Textos de poema

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⁠poema:Relógio atrasado fora dos sonhos.

O tempo passa,passou, e o relógio continuou contando suas horas atrasado como sempre assim como a mulher que deixou o belo homem esperando em uma mesa em um restaurante.
Sussurros tomavam conta do lugar mas o homem nem se importou apenas
esperou e sonhou.

⁠Ele é poema e eu sou a canção.
Ele é amor e eu sou o esplendor.
Ele é mar e eu sou o luar.
Ele é sol e eu sou o verão.
Ele é oceano e eu sou Caetano.
Ele é o enredo e eu sou medo.
Ele é verso e eu sou antiverso.
Ele é a rima e eu sou a prosa.
Ele é divino e eu sou a comédia.
Ele é a paz escondida e eu sou a paixão jamais esquecida.
Ele é luz e eu sou o brilho.
Ele é tudo e eu sou o nada.
Ele é arte e eu sou a obra de arte.
Ele é a coisa mais favorita desse mundo e eu sou mais ele do que eu.
Nós éramos estranhos na noite até o momento em que dissemos nosso primeiro "oi".
Amantes à primeira vista.
Olhos convidativos, sorriso emocionante e coração valente, verdadeiro e sincero
Ele sempre será pra te dizer, por toda a minha vida.
Afinal de contas, mal sabíamos que o amor estava apenas a um olhar de distância, ao meu (nosso) lado, digo frente a frente.

⁠⁠POEMA DO ABSTRATO
O poeta não se alveja...
Pega-se ou se tem
- É um misto de beleza
E tudo que não convêm.
A histeria dos loucos...
- A insensatez dos príncipes
A fobia dos eunucos
O esmolar dos pedintes.
- Na mão do tacanha do grão.
À beleza que se mistura
Verte o riso dos pagãos
-- Junto à alma em ternura
Aufere sal da terra ao pão.

⁠A poesia é a alma
do poema,
o poema é o corpo
que tudo pode
e quem escolhe é você.

O poema pode ser
escrito ou pode ser
tudo aquilo que você quiser,
ou simplesmente não quiser.

Poesia é subjetivismo,
e sem subjetivismo até
o poema não faz sentido.

A poesia só existe
se você ler e entender,
e sem os teus olhos
a poesia nunca irá existir.

(Poesia e poema têm
o compromisso de coincidir).

⁠Poema

Um poema no sentido
figurado serve de elogio
sobre tudo aquilo que
faz o olhar apaixonado,
Os versos constroem
cordilheiras de estrofes
capazes de unir universos,
As rimas são as canoas
postas no rio do ritmo
capazes de trazer tudo
aquilo que engrandece
e põem o espírito, o coração
e a inspiração para transbordar.

Itapema

⁠As asas deste poema
são de ultraleve,
ele sobrevoa as praias
e rios de pedra
angulosa em tupi,
Todos amam viver aqui.

O teu povo carijó
e a herança dos açores
são parte sublime
da História Brasileira:
a nossa memória guerreira.

Foste Vila de Santo Antônio
de Lisboa e Arraial Tapera,
Itapema o teu nome rima
por fortuna com poema:
a tua alma não é pequena.

Charmosa rainha atlântica
do Litoral Norte Catarinense,
cheia de charme e beleza
que sempre captura o coração
da gente com toda a destreza.

Morar em Itapema é
deixar-se brindar e envolver
todos os dias por toda
essa sedução e riqueza
agraciadas por fortuna pela Natureza.

O poeta e o poema

Dói meu poema em mim nos seus dois nascimentos:
sobre o papel, dentre em meu peito.
Ele me investe, á enfrentamento,
demônio feito

essa criança a quem se atira fora, ao lixo,
com tanta raiva e rejeição!
Rapta meus versos, só capricho:
São meus ou não?

Dói meu poema em mim no curso da escritura
pois que não quer minha lição.
Para ele eu sou escória pura:
lesma do chão.

Eu me pergunto quando irei compreendê-lo,
trazendo o ritmo seu comigo.
Tenho rigores ou desvelo
de um cão amigo.

Trata-me qual vilão: para que serve o poeta
se é bom sem ele o verso e a rima?
Eu sou a presença indiscreta:
Risque-se em cima!

Dói-me menos o poema uma vez instalado,
definitivo, bem nutrido,
e o meu humor fica acalmado
ao tê-lo lido.

