Textos de poema
PALAVRAS QUE FEREM PALAVRAS QUE CURAM
Do alto de uma colina
Eu fui tecer um poema.
A vida em dor me ensina
O quanto temos problema.
Saí, busquei um refúgio.
Um outro ar quietude.
Queria ser bem mais ágil,
Seguir em melhor atitude.
Me faltam palavras corretas
Em momentos decisivos.
E ditas se tornam setas,
Ferindo os melhores motivos.
Será que um dia aprendo
Tratar melhor as pessoas.
Caindo, subindo, vivendo.
Agir e falar coisas boas.
Na dor nasce mais um poema:
Pavor, vazio e culpa.
Sem cor, a mais triste cena!
Não tenho e não dou desculpa.
Pois o que fiz foi errado
E muito mau, eu assumo.
Talvez, espero que um dia
Eu mudo, melhoro, me aprumo.
Mas sei que todo humano
Com seus defeitos, virtudes,
Pode vencer seu engano,
Falar mais solicitudes.
E enquanto ali escrevia,
Aqui o meu desalento,
Anúncio de morte eu ouvia.
Pensei, fiquei bem atento.
Sonhei com a própria morte
Daquilo que é mau em mim,
Tentando, em dor, ser mais forte.
Ter limpa a nódoa carmesim.
As manchas ficam bem grudadas
Em nós e em quem maculamos.
Remédio em porções acertadas
A cura, sarar, que as tomamos!
É muito bom se ter amigos
Que ajudam curar suas feridas.
Nos ouça os gritos e os rogos
E as dores, enfim, repelidas.
Mas sei tem alguém lá em cima
Que pode e sempre olha por nós.
A minha fé nele se atina
Com ele não estamos sós.
E antes que à colina fosse
Pensei e ensaiei alguns versos
Pra quando de lá então saísse
Pudesse alinhar-me aos processos.
As coisas que devo falar
Pra não ferir nobres pessoas.
Entenda, pois até um poeta
Não fala só as coisas boas.
Derrama em letras seus erros
Da dor, tristezas e alegrias.
Têm altos e baixos, uns morros
Sim leia, veja a serventia.
Poema que escrevo à grafite
Borracha precisei usar.
Na vida a coisa é mais triste.
Palavras não podem voltar.
11/01/2015 editado às 13h03
Quando te vejo Cris
Cris
Ô Cris
Fiz esse poema pensando em você
O teu olhar me obrigou a fazê-lo
Quando te vejo
A poesia vem sobre mim
Quando te vejo
Uma palvra bonita vem em meu coração
Quando te vejo
Me dá vontade de cantar para você
Cris
Ô Cris
Só quero que você leia essas palavras
Porque é meu coração que as diz.
Eu j� nem tenho mais o que falar
Tudo que tenho, escrevo nas mal tra�adas linhas de um bobo poema
Bobo sim, porem são as mais puras e sinceras linhas que já les-tes
E se minhas desculpa não bastarem
Irei apenas mais uma coisa fazer
Deixar bem claro, de todas as formas possíveis
Que ontem, hoje, amanhã e ate quando eu puder
Eu vou te amar, por mais que você nem saiba disso
Eu continuarei amando-o.
Este poema a seguir,inspirado nas palavras e frases soltas tiradas
do pergaminho de OG MANDINO.
Saudarei este dia com amor no coração,
Pois este é o maior segredo da vida.
Podem desconfiar de minha apregoação
E enaltecerei a você amigo e amiga.
E como o farei? Olharei as coisas com amor.
Amarei o sol, porque aquece os meus ossos.
Amarei a chuva que minimiza o calor.
Amo o vento mesmo que traga destroços.
Saudarei este dia com amor no coração.
Farei pontes, para que meu amor possa entrar
Em suas almas e colocando na sua mão,
A esperança, a caridade e a fé sem par.
E como farei? Amarei a natureza.
Amarei a luz porque me mostra o caminho,
A escuridão porque me faz ver as estrelas,
Amarei a humanidade com carinho.
Saudarei este dia com amor no coração.
E como falarei? Hoje encorajarei
Meus amigos e eles se tornarão irmãos,
E a meus inimigos enaltecerei.
E como sentirei neste momento em diante?
O ódio que nas minhas veias desaparece,
Dá lugar ao amor e seri um amante,
Da fé, felicidade que me engrandece.
Saudarei este dia com amor no coração.
Todos bons comportamentos dos homens amarei.
Todos têm qualidades frutos da criação.
Hoje sabendo tudo isto renascerei.
Tentado criticar, a língua morderei.
É muito melhor a alguém elogiar.
De hoje em diante simplesmente relembrarei,
Este é o maior segredo: para sempre amar!...
