Textos de Reflexão
às vezes a vida nos tira pessoas insubstítuiveis, nos faz cometer erros irreparáveis, nos tira a capacidade de simplesmente sentir, sentir ódio, rancor, e até mesmo saudade, e você se pergunta, o que eu ainda estou fazendo aqui? o que espera por mim no fim de tudo?
às vezes a vida parece um tunel sem uma luz no fim, e quanto mais você anda, mas essa luz fica distante, e por mais que você tente e tente essa luz nunca chega, até você conseguir ver um pequeno ponto de luz, uma única e pequena razão pra tentar continuar andando até aquela pequena luz que ainda está distante, mas quando você menos espera, essa luz simplesmente desaparece e você não sabe o porque, e suas pernas já não aguentam mais andar, mas você não tem escolha.
às vezes a vida simplesmente não nos é justa e a gente simplesmente assiste a vida, e assiste como um figurante, um mero e medíocre figurante da sua própria vida.
às vezes temos alguns momentos de felicidades, que não passam de uns dias, ou um dia, e quando esse momento acaba, não nos resta nada pra nos consolar, apenas saudades e vontade de reviver.
é triste revirar os anos à procura de um dia feliz, é lamentável tentar se reconciliar com quem não te quer mais, é sofrível viver de passado, é sofrível viver sem futuro e mais sofrível que tudo é viver sem presente.
às vezes o passado não é tão bom, o presente também, e o futuro pior ainda, e você simplesmente se pergunta: o que eu ainda faço aqui?
A Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
A minha vida é como a noite, fria sombria, coberta por um nevoeiro. Onde as vezes posso ver a luz do luar no ceu por alguns instantes. É uma lua cheia, uma lua tão grande que as vezes acho que posso toca-la. Mais quando meus olhos brilham com o reflexo do seu brilho e minhas mão parece alcança-la, vem o nevoeiro e a esconde.
Voltando tornar a noite ainda mais fria e escura, e no meio dessa escuridão me bate um vazio, que me faz a notar que sou apenas um LOBO SOLITARIO, admirando a beleza de um luar, sem ao menos poder toca-la.
Esse vazio não me deixa triste ou alegre, pois meu destino talvez seja como a noite. Onde sempre haverá a luz de um luar e um nevoeiro para encobri-la.
Mais qual dos dois devo contemplar?
A luz de um luar que me faz sair da minha realidade?
ou o nevoeiro que me esconde a lua, para que possa manter meus olhares atento sobre a escuridão da noite?
A lua me paralisa, me fazendo sonhar e querer realizar coisa que talvez não seja capaz.
O nevoeiro me faz ficar atento, para que não me torne a caça de outras criaturas, e tambem para que eu possa atacar minhas presas com precisão sem que ela notem minha presença.
Assim sou eu, um lobo solitario,vagando pela escuridão de uma noite fria, procurando as vezes alcançar a lua, que me faz sonhar coisas talvez impossiveis para um simples LOBO, e tentando manter-se vivo em um lugar que apenas os mais fortes conseguem sobreviver.
Pois a vida é assim como uma noite fria e sombria, onde temos sonhos, mais temos que manter-se atento para tentar se manter vivo.
Sou mais um LOBO SOLITARIO, que as vezes precisa de sua alcateia, mais a maioria do tempo prefere vagar dela noite sozinho.
Os cisnes
A vida, manso lago azul algumas
Vezes, algumas vezes mar fremente,
Tem sido para nós constantemente
Um lago azul sem ondas, sem espumas,
Sobre ele, quando, desfazendo as brumas
Matinais, rompe um sol vermelho e quente,
Nós dois vagamos indolentemente,
Como dois cisnes de alvacentas plumas.
Um dia um cisne morrerá, por certo:
Quando chegar esse momento incerto,
No lago, onde talvez a água se tisne,
Que o cisne vivo, cheio de saudade,
Nunca mais cante, nem sozinho nade,
Nem nade nunca ao lado de outro cisne!