Aceito-o, ele me aceita: uma doce harmonia
deverá, creio, vir à cena.
Tudo de ambíguo se esvazia:
Que paz serena!

Temos de juntos ir à conquista da meta,
deste vasto universo, ousados
pois o poema e o poeta
estão vedados.

Alain Bosquet
Um dia após a vida, 1984

⁠Mulheres, um poema.

Mulher, tua essência é divina,
teu sorriso é a luz que ilumina,
a tua força é admirável,
e a tua coragem inegável.

Com teu jeito delicado,
sabes ser forte quando necessário,
lutas pelos teus direitos,
e jamais desiste dos teus feitos.

És mãe, filha, amiga, companheira,
és a flor que encanta a vida inteira,
és o amor que aquece o coração,
e a esperança que traz a renovação.

Mulher, és obra-prima da natureza,
fonte de amor, carinho e beleza,
mereces todo o respeito e admiração,
por seres exemplo de superação.

Que a tua luz continue a brilhar,
e que a tua voz seja sempre a falar,
em defesa da igualdade e da paz,
porque és um ser humano capaz.

Mulher, tu és uma dádiva divina,
uma inspiração que ilumina,
o mundo inteiro a te reverenciar,
pela tua força e capacidade de amar.

Poema sobre a morte

A morte é um mistério profundo,
um enigma sem solução.
Ela vem sem aviso prévio,
sem convite ou permissão.

A morte é como uma sombra,
que nos segue por toda a vida.
Ela nos leva para o desconhecido,
sem deixar pistas ou saídas.

E quando a morte chega,
ela leva tudo o que temos.
Deixando apenas lembranças,
e um vazio que não podemos preencher.

Mas talvez a morte não seja o fim,
apenas uma transformação.
Uma passagem para outro lugar,
um renascimento para a eternidade.

Então, não tenha medo da morte,
ela é apenas uma parte da vida.
Abrace-a com coragem e dignidade,
e viva cada momento com intensidade.

A MUTILAÇÃO DO TEMPO
No poema “O Tempo” Carlos Drumond de Andrade tinha razão, especialmente no que diz:
“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar
e entregar os pontos”.
Os povos antigos de todos os territórios do planeta tinham muito claramente a inteireza do todo. Quando o mundo não era retalhado em fatias, a humanidade vivia dentro de um todo, ou seja, o passado, o presente e o futuro eram partes de um corpo inteiro, consistente e com respostas para se observar as coisas e senti-las profundamente.
Com a retaliação, perdeu-se essa inteireza e todos os recursos necessários para se observar as coisas ficou incapaz de responder ou de vibrar conforme a necessidade de se observar essas coisas como elas realmente são.
O tempo áion era o tempo único, onde as coisas se revelavam também na sua inteireza.
As quatro ervas sagradas, as quatro direções, os quatro elementos e por aí vai...
Perdemos a capacidade de mergulharmos no passado porque fomos decepados de um membro importante desse corpo do qual também fazemos parte – o passado.
Se o que vivemos – o presente, não é capaz de sentir o que diz o passado, então, neste caso, não somos capazes de sentir o que este passado é capaz de ainda nos ensinar no presente para que o futuro seja uma resposta melhorada de todos esses órgãos do corpo sensorial.
Penso que talvez o rompimento com o fio ancestral – o cordão umbilical que nos liga às nossas origens é o que nos possibilita o desatino nessa grande caminhada.
Não somos capazes de sentirmos reverberação desses componentes que deveriam ser a nossas sustentações, e por isso não nos sustentamos psicologicamente o suficiente para que sejamos capazes de honrarmos qualquer sabedoria, por mais que elas nos sejam tão óbvias no tempo em que estamos aqui.
Os maias os astecas, incas, os highlanders, os bantus, os fenícios e tantos outros, todos eles viveram momentos de extremas dificuldades e fizeram grandes descobertas ou invenções, exatamente por terem essa inteireza que lhes permitia sentirem as vibrações do que era natural, do que era possível de ser descoberto e de fazer sentido lógico com os rumos da caminhada da humanidade.
Eles conheciam as quatro ervas sagradas, nós também as conhecemos (talvez), mas não sabemos quais são os poderes ou as capacidades que essas ervas têm para o alinhamento da nossa própria espiritualidade.
Não conhecemos nem mesmo a cruz que interliga essas quatro ervas, que interliga as quatro direções e os quatro elementos. Se não conseguimos compreender o alinhamento na horizontalidade, não seremos capazes de verticalmente nos afirmarmos como seres evolutivos e muito menos seremos capazes de honrarmos esses ancestrais no nosso modo de construirmos um mundo melhor.
Quando perdemos o fio de conexão com alguma vibração, não teremos condições de nos comunicarmos com o que foi amputado em nós.
a industrialização do tempo serviu apenas para que nos tornássemos corpos mutilados de partes tão importantes que serviriam como estruturas que nos levariam a uma liberdade capaz de também libertar essa inteireza dos tempos.
É a esse corpo mutilado que nós pertencemos, como células que constituem essas partes mutiladas.
A industrialização nos obriga a romper, mutilar diariamente alguma parte de nós mesmos que está lá, e que por ser mutilada, não há mais como contarmos com essas partes de nós mesmos. Sem falar que muitos de nós acabamos sendo mutilados também, porque estamos muito atrelados exatamente à essas partes mutiladas.
Morremos assim...
Vivemos assim...
Esvaímo-nos e assistimos essa mutilação de nós mesmos.
O tempo áion é uma condição onde o tempo não passa, não se fragmenta e as coisas são eternas, pelo menos no instante em que elas ocorrem, como um abraço de duas pessoas que se completam, por exemplo.
Um grande abraço!
Pedro Alexandre.

