Textos de Perda
A morte, para muitos, é vista como um momento de perda profunda e dor insuportável. No entanto, aqueles que compreendem a verdadeira natureza da espiritualidade enxergam-na sob uma luz totalmente diferente. A morte não é uma despedida definitiva, mas sim uma viagem para o mundo astral, um reino de existência que transcende o plano físico.
Esse conceito de morte e perda, tão intrínseco àqueles que investem suas vidas no material e no ego, é apenas uma ilusão. É uma perspectiva limitada, incapaz de compreender a vasta riqueza da experiência espiritual. Para os que nunca vivenciaram a espiritualidade na prática, a morte parece ser um fim, uma separação irreparável. Mas, para aqueles que se conectam com sua consciência espiritual, a realidade é muito mais grandiosa e inspiradora.
Através da visão mediúnica, temos a capacidade de ver e ouvir naturalmente aqueles que já deixaram o plano material. A barreira que separa o mundo espiritual do físico começa a se dissipar, revelando um universo de comunhão eterna e entendimento profundo. Nessa jornada de descoberta, percebemos que nunca estamos verdadeiramente sozinhos.
No dia em que despertarmos para a verdadeira essência de nossas almas, a separação entre o espiritual e o físico deixará de existir. Seremos capazes de navegar entre esses reinos com a mesma facilidade com que respiramos. A verdadeira conexão, aquela que transcende a morte, será finalmente revelada, e entenderemos que a vida é uma continuidade infinita de amor e consciência.
Cada Segundo Conta: A Arte de Viver Plenamente
Nenhuma perda deveria ser mais lamentável para nós do que perder o nosso tempo, pois é irrecuperável. Ah, o tempo! Tão efêmero e precioso, escorrendo por entre nossos dedos como areia dourada, levando consigo momentos que jamais retornarão. Perder tempo é uma das maiores lamentações que podemos ter. O tempo é um recurso finito, talvez o mais valioso que possuímos. Cada segundo que passa é uma joia única, um suspiro que se dissipa no ar e se perde no infinito. Às vezes, só percebemos o valor do tempo quando ele já passou, como uma doce lembrança que se desvanece ao amanhecer. A correria do dia a dia, as distrações e preocupações muitas vezes nos impedem de perceber que estamos desperdiçando o que temos de mais precioso. A reflexão sobre o tempo perdido nos faz pensar na necessidade de estarmos mais presentes, de valorizarmos cada instante, de vivermos com mais propósito e paixão. Não podemos mudar o passado, mas podemos transformar nosso presente e nosso futuro. Cada segundo pode ser uma oportunidade de fazer a diferença, de criar memórias inesquecíveis, de viver intensamente. Que possamos aprender a saborear o tempo, a usá-lo com sabedoria e a vivê-lo plenamente, para que, ao olhar para trás, sintamos que realmente vivemos, e não apenas existimos. Que nossas vidas sejam uma sinfonia de momentos preciosos, cada um mais valioso que o último, compondo uma melodia que ressoe eternamente em nossos corações.
A perda é como uma tempestade inesperada que varre a serenidade do nosso horizonte. Primeiro, nos refugiamos na negação, construindo frágeis muros contra a realidade que bate à porta. Dizemos a nós mesmos que é um engano, que o mundo logo retomará o seu curso habitual – uma tentativa desesperada de proteger o coração do impacto.
Mas o peso da verdade logo encontra brechas, e surge a raiva, como relâmpagos iluminando o céu escuro da alma. É o momento em que gritamos ao universo por respostas, direcionando nossa dor para outros ou, às vezes, para nós mesmos. A barganha segue como um sussurro esperançoso: promessas ao destino, negociações silenciosas com o impossível, na busca de reverter o irreversível.
Então vem a depressão, silenciosa como a chuva fina após a tempestade. É um mergulho profundo no vazio, onde a saudade se mistura à desorientação, e cada passo parece pesado como se estivéssemos caminhando em areias movediças. Nesse momento, o mundo parece perder sua cor, mas há um convite sutil para a introspecção e a descoberta de forças ocultas.
E, como o amanhecer após a noite mais escura, chega a aceitação, não como um ato de esquecer, mas como um abraço gentil ao inevitável. Aceitar é soltar as amarras da dor, permitindo que as lembranças não sejam mais âncoras, mas estrelas que nos guiam. É entender que a vida, apesar de suas perdas, ainda oferece flores a serem plantadas e caminhos a serem percorridos.
Esse estágio final é um gesto de coragem – abrir o coração ao presente, acolher os sentimentos com ternura e seguir em frente com a leveza de quem aprendeu a transformar a dor em sabedoria. Não é o fim da saudade, mas o início de uma nova forma de caminhar, com mais serenidade e equilíbrio.
... e sem maisperda de tempo
devemos nos dedicaraos hálitose frescores
da mais idônea das culturas,ocasionando
mais vigorosos questionamentose ideias
capazes de oferecer ao nosso espírito doses
robustas de desembaraço e atrevimento,
estimulados pelo resguardo e limpidezpróprios
do autoconhecimento ora adquirido: esse
digamos 'arquético supremo' sempre
dispostoà confrontartão barulhentas
petulâncias e mandamentos
umbilicalmente humanos...
Nunca divinos!
Tenho medo de errar
Tenho medo de te perder
Tenho medo de um dia você não aparecer
Nunca mais voltar
Sou insegura
E vivo nesse caminho de medos
Sinto que não sou capaz
Já perdi muitas pessoas
Não quero te perder também
Achava que era forte, que já estava acostumada
Mas eu sempre estive errada...
choro
o choro que derramo hoje
tem nome
tem sentimento
mas não tem vida
o choro que derramo hoje
ninguém nunca verá o motivo
ninguém nunca, se quer, adivinhará o motivo
nem com magia, nem com raciocinio
mas todo ano, uma data eles lembrarão
o choro que derramo hoje
a burocracia não irá ajudar
a igreja não poderá ajudar
mas, quem sabe, minha família conseguirá me levantar
o choro que derramo hoje
ninguém escutou,
pois não teve barulho
mas acho que Deus viu minhas lagrimas
e resolveu me ajudar...
me permitiu ter criatividade para escrever esse poema
O beijo daquele dia era mórbido, sem vontade, não tinha amor, nem se quer carinho.
Era como se meus lábios tocassem uma parede fria e sólida. Enquanto suas mãos percorriam meu corpo fazendo-o estremecer em espanto, em estranheza.
Beijo sem vontade, sem amor.
Meu peito gritava: Apenas mais uma vez, tem que dá certo!
Não... não, não era mais o mesmo beijo, se quer o mesmo sabor. Agora sentia o gosto do amargor, a acidez de sua saliva, aquilo fazia meu estômago revirar e em meu peito permanecia um coração quebrado, não existia euforia. Minha boca estranhava tal coisa, onde estava aquele amor? Aquele fogo que outrora queimava em meu peito que fazia meu corpo inteiro festejar. Onde forá tal amor? tal sentimento. Restava meu vazio, meu sentimento de perda.
O que eu havia perdido?
Não sabia.
Na verdade, não queria aceitar que talvez essa fosse nossa última noite juntos.
A última noite dos amantes.
Quando nos perdemos?
Quando foi que nos perdemos? Por que uma risada parou? Por que todos nós mudamos? Acho que não saberemos essas respostas... ainda nos encontramos perdidos em meio de tanta coisa.
Uma lágrima que caia de tanto gargalhar se tornou uma lágrima de tristeza que cai quando se lembra do passado, dos tempos que vivemos e daquela amizade que tanto amávamos... parece que também se perdeu o decorrer do percusso.
Luto materno
Juventudes são roubadas
E os dias ficam tristes
Mães são abandonadas
É um fim que persiste
A vida sofre por não existir
O amor não tem significado algum
A violência invade até banir
A piedade não vem de jeito nenhum
A saudade vem em forma de improviso
E não basta o medo aliviar
As lágrimas chegam sem dar aviso
É preciso ser vivo pra chorar
O mundo leva sua prole embora
E seu dia fica sem cor
A dor ocupa toda a hora
Enquanto a ausência mata o amor
Fotos e lembranças abraçam seu corpo
Enchem o coração carente
Perder um filho não há conforto
Seu mundo se torna ausente
Se ela pudesse, o mal derrotaria
Pois o branco não veste a paz
Se ela pudesse, sua cria protegeria
E sua perda esquecerá jamais
MIOCÁRDIO
A gente não comanda o coração
Não conseguimos controlá-lo
Ele possui um sistema de condução de impulsos próprio
Pulsa no ritmo da emoção
O ser humano não tem controle sobre o seu ritmo ou intensidade
Contrai amores, descontrai desejos
Contrai dores, dilata sensações
Pode bater forte por uma pessoa e por outra nem tanto
Sentimento que corre nas veias e reflete no corpo
Arrepio, borboleta na barriga, palpitação, sorriso espontâneo, prazer
Somos seres com possibilidades infinitas
Pulsantes, emotivos, ativos, racionais, indecisos
Esse negócio de sentimento às vezes é complicado mesmo
Entra um monte de incertezas na cabeça
É a razão duelando com a emoção
Desorienta, fica tonto, perde a noção
Se optarmos pela emoção em detrimento da razão
Sempre haverá perdas consideráveis
Agora ou depois que a lucidez chegar
Separação
Quem nunca passou pela dura dor da separação.
Nada mais é que o encontro, consigo mesmo. Se deparar com a nova realidade não é fácil. Afinal, durante breve ou longo período, mudamos muito para estar com alguém.
Deixamos de ser nós mesmos , perdemos parte da nossa essência , e dói demais ficar sozinho com o que restou.
Mas o reencontro com o nosso verdadeiro eu, acontece, e quando acontece, é mágico. Descobrimos como somos especiais, preciosos e raros.