Sou fruto daquilo que foi feito de mim ao longo dos anos, as mudanças que a vida causou em mim através do sofrimento e oportunidades me fizeram quem sou hoje. Vivo nessa busca incessante e inconstante de saber quem sou eu isso me enlouquece, porque o que sou pode ser diferente daquilo que pareço ser, é as aparências enganam, enganam e como tem enganado, na maioria das vezes me surpreendo com minhas descobertas sobre mim mesma, posso parecer fraca mais por maior que seja minha fraqueza luto até o fim por meus objetivos e mostro minha fortaleza que vem de dentro, por fora posso ser leve como uma pluma, mais por dentro sou como um vulcão em erupção.
A vida me impulsiona a ir a diante de tudo que acho certo e mesmo que não ache certas coisas que faço certo continuo buscando e satisfazendo meus desejos mais insanos, pois a vida é uma louca aventura da qual sei que não sairei viva, por isso vivo o hoje, ontem já foi e não pode mais retornar como era antes e amanhã talvez nem exista.
Porque não foi um pouco antes? Porque não apareceu quando tudo era mais simples, quando a minha vida era menos complexa, quando eu estava descobrindo tudo o que me fazia bem e não tinha um pingo de medo de viver tudo o que eu tinha para viver? Porque não veio mais cedo, não cruzou meu caminho numa daquelas longas viagens, porque não nos esbarramos numa dessas calçadas, num desses bares? Porque tudo agora, tão recente, sem termos a mínima chance de descobrirmos se a gente pode ser feliz, se a gente se completa como nosso abraço diz nos completar? Porque todo esse fingimento, essa farsa de um amor embutido numa amizade linda demais, companheira demais? No entanto, só nós sabemos o quanto nos precisamos, nos fazemos bem, somos felizes juntos.
Porque tudo agora? Tão tarde?
Tudo bem. Conformei-me, já.
É só um momento. Na verdade, é que agora estou aqui sozinha lembrando e com saudades. Todas as vezes que tenho esses momentos eu me revolto com o tempo, me revolto com as ironias do destino, e escrevo. Como se fosse um surto. É rápido. Logo passa. O que não passa mesmo é essa vontade de estar ao seu lado e todas as noites ouvir a sua respiração aqui no meu ouvido, sentir o seu cheiro; mesmo você estando longe, aí, também com saudades porque acabou de me confessar por uma mensagem.
Vai ser assim, pra sempre. Só não se esquece de me levar no pensamento, porque eu te levarei.
Faça o seu melhor!
Seja o protagonista do espetáculo da sua vida.
Deixe transcender a visão do simples, amenizando os momentos de tensão para encorajar a superação dos desafios.
Busque recorrentemente a evolução, tenha medo, mas procure soluções.
Seja humilde e empático, a arrogância afasta as pessoas e não empodera ninguém.
Não hesite pedir ajuda quando precisar, e a auxilie também quem necessitar, pois as melhores conquistas acontecem em conjunto.
Faça com que cada capítulo da sua vida seja único.
Almeje alcançar o ápice das mais gigantes montanhas.
Não esqueça de como tudo começou, por onde esteve e das pessoas que lutaram ao seu lado.
Seja grato pelas novas oportunidades e pessoas que está conhecendo.
Há muito a ser feito com nossos heroicos e bravos corações, às vezes fardos por dentro, mas fortes, a lutar, alcançar e jamais desistir.
Tudo por uma simples e enorme vontade de vencer.
Faça o seu melhor!
O amor pra sua vida
O amor da sua vida...
O amor da sua vida não é aquele que será teu. O amor da sua vida é aquela pessoa que te faz sentir como ninguém mais consegue. Aquela que causa em você um turbilhão de sentimentos, que te leva aos extremos e que te deixa durante horas pensando em como uma só pessoa é capaz de fazer isso.
Esse amor é aquele único, que só se encontra uma vez...
O íntimo, instigante, surpreendente e avassalador...
Um "amor da minha vida" transforma a desesperança em um facho de luz que abre possibilidades a sentir outra vez e se deixar encantar por um novo alguém.
