Textos de Perda

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⁠Quando a dor é tão forte que a alma chora e grita
Quando a perda é irreparável
Que nada no mundo poderia substituir
Quando a solidão é um abismo vazio, frio e escuro
Quando existe já é incoerente
E a vontade de desistir de tudo parece uma saída, a fé é um remédio que aos poucos faz germinar a paz e logo surgem os primeiros brotos de esperança e nasce a mais poderosa
Força do universo capaz de curar qualquer dor está força incondicional é o amor...

Poema
Marcio H.melo

Inserida por marcio_henrique_melo

Tenho medo de errar
Tenho medo de te perder
Tenho medo de um dia você não aparecer
Nunca mais voltar
Sou insegura
E vivo nesse caminho de medos
Sinto que não sou capaz
Já perdi muitas pessoas
Não quero te perder também
Achava que era forte, que já estava acostumada
Mas eu sempre estive errada...

choro

o choro que derramo hoje
tem nome
tem sentimento
mas não tem vida

o choro que derramo hoje
ninguém nunca verá o motivo
ninguém nunca, se quer, adivinhará o motivo
nem com magia, nem com raciocinio
mas todo ano, uma data eles lembrarão

o choro que derramo hoje
a burocracia não irá ajudar
a igreja não poderá ajudar
mas, quem sabe, minha família conseguirá me levantar

o choro que derramo hoje
ninguém escutou,
pois não teve barulho
mas acho que Deus viu minhas lagrimas
e resolveu me ajudar...
me permitiu ter criatividade para escrever esse poema

O beijo daquele dia era mórbido, sem vontade, não tinha amor, nem se quer carinho.
Era como se meus lábios tocassem uma parede fria e sólida. Enquanto suas mãos percorriam meu corpo fazendo-o estremecer em espanto, em estranheza.

Beijo sem vontade, sem amor.

Meu peito gritava: Apenas mais uma vez, tem que dá certo!

Não... não, não era mais o mesmo beijo, se quer o mesmo sabor. Agora sentia o gosto do amargor, a acidez de sua saliva, aquilo fazia meu estômago revirar e em meu peito permanecia um coração quebrado, não existia euforia. Minha boca estranhava tal coisa, onde estava aquele amor? Aquele fogo que outrora queimava em meu peito que fazia meu corpo inteiro festejar. Onde forá tal amor? tal sentimento. Restava meu vazio, meu sentimento de perda.

O que eu havia perdido?

Não sabia.

Na verdade, não queria aceitar que talvez essa fosse nossa última noite juntos.

A última noite dos amantes.

Quando nos perdemos?

Quando foi que nos perdemos? Por que uma risada parou? Por que todos nós mudamos? Acho que não saberemos essas respostas... ainda nos encontramos perdidos em meio de tanta coisa.
Uma lágrima que caia de tanto gargalhar se tornou uma lágrima de tristeza que cai quando se lembra do passado, dos tempos que vivemos e daquela amizade que tanto amávamos... parece que também se perdeu o decorrer do percusso.

Luto materno

Juventudes são roubadas
E os dias ficam tristes
Mães são abandonadas
É um fim que persiste

A vida sofre por não existir
O amor não tem significado algum
A violência invade até banir
A piedade não vem de jeito nenhum

A saudade vem em forma de improviso
E não basta o medo aliviar
As lágrimas chegam sem dar aviso
É preciso ser vivo pra chorar

O mundo leva sua prole embora
E seu dia fica sem cor
A dor ocupa toda a hora
Enquanto a ausência mata o amor

Fotos e lembranças abraçam seu corpo
Enchem o coração carente
Perder um filho não há conforto
Seu mundo se torna ausente

Se ela pudesse, o mal derrotaria
Pois o branco não veste a paz
Se ela pudesse, sua cria protegeria
E sua perda esquecerá jamais

MIOCÁRDIO
A gente não comanda o coração
Não conseguimos controlá-lo
Ele possui um sistema de condução de impulsos próprio
Pulsa no ritmo da emoção
O ser humano não tem controle sobre o seu ritmo ou intensidade
Contrai amores, descontrai desejos
Contrai dores, dilata sensações
Pode bater forte por uma pessoa e por outra nem tanto
Sentimento que corre nas veias e reflete no corpo
Arrepio, borboleta na barriga, palpitação, sorriso espontâneo, prazer
Somos seres com possibilidades infinitas
Pulsantes, emotivos, ativos, racionais, indecisos
Esse negócio de sentimento às vezes é complicado mesmo
Entra um monte de incertezas na cabeça
É a razão duelando com a emoção
Desorienta, fica tonto, perde a noção
Se optarmos pela emoção em detrimento da razão
Sempre haverá perdas consideráveis
Agora ou depois que a lucidez chegar

Separação

Quem nunca passou pela dura dor da separação.
Nada mais é que o encontro, consigo mesmo. Se deparar com a nova realidade não é fácil. Afinal, durante breve ou longo período, mudamos muito para estar com alguém.

Deixamos de ser nós mesmos , perdemos parte da nossa essência , e dói demais ficar sozinho com o que restou.

Mas o reencontro com o nosso verdadeiro eu, acontece, e quando acontece, é mágico. Descobrimos como somos especiais, preciosos e raros.

Você vai se apaixonar por si mesmo, vai resgatar a criança que mora dentro de você. Logo estará completo e preparado para amar quem bem entender e ser muito amado também.

Comece de novo, veja quanto de você ainda está por vir .
Não existe o fim e sim um novo começo.

"Sempre fui muito inteira... Se eu gosto, gosto mesmo, se me entrego, me entrego mesmo, se eu me envolvo, me envolvo mesmo! Pra mim nunca existiu meio termo.
Pense bem... Quer a mim? Então queira mesmo, valorize mesmo, faça por onde merecer mesmo... Porque se me perder, é você quem vai sofrer mesmooo! "

CONVÍVIO DOS MORTOS

Quero tudo que não me foi,
Tudo talvez o que não mais é
A despedida da antiga e errônea dor
Da pobre esperança sensata
constituída em fé.
Quero abraçar esta noite nebulosa como última,
aquela que não se veem a chegar
A que possui dois córregos de um mesmo rio separados,
Que sem escolha trilharei...
Ao certo, onde será o que se esperam?
Quero junto a ti nesta sossegada paz
Ir além do conhecido, do eterno
Do místico ao surreal,
Do terço à boêmia.
Quero esse sentimento mentiroso e egoísta
Devastador!
Que o que em outrora, de um lado da moeda, consolador!
Quero estar com olhos de enfermos e desfalecidos diante de tuas faces e momento,
Ver-te de baixo
Para que nao o veja,
O olhar negro, abetumado, abioso,
Pois bem sei que o lugar que virgílhas
Em mero relance antigas idas,
Não encontrarás o recinto que cobriu-me
Como o soprar da ultima vela.

Não quero enxergar o que os os lhos inibem
As neblinas que não se dissipam,
Omite ao olhar a certa cegueira
Sob tão cedo catatumbas bem mal cuidadas,
Que não tiveram a verdadeira despedida
Desta face de teus cabelos
E do medo que se prega.
Em suspiros que sussurram, se proliferam
E nao se passam, se propaga
Contaminam este convívio dos mortos,
Inquieto, constante, devaço, tenebroso
Infecta os vivos que temem, não deixam a de temer...
E nestas caminhadas noturnas que rogam
Suplicam ao tempo que não permitira esquecer
O vácuo deste solo sem saída
Que o menor ser procura romper,
Quero encontrar este endereço baldio
Que se fez morada e não flui
Que vaga e não dilui
Neste imenso cemitério que não mórbido
Se tem o que não foi,
O que apenas se constitui.

