Textos de poema
Rotina
“Bom dia,
Mais uma manhã se inicia,
O sol no céu e a polícia na periferia.
Helicópteros sobrevoando e as crianças pra escola caminhando.
Seis da manhã vocês não querem nem saber
O que pode acontecer? Só Deus pode saber.
Na prece de cada um “que eu não seja mais uma vítima, amém”,
A culpa é do governo que não enxerga o que há além,
Há amor e luta, sobreviver aqui é maior loucura.
O bandido vende seus bagulhos pelas de cem, mas os políticos lá do Plenário lucram também.
A TV ensina que somos maus: as pessoas de cor, os gays, os favelados etc e tal.
Não nos querem nas praias, não nos querem na Zona Sul,
Mas se eu der calote, chego até em Istambul.
Polícia, pare de nos matar porque é moda! Na hora cês não pensam, mas tudo que vai, volta.
Polícia do Estado é o veneno. Por que fazem isso com a gente? Não compreendo.
Tô cansado, tô exausto de ser tratado desigual por ser favelado.
As pessoas daqui não merecem seu respeito? Tô cansado de ignorarem nossos direitos.
Parem de nos matar, eu imploro, só queremos respirar!”
Assim como as nuvens,
Eu também choro.
Sou delicada como uma rosa,
Mas também sei ser brava.
Sou destemida como um leão,
Mas também sou frágil
Como um pássaro que
Acaba de nascer e não sabe voar.
Sou ondas do mar,
Sou o sol que lhe dá calor.
Sou esperança, sou amor,
Mas também sou ódio e dor.
O amor
O amor é indefinível,
tem nele todo indizível,
difícil de se entender...
Tudo que dele se diga,
é, certamente, plausível,
mas não passa de clichê...
O amor vem de alma pura,
não veste-se de fuga ou medo
é forte tal qual um rochedo
não é doença, ele é cura.
Perene, pra sempre dura,
não divide, multiplica;
não se traduz nem se explica,
em palavras, sua essência,
mas se expressa na evidência
dos gestos de quem o sente...
A cor dos olhos não mente
quando irradia o seu lume;
no amor não cabe o ciúme,
mas sim respeito e lealdade.
O amor traz felicidades,
não a dor nem o sofrimento,
insegurança e tormento,
sentimentos doentios...
Se é amor tem que ser sadio,
ser livre e sem vencimento...
Alma forra
Antes da delicada frieza
era devotado
também de atitudes arrojadas
com a deia em forma de mulher
que me arrebatou...
me fez, do mundo, declinado
um servo, aos seus pés, inclinado
de raios desembestados
que por fim surtou...
fui amante fiel endiabrado
de corpo, dessossegado
fui o louco mais apaixonado
e cativo do amor...
mas hoje sou barco imbicado
dali fui desacorrentado
co'as fenestras do ceticismo
que me alforriou...
O rio e a flor
Eu sou o rio que passa
Que encantado se espanta
Com a beleza da flor
Que me observa e canta.
Oh não deixes, mim leva!
Não quero ser prisioneira
Do galho que me segura
E me mantém na ribanceira.
Tão livre e solto a passar
Tanto chão a percorrer
O vento te acariciando
E o sol a te aquecer.
E eu aqui vou ficando
De saudades definhando
Vou murchando até morrer.
E como rio que sou
Não posso parar meu curso
Não quero me estagnar
Para não perder o pulso
O meu destino é o mar
Contornar os obstáculos
E adiante passar.
Amo-te, Belém!
Como te quero bem.
Seus rios, suas paisagens, sua floresta.
Fazem-me perceber como não posso ficar Tanto tempo assim longe de você.
Suas mangueiras são como adorno nos cabelos de uma bela moça.
Os rios que te envolvem são tão majestosos que a mais bela roupa.
Amo-Te Belém!
Como te quero bem.
As vezes, tantos carros por um tempo me fazem esquecer.
Quanto verde há em você.
Mas, na verdade quem é você?
Você é Belém!
Cidade das mangueiras,
Do tacacá, do açaí e do pato no tucupi.
Metrópole da Amazônia,
Capital do amado estado do Pará,
E quem te visita sempre deseja voltar.
Minha linda Belém, como te quero bem!