É aquele amor que você nunca vai esquecer, aquele que te fez sonhar acordado, que te faz dar um sorriso quando lembrado... É esse amor que você ainda consegue sentir, suave, doce e intenso.
Talvez ainda esteja vivendo esse amor, talvez já o tenha vivido ou quem sabe... Ainda nem encontrou. Mas quando encontrar... Ah...
O amor da sua vida muitas vezes pode não ser o amor pra sua vida.
O amor da sua vida é o que abre as portas para o "pra" sua vida, aquele que realmente vai ser teu e não um sentimento memorável e passageiro.
Talvez você tenha encontrado os dois amores em uma só pessoa. Isso é fantástico! Sinta-se privilegiado.
Ter o amor pra sua vida com o amor da sua vida é simplesmente incrível.
Essa diferença é sutil e poucos entendem que nem sempre quem você ama permanecerá ao seu lado. Amor sozinho não se sustenta. Precisa-se de paixão, desejo, cumplicidade, confiança... E outros muitos pequenos detalhes que, sozinho, o amor não consegue suprir.
O amor da sua vida trará a falta de atenção em um diálogo, as borboletas no estômago, as pupilas dilatadas, a vontade sem limites...
O amor pra sua vida, proporciona as mesmas experiências, mas ao invés de te encher de dúvidas ele te preenche de certezas, te acalenta com abraços e aquece com a segurança de um "Eu te amo".
As vaidades, o "eu", o "talvez" não existe mais. A mente pensa racionalmente e o "eu" vira "nós"...
As utopias dão lugar às realizações e à convivência concreta.
O amor pra sua vida é assim. Puro e simples. Sem mágoas, sem dores. Tudo flui. Transborda.
O amor pra sua vida é voluntário, do nada, quando menos se espera.
Ele pode estar perto, virando a próxima esquina.
A vida é um sopro,
o tempo passa rápido.
Do despertar da vida
A sua despedida, parece
passar apenas uma fração de tempo.
Tão rápido como começa, chega ao fim.
Como uma leve brisa passageira!
Por isso se esforce em viver de uma
maneira que deixe marcas,
sorria, viaje, cante, dance... ame!
Se torne inesquecível,
Viva a Vida!
Feliz um mês de namoro, amor! Obrigada por se juntar a mim nessa jornada da vida e torná-la mais leve.
Sua parceria e seu companheirismo fazem uma grande diferença na minha vida. Obrigada por escolher me amar e por nunca desistir do seu objetivo de colocar um sorriso no meu rosto todos os dias.
Te amo mais do que consigo expressar com palavras!
"É que da bem-aventurança e da alegria na vida há pouco a ser dito enquanto duram; assim como as obras belas e maravilhosas, enquanto perduram para que os olhos as contemplem, são registros de si mesmas; e somente quando correm perigo ou são destruídas é que se transformam em poesia."
— O Silmarillion —
Nossa vida desceu para esta terra e levou embora a morte, matou a morte
com a abundância da vida: e Ele reclamou chamando-nos para voltar para Ele,
para aquele local secreto do qual Ele viera direto para nós - primeiro no útero da Virgem, no qual a humanidade uniu-se a Ele, nossa carne mortal, nem sempre destinada a ser mortal.
Ele não tardou, mas apressou-se, chamando-nos por sua morte e sua vida, por sua vinda e sua ascensão, para voltarmos a Ele.
E Ele retirou-se de nossa visão para que pudéssemos voltar ao nosso próprio coração e encontrá-lo.
Como Ele se afastou, ainda está próximo. Ele não está conosco e nunca nos deixou.
Tentação
Eu fechei os meus lábios para a vida
E a ninguém beijo mais, meus lábios são,
Cmo astros frios que, com a luz perdida,
Rolam de caos em caos na escuridão.
Não que a alma tenha já desiludida
Ou me faleçam os desejos, não!
O que outrem prejulgava uma descida,
É subir para mim, elevação!
