Textos de reflexão sobre a vida
Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso que seja assim. Penso que o que estamos procurando é a experiência de estar vivos, de modo que nossas experiências de vida, no plano puramente físico, tenham ressonância no interior do nosso ser e da nossa realidade mais íntimos, de modo que realmente sintamos o enlevo de estar vivos.
Na verdade, sou terrivelmente gananciosa – quero tudo da vida. Quero ser uma mulher e um homem, ter muitos amigos e ter momentos de solidão, trabalhar muito e escrever bons livros, viajar e me divertir, ser egoísta e altruísta… Seria difícil conseguir tudo o que quero. E quando não sou capaz de fazer tudo isso, fico louca de ódio.
A vida é curta demais pra quem sente demais. O importante é sentir, se entregar, se dar e se doar. Sem esperar nada. Fazer por fazer. Fazer porque é de coração, porque o fazer em si te faz um bem danado. Joga duro, vive com força, não perde a graça. Todos têm força. Alguns até pensam que são frágeis, mas não são. Quando a coisa desanda dá vontade de jogar tudo pro alto. Calma. Take it easy! As coisas se acomodam, se resolvem. Cabeça fria. E pressa, pressa de vida. Pressa de amor. Pressa de sentir emoções novas. E pressa de renovar emoções. Resgatar o nosso "eu", já que (de vez em quando) ele se perde. Mas sempre nos encontramos. Nos achamos. Nos descobrimos.
(...) "Há um certo momento que toda sua vida sai de seu curso. Nesse momento de desespero você deve escolher a sua direção. Você lutará pra seguir o caminho? Outros vão dizer quem você realmente é? Ou você mesmo vai se rotular? Você será honrado pela sua escolha? Ou abraçará seu novo caminho? Cada manha você escolhe em seguir em frente ou em simplesmente desistir. Há um certo momento que toda vida sai de seu curso. Nesse momento de desespero, quem você será? Você baixará a guarda? E achará conforto em alguém em que não esperava? Você esticará os braços? Você enfrentará seus maiores medos corajosamente? E seguirá em frente com fé? Ou você vai sucumbir a escuridão da sua alma? "
Depois de algum tempo você descobre a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Nota: Trecho adaptado de poema de Veronica Shoffstall. Link
Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa!
Nota: Trecho da crônica "Zelador".
Não tenha medo de viver! Não há certezas, apenas tentativas. Tudo depende do que você decide neste exato instante. Cada dia tem o seu segredo: delicioso, mágico. Medo é um atraso de vida. São transformações para o nosso crescimento pessoal, experiências para melhorarmos como indivíduos. Emoções, medo de gostar, medo de não dar certo, medo de aceitar desafios, medo de viver! Vale a pena deixar de aproveitar as oportunidades da vida, por puro medo? Pode acontecer de tentar e não dar certo? Sim, pois o futuro a Deus pertence. Mas se realmente você quer, deseja com a sua alma, arrisque! Não sinta culpa, pense em sua felicidade. Não importa a duração, e sim, a intensidade dos sentimentos. Prefira mil dias em um, do que um dia em mil. Programe-se para dar a virada na sua vida! Vale a pena deixar de aproveitar as oportunidades da vida, por puro medo? Pode acontecer.
Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas.
Ela é uma garotinha cheia das suas manias infantis, gosta de tudo do seu jeito e fecha a cara quando as coisas não saem como quer. Procura entender o porquê dos acontecimentos... e tenta aprender as lições que a vida coloca na sua frente. Não gosta de admitir que falhou, mas assume seus erros com classe. É estranha, é surpreendente. Ela pode estar sorrindo de tudo, e de repente... estar chorando por nada. Não tente adivinhar suas ações ou suas reações... Ela não costuma insistir naquilo que percebe não valer a pena. Ama, ama incondicionalmente... Não odeia, não guarda mágoas, não pensa em vingança... Gosta de deitar, fechar os olhos, fugir do tempo. É daquelas que pensa, repensa e pensa mais uma vez antes de dormir. Escrever, ela adora escrever o que sente, o que pensa... Normalmente é uma companheira animada, agradável e alegre. Tirando suas fases azedas com seu cinismo e língua afiada, seu outro lado é romântico e aventureiro, uma grande amiga. Para ela não basta ouvir palavras carinhosas e juras de amor. Apesar de muitas vezes parecer fria e distante, ela deseja ser amada e mimada. Jamais ficará calada se puder falar.São inúmeros os defeitos e algumas qualidades que a descrevem. Mas não são as palavras que vão te fazer conhecê-la... Primeiro observe... Não tente adivinhar, tente desvendar...