A noite e o poeta
Nada além do simples acalentar da noite
Entoando canções que atravessam o anoitecer
Inclinado à um romance temporal
Com seu violão e versos soltos
Música jogada no universo em ternura
Palavras acarinham a lua
A voz do poeta se lança no ar
Tudo a volta se volta em harmonia
A paz emana em poros sombrios
O amor exala em lugares inóspitos
A noite clareia
Ao som, sentado ao lado da fogueira
Centelhas de sentimentos sobem
Soprando inspiração
Ao coração alheio é nutrido
Cânticos e poemas elevam a magia
Prosa, poético amor ao luar
Instigado a plantar flores nos desertos
Estimulado a quebrar algemas de afetos
A noite voa, soa, canta, dança, abraça...
E o poeta dá aquilo que mais te dá prazer
Vida as letras
E calor ao coração frio.
De vez enquando cultivo a liberdade
Mas é a saudade quem a mim conduz.
De vez enquando sou igual crepúsculo
Com coração no escuro
Fico aluno, sem luz.
De vez enquando a saudade aperta
Em mim falta a coberta
Todo anoitecer.
Mas eu já sei com toda clareza
Não me falta certeza
O que falta é você...
Olhar Entristecido
Em um olhar triste
Um brilho cada vez mais fraco
Vou me apagando da existência
Sem muito o que agradecer
Todo este fardo sem sentido
Toda esses agradecimentos
Toda essa beleza forjada
Para nos forçar a existir
Um amanhã sem esperanças
Nasce a cada novo dia
Sem ao menos pedimos realmente
Colocaram em nossas mentes o absurdo do paraíso
Colocaram em nossas mentes uma divindade bondosa
Colocaram em nossas mentes que o sofrimento significa amor
Colocaram em nossas mentes que somos os culpados pela dor
No fim somos enganados por nossas crenças
Não acreditamos em nada sem o medo
O medo é a moeda de troca pelo poder.
Medos
Sempre me sinto a frente
A frente?
A frente de uma sala cheia de gente
E elas olham
Olham o que?
Olham no fundo dos meus olhos vazios
Cheios de medo
Medo de que?
Do futuro, do qual só tenho certeza da morte
E elas apontam
Para o que?
Meus defeitos, meu passado
Eu não entendo
Então entre na minha mente
E venha aqui a frente
sinta esses olhares de julgamento
Que queimam por dentro.
Quero tocar em você , como músico experiente
com a genialidade de quem manuseia
um ...violão
Solene, terno e apaixonado como uma guitarra .
E com a simplicidade de quem faz amor no
milharal
Assim...
Sagrado, ao mesmo tempo que carnal!
Vou tocar tua alma,
mas antes vou dedilhar as cordas do teu corpo.
Doce S.I.S
É tão estranho ter algo pra fugir de tudo e, de repente,
precisar principalmente fugir desse algo. E daí se vai
pra onde?
E naquele momento eu pensei que poderíamos ser
infinitos se fossemos música.
Entorpece-me em teu perfume de mulher
Atravessaria até o infinito só pra te encontrar
Depois me perderia, bem fundo no seu coração
Mesmo que nos olhemos por pouco tempo
Já é o suficiente para nossas fantasias se exporem
Susura no meu ouvido que quer me dominar
Doce S.I.S
A morte em vida
Vejo ao meu redor
Almas sedentas que vagam em cemitério infértil
Que ninguém rega o terreno endométrio
Gerador de novas vidas, tanto na Terra como no céu
Almas ressequidas pela robusta ignorância
Onde estão em si mortas
Apesar de semivivas
Não conhecem a vida
Apenas sobrevivem
Feliz são as prosopopéicas vidas que as assistem
Felizes aqueles que são homenageados
Sem a consciência de estarem
Sem o orgulho para seus egos se elevarem
A vida é assim
Dá-se vida aos mortos
E mata os vivos, outrossim
No cemitério da ignorância
Morrem para dar frutos
E dão vidas aos que perderam a consciência de tudo
O Tempo passa e foi numa manhã de maio você lembra ???
O tempo passa pequena S.I.S, então olha você, linda e maravilhosa sem
nada a temer.