Vejo o calvário por que anseio, vejo
O Madeiro sublime, "Glórias" ouço,
E subo! A terra geme... eu paro. (É um beijo.)
A moita bole... Eu tremo. (É um corpo.) Oh Cruz,
Como estás longe ainda! E eu sou tão moço!
E em derredor de mim tudo seduz!...
DEIXA EU CUIDAR DE VOCÊ.
O que mais precisamos nessa vida,
É alguém que cuide da gente,
E alguém que possamos cuidar...
Ser amigo (a) companheiro... companheira...
De todas as horas, sejam instantes, horas ou minutos...
Seja na dor, na tristeza ou na alegria...
Amar esse alguém todo dia,
Ser amigo, amante e parceiro(a)...
Ser cúmplice e de janeiro a janeiro...
E nunca, jamais dessa pessoa se afastar.
Sempre foi nosso sonho desde criança,
Ter uma família, ter alguém para amar,
Ter filhos e amigos,
Ser feliz estando em qualquer lugar...
Não podemos desistir, desse alguém que nos ama,
E escolheu ao nosso lado ficar...
Por isso eu quero e desejo de coração,
Cuidar de você...
E não abrir mão,
Dessa missão de ser teu amigo, amante, ser teu abrigo,
Te amar com muito amor...
Independentemente de como você esteja...
Pois quando se ama, não importa a beleza,
Quero estar com você na alegria e também quando existir a tristeza.
Ser o teu porto seguro... e nunca naufragar,
E disso eu juro,
Sempre de você cuidar...
E amar... te respeitar... te namorar... te abraçar e beijar,
Te dar valor, sempre te valorizar,
E nunca de você me separar.
Cuida de mim…
Que eu cuido de você...
Te prometo nunca esquecer do juramento que eu fiz...
Ao nos casar... naquele dia, como eu sempre quis...
Em meio a tanta alegria,
Na saúde ou na doença...
Na fé ou na descrença...
Estar sempre ao teu lado...
Sempre cuidando de você...
Sempre te amando...
Acordado ou sonhando... te fazer feliz todos os dias da minha vida,
Ter orgulho de você e saber que DEUS me deu um lindo presente...
Você simplesmente um alguém...
Por isso deixa sempre eu cuidar de você!
Sem te sufocar ou te aprisionar...
Pois no fundo, no fundo... eu só quero cuidar e amar você!
A vida é como um quebra-cabeças, sabe?
Muitas vezes encontramos uma peça muito semelhante com a que procuramos. Então você a encontra e tenta encaixá-la no espaço vazio. Até que ela se encaixa. Fica apertada, diferente talvez, mas se encaixa. Só que dura pouco tempo. Pois aquela não é verdadeira peça. Nunca irá se encaixar com perfeição. E você pode acabar estragando-a, sem querer. Então você se dá conta disso apenas no fim da montagem. Retira a peça errada com tristeza. Sim, tristeza. Pois a peça, mesmo errada, parecia por um instante ótima ali, ao invés do espaço vazio. Mesmo assim, retira ela. Começa a procurar pela peça verdadeira. Sacode a caixa pra ver se ela está ali, perdida. Procura no chão. Procura em todos os lugares possíveis. Procura no meio das outras peças. Procura. Procura. E não acha. Então você decide não montar mais. Deixa o quebra-cabeças de lado. O tempo passa e você decide voltar a montá-lo. Distribuí as peças conforme as cores e vê o vazio daquela peça ainda ali. Não sacode a caixa. Não procura no chão. Não procura no meio das outras peças. Não faz absolutamente nada. Apenas olha e a vê bem ali, na sua frente. Ela se encaixa perfeitamente no espaço. A verdadeira peça. Naturalmente. Sem força. Sem empurrões. E você pergunta a peça porque ela tinha desaparecido. A peça responde que não havia desaparecido. Sempre esteve ali, na sua frente. Esperando ser notada. Esperando ser vista. Não era uma questão de procura. Era uma questão de paciência. O mesmo acontece com o amor. Você procura, procura e procura. Encontra peças erradas que fingem se encaixar. No entanto, a sua peça verdadeira está lá. Em algum lugar. Esperando que você pare de procurar e olhe com calma. Olhe pra frente. Talvez o seu amor esteja bem perto de você. Pode ser que você o já conheça ou não. Pare de ir atrás das borboletas por um momento. E pare de enfeitar o jardim. Apenas fique ali, observando. Deixe o tempo passar. Às vezes quem corre demais não é visto.
