Textos de poema

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Pele preta
Quem é esse neguinho
Dos olhos escuros
Cabelo preto
Da pela preta?
Quem é esse neguinho
Que veste bonito
Sorriso branco
Da pele preta?
Que é esse neguinho
Que corre descalço
E sonha com a vida
Da pele preta?
Quem é esse neguinho
Que se sente sozinho
Rodeado de gente
Da pele preta?
Que é esse neguinho
Que parece comigo
Tem o mesmo sorriso
E da pele preta?
Quem é esse neguinho
Da pele preta
Acorda de manhã
Toma o seu café
Já sei, ele chama Tairan.

Desesperado e triste caminharei

Jogando o mais injusto jogo da vida

Abrindo mão do teu amor eu recusarei

Lar da minha sanidade quase comprometida

Os meus olhos desistiram de viver

Vendados pela beleza da tua pessoa

Invadiste-me muito antes de aperceber

Coração, tu és a minha proa

Sua beleza se compara a de uma flor
Seu brilho se compara a luz do sol
Se for para viver em um mundo sem seu amor
Eu prefiro viver e morrer só
Olhos belos e intensos com uma Opala
Cabelos de uma beleza que não se compara
Quando penso em você minha alma se cala
Quando vejo você meu coração dispara
Sua presença não se vai com o tempo
Sua personalidade não caberia em um milhão de versos
Ao seu lado cem anos viram um momento
Pois você é uma estrela única em todo o universo

Eu sou vazio, tão vazio que sinto medo e ao
Mesmo tempo desespero, em um siclo infinito que me encontra a todo momento
Medo e desespero que me enche por dentro.
Estou perdido neste mar de desespero que
Me enche por dentro aonde peixes de medo
Se reproduzem a cada momento e eu sei
Que estou que estou quebrado.
mas não posso me deixar enlouquecer
Neste imenso mar de escuridão mesmo que eu sofra pela eternidade.

CANTO DA ESPERANÇA


De João Batista do Lago


A sinfonia da insensatez em toda pressa
Reverbera o prenúncio de toda guerra
Imanência de estados totalitários
Sujeitando a honra de povos na terra


A nota colonizadora é a dó maior
Gerando mortandade com seus fuzis
Prostrando sobre a pátria todos os civis
Famélicos soldados do vão ouro negro


Até quando os senhores donos do mundo
Plantarão toda infinda desgraçada sorte
Subjugando toda uma nação até a morte?


Há de chegar o dia da nova esperança
Há por certo de se compor sinfonia nova
O mundo será jardim de almas crianças

Distância

tamanha é a vontade de te encontrar, pois ao mesmo tempo que estamos próximos também estamos distantes.
não importa onde esteja, você está em minha cabeça, tento ignorar esses sentimentos, reprimindo eu os guardo, para tentar viver sem essa sensação de vazio, sensação de algo faltando em meus braços.
por menor que seja o detalhe me faz lembrar você.
o abraço nunca dado, os beijos que existem somente em meus pensamentos.
te encontro ao meu lado em sonhos, que talvez nunca vão se realiza.

Essa dor

Tem ideia do que é querer mudar
E se afogar?

Esse mar de sentimentos
São apenas complemento.

Essa dor
E o meu coração sendo mais uma vez manipulador.

Não entendo essa ansiedade,
Não suporto mais essa sobriedade.

Nesse mundo tão louco,
Onde está a perseverança?
Ela se foi e agora não vejo o mínimo de esperança.

Só sinto que estou afogando,
Nessa dor eu estou cavalgando.

A Flor e Eu

Estou só, na companhia de uma flor,
e posso com fidelidade, sem culpa confessar
que suas pétalas acariciaram meu ser
Enquanto, seu perfume diluía a minha dor.

Sinto que ela pode me ouvir, e sem rancor,
mesmo sendo meiga e inanimada
Contei dos meus lamentos sobre o amor
e os desabafos de minha infância roubada.

Também solitária, caída ao chão
Ali mesmo, compartilhamos os nossos medos.
E só por uma noite ela foi
a guardiã mais sincera dos meus segredos.

Dividimos sem preconceito algum
as marcas que nos foram deixadas
As cicatrizes que o tempo não levou
e a vida renovou com suas garras.

Queria que esta flor rosada,
não sofresse a ação do tempo.
Nem, que perdesse sua forma
ou caísse, ao ser violentada pelo vento.

Assim como ela, eu choro
não por covardia, nem por falsidade,
Choro, por ter tido a alma ferida,
choro também por sentir saudade.
Também tive algumas pétalas arrancadas,
por puro prazer, de quem sente ao nos fazer maldade.