Com sonhos a projetar , sabes como é difícil alcançar , mas com a
determinação de uma guerreira, e não desiste de lutar.
O tempo passa, mas a fé continua e o desejo de chegar, e o que lhe faz
continuar...
S.I.S viver não é fácil ,e você vem aprendendo, que cada dia e uma
historia, que cada passo tem seu traço, Quem sofre tem que aprender que
não se pode deixar, o que se ama acabar, o que se quer se apagar, aprender
a viver, ganhar e perder.
Fico de perto a te observar e de longe contemplo nas minhas lembranças
teu olhar, um olhar sereno com mistérios a desvendar, uma vida sofrida que
espera seu dia chegar, menina batalhadora, linda e sonhadora, uma vida
bonita e uma boa historia pra contar, que quando vejo sorrir me dá vontade
de dizer: meu amor... S.I.S dá de ombros e põe –se a contar sobre sua terra
natal mudando de assunto , eu , finjo de bobo e a observo a falar como se a
cantar ...
Estou já em casa minha linda cidade, viva, e quente, tanto a nível de
sentimentos como de temperatura. Mas hoje, a manhã já “acordou” mais
fresca. A brisa que senti, ao abrir a janela da minha sala ainda de
madrugada , já me fez arrepiar um pouquinho, deu-me vontade de me
abrigar em braços cruzados. E assim fiz “ ao imaginar”. A esta brisa, eu
chamo de ventinho. É um vento levinho, ainda nada curva á sua passagem,
só toca me tocou de leve, só vem para acalmar meu corpo “ar sim eu
preciso de ar” S.I.S diz : Adoro o vento, senti-lo na cara, nos meus cabelos.
Adoro sua sutileza, sua transparência, pois ele não tem cor. E é pena , não
tenha cor, para com a sua passagem, colorir ainda mais o início da minha
manhã ... Eu então já com coração a palpitar digo a S.I.S : “Então, ainda
seria mais bela do que eis, apesar de aos meus olhos ser a mais bela do
mundo. Lá ao longe está a sua casa , na linha do horizonte, vi umas, ligeiras
estrelas. Foram, trazidas por Deus .S.I.S eu Imagino cada coisa
enquanto te observo , daí você se volta e me diz : Cuidado ou vais e
machucar , seus olhos brilham ... Então eu digo : Me machucar não vai me
deixar triste,de forma alguma! Imagina ! S.I.S eu estou,
silencioso,Paciente,Quieto e só à espera de que venhas ser feliz...
Comigo!!!
S.I.S da de ombros e diz : Você não tem jeito e sorri , percebo e é um
encanto .
Então mais uma vez você diz : Eu sou S.I.S , eu penso comigo “eu sei”...
E foi pensando nos "NÃOS" que ela me dizia ...
Quem pode entender o ser S.I.S sob a lógica plenamente humana , imagina
que um sim é sempre algo positivo e um não é sempre uma negativo . Quem
poderá entender a S.I.S , imagina que todo gesto de repulsa e ódio é uma
manifestação de desaprovação ou desamor para quem não a conhece . E que
toda palavra carinhosa é um sinal vivo e óbvio de um sentimento amoroso
verdadeiro e pleno uma espécie de abraço gentil.
Sim, alguns gestos carinhosos refletem amor de fato. Algumas palavras e gestos
agressivos e virulentos representam ódio. Mas nem sempre esta lógica funciona
quando se olha atentamente para a doce S.I.S, pois ela é muito complexa e ela
não pode ser adestrada como uma Águia e nem sempre os que sentimentos dela
são o que pensamos. E em muitos casos nem sabemos exatamente a extensão e
a profundidade desta desconexão entre aquilo que sentimos, pensamos, falamos
e fazemos ao estar junto dela tudo parece desconexo e estranhemente
sobrenatural .
Histórias mirabolantes, poemas cheios de fantazias e versos ricos de amor
podem se ouvir e ler , escritos ou falados por quem esteve perto de S.I.S; Para
simplesmente não rasgarmos completamente a pele da alma em mil pedaços.
Para suportamos o insuportável. Para acreditarmos no insólito e desacreditarmos
naquilo que brilha diante de nossos olhos , haaa aqueles olhos amendoados e tão
profundos e belos como a rubis .