Se ...
Se eu pudesse parar a minha vida
e dar eternidade a um só momento,
se eu não tivesse o meu destino preso
ao destino das coisas nos espaços...
Se eu pudesse destruir todas as leis
e dentro do Universo que se move
parar o meu mundo:
havia de escolher esse segundo
em que Você estivesse nos meus braços!
Beijo eterno
Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue. Acalma-o com teu beijo,
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!
Fora, repouse em paz
Dormida em calmo sono a calma natureza,
Ou se debata, das tormentas presa, -
Beija inda mais!
E, enquanto o brando calor
Sinto em meu peito de teu seio,
Nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio,
Com o mesmo ardente amor!
De arrebol a arrebol,
Vão-se os dias sem conto! E as noites, como os dias,
Sem conto vão-se, cálidas ou frias!
Rutile o sol
Esplêndido e abrasador!
No alto as estrelas coruscantes,
Tauxiando os largos céus, brilhem como diamantes!
Brilhe aqui dentro o amor!
Suceda a treva à luz!
Vele a noite de crepe a curva do horizonte;
Em véus de opala a madrugada aponte
Nos céus azuis,
E Vênus, como uma flor,
Brilhe, a sorrir, do ocaso à porta,
Brilhe à porta do Oriente! A treva e a luz – que importa?
Só nos importa o amor!
Raive o sol no Verão!
Venha o Outono! do Inverno os frígidos vapores
Toldem o céu! das aves e das flores
Venha a estação!
Que nos importa o esplendor
Da primavera, e o firmamento
Limpo, e o sol cintilante, e a neve, e a chuva, e o vento?
Beijemo-nos, amor!
Beijemo-nos! que o mar
Nossos beijos ouvindo, em pasmo a voz levante!
E cante o sol! a ave desperte e cante!
Cante o luar,
Cheio de um novo fulgor!
Cante a amplidão! cante a floresta!
E a natureza toda, em delirante festa,
Cante, cante este amor!
Rasgue-se, à noite, o véu
Das neblinas, e o vento inquira o monte e o vale:
“Quem canta assim?” E uma áurea estrela fale
Do alto do céu
Ao mar, presa de pavor:
“Que agitação estranha é aquela?”
E o mar adoce a voz, e à curiosa estrela
Responda que é o amor!
E a ave, ao sol da manhã,
Também,. a asa vibrando, à estrela que palpita
Responda, ao vê-la desmaiada e aflita:
“Que beijo, irmã!
Pudesses ver com que ardor
Eles se beijam loucamente!”
E inveje-nos a estrela... e apague o olhar dormente,
Morta, morta de amor!...
Diz tua boca: “Vem!”
“Inda mais!”, diz a minha, a soluçar... Exclama
Todo o meu corpo que o teu corpo chama:
“Morde também!”
Ai! morde! que doce é a dor
Que me entra as carnes, e as tortura!
Beija mais! Morde mais! Que eu morra de ventura,
Morto por teu amor!
Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue: acalma-o com teu beijo!
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para minha vida,
Só para o meu amor!
Você pode fazer tudo que puder por alguém, você pode dar e mudar a vida por essa pessoa, você pode comprar um milhão de presentes, fazer um milhão de agrados, mas nada disso conquistará o amor.
As pessoas confundem amor com agradecimento e comodidade, amar não é ser fiel e feliz com uma pessoa que faz tudo por você, amor vai muito além de fidelidade e se sentir bem com alguém.
