Textos de poema
Reaprender a desejar
Estou com vontade de escrever, mas hoje não consigo me fixar no que dizer. Minha cabeça parece não caber tantos questionamentos. Quanto mais eu leio, em busca de respostas, mais questionamentos surgem. E com isso o tempo vai passando, sinto a cada dia se esgotando meu tempo de aprender, sinto a cada dia mais distante das respostas “certas”.
Então resolvi escrever sobre um dos meus questionamentos, “o desejo”. Tudo que acreditamos, vai se concretizando em nosso caminho. Por isso devemos cuidar e buscar o bem. Temos que ter muito cuidado com o que desejamos, tudo gira em torno dos nossos desejos, quem nunca ouviu a frase “Deseje com todas as suas forças e seu sonho se realizará.”? Isso é verdade, se pararmos pra pensar no que já vivemos, teremos provas concretas disso.
Quando somos jovens, temos muitos desejos, a vida flui mais suavemente, nossos desejos vão se realizando um a um, passo a passo e vamos vivendo as alegrias e as tristezas de cada realização. Sim, tristezas, porque quando desejamos só vemos o lado bom das coisas, não medimos, não calculamos os sentimentos envolvidos naqueles desejos. É quando nos vemos, algumas vezes, frustrados em determinados pontos daquela realização.
E com isso, acabamos nos podando em nossos desejos, controlando nossos desejos. Sempre ouvimos que com o passar dos anos vamos ficando mais experientes, mais sábios, mais assertivos. Mas, o que percebo com minha experiência é que vamos nos afastando de nossos desejos. Com o passar dos anos, vamos ficando com medo de “desejar”. Todos os nossos desejos podem se tornar realidade, e às vezes, não lidamos bem com o desejo no plano da realidade. A realidade tem consequências que podem ser boas ou não, podem gerar sorrisos, lágrimas ou ambos, juntos em um mesmo sentimento de felicidade e dor. Nossa experiência vai nos trazendo para mais próximo da realidade, e podemos vislumbrar o futuro de um simples desejo e isso nos causa medo, uma vez que o bem e o mal se confundem em nossos pensamentos.
Em determinado momento, percebemos que não devemos deixar nossa experiência invadir o campo dos “desejos”. Faz falta sentirmos o coração e a mente unidos num só desejo, livres de qualquer medida, controle ou avaliações. Desejar somente, sem conhecer consequências. Quem sabe a mesma experiência me leve a reaprender a desejar?
Ana Paula Silva
Autora do Livro: Me Apaixonei Por Um Poeta
https://www.clubedeautores.com.br/book/187032--Me_apaixonei_por_um_poeta#.VYbVT_lViko
O amor que quero pra mim:
Quero um amor que cante, um amor que dance, um amor poeta. Um amor que se declare pra mim todas as manhãs. Que durante todo o seu dia ele sorria ao se lembrar de como mexo nos cabelos ou como sou desajeitada ao executar uma tarefa simples. Que quando aconteça uma coisa boa, ele só tenha vontade de vir correndo pra me contar, pra brindar comigo. E se algo triste o rondar, que busque meu colo pra se aconchegar ou meu ombro pra chorar. Que me veja como a mulher mais linda em todo o mundo, que todos os detalhes do meu corpo sejam os mais atraentes que seus olhos já viram. Que me veja tão maravilhosa, que o medo de me perder ronde seus pensamentos e por isso ele cuide todos os dias desse amor. Que se eu cometer alguns erros, ele segure em minha mão e me indique o caminho. Que quando o dia terminar, por mais que as coisas não tenham saído a contento, ele se sinta feliz, só por me ter do lado. Que não durma sem pensar em mim e desejar que no dia seguinte eu esteja ao seu lado.
Ana Paula Silva
Autora do livro: Me apaixonei por um poeta
https://www.clubedeautores.com.br/book/187032--Me_apaixonei_por_um_poeta#.VXSbYs9Viko
Um Sorriso!.
Dirigiu-se a mim
Como quem não quer nada,
E com apenas um sorriso
Ela me conquistava.