Um verso pra quem pediu

Dedico um poema pra você meu bem
Porque me vem da alma uma luz
Que ilumina cada linha que eu risco, pensando em você

Escrevo um poema pra você minha amiga
Porque o meu coração chama por você
Em cada cair da noite e raiar do sol

Escrevo este verso que dedico a você
Porque o meu coração virou um livro aberto
Desde que o meu olhar cruzou o teu,
Numa tarde em que o meu pestanejar tornou-se mais colorido
Ao ver você galopar diante de meu horizonte.

Se for por paixão,
Deixe que me apaixone
Pelo verso que escrevo e dedico pra você
Senão,
Deixe-me apaixonar-me pelo seu jeito de menina
Porque o verso que escrevo e dedico pra você
Levará o meu cantar, sempre que o silêncio invadir o seu ouvido

Então
Ouve estes versos que escrevo e dedico pra você
Eu o fiz hoje que sinto o coração contente e
Transbordante de tanta felicidade e saudade de teus lábios

Escrevi o verso que me pediste,
Sem rimas nem rigor poético.
Apenas, com palavras que me vêem na alma


21 de Agosto de 2006

⁠Travessia

A vida...
É poema
Escrito no caminho
Às vezes não tem rima
Às vezes rumo
Às vezes rimos

Incertezas...
Erros vão surgindo
Logo na curva
Acerta o destino

Às vezes sol
Às vezes chuva
Às vezes flores
Às vezes culpa

O detalhe importante
É viver cada instante
Que aprender faz parte
Da arte que é viver

⁠Ela é arte

Da boca aos olhos
Do cabelo aos pés
Da fala ao silêncio
Do poema ao café

Da coragem aos sonhos
Da intensidade ao transbordar
Da alma ao coração
Da poda ao desabrochar

De fato, de tudo um pouco é...
Poesia que parte
Despida do medo
Vestida de vontades
Tem a arte de ser mulher
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️

Todos os direitos autorais reservados 06/09/2021 às 10:00 hrs

Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues

⁠Identidade

Sou poema
Sou instante
Sou de lua
Mar marcante

Sou mulher
Sou menina
Sou esposa
Sou mãe
Sou filha

Sou rima
Sou remo
Sou rumo
Sou ventania
Ecoando canto

Sou o pulo do gato
Telhado quebrado
Céu da boca
Acende o sol
Dessa vida louca!
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️

Todos os direitos autorais reservados 06/11/2021 às 12:00 hrs

Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues

POEMA ELEITORAL GRATUITO

Decidir entre lágrima e carpido;
se melhor é a farpa, se o espinho,
ser exposto ao deboche ou ao escárnio
de quem hoje proclamo salvador...
É pedir a lesão, talvez o corte,
distinguir o gatuno do ladrão,
quem será meu algoz, quiçá verdugo,
pra depois enforcar a minha voz...
Optar por satã ou satanás,
pela víbora, a cobra ou a serpente;
dor de dente, quem sabe, dor de ouvido...
Escolher entre nódulo e tumor,
um derrame, acidente vascular,
flor atômica e Rosa de Hiroshima...

⁠Fado pecador

Sobre as asas de um poema sedutor
Uma sensação voando da inspiração
Trazendo em seu canto tanto primor
Paixão, agrado e a sorte no coração
Sobre as asas de um poema maior
A poética tão enroupada de emoção
Prosa que leva seu cântico de amor
Desbotando a saudade e a solidão

Ah! fado pecador: - perdão na falha!
Aquele escasso que sonhei e secou
Tal a aridez do cerrado acinzentado
Fez-se craquelado, versos na palha
Quebráveis, dum pouco que sobrou
Agora, sonhos se foram. É passado!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 fevereiro, 2024, 19’51” – Araguari, MG

um poema à hora do almoço

um poema à hora do almoço
degustado na inspiração

rezo o Pai Nosso,
em gratidão
e neste esboço
um poema na refeição

mastigado entre folhas
arroz e feijão
rimas nas escolhas

agrião
alface
almeirão

servido com vinho de classe
é hora do almoço
o pensamento na sua direção...
alvoroço.

prato pela metade
mastigação
ansiedade

chega sobremesa na opção,
não
somente o café.

e a conta!

afinal de conta
o coração
pensa em você!

agitado pra te ver.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
08/08/2018, 12’00”
Cerrado goiano

POEMA EM SILÊNCIO (soneto)

Meu verso está amordaçado
As palavras dentro da vidraça
Represadas e tão sem graça
Estou calado, o poetar calado

Inspiração diluída na fumaça
O vazio estridente e arestado
Ácido em um limo agargalado
Inebriando tal qual cachaça

Meu pensamento está suado
Ofertado como fel numa taça
E na solidão, então, enjaulado

O poema em silêncio, bagaça
Oh! Túrgido sossego enfado
Diz nada, só tira a mordaça...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

⁠LAGOA AZUL...
(Autoria: Otávio Bernardes. Poema baseado no filme...)
Por um momento, eu paro
e penso em você.
Mais do que uma “lagoa azul”,
eu imagino você vindo para mim...
Acho-a linda, muito linda...
Meus pensamentos se perdem
na imensidão das águas,
buscando, procurando por você!
Olhe, meu bem, a solidão pior do mundo,
é a solidão de um ser querendo outro ser!
“Lagoa azul,” misto de pureza e inocência.
Mas, meu amor, eu não sei...
Estou revoltado, deveras chateado!
Por um momento, eu paro e penso em você.
Talvez, desaparecer por um lugar assim... azul..
Aliás, azul é uma cor que admiro muito.
Anseio um lugar só pra nós dois,
para poder te amar.
Por isso, meu amor, pra mim
a vida está vazia, bastante sem sentido...
Não encontro lugar para te amar.
O mundo apregoa tantos lugares,
mas, não encontro o ideal...
Até parece que pra você
sou “trancado,” “múmia,” ensimesmado.
E é por isso, meu bem...
Não encontro o lugar ideal
para dedicar-te o meu amor.
“Lagoa azul,” apareça, converta-se em realidade!
Eu preciso de você, do jeitinho que é,
do tamanho que você é...
“Lagoa azul,” talvez os namorados, os casais,
os que se amam possam te encontrar...
Porque a vida seria melhor
se eu, se você, se nós,
se nós que nos amamos,
construíssemos uma “lagoa azul” assim... desse jeito...
Meu bem, meu amor, saia de você,
esqueça o mundo lá fora
e venha para os meus braços,
para todo o meu ser, para a minha “lagoa azul” imaginária...
onde encontrei você!
Otávio Bernardes

CONTUDO

Contudo vai haver um poema rimando tudo de mim
Contudo vai haver um eco ressonando tudo de nós, assim,
Tenho pressa
Tanta coisa, nada, o fim
Tudo interessa
A lua, as estrelas... enfim,
A lágrima que rola que me resta
Neste novelo de: não e sim
Me basta um olhar pela fresta
Do amor, inflamando outro estopim.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Fevereiro de 2015 - Cerrado goiano