Concordo que tal sentimento pode ser construído, mas jamais concordarei que é adquirido com o tempo. Se você está com a pessoa a mais de um ano e não sabe se a ama, volte 12 casas e vá procurar alguém que consiga tirar seu coração pela boca sem necessariamente ter que mover o mundo por você, alguém que faça você querer mudar a vida simplesmente para tê-la ao seu lado.
Não seja injusto com alguém que te faz bem. Caso você não sinta amor vá procurar saber o que é com outra pessoa e deixe alguém que você sabe que é especial, mas não pode corresponder, ser feliz.
Diferencie amor de gratidão e queira conhecer o sentimento mais lindo que existe. Também aprenda a não ser egoísta e deixe esse alguém que te faz bem, mas que você não ama, sentir alguém a amando.
Lembre-se: todo mundo merece se sentir amado, todo mundo merece amor.
Que a vida seja leve como uma pluma.
Leveza de alma, pensamento e coração.
Um dia você percebe que a sua felicidade depende exclusivamente de você e que ninguém poderá fazer você feliz de fato, porque esse papel É SEU!
Aos poucos tudo se torna mais leve, ganha valor e a simplicidade invade.
Contemplando a beleza do sol e questionando porque ele brilha mesmo depois dos dias cinzentos. É aí que a mágica acontece! O sol brilha, as nuvens chegam escurecendo o céu, logo vem a chuva lavando tudo e um outro dia sempre nasce com um novo amanhecer.
O segredo é brilhar sempre!
Que venham os dias cinzentos, a chuva fazendo a limpeza e o sol sempre lá nos presentando com o seu mais intenso brilho.
Estaremos mais fortes, de alma lavada e irradiando luz.
Quando alguém se despede: o vaivém da vida
Acordo. Um dia chuvoso, daqueles melancólicos. Alguém parte, não porque o dia tá estranho, mas porque a vida tem esse vai e vem. A casa fica ali, aguardando as despedidas, os desenlaces de todas aquelas coisas que nos dizem quem somos, não pelos seus valores materiais, mas pelas cores e flores que usamos, pelas músicas que ouvimos e os livros que lemos. Detalhes, que falam sobre quem somos, aguardam outros destinos, outras mãos, outros olhos... Nós, ficamos por aqui, seguindo. Inicialmente uma saudade que faz irmandade com feridas abertas, sangra, lateja e arde. Porque somos humanos nos apegamos, choramos, escondemos aqueles lenços brancos das despedidas, ficamos de mal com o sol, a lua e as estrelas. Fazemos pouco caso da comida, do banho, do sono. Porque amamos de um jeito que sempre quer mais demoramos a entender que alguém tão querido não entrará mais pela porta... Os dias seguem e nós seguimos com eles, procurando paz na dor, ternura na saudade. Os dias seguem e nossa dor pede alívio, não porque seja fácil, apenas é necessário. E aí a gente se inventa pra ter paz por aqui e dar paz a quem se foi. A gente se inventa porque partidas pedem chegadas, pedem olhos para aquelas coisas que não enxergávamos, estranhamente a vida fala através da morte, percebemos que vivemos porque alguém se despede. A gente se reinventa nos detalhes, percebe que a vida acontece nas miudezas, que o muito reside no pouco. Aí a gente abre a porta, sabendo que alguns amores não chegarão, abre para que entre vida na nossa vida e se, indiferentes ao vaivém da vida, não percebemos que é preciso e necessário seguir o sol se esconde, as flores não brotam, a brisa não toca nosso rosto... deixamos lado o café e as conversas longas, os abraços e o amor destinados a quem pernoita com a gente, aquelas pessoas que ainda fazem pouso em nosso coração. Que alguém muito maior nos dê a dimensão do nosso tamanho pra que as coisas que ficam tenham e mereçam ser olhadas pelo tamanho que são, assim, nossas estações de parada serão abraçadas simplesmente porque é bom parar por ali, assim, lugares não tão bons serão tratadas como pontes para chegarmos a lugares muito melhores...