Um sorriso!.
Não o que todos tem,
Mas aquele tão único e belo
Que apenas ela a detém.
Tão maravilhoso de observar
Tão maravilhoso de se perder,
Ficávamos tão encantados por aquilo
Que esquecíamos de responder.
Capaz de conquistar
Capaz de enfraquecer,
Capaz de desviar
Qualquer olhar desvencilhado
Que ficou admirado
Por algo que não se costuma ver.
NEM SEMPRE O QUE PARECE É O FIM
O sol hoje não veio no céu brilhar
Será que isso irá se eternizar?
O medo da escuridão me tomou
Não sei se a lua pro céu voltou
Estou assustado pensando em corre sem direção
Qual será o sentido dessa nação?
Correr ou esconder?
não sei o que fazer
Estou sentado dentro do meu quarto
Com medo de ser visualizado
Mas se não sair
Serei eternamente preso aqui
O medo completamente me tomou
E de repente a escuridão
A história tem um fim e depois outras virão
A minha paixão vi se perder
E não pude nem a cabeça reerguer
O meu amor passado nem sei com está
Pois a cabeça pra fora da janela nem consigo colocar
E esse é o fim?
Lutar prosseguir ou desistir ?
É difícil admitir
Que o que eu gosto vou desistir
Uma lágrima que no meu rosto vi escorrer
Foi tão rápido que nem notei acontecer
Tudo o que conheci por tudo que lutei
Onde fui parar só isso que não sei ,
Hoje queria ter dado mais valor
A tudo que eu aprendi e que a vida me ensinou
Minha família desesperada correndo só o que eu consigo ver
Mais assim que entrei em uma sala vi tudo escurecer
De repente avistei em uma sala um caixão
O que é aquilo o rosto!!! A MÃO !!!
São minhas enfim acordei da escuridão
Então isso é o que estava acontecendo
Enquanto via meu caminho sem rumo estava apenas falecendo
Mais sei que a escuridão não é o fim
Tenho caminhos destinados a mim
Só peço que ao contrario de mim aprendam da valor
A tudo que a vida nos reservou
Minha alma aos poucos vai sumindo
Peço que lembrem-se de mim como um guerreiro e que eu fui pelos os excluídos
Peço que não sofram de mais,
Pois saimbam que a alma de um guerreiro vai em paz.
O QUARTO SELO - Almany Sol,13/11/14
EU QUERO CONHECIMENTO. NÃO CRENÇA
NÃO POSSO VIVER DE SUPOSIÇÕES.
É INACEITÁVEL O HOMEM VIVER PRA MORRER,
ACREDITANDO EM TUDO QUE NADA É,.
PORQUE O FIM DA VIDA É UMA SALVAÇÃO.
MUITOS FAZEM DA VIDA UMA ILUSÃO
E A ESSE ENGANO, CHAMAM DE DEUS.
DEUS É NA VERDADE UM CONSOLO
PRA QUEM ACHA QUE UMA VIDA INTEIRA
NÃO TEM NENHUM SIGNIFICADO.SEM ELE.
VIVER SEM AMARGURAS, SEM MEDOS
OU AUTO-CONDENAÇÃO É DESCRER
E SABER QUE O JOGO DA MORTE
É UM CAMINHO QUE A PARTIDA É FINAL!
Sou apenas um contador de histórias
Uma presença em momentos incriveis
Um observador das maiores maravilhas
Porem há algo de ruim em presenciar
Há algo ruim em escrever
Há algo ruim em contar histórias
Nem sempre quem conta sentiu
E quem escreve viveu
Ainda mais quando os dois são apenas um.
(O Contador de histórias)
Se pra você sou um cavaleiro marginal
inumano, descrente e cheio de mistérios.
Acertou! Sou isso sim. O subversor.
Porque você só consegue me ver
pela janela lateral de teu visionário.
Sem perceber, sua visão central
foi nublada pela ilusão do mundo,
por isso não entende que na verdade
sou mensageiro natural e verdadeiro
poetizador de coisas naturais!!