Seu cheiro ficou comigo

Após este breve adeus
E ter-te nos braços meus
Ficou a inocência de seu odor
Misturados com seu calor
Nos labirintos do lençol
Enlaçados com a turbação
Do pensamento sem noção
Gravados no sentimento
Inebriando o contentamento
Com resíduos de nossa paixão
Que naufragaram na minha emoção
É pura essência de hortelã
Que bem cedo, ainda pela manhã
Exala por todos os meus poros
Em eternos cânticos sonoros
Dissolvendo minh'alma em ti
Acordando o meu coração
Marejado de saudosa comoção
Da necessidade de você ter partido
Mas, seu cheiro ficou comigo

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
28/02/2019
Rio de Janeiro, RJ

Primavera
A primavera é maravilha muito linda e formosa. Cheia de flores e muitas belas cores : amarelo, rosa e vermelho, com seus incomparáveis e maravilhosos cheiros.
A primavera é muito espera pois traz uma nova estação.Cheia de animais,flores e cores e amor nos corações.
A primavera quando nos trás amor trás também a compaixão,esperança e paz, tudo isso e muito mais, em mais de mil corações. Na primavera muitos bichos há: pássaros a cantar, borboletas a voar, gatos e cachorros a brincar, tudo isso e muito mais em uma só primavera

Ela é como uma chuva de primavera...
Delicada...
Gélida...
Silenciosa...
Melancólica...
Eu sou como uma tempestade de verão...
Efêmero...
Abrupto...
Fúlgido...
Turbulento...
Mas somos chuva...
A mesma essência...
A mesma natureza...
Como almas gêmeas...
Derramando gotas de amor...

ODISSEIA (soneto)

Minha saudade de querer-te, ideia
Meus dias poetam versos em te ter
Pois vives no meu viver sem tu crer
Numa saudade de vida em odisseia

Não é só uma razão no meu querer
És o enamorar em noite de lua cheia
Mistérios pra que minh'alma te reteia
E contos de amor escritos pra eu ler

Já tantas vezes lidos, no céu, na areia
Relidos nos sonhos do meu entardecer
É tão presente numa clássica epopeia

És o meu amor, a aurora no amanhecer
Quem no meu palco encenou a estreia
Enlouquecendo por inteiro o meu ser

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
16/06/2016, 17'26"
Cerrado goiano

Adeus junho

Junho, despede-se
Agasalhado no inverno
Vai-se tão terno
Brindado com vinho
Bem de mansinho
Um novo recomeçar
Doce é poder estar
Dádiva da vida a girar
Vivificando a cada manhã
Em um novo amanhã
Adeus junho das festas
Das madrugadas em serestas
Na despedida a evidência
De dia vencidos, reverência
Sai junho, mortulho...
Vem julho...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho, 2016
Cerrado goiano

RENOVO (soneto imperfeito)

Quisera eu o dissabor fosse menor
que os dias tivessem só harmonia
acalmando meu coração tão aflito
e na convicção ter dito: obrigado!

Quisera ser no fado um reto caminho
de suavidade, além do fatal conflito
necessário pra evoluir na infinidade
do, porém, e portar afeto bem intenso

Quisera que o imenso dom do viver
na magia do é e ser, encantasse
pra eu mergulhar nas glórias da fé

E assim, como errante e reles mortal
no final, o ardor da esperança restar
e todo dia, fosse, renovo neste amor!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Julho de 2016
Cerrado goiano

RETORNO (soneto)

De volta à minha vida de outrora
Há inquietude com o meu futuro
Tal, embora, o atual seja escuro
A intuição me diz pra ir embora

É assim, no raiar, uma nova aurora
Vai e vem, prevalece o afeto puro
Só na fé com compaixão é seguro
E na esperança que se faz a hora

Porém, se perde, também se ganha
Nas dores, se bate, também apanha
O próprio tempo que doutrina a gente

Pois no dever cumprido, vem o sentido
Da correlação, e ser mais agradecido
Hoje vou melhor, com amor mais ingente

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

copyright © Todos os direitos reservados
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Nesta noite escrevi...
Os versos mais tristes...
Escrevi seu nome...
Nas chamas...
Escrevi seu sobrenome...
Nas cinzas...
Escrevi seu número de telefone...
Nos cacos de Vidro...
Escrevi seu endereço...
No nó da corda...
Mas seu "te amo"
Esse escrevi no ponto final.

Poeta Solitário

VIVA

Uma pessoa, um ser
Uma alma que habita em você,
Se não souberes viver
A melhor opção é aprender,
Pois se morreres
Os teus amados, ficaram para traz.
Sem nada,
Sem amor,
Por isto, eu o digo,
Aprenda a viver,
Pois se morrer,
Serás mais um sem vida,
Mais um sem valor...

( Meu primeiro poema ) 02-08-2010

SEXTA FEIRA SEIS

Á essa altura, O sol nasce
Já é hora de ir..
Não há seguranças ?
Desce elevador !
oito menos cinco
Se despedir

Sem infrações
Lembrarei desse nome
Sentir á essência
E sorrir pela memória
Suspiro á minha omissão
Do ser ingênuo
Quem crê nessa trama?
Da mais linda do hotel
A garota das tulipas douradas

pacote

... cada ruga, um poetar do tempo. Envelhecer é o embrulho do viver. Use papel da gratidão, assim, terás mais o que ser... do que só se ver.



© Luciano Spagnol

poeta do cerrado

20/10/2019

Cerrado goiano



copyright © Todos os direitos reservados

Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

CHOROSO SONETO

Daqui deste rincão do cerrado
Quisera de a saudade apartar
Mas os ventos só põem a chiar
Quimeras percas no passado

Não sou um poeta de chorar
Mas choro um choro calado
Amiúde e assim comportado
Paliando soluços no poetar

Tão menos viver pontificado
No sofrer, brado, quero voar
Lanço meu olhar ao ilimitado

E pelo ar vai o desejo represado
Liberando as fontes do amar
Livres e do suspiro desgarrado

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano