Textos de poema

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Ainda estou aqui

Lembro da primeira vez que te vi,
não foi amor a primeira vista
mais uma coisa eu sei
vc foi o amor da minha vida
vc era tudo para mim
em meio ao caos você era luz
em meio a tristeza vc era alegria
mas hoje você me abandonou
me deixou aqui,
em meio a escuridão e o caos


Perdi minha alegria
perdi minha luz
perdi a vontade de viver
mas n tenho coragem de morrer

Meu mundo esta em preto e branco
sem cor, sem alegria, sem som
Sinto que meu mundo esta desmoronando
mas nem ligo
estou caindo de um predio
mas nem
estou me afogando em lagrimas
mas nem ligo
Só uma coisa que eu ligo
é quando você ira voltar
para o meu abraço, para o meu olhar
e para minha vida!

Está noite quando você deitar a cabeça no travesseiro, sinta satisfação pelo dever cumprido.

Agradeça por este momento...

O agora é o nosso bem mais precioso, pois é nele que se encontra a chave para dias melhores.

Seja grato pelo amanhã, que nos presenteia sempre com uma nova chance de recomeçar de novo
E de novo...

Se aprimore na arte da metamorfose.

Se liberte do casulo que te prende ao chão
o impedindo de abrir suas asas
E alçar voos rumo a seus sonhos.

Não deixe o medo de falhar te impedir de tentar

Só falha quem tenta...

A perfeição surge
das inúmeras tentativas que falharam.

Por tanto tente quantas vezes necessário for.

Seja luz
E ilumine não somente a sua vida
Mas a do outro também.

Pois de uma coisa tenho certeza:
- quanto mais clareamos o caminho das pessoas a nossa volta, tão mais claro e leve se torna nosso próprio caminhar.

Engraçado que só percebem minha tristeza com a ausência do meu sorriso. Ah! se soubessem que tem muito mais por trás de um sorriso: Tem saudade, tem mágoas, arrependimentos... E tudo carregado de muita dor e muito amor.
Sim! O sorriso disfarça bastante, mas é melhor aprender vê além da impressão que um simples gesto OPCIONAL esconde ou oculta.

CHEGA.....
Assim mesmo em letras garrafais.
Morte, não podes chegar a hora que bem entender e levar quem bem quiser,
já usastes a desculpa da doença, da idade, do acidente, que mais faltas inventar ?
E o próximo veraneio, e o almoço do próximo domingo ?
E o plano de parar de fumar ?
Porque acabas a festa sem a ultima dança, sem a ultima musica,
sem a ultima chance ?

CHEGA.....
Assim mesmo em letras garrafais.
Agora alguém vai ter de molhar aquelas plantas
vão ter de mexer nas gavetas, nas fotos, nas roupas e em tudo mais.
Tantas coisas que se tinha pra fazer.
Morte, não sei de onde tiras esta idéia.
A troco do que?

CHEGA.....
Assim mesmo em letras garrafais.
Porque me jogas contra Deus,
Aviso que não conseguiras
que desperdícios insistes em causar
Saibas que nunca iras tirar as lembranças de quem eu amo.
Morte, não te orgulhes, embora te aches poderosa
tu pra mim já estas MORTA.
Assim mesmo em letras garrafais.

Poema de Alexandre Pessoa - 2019

CANSADO DE POESIA

⁠Não rimo, não sou de combinar o fim das palavras, meu lance está no comover através delas, expressar por meio da mistura de palavras difíceis, os sentimentos de angústia e aflição que escondo. A poesia é entediante, é infantil, não há como criar uma poesia sem que ela se pareça com uma cantiga ou uma música brega dos anos 90.

Não, isso com certeza não é pra mim ! Eu prefiro dizer: "Mil estrelas caberiam em teus olhos, se você os enxergasse com a profundidade que eu os admiro", do que dizer: "Em seus olhinhos, mil estrelas caberão, se com carinho, olhares com a profundidade que olho usando meu coração". É muito meloso, muito melódico, nada melancólico, me dá uns nervos.

Afinal o que é uma poesia ? Qual a diferença entre poema e poesia ? É mais fácil citar suas semelhanças. Em ambos temos sentimento, em ambos nos identificamos, em ambos aplicamos nossa raiva, dor, amor, tristeza. Acho que a diferença está na demonstração, não me vejo expressando com verdade o sentimento que sinto através de rimas, talvez eu só seja chato demais.

CHUVAS DE OUTONO

⁠Sonhei que chovia, acordei chorando. Antes de levantar-me, penso sobre o quanto a vida é injusta, e o quanto somos egoístas ao ponto de priorizarmos nós mesmos e nossos sentimentos. Bom, ao deixar minha cama, volto ao meu cotidiano entediante.