S.I.S
Procuro em meu banco de ideias formas de expressar tal condição elementar, e assim provar que é fato.
O ato de ir ao encontro, de desejar tal encontro, de se unir a ela usando esta condição como cal e cimento é deliberada enquanto me imagino com saudade destas nossas uniões semanais.
Não encontro forma alguma, ao menos uma explicação cientifica, para tanta necessidade.
E porque que diferente de outrora que me parecia tão trivial algo assim, hoje me faz necessidade como dependência, se não, como condição de vida!
O ato de ir ao encontro, de desejar tal encontro e a satisfação, saciedade que só pode ser mantida se fosse por minutos contínuos de vidas eternas se eternizarem, todavia tenho que acordar e saber que vou deixá-la por alguns dias e que toda essa angústia que provem da falta que me faz, voltará ainda mais aguda.
O poeta me disse: “Que seja doce...”
Mas eu nunca fui adocicado, pois doces enjoam meu estomago. Eu gosto mesmo é de amar e ser amado com direito a tudo, dos carinhos, os dengos às briguinhas.
O cantor me disse: “Que seja eterno enquanto dure...”
Mas é a eternidade que eu almejo, e que dure a eternidade de enquanto vivermos.
A bíblia me disse: “Amai, assim como ele amou o mundo e se entregou por ele”!
Eu me entrego todos os dias, amo todos os dias e quero todos os dias!
Mas ainda assim não encontro forma, se não, poeticamente escritas, que até então não são para mim provas suficientes, não para provar algo, por que palavras são dominadas até pelos maus. Mas então enquanto tento dormir, me vem palavras a serem escritas, e talvez um dia ditas em um recital por amor a ti.
Meu sentimento tem nome e destino, tem cor e cheiro,
Parece dengo de menino, mas é tão forte como o suspiro derradeiro.
Meu sentimento emana água como o ribeirão, tão grande e inteiro.
Meu sentimento foi feito de Deus como criação e é só amor que eu vejo!
Se fosse possível resistir a uma olhar tão intenso,
Seria uma luta guerreada a favor do sentir, brigando junto com o pensamento.
Mas de fato me revelo como amante e necessitado,
Como o alvo e a flechada, todos os dias eu sou acertado!
Vou avante, tão amante te querendo,
Adiante, por diante te dizendo,
Que o meu coração pertence a você,
E que não há nada mais para se querer!
Se não, estar ao seu lado!
Junto nos embalos dos dias seguidos,
Junto na calmaria dos dias vividos!
Juntos como a palavra união!
Juntos mesmo separados por pequenos instantes,
Juntos nas fotos colocadas na estante.
Juntos nos passeios sobre o passeio,
Juntos nas lembranças, e nas poesias que releio!
Eu me esqueço, me abandono e me desfaço!
Me remendo, me acrescento quando acordo em seus braços.
Durmo para acordar bem cedo e sentir o seu cheiro logo pela manha.
O dia começa mais alegre, e eu me sinto completo como o cacau e a avelã.
Tão linda mesmo quando briga e tão amável mesmo quando ataca.
Tão perfeita que não sei se sou eu o anjo, tão doce que me desamarga!
É minha vida dançando com a noite, é minha razão acordando todos os dias.
É meu cuidado vindo me abraçar, é meu amor e a minha alegria.
É tudo e em tudo, é tudo e pouco mais,
É tudo o que eu tenho, é meu barco em teu cais.
É mansidão de quem ama e a imensidão de quem vive!
É o coração de quem me chama, é o amor que ali reside.
Toda alma é um rio a desaguar no amar
Toda alma é um rio e todo rio corre para o mar.
E com a alma não é diferente, ela corre em uma direção.
Enquanto o rio deságua no mar, a alma deságua no amar e naufraga o seu coração.
É por isso que você quando amando sente falta de ar e acha que é ansiedade.
As borboletas no estômago são cardumes de namorados na verdade.
E esse palpitar desenfreado é o corre-corre das correntes.
Esse nó na garganta são as ondas subindo e descendo chocando em sua mente.
Sua alma encantada, afogada em amor
Não percebe que sua morada já não é mais cheia de dor.