É uma lei da vida humana, tão certa como a da gravidade: para vivermos plenamente, precisamos aprender a USAR as coisas e a AMAR as pessoas... Nunca AMAR as coisa nem USAR AS PESSOAS! A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que percorremos para encontrá-la... Devemos ter em mente que somos livres para amar... para correr atrás de nossos sonhos... Sem com isto esquecermos, de quem esta ao nosso lado... A vida é bela depende de cada um, saber aproveita-la da melhor forma possível... Amando... Respeitando... Sendo livre para pensar sonhar e agir.
Se os sonhos não pudessem criar novos tempos, se a esperança não iluminasse cada amanhecer, se a cada novo dia não pudéssemos escrever uma nova história, a vida seria repleta de certezas. Mas a vida é cheia de incertezas, e é isso que nos estimula a sonhar e a depositar nossas esperanças no amanhã, sabendo que o hoje é uma fonte inesgotável de possibilidades de ser feliz.
Temos o momento de recuar outro de nos aproximar e também o da reflexão em que a gente dá um passo pra trás outro pra frente, e nesse ínterim vamos seguindo nossa sina, sentindo apenas o pulsar do coração que bate como um sino que parece vir de uma capela tão próxima ao mesmo tão distante onde nesse patamar a vida nos parece apenas um realejo.
Às vezes, em momentos difíceis ou de reflexão, o ser humano busca saber a diferença entre VIVER e ESTAR VIVO, pois se alimenta de polêmicas, de incógnitas que, frequentemente só servem para gerar inseguranças e dores. E enquanto isso, a VIDA, detentora de todas as respostas, olha para a humanidade com certa apreensão, respondendo de forma discreta e silenciosamente, quase em um sussurro... mas ninguém ouve, ninguém vê, ninguém tem sensibilidade para interpretar os SINAIS.
A vida carece de reflexão da propria vida,vida vivida, sofrida ,traída entre altos e baixos segue a vida,experiente pelo caminho vai descobrindo novos caminhos, olhando pra trás a vida ve quanto viveu,mas parece que viveu um segundo ,segundo lento comprido, vida que segue o caminho que olha para o passado, passa pelo presente constante,rumo ao futuro esse incerto,más forjado pelo caminho vivido ,a vida merece reflexão, e a vida pulsa e o pulso ainda pulsa....
Apenas uma reflexão e entendam como quiserem. O restaurante está lá todos os dias pra lhe servir. Alguns dias o cardápio não vai lhe despertar o desejo de saborear. Outros apenas o suave e delicado aroma dos ingredientes vai te fazer sentir vontade de comer até se fartar. Mas o recado principal é que vai sempre estar a sua disposição. Se não aparecer pra comer tenha certeza que outro o fará. Basta passar na frente e verás que todo dia alguém diferente está na porta em busca de novas experiências gastronômicas.
Naquele momento sublime de intimidade consigo mesmo, no auge da reflexão e do autoconhecimento, tive observando parâmetros singulares da vida. Você entra na vida de pessoas e pessoas entram na sua. Momentos vêm e vão, lembranças, ensinamentos, tudo envoltos num oceano de compartilhamento mútuo. Em um dia você planeja coisas e sonha com aquilo, no outro nada mais é como antes. Vejo que faz parte da natureza do ser humano mudar. Aliás, tudo muda. Em muitos casos a essência fica, mas aquele sentimento de pertencimento a uma realidade outrora vivida fica para trás. É um processo dolorido, que machuca internamente uma contrução diária de perspectivas e realizações. Mas se foi. Uns indo dando adeus e outros sem mesmo ter a chance de se despedir. Mas no final de tudo sobra você. Agora decida: ou vive preso ao passado ou se reinventa. Qual é mais viável para o seu eu?
Se passar pela sua cabeça inúmeras razões para deixar de existir, tente parar e fazer uma reflexão... Será que esses meus problemas não poderão ser passados a frente caso eu tente acabar com isso dessa forma? Será que alguém que me ama, que eu saiba ou não que existe, perderia o sentido de tudo caso eu partisse? É isso mesmo que eu desejo para essa(s) pessoa(s)? Você verá então que por mais difícil que seja, a nossa vida em sociedade está entrelaçada e nossas ações interferem no meio em que vivemos. Vale a pena lutar e seguir em frente, não pensa em desistir, jamais!