Willas Fernandes. 17.12.15.

em meus ciumes
muito mais amor proprio do que verdadeiro
esquecendo que de muitos
eu não fui o primeiro

entre praças e vielas
meu ato de coragem
é o culpado
pelo acender das velas

navegar na ilusão da cor dos olhos
torna minha inexperiencia relevante
aprendendendo com o tolo
me torno apenas mais um jovem viajante

tentando ser alguem que nesse mundo q a ele nos atira
cansado de ouvir desculpa
prefiro acreditar
que tudo foi mentira

em um coração no peito
é a cabeça quem fala
a voz que um dia de amor gritou
hoje em minha boca se cala.

Perco momentos. Dias, horas, minutos e até segundo me são preciosos, devagarinho, nem percebo, me perco em pensamentos e esqueço deste conceito de tempo
Ainda assim, seguimos em frente nos achando, nos perdendo a passos largos, ou pequenos, para que estes não nos pareça cada vez mais lentos, sei que aprenderemos e se acabarmos bem atentos, não haverão mais momentos, e sim risos, lágrimas, dores, e claro cultivando o amor, que é imenso

Ele Não Sabe!

E ele a flertou. Queria somente entender o motivo de não vê-la lutar por ele. Sem pestanejar ela virou-se, o encarou, e se deixou apenas falar com o olhar:
''- Você não sabe o que é não conseguir encarar alguém, pelo simples fato de enfraquecer diante disso;
- Você não sabe o que é defender essa pessoa de tudo que possa lhe atingir, sendo que você mesma pretende a julgar;
- Você não sabe o que é se perder em um som de uma simples risada, mas que possui a capacidade de te fazer feliz;
- Você não sabe o que é olhar para alguém que está olhando para outro alguém com olhos de devoção, e não poder fazer nada. Só sentar e assistir ao espetáculo;
- Você não sabe o que é presenciar um certo alguém curtir fotos alheias, comentar fotos alheias, no intuito de achar o que procura;
- Você não sabe o que é presenciar o interesse alheio no alguém, só porque ele possui isso ou aquilo diferente do que se tem;
- Você não sabe o que é sentir segurança em um simples abraço;
- Você não sabe o que é olhar para o rival do seu time e lembrar do alguém que por um acaso, torce para esse rival;
- Você não sabe o que é estar na presença de tanta gente, e por um vacilo, sentir-se sozinho. Como se não bastasse, lembrar do alguém em cada canto, em cada lugar, assim não dá;
- Você não sabe o que é libertar esse alguém, pelo simples fato de gostar;
- Você não sabe o que é lutar para entender algo que você, muito menos o alguém, entendem;
- Você não sabe o que é se corroer em dúvidas;
- Você não sabe o que é lutar contra tudo que você sente, porque no fundo, você sabe que não deveria sentir;
- Você não sabe e nunca vai saber!''
Ela apenas o olhou firme e deixou que seus lábios falassem o que se devia falar:
- Eu não gosto de você o suficiente para lutar ...
Ele não soube o que dizer, se virou e foi embora, com uma dor de perda ou engano em seu peito. Pena que não presenciou ela se derramar em lágrimas e sussurrar aquilo que todos sempre souberam:
- Eu gosto de você o suficiente para deixá-lo ir!
E todos sabiam disso, todos ... Menos ele!

Ladrões de Sonhos

Eu te vi partindo de repente
Com aquele olhar tão carente
E os sonhos largados ao chão
Acreditando encontrar reação
Para solitária e antiga paixão
Quando vi lagrimas de emoção
Rolarem por tua face tão sofrida
Vi que tinhas aberto tantas feridas
Ao se encontrar em tal situação
Quando suplicava pelo perdão
E só encontrou um amargo, não?
Flechando certeiro o seu coração
Vi que não terias mais solução
Ao corpo nu da tua felicidade
Mas de ti roubaram a dignidade
Expulsando o amor com crueldade
Construindo momentos enfadonhos
Dando lugar aos ladrões de sonhos...
Foi então que te vi partindo de repente
E em minha vida tornando-se ausente.