O mar é vida e o amar é cura
Por- Igor Improtta Figueredo
Proteger-se não é aprisionar-se
Quando eu e meus irmãos eramos pequenos ganhamos de meu pai duas Jandaias, periquitos verdes com seus papos amarelos.
Demos o nome de Bill e Clinton (risos).
Colocamos os dois numa base de papagaio presa numa grade do portão de um dos quartinhos do quintal, tomavam Sol quando queriam e cobertos em sombra quando precisavam, sem correntes ou gaiolas, nunca presos, sempre livres!!
Um dia minha prima correu lá para casa E disse: - Eu vi um gato passar na rua com um periquito na boca!
Desesperados corremos para ver se era algum dos nossos periquitos e quando chegamos lá não vimos nenhum dos dois. Choramos muito, e quando estávamos para voltar, de trás de um espelho velho que tinha lá no quartinho, saiu um dos periquitos tremendo e veio direto pra meu pai pedindo colo. Subiu em seu dedo e depois em seu ombro e ficou lá tremendo.
Depois disso tivemos tanto medo de outro gato que mantivemos o periquito trancado no quarto sem Sol durante dias, até meu pai construir uma gaiola para ele.
Aprisionamos o periquito na desculpa de protegê-lo, escondemos-o do mundo para protegê-lo, deixamos ele vivendo entre grades para protegê-lo...
Pelo menos era a desculpa que usávamos.
Era notória a tristeza do periquito, a vida dele não acabou com o gato, mas acabou quando o aprisionamos.
Lembro-me do periquito até hoje, do dia que eu o ganhei até o dia que ele morreu.
E hoje eu entendo que proteger não é aprisionar.
Aprisionamos sentimentos com medo de sofrer, esquecemos de viver com medo de nos machucar, mas a grande verdade é que as grades machucam mais do que a liberdade.
Para aquele periquito, viver um dia em seu habitat valeria mais que mil anos nas trevas de um quarto ou dentro de uma gaiola só podendo desejar estar fora, voando.
Quantas vezes perdemos a nossa liberdade com medo de arriscar mais, de amar mais, de viver mais, de conhecer pessoas, de viver com pessoas, de confiar nas pessoas porque em um dado momento da nossa vida sofremos?
Não vale a pena a prisão,
Mas vale a pena o risco de voar, porque quando alçamos voou voamos por cima de todos os gatos.
O periquito não ficou até a sua morte preso, eventualmente o soltamos. Foi um exercício de confiança demorado e arriscado, mas ele morreu livre.
Arrisque-se
Por - Igor Improtta Figueredo
As Profecias
Esses CDs em minha estante que cantam canções tão antigas acertaram em cheio como uma profecia e sua palavra cumprida.
Os versos que outrora falsos, vivos apenas para tocar o sentimento nas almas transeuntes, se tornaram reais como se fosse as palavras de um vidente.
Seria meu futuro predestinado?
Talvez escrito em papel dourado...
Talvez cantado...
Recitado em prosa!
Eu não sei, talvez.
E quem é esse cantor, escritor, poeta, pregador, profeta que insiste em me desvendar?
Deve haver algum livro em verso escrito os dias futuros meus.
Se houver este livro, rasguem a página final.
Afinal, quem escreve minha história é Deus.
Minha história já está no papel faz tempo, mas apenas os dias passados e em todo verso eu tenho que dizer...
Foi escrito, foi sentido e é tudo isso que eu tenho a dizer!
- Igor Improtta Figueredo
Daqui de longe eu não consigo entender, só sei lembrar.
Tento rever passo a passo pra ver onde comecei a odiar você ou onde deixei de te amar.
Fica engasgado as palavras para descrever nosso passado...
Parte dele foi imensamente triste e sinto o alivio em soltar este fardo.
Outra parte dele me lembra de seu sorriso, do seu cuidado, do seu afeto, do seu afago ...
Duas facetas de você que se chocam em mim, e tudo isso explodiu neste fim.
Eramos um meteoro caindo na terra, queimando, tostando e os que nos viam de longe nos chamavam de ESTRELA CADENTE, a nossa queda foi um espetáculo pra eles, motivo de aplauso.
Mas ainda assim como este meteoro nossa queda era inevitável, pois vinhamos nessa direção a ermo.
No frio e vazio espaço...
Adeus