Já não fico mais faminto, é como se eu estivesse cheio, mas de que ? Sendo que não comi nada. Cheio de sentimentos negativos ? Cheio de pensamentos autodestrutivos ? Talvez eu só esteja cheio de você.

Você é saudade, e vem rasgando minha carne. Mas eu me recuso a sofrer de novo, embora a tentação seja grande. Tomara que as águas de abril carreguem a tristeza e a solidão que em mim habitam.

[A ROSA CONTINUOU SENDO A ROSA]

“Para a rosa mais bela;
Um vaso apropriado.
Onde de várias outras,
Foi a única privilegiada.

Não pela beleza
Nem mesmo pela cor.
Mais pelos detalhes
Que não mudou.

Não precisou ser uma “Pluméria”,
Nem mesmo uma “Orquídea”…
Mas pelo que sempre foi.
Diante de várias, se guardou.

Na casa do jardineiro
Um vaso apropriado
Recebe a rosa do jardim
Como sempre: entusiasmado!”

SENTIDOS

Se fores capaz
De enxergar a tristeza estampada em um sorriso
Ouvir o grito silencioso de bocas mudas
sentir o cheiro da podridão encoberta por caros perfumes
O gosto amargo do cálice bebido por seu irmão
E se conseguires tocar em vidas.

Seus cinco sentidos dirão que és humano.

A Arte de ter Razão

Tens razão numa coisa:
Era na arte que tinha razão.
És a arte uma razão?
A arte de Bonaparte não partiu de uma ilusão.
Tens na arte uma visão?
"Penso, logo existo", e Descartes tem a sua opinião.
És na arte que está a salvação daqui?
Do Surrealismo talvez, com seu Salvador Dalí.
Não concordo com seus argumentos!
Mas ainda não desenvolvi nenhum pensamento.
Certamente não me convenci!
De fato, não tentei persuadir, mas no que então podemos concordar?
Certamente no fato de sempre discordar.
De fato, há uma contradicão, pois, agora que você concorda, você me deu a razão.

⁠SABABA

Foi lá que dei os primeiros passos,
Que pesquei os primeiros peixes,
Que dei os primeiros nados,
Que ouvi os primeiros pássaros.

Foi em Sababa
Que despertei para a vida,
Que vi o primeiro luar,
Que tudo começou a clarear.

Foi lá que a noite se transformou em dia,
O horizonte se fez avistar,
A vista se abriu ao longe
E o sol começou a raiar.

Foi de lá que eu vim
E para lá hei de voltar,
Para reencontrar a mim mesmo
Na essência do meu lugar.

⁠Enquanto você dorme eu te olho.
Imagino o quanto foi bom te conhecer
Comemoro!
É magnífico te ter.
Porém, terrível saber que posso um dia te perder.
É justo meu viver?
Não acho. Justo seria se, pela eternidade eu tivesse você.
Um dia vou morrer, você também irá perecer.
Nós dois fecharemos os olhos pra sempre.
Mas te olhar dormindo me faz ter o meu amor eternizado.
Nesse pequeno instante
O infinito se torna presente, é envolvente.
Vou fechar os olhos contigo, te encontro no paraíso, nos nossos sonhos, e por ali viveremos, sem lei, sem regras, apenas nos amando, infinitizando um momento
finito.
Como nosso amor é bonito!
Como viver é esquisito!
Como é injusto sermos finitos!
Como te olhar é algo bonito!
Como morrer é esquisito!
Como queria que fossemos infinitos!

⁠Morena cacheada.

Essa morena é top
Nem precisa de photoshop
É a primeira do ibope
Fui pego no doping
Constou que estou apaixonado
Querendo ficar do seu lado
Com o seu cabelo cacheado
E a pele da cor do pecado
Você é como a lua
Que bilha na rua
Com a beleza sua
Tem toda a estrutura.

É uma perfeição
Nas outras dá uma lição
De todas a mais linda
Te presenteia com essa rima
Tipo uma homenagem
Em forma de mensagem
Sem direito de imagem
Mesmo sem maquiagem
Você é uma maravilha
Me inspirou essa poesia
Que enquanto escrevia
Em cada verso o teu rosto aparecia.

Eu amo os seus cachos
Do jeito que me encaixo
Querendo ser o teu macho
Se precisar até caso
Te dou o que é preciso
Só pra ver o teu sorriso
Que é lindo igual o paraíso
Nada contra quem tem cabelo liso
Mas em terra de chapinha
Quem tem cachos é rainha
Verdadeira obra prima
Merece essa rima.

⁠Fé.

Precisamos de fé
Pra nos manter em pé
Igual foi na arca de Noé
Todos movidos pela fé
Assim que começa
Acredite na promessa
Que você vai sair dessa
Se a ideia é essa
Depende da ocasião
Tudo passa irmão
Deus põe a mão
Creio na transformação.

A vida é feita de momento
Tem que ter fé aí dentro
A fase boa passa, tudo bem
Mas a ruim passa também
É só seguir o lado do bem
Que a resposta logo vem
Falo de fé, não de religião
Não faço parte dessa legião
Que manipula, faz acepção
Acredito é no Deus de Abraão
Que andou com a multidão
O que vale é a oração
Qualquer lugar pode ser a igreja
E o dízimo não é para fazer riqueza
Distribui para os pobres que fica firmeza
Divide a ceia sobre a mesa.

⁠ Ontem era uma criança
E a única herança
Foi a educação
Para ela, e os seus irmãos
De família humilde
Já passou por crises
Pai operário
Não tinha horário
De sair, nem de voltar para casa
Enquanto a mãe cuidava.

Ela cresceu
Mas não se esqueceu
Dos ensinamentos
Bom comportamento
Só pensa em estudo
Fazer de tudo
Para ter um futuro melhor
Não significa ficar só
Mas ser independente
Usando a mente.

O único vício
É ler os livros
Para se manter informada
Não curte balada
Prefere ir ao cinema
Não é mina de esquema
É mina de responsa
Que passa confiança
Para um futuro relacionamento
Para todos, é um exemplo.

⁠Viver emoções com entrega e paixão
Torna marcante até as mais simples situações
Transforma coisas do cotidano em inesqueciveis
Que depois se tornam eventos memoraveis
Dignos de risadas e saudades
Pois, o que agora é um profundo pesadelo
Dependendo, pode vira um hilário entreterimento
Momentos cheios de sentimentos
São os momentos mais vivos, justamente por não serem perfeitos

⁠Enfim, nós

⁠O tempo é muito lento para os que esperam.
Era um sentimento incerto; por fim,
A paixão pintada em seus olhos me revelam.
De outubro a dezembro
Eu ainda relembro:
"Tô te namorando já tem tempo"
A frase que fez por ti me encantar.

Com um brilho no olhar,
Uma canção ao falar,
Um sorriso perfeito...
Uma moça a quem venho a me apaixonar.

Horas se passam, e ainda te desejo,
Um sentimento no peito que se torna tão intenso.

Saudades de momentos que,
Dentro do tempo,
Só posso me lembrar.

E, sim,
Em questão do tempo,
Como um vento
[Logo em dezembro]...
Passamos a namorar.

⁠Hoje eu fui deitar
E me imaginei deitando ao seu lado
E nos imaginei deitados lado a lado
Apenas ouvindo nossas respirações

Que cena mais linda eu imaginei

Pensei em você tocando a minha mão
Imaginei nos dois juntos outra vez
Mas nunca existiu uma primeira vez
Então eu só imaginei

Vaso Chinês

Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.

Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.

Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura;

Que arte em pintá-la! a gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.

Flor de caverna

Fica às vezes em nós um verso a que a ventura
Não é dada jamais de ver a luz do dia;
Fragmento de expressão de ideia fugidia,
Do pélago interior boia na vaga escura.

Sós o ouvimos conosco; à meia voz murmura,
Vindo-nos da consciência a flux, lá da sombria
Profundeza da mente, onde erra e se enfastia,
Cantando, a distrair os ócios da clausura.

Da alma, qual por janela aberta par e par,
Outros livre se vão, voejando cento e cento
Ao sol, à vida, à glória e aplausos. Este não.

Este aí jaz entaipado, este aí jaz a esperar
Morra, volvendo ao nada, – embrião de pensamento
Abafado em si mesmo e em sua escuridão.

Beija-flores

Os beija-flores, em festa,
Com o sol, com a luz, com os rumores,
Saem da verde floresta,
Como um punhado de flores.

E abrindo as asas formosas,
As asas aurifulgentes,
Feitas de opalas ardentes
Com coloridos de rosas,

Os beija-flores, em bando,
Boêmios enfeitiçados,
Vão como beijos voando
Por sobre os virentes prados;

Sobem às altas colinas,
Descem aos vales formosos,
E espraiam-se após ruidosos
Pela extensão das campinas.

Depois, sussurrando a flux
Dos cactos ensanguentados,
Bailam nos prismas da luz,
De solto pólen dourados.

Ah! como a orquídea estremece
Ao ver que um deles, mais vivo,
Até seu gérmen lascivo
Mergulha, interna-se, desce...

E não haver uma rosa
De tantas, uma açucena,
Uma violeta piedosa,
Que quando a morte sem pena

Um destes seres fulmina,
Abra-se em férvido enleio,
Como a alma de uma menina,
Para guardá-lo no seio!