Pensar: O que dizer, o que falar, o que fazer?
Tantas dúvidas, incertezas, certezas que não se quer...
Queria muitas coisas... queria não querer tanto.
Mas tudo está longe
E o que fazer?
Correr? Fugir? Se esconder?
Lutar? O que é lutar?
O que fazer?
Queria fazer muitas coisas, queria ter tantas coisas
Queria... Não quero mais?
Quero acordar, ver a vida de novo,
Sorrir, amar, poder correr e voltar
Quero escolher, decidir, mudar, renascer
Quero muita coisa.. .
Quero mais que tudo ser eu
O eu que só eu conheço:
Aquele escondido, dormente, fugindo...
Volta pra mim, deixa Eu ser só eu.

Tive o privilégio de ter um anjo hospedado em meu ventre.
Pena que foi por tão pouco tempo, pois havia me preparado para uma longa estadia, organizei anos e anos da minha vida, planejei cada segundo dele aqui...
Preparei até uma carta de desculpas para o momento que eu tivesse que partir sem ele.
Mas somente após o ter recebido, descobri que este anjo só estava de passagem, a fim de me ensinar algo sobre o verdadeiro amor...
Infelizmente, este anjo teve que sair às pressas, deixando para trás a conta de dor e saudade... conta esta que hoje eu pago com lágrimas até os meus últimos dias, quando eu reencontrar, meu anjinho.

Deixei você entrar, você entrou e tomou conta. Mas nunca deixei você partir, embora tenha partido.
Deixei, com você, um pedaço que jamais deixarei com outra, porque agora é seu e de mais ninguém. Então, mesmo distante, cuide...
Pois o cuidado, honra a minha ausência da sua vida. Ausência que eu, ainda desejo, que seja momentânea...

Ciranda de construções e escombros...


Era tudo tão simples e fácil de se viver
Era tanta alegria num jardim de bem querer
Até o sonhar se acanhava, suprimindo vaidades
No viver dos momentos das muitas idades


Não havia fome e nem desamor
A palavra materna, o colo, o olhar
Eram alimentos que saciavam a alma
E fortaleciam o sentido do verbo amar


Não conhecíamos as guerras dos homens
Jamais soubemos, nos dias de nossa infância
Das atrocidades do mundo lá de fora, tão cruel
Família, viva, vivendo dotada de paz e tolerância


Todos, sem exceção, por acreditar, consciente ou não
Que a morte do esteio que a família unia, falta alguma faria
E na graça da viva roda dessa ciranda que o tempo revelou
Irmãos fiaram que a paz é um sujeito que adoece na união

Odeio Saudade

Eu não gosto de sentir saudade.
Saudade é falta. É ausência. É algo ou alguém que se foi.
Eu odeio saudade.
Saudade é perda. É tristeza. É lamentação.
Saudade. Quem nunca a teve em seus braços?
Quem nunca por ela recebeu afago?

Eu odeio saudade.
É única em nossa língua.
É algo que mina.
Mas se é ausência, algo que se foi, como pode trazer tanta dor?
É o vácuo de nós mesmos, refletidos em alguém ou alguma coisa.

Saudade que tenho agora é da boca.
Saudade da mão. Dos olhos. Dos ouvidos.
Saudade de ser íntimo.
Saudade que não é passageira e sim piloto do meu ser.

Eu odeio tanto a saudade que só não a odeio mais por ela me lembrar em todo meu vazio e dor o que já fui e senti.
Eu odeio odiar a saudade.

Nunca perca alguém que te faça sorrir...
Nunca perca alguém que te faça crescer...
Nunca perca alguém que vibra por você...
Nunca perca alguém que te admira...
Nunca perca alguém que brinca...
Nunca perca alguém que te ouve...
Nunca perca alguém que te fala...
Nunca perca...
Não se perca...