Do Poema
O problema não é
meter o mundo no poema; alimentá-lo
de luz, planetas, vegetação. Nem
tão-pouco
enriquecê-lo, ornamentá-lo
com palavras delicadas, abertas
ao amor e à morte, ao sol, ao vício,
aos corpos nus dos amantes —
o problema é torná-lo habitável, indispensável
a quem seja mais pobre, a quem esteja
mais só
do que as palavras
acompanhadas
no poema.
Fiquei inspirado na prova do Caio e até escrevi um poema.
Direitos autorais MEUS. É feio plagiar.
Tempestade
CABRUUUUM!!!
Durante a tormenta, ergue-se uma fera,
Um fenômeno com a fúria de um animal.
Uma criatura ligeira e potente sem igual,
Que vive berrando em nossa atmosfera.
CABRUUUUM!!!
CABRUUUUM!!!
Um Barulhão!
Um Vozeirão!
Um Valentão!
Você vê seu instantâneo e efêmero brilho cheio de esplendor,
Mas, depois escuta seu rugido atormentador.
CABRUUUUM!!!
CABRUUUUM!!!
Um Barulhão.
E quando você pensar que a tempestade irá se acalmar,
E que a luz do Sol ,novamente, na Terra brilharia,
Para sua desesperada alma se tranquilizar,
E sentir mais uma vez alegria...
CABRUUUUM!!!!
CABRUUUUM!!!
Um Barulhão!
Um Vozeirão!
Um Valentão!
Tudo “ÃO”!!!
Então, pergunto a ele:
“Poxa, Senhor Trovão, por que o senhor não vai embora?
Por que não volta outra hora?
Quero ver a luz do dia,
E sentir mais uma vez alegria!”
“NÃO!!!” Ele me responde.
“SOU A DESTRUIÇÃO!!!!
SOU A ANIQUILAÇÃO!
A DEVASTAÇÃO!!!
A MALDIÇÃO!!!
NÃO QUERO NÃO!!!!!!”
CABRUUUUM!!!
Poema ao Imigrante.
Muita fome e desemprego nos assola.
Nossa pátria está por acabar.
Malas,sonhos,esperança vamos embora.
A Primeira Guerra a iniciar.
Rapidamente a maioria deseja imigrar.
Deixando sofrimento e dificuldades.
O desejo é de não mais voltar.
Viagem longa,epidemia e alegria.
Frio na barriga, medo do desconhecido.
Terra a vista, sorriso nos rostos euforia.
Vida nova alívio, lugares divinos.
Promessa,trabalho e engano.
Trabalho no campo, e onde quer que estejamos.
Belas cidades começamos a construir.
Bravos guerreiros determinados vieram a surgir,
quando a adversidade passou a perseguir.
Hoje temos orgulho de sermos seus descendentes.
Imigrantes vocês foram valentes...
Registramos nosso carinho e amor.
E agradecemos quem os guiou, nosso Senhor.
Alma minha,
minha alma,
alma gêmea...
à ti canto um poema,
vem ,me encanta, não desencanta.
donde estas?onde está?
procuro por ti,louco a penar
quero a ti beijar
como se beijasse a mim
vem que esta espera tem que ter fim...
e por fim...
unir-se a mim
e vivermos o nosso grande amor sem fim!
Edyanna
ABISMO DE PENSAR
Caindo do abismo
Me vejo a sorrir
Escrevendo este poema
Me vejo a rir
Cair
Me faz pensar
Pensar nas coisas que já fiz
Faz pensar em você o quanto te fiz feliz
Caí?
Não sei
Machuquei?
Talvez
Te amei?
Muito, e sempre vou amar e chorar pelas coisas que fiz a você
POEMA TRISTE. (Autor: Henrique R. de Oliveira).
Ondas em rochedos.
Canção do mar.
Brisa no rosto a acariciar.
Por que de todo peso.
A leveza ao avistar.
O mar, o céu, um beijo.
E o horizonte o encontrar.
Expirar, botar pra fora.
Deixar o ar sustentar.
Repentino vento sopra.
E os problemas a dissipar.
Num vai e vem incessante.
Uma onda grande a formar.
Forte, bate no rochedo.
Formando gotas no ar.
Só pra me banhar.
Pra me lavar.
E a natureza me curando.
Sabendo o meu necessitar.
As pedras sem arestas que avisto.
Polidas pelo oceano num confrontar.
Eram pontiagudas, com cantos vivos.
Mas se sucumbiram e vivem a se moldar.
Pela persistência do mar, a força do mar
No meu observar.
Eu na pedra sozinho.
E os sinais da paisagem a me ensinar.
POEMA NEGRO
Sob a mangueira imaginei minha infância
Como se tivesse sido só um feriado
E as latas que eu catei,
Estão lá no meu quintal,
As pipas que eu soltei estão presas no varal,
Os piões que eu rodei foram até Portugal,
Minhas ex- namoradas estão de dietas,
Nem açúcar e nem sal,
Minha vida segue bem ou mal,
Neste feriado fui soldado e desertei,
Fui poeta e fugi da musa,
Agora colho mangas, comendo pitangas,
Encantado com o campo de alfazemas,
Pensando no poema para a minha vida,
Para o meu feriado.mas amanhã é dia de branco
.Tem engenho, tem tronco tem canavial...
VERSOS DE OBITUÁRIO
Nos versos de um poema
Que não nasceu
Um obituário se faz
Pra morrer outras vezes
Se viver a morte
Num verso controverso
Num pensar disperso
Nos versos feito a corte
Já morri muitas vezes
Parece até controverso
Que não sei dizer
Foi a morte o derradeiro verso
Foi a morte o primeiro verso...
POEMA MENDIGO
Estou cheio de ser poeta,
de sonhar com as estrelas,
estou cansado de me apaixonar
dez vezes por dia
e me desiludir quarenta,
estou cheio de ser poeta,
estou cheio de escorregar no arco Iris,
e mergulhar no buraco negro,
estou cheio de jardins
com abelhas venenosas
e acácias carnívoras
estou cheio de velhas palavras,
de doces rimas ,
do poema água com açúcar,
quero a verdade
de acordar as cinco da matina,
do imprensado do coletivo,
do odor de axilas expostas,
do martírio dos aproveitadores no metrô,
quero a verdade de mendigos sob viadutos
da epidemia de drogados,
quero ouvir a miséria vicejando,
as margens de alagados e palafitas,
quero sentir viciados definhando,
escravizados pelo poder da fumaça e do pó...
quero o meu poema chorando e gritando,
um poema bem inconveniente,
que consiga incomodar
essas assembléias dolentes ,
quero um poema que cheire mal,
que se vista mal ,
um poema mendigo
com a podridão das nossas realidades...
O POEMA DAS CRIANÇAS TRAÍDAS
Eu vim da geração das crianças traídas
Eu vim de um montão de coisas destroçadas
Eu tentei unir células e nervos mas o rebanho morreu.
Eu fui à tarefa num tempo de drama.
Eu cerzi o tambor da ternura, quebrado.
Eu fui às cidades destruídas para viver os soldados mortos.
Eu caminhei no caos com uma mensagem.
Eu fui lírico de granadas presas à respiração.
Eu visualizei as perspectivas de cada catacumba.
Eu não levei serragem aos corações dos ditadores.
Eu recolhi as lágrimas de todas as mães numa bacia de sombra.
Eu tive a função de porta-estandarte nas revoluções.
Eu amei uma menina virgem.
Eu arranquei das pocilgas um brado.
Eu amei os amigos de pés no chão.
Eu fui a criança sem ciranda.
Eu acreditei numa igualdade total.
Eu não fui canção mas grito de dor.
Eu tive por linguagem materna, roçar de bombas, baionetas.
Eu fechei-me numa redoma para abrir meu coração triste.
Eu fui a metamorfose de Deus.
Eu vasculhei nos lixos para redescobrir a pureza.
Eu desci ao centro da terra para colher o girassol que morava no eixo.
Eu descobri que são incontáveis os grãos do fundo do mar
mas tão raros os que sabem o caminho da pérola.
Eu tentei persistir para além e para aquém do contexto humano,
o que foi errado.
Eu procurei um avião liquidado para fazer a casa.
Eu inventei um brinquedo das molas de um tanque enferrujado.
Eu construí uma flor de arame farpado para levar na solidão.
Eu desci um balde no poço para salvar o rosto do mundo.
Eu nasci conflito para ser amálgama.
II
Eu sou a geração das crianças traídas.
Eu tenho várias psicoses que não me invalidam.
Eu sou do automóvel a duzentos quilômetros por hora
com o vento a bater-me na cara
na disputa da última loucura que adolesceu.
Eu sou o anti-mundo à medida que se procura o não-existir.
Eu faço de tudo a fonte para alimentar a não-limitação.
Eu sei que não posso afastar o corpo que não transcende
mas sei que posso fazer dele a catapulta para sublimar-me.
Meu coração é um prisma.
Eu sou o que constrói porque é mais difícil.
Eu sou o que não é contra mas o que impõe.
Eu sou o que quando destrói, destrói com ternura
e quando arranca, arranca até a raiz
e põe a semente no lugar.
Eu sou o grande delta dos antros
Os amigos mais autênticos são as águas que me acorrem.
Eu sou o que está com você, solitário.
Quando evito a entrega, restrinjo-me.
