Textos de poema
DUALIDADE
Às vezes sou um verso inacabado
Em outras um poema inteiro
Sou silêncio
Também sou grito
Há dias que sou apenas uma nota
Em outros uma sinfonia
Posso ser cinza
Colorida
Nua
Ou vestida
Às vezes sou jardim
Ou só um botão
Acho que é melhor assim
Morreria se coubesse em um padrão.
Eu queria um poema bonito
Daqueles que deixam a gente feliz
Poema com cor
Cheiro
Com gosto de quero mais
Logo cedinho o encontrei descansando no fundo da xícara do meu café
Andando em uma calçada o vi no sorriso banguela de uma menina lambuzada de sorvete
Quando a noite caiu o encontrei dormindo a meu lado
Parecia feliz.
Repousando no travesseiro
A ESTE POEMA
A este poema padece a ternura
A este poema ranzinza a chorar
Tão triste, e aflitiva desventura
Suspira na prosa infeliz a poetar
Rima árdua, fria e a murmurar
Olhar em vão, amarga doçura
Que arde n’alma a despedaçar
Numa trova lastimosa e escura
Diz-me a onde estará este amor
Que tenho saudade e faz sofrer
Distante dos beijos, e teu fulgor
Esse vazio me faz solidão sentir
Diz-me onde está! Pra lhe falar
Do meu amor pro seu amor vir!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/09/2021, 16’58” – Araguari, MG
Mais que um mero poema
Eu não luto...
Com uma pena no tinteiro
Com uma caneta no papel
Com um dedo no teclado do computador
Sim, eu luto...
Com as palavras em minha mente
Com os ruídos ao meu redor
Com os sussurros na alma!
Talvez eu lute...
Contra as palavras sem vocação,
Contra os desencontros sem noção,
Contra os desafetos pensamentos lineares,
Pois do contrário, numa folha qualquer...
Escreveria nada mais que um mero poema.
POEMA PARA A MÃE QUE PARTIU
Mãe, hoje era o seu dia
marcado no calendário
momento de muita alegria
pelo seu aniversário
Não estás mais entre nós
De repente, deixou de ser
Não podes ouvir a voz
dos parabéns pra você
Não tem mais o bolinho
feito com tanto carinho
Mãe, a vela apagou
Você criou asas e nos deixou
Mãe, nessa data tão querida
Murcharam-se as bolas
do sopro da vida
Mãe, é hora, é hora!
Por que você foi embora?
Poema : O ancião
As marcas no rosto, as dores no corpo, as mãos calejadas, são símbolos de quem já caminhou uma longa jornada.
Foram muitos momentos vividos, legados construídos, que jamais deverão ser esquecidos.
A estrada da vida até aqui percorrida, são regadas por lagrimas, trabalhos, dores, dissabores
é um caminho onde encontra-se espinhos mas também muitas flores.
Sorrindo, chorando, alegrando,
Entristecendo, ganhando, perdendo.
errando, acertando, correndo, parando
amando, decepcionando, sofrendo.
Idade do apogeu pois tudo que um idoso até aqui viveu, é escola pra ensinar outros que percorrerão caminhos que já percorreu.
Depois dos sessenta, O cansaço é real, as limitações se apresenta,
Mas o majestoso, é olhar para o idoso, e perceber que a riqueza e gloria de uma nação está sobre o ombro de um ancião.
Merecem nosso respeito, proteção, admiração, tudo que lhe é de direito conforme diz nossa constituição.
No dia do idoso.
Desejamos , Um abraço caloroso ,amor , paz e gozo.
Então sou carregado para longe, enquanto te escrevo mais um poema. Um poema que não será lido, não será conhecido, não será entregue...
Só mais um que ficará perdido para sempre, jogado em meio ao entulho do meu coração. Esquecido ali, continuará a causar-me danos, dissolvendo vagarosamente as palavras por mim escritas.
Para nunca me esquecer da sensação que é ter meu coração partido.
Um poema sobre o seu coração
Um bilhete a quem encontrar esse coração:
Cuide bem dele. Ele sentiu, desejou, sofreu, amou, sorriu e chorou intensamente por toda uma vida. Se lhe parecer bem, permita que tenha um pouco de paz até que, enfim, pare de bater.
Com amor, do sempre seu, "Coração Negro" (sim "negro", adjetivo que só lhe parecerá "ruim" se você for "preconceituoso", rs [aspas representam conexão]).
Ass: uma criança que teve a sorte de viver e morrer, uma vida completa, também, efêmera, se no tempo dos tempos do templo desse universo.
Não sinta pena, sinta medo, pois todos morreremos um dia. Não sabemos como é o outro lado, sabemos que lá não há nada. Tudo o que fomos deixará de ser para todo o sempre, e não haverá nada a ser feito. Você simplesmente acordou em uma montanha russa que desce furiosamente em direção ao chão.
Chão [Chão representa fim]
Aproveite a descida.
O poema mais triste
Fiz de seu amor meu para peito, o qual não me segurou diante da queda.
Fiz de seu riso o meu porto seguro, me permiti repousar em seus braços como se fosse uma cama confortável.
Quis fazer de um inferno o céu
Quis sempre provar o doce de tudo, e não o triste amargo sabor do fel.
Poema que queimado dia após..
Nas suas declarações de paixões de feras feridas...
A cada gota do veneno da minha vida apenas arranhões de um simples sentimento...
As palavras ardem no peito...
Profundezas que não tem cura...
Dentro da ausência de culpa...
As labaredas queimam livros e palavras fogem da minha mente...
Rodeios de ausentes nas palavras no fluxo da imensidão...
Poema bom
Hoje eu tropecei por ai nesse poema que eu já conheço há tanto tempo, mas hoje olhei para ele de uma forma diferente ou foi ele que olhou para mim, não sei. Segundo Quintana bom é o poema com o qual nos identificamos. E isso que ele disse, eu acredito que não sirva só para a poesia, mas para a música, o teatro, cinema, a literatura, as artes em geral. Mas nos identificarmos com algo será que é suficiente para classificá-lo como bom ou ruim? Nós só conseguimos enxergar o que já têm dentro nós e muitos de nós têm o mundo interno bastante reduzido. Não porque sejamos piores, mas porque a vida não nos deu as mesmas oportunidades que deu a outros. Logo, dizer que algo é bom ou ruim só porque nos identificamos é no mínimo superficial e simplista. Claro que nos identificarmos com algo nos dá aquela sensação gostosa de acolhimento, de conforto e prazer e, essa sensação que nos leva a adjetivar o que nos proporcionou esse sentimento é a mesma que usamos para classificar algo como bom ou ruim e, ao meu ver insuficiente.
Temos cada poema espelhado pela nossa mente, pelo nosso corpo, pelo nosso mundo e pelo nosso esforço Vejo poema acada passo que dou, sinto o poema no verão inverno e verão, vejo ele quando os pais apoiam os filhos, quando o jogador olha para bola no fundo da rede, quando o músico termina sua melodia, quando o pintor termina sua arte, quando a mãe ver o seu filho nascer, quando eu olho para você, em tudo tem o pouco de você!
K.B
Boniteza de amar
Essa boniteza de amar
É poema de Deus
Versos de bem querer
Afagos e mimos
Nada mensura
É o amor
Na sua condição mais perfeita
É a intensa ternura
Sentimento que perdura
Seja razão ou loucura
Tudo saberá aquietar
Nada de metades
Esse amor é por inteiro
Absoluto
Imenso
Divino
Verdadeiro
Meio dia
.
Meu coração desconhecido
É um poema sem sentido,
Dela visto e não quisto
Como um balsamo perdido.
.
Menina moça mulher...
Menina que me encanta,
Moça que me atiça,
Mulher que muito amo...
.
O tempo passa
Sem tirar o devaneio
De quem ama um coração
Em meio a tanta multidão.
.
Se dela eu fosse
Um com ela eu seria,
Meia noite ou meio dia
É eu e ela todo dia.
.
Edney Valentim Araújo
1994...
Poema-crônica de presente para Yara Drumond
Simplesmente Yara
Victor Bhering Drummond , 22/01/2013
Ela vem sempre assim
Pra você e pra mim
Olha, quanto sol-verão
Em seu cabelo dourado
Que requebra e desenha
Curvas de belos sentimentos
Ela vem com seu perfume doce de menina
Sua voz meiga e forte
Se faz criança, se faz mulher
Mas muito mais: requebra o intelecto
Para nos ter sempre por perto
Pois gosta de ter no coração um cafuné
Yara, espécie tão rara
Quanto às mais azuis das araras
Pedaço da natureza
Da borboleta que voa colorida
Na imensidão de flores e jardins
Yara Jasmim
Pra você e pra mim
Provando que é possível colher
Coloridos das pedras
Yara mãe das águas de nossos olhos
Pois os comove de alegrias
E compartilha as tristezas
Como forma de empatia
Com-paixão
Voz de flauta doce
Ritmo de violão
Yara que cuida e se faz presente
Para Marias, Nazinhas e Nanás
Para Kikas, Valdis e Cristianes
Para Victors, Flávios e Joões
E rodopia, roda, roda
Como um carrossel
Ou como a simplicidade dos peões
Soltos ao chão e deslizando em mel
Yara brisa nas tardes geladas
Yara bonequinha
De Maria Chiquinha
Yara pura química
Alma do mais puro dos farmacêuticos do passado,
Que colecionava frasquinhos e ervas
Para a cura dos problemas da cidade
Nos faz olhar para escorpiões sem medo
E desvenda os seus segredos
Como o doce veneno capaz de trazer vida
Quando só enxergamos o óbvio de nossas lidas
Ela é irmã, amiga, tia, filha, parceira, cúmplice
Amor de e para todos
Cantinho de ternura e acalento
Com seus cabelos ao vento
É bom que também voe
Para que espalhe aos quatro cantos
O pode e a força do seu encanto
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Estórias em plena pandemia covid-19…
Afinal sempre há vida para além da morte!
Inda dizem que a morte é o fim;
Mas não é o que aqui noticiado;
Nos relata desse pobre coitado;
Que se calhar também pensava assim!
Quem sabe se foi por assim pensar;
Que com sua mulher se distraiu;
Quem sabe até se a essa mesma traiu?
Levando-a a desta vida o dispensar!
Vamos, pois, cuidar bem de todo o agir;
Que neste viver nos cabe escolher;
Não vá algo connosco assim se dar!...
Pois quem neste morrer não acreditar;
Seja em nós, pois, cá homem ou mulher;
Pode um dia a tal não poder fugir.
Com tristeza no humor;
Você é Uma Poesia
Você parece um poema
Feito em papel perfumado,
Que alguém, em noite estrelada,
Escreve para o ser amado.
Seus olhos são como os versos.
Seu sorriso é a própria rima.
Seus cabelos inspiração
Que meu pensamento anima.
Seu corpo é o movimento
Das letras sobre o papel.
Suas mãos são como asas
Que me levam até o céu.
Não sei bem como escrever
Não sei rimar nem cantar.
Mas, se em você estou pensando,
Consigo me inspirar.
Seu corpo, em meu pensamento,
Dispersa a melancolia.
Você é letra, você é luz;
Você é uma poesia.
Moro num poema…
Entre muitas estrofes…
Sou apenas uma palavrinha,
das bem pequenas…
Não sou começo, nem fim de verso,
nem rima importante…
Uma palavrinha apenas, mas não importa.
Aqui me sinto livre,
onde todas as palavras têm asas…
Dentro do poema eu sou feliz…
Estou em casa.
Indo à Luta
Antes de sair deixo
último poema beijado em
cada corpo que despede
o calor da mão acarinhando na
pele a certeza da presença
que me alimenta
olhos vendo que chegam as
dúvidas, companheiras de viagem
que me abençoam.
Antes de sair
fica último abraço pregado em
cada rosto que despede;
e você, não fique triste
nem se preocupe comigo:
preparei as palavras para quando
a saudade soprar o sabor
do teu perfume. O teu perfume.
carisma
Reiventando um Poema mal elaborado...
Reformulei a cláusula do erro absurdo que cometi....
E de outras formas....
Utópicas imaginaçôes...
Eram palavras...
Mal posicionadas....
Algo opressor...
Invadia a minha imaginação....
Oh Glória....
Achei o erro e consertei...
Aberto ao mundo....
Aberto a novas ideias....
Completei com adjetivo...
Esse meu verso inspirado....
Tudo novo...
Tudo bem arquitetado....
Coluna de aço....
Revestido e pintado....
Aguardei a chave mestra....
A ser confeccionada....
Abri as cortinas....
Rumo ao norte...
Leste e oeste...
Caminhei ao sul....
Oh conforto bem esperado....
Ousado....
Outras formas de escrever...
Me veio a mente....
Defendi na subtração....
Apoiei a soma....
Calculei com uma extra divisão....
E multipliquei o pequeno refrão....
Não posso duvidar de mim....
Sou imagem da criação....
Espírito louco...
Possuído por um par de mãos...
Mãos do Criador....
Que fomenta todo o meu ser....
Não é um jogo....
Muito menos um ego....
Minha arrogância eu deixei....
Toda igorância se dissipou....
Aqui não existe superioridade....
O quê é bom....
Ainda está para acontecer....
Tudo isso aqui....
É passageiro e não viverá para sempre....
Levo comigo paz....
Levo comigo pecados....
Levo comigo risos....
Tudo que eu sou...
Nem me interessa saber....
Nessas palavras poéticas....
Esbanjo risos de mim...
Esbanjo lágrimas de minh'alma....
Se ofendi o meu próprio ser....
Defendo então...
Esse pequeno refrão....
Xô obstáculos....
Sai de mim e do meu chão...
Venci esse poema....
Através da minha imaginação...
Na minha mesa...
Há bastante vinho e pão....
Isso é uma beleza....
E ela...
Foi dada a mim....
Com toda gentileza....
Mas sei....
Um dia eu violei a lei sem saber....
Flores de Hortências....
Cultura para quem crê....
Isso não é um talento....
É carisma em meu jeito de escrever...
Os versos são meus....
E essa poesia é pra agradecer....
E digo de boca cheia....
Grande e talentoso mesmo...
É o nosso Deus.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.