei que o céu está sempre em movimento, mas nunca some.
Que, aconteça o que acontecer, o céu está sempre conosco.
Que o céu não pode ser afetado.
Meus problemas, para o céu, não existem, nunca existiram e nunca existirão.
Que o céu não interpreta o mal.
Que o céu não julga.
Que o céu, muito simplesmente, existe.
Existe, quer desejemos aceitar esse fato ou nos enterrar-nos debaixo de mil quilômetros de terra ou mais fundo ainda, sob o teto impenetrável da rotina.
— Ora, desça das nuvens, bote os pés no chão! – dizem as pessoas.
Mas, em ocasiões tão diversas quanto naquela praia deserta ou numa rua super movimentada, eu fui transportada do mais negro desespero para a liberdade.
Da irritação, da raiva e do medo para a constatação:
— Ora, que me importa? Eu sou feliz! Só por olhar o céu...
O céu não é Deus, mas para as pessoas que gostam de voar, o céu pode ser um símbolo de Deus e, pensando bem, até que um bom símbolo. ...
O céu está sempre lá em cima. Não pode ser enterrado, transladado, acorrentado, arrasado.
O céu existe, apenas, queiramos nós ou não, olhemos ou não para ele, amemo-lo ou odiemo-lo.
Existe: quieto, grande, presente.
O céu é uma coisa misteriosa. Está sempre se movendo, mas nunca desaparece.
Não liga, para nada que seja diferente dele.
O céu sempre existiu, sempre existirá.
O céu não entende o mal, não fica ofendido, não exige que façamos nada em especial, em nenhuma altura. Não é um bom símbolo de Deus?

“A soulmate is someone who has locks that fit our keys, and keys to fit our locks. When we feel safe enough to open the locks, our truest selves step out and we can be completely and honestly who we are; we can be loved for who we are and not for who we’re pretending to be. Each unveils the best part of the other. No matter what else goes wrong around us, with that one person we’re safe in our own paradise. Our soulmate is someone who shares our deepest longings, our sense of direction. When we’re two balloons, and together our direction is up, chances are we’ve found the right person. Our soulmate is the one who makes life come to life. ”

Na minha opinião, somos criaturas sem idade. O sentimento engraçado de que somos mais jovens ou mais velhos do que nosso corpo é o contraste entre o senso comum... nossa consciência deveria sentir-se tão velha quanto o nosso corpo... e a verdade, que diz que a consciência não tem idade. Nossa mente simplesmente não pode juntar as duas coisas por qualquer regra que seja do tempo-espaço. Então, em vez de tentar outras regras, ela simplesmente deixa de tentar. Sempre que sentimos que não temos a idade correspondente aos nossos números, dizemos ‘estranha sensação!’ e mudamos de assunto.

Quase todos nós percorremos um longo caminho. Fomos de um mundo para o outro, que era praticamente igual ao primeiro, esquecendo logo de onde viéramos, não nos preocupando para onde íamos, vivendo o momento presente. Tem alguma ideia de por quantas vidas tivemos que passar até chegarmos a ter a primeira intuição de que há na vida algo mais do que comer, ou lutar, ou ter uma posição importante dentro do bando? Mil vidas, Fernão, dez mil! E depois mais cem vidas até começarmos a aprender que há uma coisa chamada perfeição, e ainda outras cem para nos convencermos de que o nosso objetivo na vida é encontrar essa perfeição e levá-la ao extremo.
(Fernão Capelo Gaivota)

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Congelei de medo... tinha de fazer isso, não importa o que achasse correto para mim? Crescer é isto, ter de fazer o que as outras pessoas fazem? Não gosto do que está acontecendo aqui. Como posso sair dessa? Socorro! Como resposta, houve uma explosão no fundo da minha mente, portas arrancadas dos gonzos, uma força lívida arrebentando, agitando. Este idiota está querendo lhe dizer o que você deve ou não fazer? Que história é essa de ‘você tem que fazer’? Você não tem que fazer nada que não queira. Quem é este palhaço para mandar você fazer o que ele quer? Bati com o copo na mesa, a cerveja saltando da borda.
– Eu não tenho que beber nada, Mike! Ninguém me diz o que fazer!”
(Fugindo do Ninho)

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Uma droga para tudo é maluquice. Legal ou não, prescrita ou não, passada por cima ou por baixo do balcão, comprada para uso nas esquinas das ruas – cada pílula nos separa do conhecimento de nossa própria compleição e nos distancia do aprendizado da verdade. É melhor nos tratarmos sem recorrer a nenhuma droga, seja qual for a droga e a situação. É criminoso, imaginei, para mim, apoiar uma multidão que trata o corpo como uma máquina em vez de notar as manifestações psicológicas, que fracassam em ver além da primeira tela das aparências.
(Fugindo do Ninho)

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– Você é mestre de sua vida? – perguntou ele.
– Claro que sou! Eu, você e todos os outros. Mas nos esquecemos disso.
– Como eles fazem isso?
– Como quem faz o quê?
– Como os mestres mudam sua vida quando querem?
Sorri a esta pergunta.
– Com armas poderosas.
– O quê?
– Outra diferença entre mestres e vítimas é que as vítimas não descobriram as armas poderosas e os mestres as usam o tempo todo.
– Furadeiras elétricas? Serras circulares? – Ele parecia um náufrago em busca de socorro. Um bom professor o teria deixado descobrir a resposta sozinho, mas eu falo demais para um professor.
– Nada disso. 'Escolha'. A lâmina encantada com um fio que modela as existências. Se ainda assim temos medo de escolher outra coisa que não o que já temos, o que adianta escolher?

(Fugindo do Ninho)

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– O mundo não é uma esfera, Dickie, é uma enorme pirâmide flutuante. Na sua base está a mais baixa forma de vida que se possa imaginar, odiosa, cheia de vícios e praticando o mal por puro prazer, destituída de compaixão, um pouco acima da consciência, tão selvagem que se autodestrói assim que nasce. Existe espaço para este tipo de consciência, muito espaço, bem aqui no nosso terceiro planeta triangular.
– O que está no topo da pirâmide?
– Uma consciência tão refinada que quase só reconhece a luz. Seres que vivem apenas para seus amores, para os mais altos princípios...
(Fugindo do Ninho)

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– O mundo não é uma esfera, Dickie, é uma enorme pirâmide flutuante. Na sua base está a mais baixa forma de vida que se possa imaginar, odiosa, cheia de vícios e praticando o mal por puro prazer, destituída de compaixão, um pouco acima da consciência, tão selvagem que se autodestrói assim que nasce. Existe espaço para este tipo de consciência, muito espaço, bem aqui no nosso terceiro planeta triangular.
– O que está no topo da pirâmide?
– Uma consciência tão refinada que quase só reconhece a luz. Seres que vivem apenas para seus amores, para os mais altos princípios...”
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“– Paz é melhor que guerra.
– Aqueles no topo da pirâmide concordariam. A paz os faria mais felizes.
– E os da base?
– ...amam a batalha! Há sempre uma razão para lutar. Com sorte, é uma causa quente: esta guerra nós fazemos por Deus, esta é para salvar nossa pátria, esta outra para limpar a Raça, para expandir o Império, para obter lata e tungstênio. Lutamos porque paga-se bem, porque é mais excitante matar do que construir vidas, porque guerra evita trabalhar para viver, porque todos estão lutando, porque vai provar que sou um homem, porque gosto de matar.
– Terrível.
– Não é terrível, é previsível. Quando um planeta abriga um espectro tão amplo de mentalidades, espera-se um monte de conflitos.
(Fugindo do Ninho)

Inserida por EmOutrasPalavras

Lembre-se de que este mundo não é a realidade. É o playground das aparências, no qual praticamos a arte de superar o "Parece Ser" com o nosso conhecimento do "É". O Princípio das Coincidências é uma ferramenta poderosa que promete, nesse playground, transportar-nos através do muro