Almany Sol
DESTINOS DIFERENTES - 15/11/14
Hoje uma parte de mim se desviou do meu caminho.
Seguiu seu prumo, atinando novo rumo, separado.
Agora somos destinos diferentes rotas desiguais.
um tanto tão ausente, para um pouco tão presente.
Seremos paralelos e paradoxos unidos pelo amor.
Sei que haverá passos longos ou passos comedidos,
pois os caminhos são tão desiguais na esperança,
quando se almeja ver o horizonte das conquistas.
Por um lado, o limite das certezas é controlador
e no outro o proliferar das dúbias é convulsivo.
O senil deseja a oportunidade de viver mais um dia,
enquanto o jovem vive mais um dia de oportunidades.
Assim caminha a humanidade, vendo na descendência,
a chance de que seus sonhos, jamais sejam em vão!
GOSTO AMARGO - 15/11/14
Hoje eu acordei com um gosto amargo de morte.
Uma sensação ruim, um vazio, um sentido oco.
Uma vontade de deixar de existir, de sumir.
Sei lá, mas sinto esse sabor agridoce veneno.
Me sinto tão pequeno, ínfimo, assim sem valor.
Uma vida sem destino, querendo fugir de mim.
Não tenho medo do momento, ele passa, não fica,
assim como também sei que não ficam as pessoas.
Coisa atoa? Talvez seja suplícios de uma solidão.
Mesmo assim tenho certeza que há uma efeméride
que determinará o meu fim, só não sei quando será.
Será hoje?
Te quero pra mim!
Quando o sol se põe, percebo quão certo era o caminho
Eu uniforme não me encaixei a sua experiência
As vezes quando olho pra trás, vejo como impecável eram as veredas
Agora o que me resta é remoer a sua ausência
Ao acordar, percebo que foi dura a jornada noturna
Culpa da minha inexperiência eu sei
Lembro do seu jeito encantador
Pensamentos, agora é o tudo que se tem
Antes você e os meus sonhos eram o meu tudo
O já, é saudade de tudo o que vivemos
No presente, o meu maior desejo é você
Retroceder impossível, é, continuemos
Continuar sem você é martírio,
Suplício sem fim
Nas vias do meu ser tudo diz:
Te quero pra mim!
http://blogdajemedeiros.blogspot.com.br/2014/11/te-quero-pra-mim.html
Título: Esperanças
Todo mundo espera por seu sonho,
Mas muitas vezes ele não sai do seu sono.
Todo mundo espera algo de alguém,
Mas muitas vezes esse alguém não vem.
Todo mundo espera pelo grande dia da felicidade,
Mas muitas vezes esse dia não chega a sua idade.
Todo mundo espera pelo reconhecimento,
Mas muitas vezes ficamos no esquecimento.
Todo mundo espera por ser campeão,
Mas muitas vezes não chegarão.
Todo mundo tem esperança,
Quem sabe eu não volto a ser criança,
Pois muitas vezes choro por minhas lembranças.
Autor: Nélio Joaquim
Título: Vida de pernilongo
Nasço em água limpa,
Sem saber quem me fez,
Chego nesse mundo sujo,
Sem mesquinhez.
Vivo escondido,
Com medo de ser comido,
Vivo nos cantos, camuflado como um filete,
Esperando você chegar e ser o meu banquete.
O que eu vim fazer aqui se ninguém gosta de mim?
Ninguém soube me explicar, enfim,
Não quero fazer mal, mas preciso do seu sangue,
Por isso vou te sugar junto com a minha gangue.
Voo correndo risco todo dia,
Lógico que dependo da sua pontaria,
Ciente que minha vida não passa de alguns dias,
Vou continuar com minha correria.
De manhã faço o desjejum,
A noite é a hora do zum zum zum,
Sou o pesadelo de alguns,
Até que alguém junte as mãos e faça bum.
Aí mosquito, está moscando?
Autor: Nélio Joaquim
Não desista do amor
Não quero ver nosso carro com os pneus murchos,
Por isso não me deixe, que juntos ficaremos engrandecidos.
Não quero ver nossos telefones com a bateria descarregada,
Por isso não me abandone, que te deixarei pilhada.