Quando laboro a superfície é para exaurir-me.
Quando exploro o profundo é para encontrar-me.
Quando estribo braços e pernas na praça sobre o não alterável
É para andar a galope sobre a não-liberdade.
III
Sem bandeira que indique morte qualquer,
avanço das caliças.
Sem porto fixo à espera, nem lar de maternas mãos
ou rua de reencontro.
Ostento meus adeuses.
Sem credo a não ser à humanidade dos que me amam e desamam,
anuncio a catarse numa sintaxe de construção.
Eu escreverei para um universo de concessões.
Eu saberei que a morte não é esterco,
mas infinda capacidade de colher no chão menor adubado,
que poderei sorvê-la como à laranja que esqueceu de madurar,
que serei alimento para o verme primeiro da madrugada,
que a vida é a faca que se incorpora em forma de espasmo,
que tudo será diferente, que tudo será diferente, tão diferente...
Eu quero um plano de vida para conviver.
Eu ostentarei minha loucura erudita.
Eu manterei meu ódio a todos os cetros, cifras, tiranos e exércitos.
Eu manterei meu ódio à toda arrogante mediocridade dos covardes.
Eu manterei meu ódio à hecatombe de pseudo-amor entre os homens.
Eu manterei meu ódio aos fabricantes das neuroses de paz.
Eu direi coisas sem nexo em cada crepúsculo de lua nova.
Eu denunciarei todas as fraudes de nossa sobrevivência.
Eu estarei na vanguarda para conferir esplendores.
Eu me abastardarei da espécie humana.
Eu farei exceções a todos os que souberam amar.
Poema do dia da urna
Sai as ruas
Vi Moçambique em luto
Um Moçambique jamais visto
Moçambique em luto
Luto, não de quem perdeu alguém
Não de quem perdeu amor pela vida
Mas sim, de quem perdeu algo de muito valor
De quem perdeu valores morais
Vi lágrimas de Moçambique
Lágrimas jamais vistas
Nem no tempo de colonialismo
Muito menos na guerra dos 16 anos
No dia da urna
Nem parece que o povo esta em casa
Todos nos seus aposentos
Chorando lágrimas de ouro
Que o governo arrecada
Formando suas riquezas
José Jamal Munguambe no dia da urna 2013
O POETA
Sem amor, sem poema, morre o poeta,
em sua mente não a luz, só nevoeiro.
Seu inverno solitário, torço e passageiro,
passa as noites a sofrer horas insertas.
Sem poema e sem poeta morre a poesia,
é a Luiz que alumia esse amar profundo.
Sem poeta e poesia morre o amor no mundo,
o amor já não se expressa, vive essa agonia.
Sem poeta o amor sofre, noites serão dias,
pois quem ama sofre e chora vive a solidão.
Sem saber que os poetas morrem de paixão.
Se o amor resiste o tempo à eternidade,
os poemas e os poetas é o clarão do dia.
E o amor junta a saudade finda em poesia.
UM POEMA SEM QUERER
As mãos inertes,
a folha em branco é o retrato da mente e nada.
O papel nu, sem vestes
num pudor sem palavras.
A mente quieta, no escuro vagam,
frases repentinas e embaralhadas.
Breve, indecifrável a utopia me cala,
sem inspiração das poesia apagadas.
Na epiderme fria, outrora cálida.
Um poema sem querer
ameniza a tentativa árdua
de resgatar estrofes naufragadas.
Este poema, seu poema
Este poema
Na verdade foste tu a autora
Eu sei,
Não te lembras do dia nem da hora
Mas foste tu
Quem escreveu este poema
O que fiz
Se é que algo fiz
Foi desenhar em palavras
Cada gesto seu
Adicionei beijos e juras
E este poema nasceu
Este poema é todo seu.
Poema para Mondlane
Na terra onde nasci há um só arquitecto
E esse poema é prova da sua existência
Quando escrevo, é com liberdade
Com que ele me libertou
Quando amo
É com amor que ao povo amou
Esse arquitecto és tu, ponte da unidade
Nacional
Tu, imortal Mondlane
Fundador da Frente de Libertação de Moçambique
Orgulho de Mocuba, Nagande e filho de Moçambique
Tu, gigante a sonhar, rua da liberdade
Onde os Moçambicanos fazem ninho.
Este poema
Este poema é meu
De tão simples que é
Só podia ser meu
Adicionei o La e o Guna
É por isso que este poema
De ninguém mais pode ser
Senão de Laguna
Sim! Laguna sou eu
Sou eu laguna
Tão virgem na poesia
Que este poema de ninguém mais seria
Senão da minha própria autoria
Se não o julgo melhor
Também não o tomo por pior
Pois, apesar de serem versos simples
O fiz por amor.