No dia das crianças, uma auto-reflexão da minha infância: retardado mental, inofensivo, brincalhão, debochado; quando bem pequeno, montava no cabo de vassoura no quintal da casa do meu avô, e imaginava ser um cavalo. Assim, quando ia com ele no mercado, galopeava pelas ruas da Vital Brasil, parando em frente ao barzinho de esquina, na subida da rua Senador Vergueiro, quando iniciava um show fazendo meu cavalo relinchar, de modo que o cabo da vassoura, por várias vezes, atingia as pernas dos que estavam por perto, enquanto meu avô pedia desculpas rindo. Quando isso acontecia, meu avô, mais debochado do que eu, olhava para a pessoa e ainda fingia que estava dando uma chicotada no meu cavalo imaginário para o atingido ver, o que me deixava transtornado. Não se bate em animais. Meu cavalo fez época e o nome dele era Araraboia. Meu avô entrava na minha viagem. Quando eu pegava a vassoura, ele colava umas fitas de Senhor do Bonfim que tinha a rodo naquela época colorindo o cabo inteiro, No meu peito, colocava medalhas de santos e broches de clubes. Eram as medalhas das guerras que haviam me condecorado. A distância máxima que percorri com meu cavalo foi da Vital Brasil até a Moreira César, em Icaraí. Na volta, pegamos um táxi e perdeu a graça. Uma vez, meu avô foi jogar carta com os amigos no quintal. Estava assistindo televisão. Ele passou, apertou o botão da tv rindo, e perguntou onde estava Arariboia. Respondi que não queria mais montar naquele cavalo. Disse que havia crescido. Ostentei na cara do velho! Ele então me respondeu que já era velho, mas que mesmo assim o que mais lhe impressionava no meu cavalo, naquele momento, era o rosto. Segundo ele, a impressão que dava naquela manhã era que estava inchado. Disse que os poucos dentes estavam cariados e sujos, e que, certamente, só a piscina do quintal, naquele dia de sol, poderia esbranquiçar os dentes do bicho. De repente, começou a dizer que dos cantos da boca do meu cavalo escorria uma "baba bovina" que ele estava limpando com as patas manchando o sofá da sala. Disse que o animal estava no canto da sala ruminando lembranças de quando eu era pequeno. Disse ainda que o som que meu cavalo emitia naquele instante, como uma espécia de ronco, contínuo, monótono, eram como pedaços de músicas esquecidas, mas que muitas crianças queriam cantar. Na época, não entendi essa frase, mas lembro bem dela. Disse que já estava escutando esse ronco do cavalo que durava duas horas, dando a impressão de que ele estava morrendo. Perguntei como, sem perceber que estava entrando na onda dele, e ele respondeu que parecia um peixe no chão se debatendo e abrindo os brônquios: foi então que, meio descompassado com a interpretação realística do meu avô, avistei a piscina da sala, o tal Oásis que ele dizia ser capaz de ressuscitar o Arariboia. Quando saí da sala com a vassoura, a velharada amiga do meu avô gritava em coro: "pule com ele na água, pule com ele! E Tchibum, me joguei na piscina e depois avistei meu avô vindo atrás e jogando na água todos os broches e tudo mais. Fiquei ali enquanto eles jogavam carteado por mais de três horas. Rolou um churrascão. Isso tudo pra dizer (pra quem tem filho pequeno é mais fácil) que nossos cavalos vivem dentro de nós o tempo inteiro, mas asilados nos abrigos e cocheiras da idade, das dores, das dificuldades. A idade só nos faz tirar a "montaria" do cabo de vassoura. Acalma-nos, porém, o espírito... O amor, o tempo leva...
Toda a gente forceja por criar uma atmosfera que a arranque à vida e à morte. O sonho e a dor revestem-se de pedra, a vida consciente é grotesca, a outra está assolapada. Remoem hoje, amanhã, sempre, as mesmas palavras vulgares, para não pronunciarem as palavras definitivas. E, como a existência é monótona, o tempo chega para tudo, o tempo dura séculos.
Em um segundo de reflexão lembrei do adágio: Quando a vida te der limões faça uma limonada! Logo me perguntei: E quando ela dá pedras? Devemos dar pedradas? E a resposta não tardou a surgir; Não! Dê sempre aquilo que tens de melhor independentemente daquilo que recebes, mas, se o melhor que tens são as pedras antes de desferi-lás lembre-se: "A vida nada mais é que a consequência de nossas causas". Um fraterno abraço a todos!