Não quero ver nossas roupas com bolor,
Por isso não me largue, que te passarei meu calor.
Não quero ver nossos alimentos vencidos,
Por isso não me esqueça, que unidos permaneceremos nutridos.
Não quero ver nossa mente esquecida,
Por isso não desista da gente, que espantaremos qualquer despedida.
Mas se for, que você encontre o seu amor!
Título: O cansaço das palavras
Até onde uma poesia pode explicar nossos sentimentos,
Até onde um poema pode demonstrar nossos momentos,
Até onde uma prosa pode transparecer meus pensamentos,
Até onde um verso pode traduzir meus entendimentos.
As palavras cansam,
Mas a vida não descansa,
O tempo gera episódios sem calma,
Porém, a maioria fica dentro da nossa alma.
Não se penitencie por não conseguir escrever,
A sua vida poética sempre estará no vosso ser.
Autor: Nélio Joaquim
Título: Casa da quietude, quem perturba?
Primeiro veio o correio,
Depois a telefonia,
Aí chegou às mensagens eletrônicas,
Quem será o próximo a furtar minha tranquilidade?
Para ter sossego, qual a melhor opção?
Acho que é ser ermitão.
O que procura um eremita além da sua paz?
Ele procura a sua penitência, até jaz.
O silêncio me deslumbra,
Por isso odeio quem me perturba.
Quando eu não te responder,
Entenda que só estava querendo me satisfazer.
Autor: Nélio Joaquim
Título: Palavras escritas
Um menino queria fazer trajetória,
Queria poder exprimir sua história.
Uma menina queria fazer glória,
Queria poder ortografar com uma dedicatória.
Um homem queria fazer poesias,
Queria poder redigir suas nostalgias.
Uma mulher queria fazer poemas,
Queria poder grafar seus problemas.
Um idoso queria fazer biografias,
Queria poder treinar sua caligrafia.
Uma idosa queria fazer cartas,
Queria poder comunicar algumas erratas.
Assim anda o universo,
Para o mundo se transcrever em versos.
Autor: Nélio Joaquim
Título: Quando perdoar
Perdoamos aquilo que conhecemos
O que não chega a nós, não cabe perdão
São só rumores que não tive aproximação.
Perdoamos um ser racional
O que não é ser humano, não cabe perdão
São só seres que não tiveram evolução.
Perdoamos o nosso fracasso
O êxito de outros, não cabe perdão
São só atos com uma melhor conclusão.
Perdoamos aquilo que dói
O que não machuca, não cabe perdão
São só tentativas em vão.
Perdoamos coisas que passaram
O que ainda pode acontecer, não cabe perdão
São só coisas de uma fértil imaginação.
Autor: Nélio Joaquim
Ariano Suassuna
Os homens de barro
Singela improvisação
Com o arco desolado
O sagrado e o profano
Cantam as harpas de Sião.
O pasto incendiado
E lá se vai um homem vestido de Sol!
De cerne Armorial!
Ao Auto da Compadecida
A pena e a lei.
O nosso rebento nordestino
No caminho da caatinga
Sem caneta, sem papel
Nas torturas de um coração
Um adeus ao deserto do sertão!
Stella
Radiante nell' oscurità
Brilla, brilla, brilla
In questa notte lugubre
Regna in me
Indomabile sentimento.
Si avvicina
Sorriso della vita
Gentilezza del domani
Tessendo i miei occhi
Rompe il mio oceano.
In un istante
La completezza del mio essere
Mi travolge
Desideri, sogni
La stella in me.
Doçura de viver
Entregai os sabores das cores
nas brincadeiras das poesias
aos vossos desejos reprimidos
das loucuras interditas
pelos laços dos vossos lábios.
Vigiai os olhares dos mares
nas valentias das vossas ausências
aos vossos pecados cometidos
das ternuras alvuras
pelos dias e noites das vossas mãos.
Almejai os odores dos amores
nas aquarelas das vidas
aos vossos corpos entremeados
das capelas adoradas
pelos apelos dos vossos pensamentos!