Você vai se apaixonar por si mesmo, vai resgatar a criança que mora dentro de você. Logo estará completo e preparado para amar quem bem entender e ser muito amado também.
Comece de novo, veja quanto de você ainda está por vir .
Não existe o fim e sim um novo começo.
"Sempre fui muito inteira... Se eu gosto, gosto mesmo, se me entrego, me entrego mesmo, se eu me envolvo, me envolvo mesmo! Pra mim nunca existiu meio termo.
Pense bem... Quer a mim? Então queira mesmo, valorize mesmo, faça por onde merecer mesmo... Porque se me perder, é você quem vai sofrer mesmooo! "
CONVÍVIO DOS MORTOS
Quero tudo que não me foi,
Tudo talvez o que não mais é
A despedida da antiga e errônea dor
Da pobre esperança sensata
constituída em fé.
Quero abraçar esta noite nebulosa como última,
aquela que não se veem a chegar
A que possui dois córregos de um mesmo rio separados,
Que sem escolha trilharei...
Ao certo, onde será o que se esperam?
Quero junto a ti nesta sossegada paz
Ir além do conhecido, do eterno
Do místico ao surreal,
Do terço à boêmia.
Quero esse sentimento mentiroso e egoísta
Devastador!
Que o que em outrora, de um lado da moeda, consolador!
Quero estar com olhos de enfermos e desfalecidos diante de tuas faces e momento,
Ver-te de baixo
Para que nao o veja,
O olhar negro, abetumado, abioso,
Pois bem sei que o lugar que virgílhas
Em mero relance antigas idas,
Não encontrarás o recinto que cobriu-me
Como o soprar da ultima vela.
Não quero enxergar o que os os lhos inibem
As neblinas que não se dissipam,
Omite ao olhar a certa cegueira
Sob tão cedo catatumbas bem mal cuidadas,
Que não tiveram a verdadeira despedida
Desta face de teus cabelos
E do medo que se prega.
Em suspiros que sussurram, se proliferam
E nao se passam, se propaga
Contaminam este convívio dos mortos,
Inquieto, constante, devaço, tenebroso
Infecta os vivos que temem, não deixam a de temer...
E nestas caminhadas noturnas que rogam
Suplicam ao tempo que não permitira esquecer
O vácuo deste solo sem saída
Que o menor ser procura romper,
Quero encontrar este endereço baldio
Que se fez morada e não flui
Que vaga e não dilui
Neste imenso cemitério que não mórbido
Se tem o que não foi,
O que apenas se constitui.
Willas Fernandes. 17.12.15.
em meus ciumes
muito mais amor proprio do que verdadeiro
esquecendo que de muitos
eu não fui o primeiro
entre praças e vielas
meu ato de coragem
é o culpado
pelo acender das velas
navegar na ilusão da cor dos olhos
torna minha inexperiencia relevante
aprendendendo com o tolo
me torno apenas mais um jovem viajante
tentando ser alguem que nesse mundo q a ele nos atira
cansado de ouvir desculpa
prefiro acreditar
que tudo foi mentira
em um coração no peito
é a cabeça quem fala
a voz que um dia de amor gritou
hoje em minha boca se cala.
Perco momentos. Dias, horas, minutos e até segundo me são preciosos, devagarinho, nem percebo, me perco em pensamentos e esqueço deste conceito de tempo
Ainda assim, seguimos em frente nos achando, nos perdendo a passos largos, ou pequenos, para que estes não nos pareça cada vez mais lentos, sei que aprenderemos e se acabarmos bem atentos, não haverão mais momentos, e sim risos, lágrimas, dores, e claro cultivando o amor, que é imenso
Ele Não Sabe!
E ele a flertou. Queria somente entender o motivo de não vê-la lutar por ele. Sem pestanejar ela virou-se, o encarou, e se deixou apenas falar com o olhar:
''- Você não sabe o que é não conseguir encarar alguém, pelo simples fato de enfraquecer diante disso;
- Você não sabe o que é defender essa pessoa de tudo que possa lhe atingir, sendo que você mesma pretende a julgar;
- Você não sabe o que é se perder em um som de uma simples risada, mas que possui a capacidade de te fazer feliz;
- Você não sabe o que é olhar para alguém que está olhando para outro alguém com olhos de devoção, e não poder fazer nada. Só sentar e assistir ao espetáculo;
- Você não sabe o que é presenciar um certo alguém curtir fotos alheias, comentar fotos alheias, no intuito de achar o que procura;
- Você não sabe o que é presenciar o interesse alheio no alguém, só porque ele possui isso ou aquilo diferente do que se tem;
- Você não sabe o que é sentir segurança em um simples abraço;
- Você não sabe o que é olhar para o rival do seu time e lembrar do alguém que por um acaso, torce para esse rival;
- Você não sabe o que é estar na presença de tanta gente, e por um vacilo, sentir-se sozinho. Como se não bastasse, lembrar do alguém em cada canto, em cada lugar, assim não dá;
- Você não sabe o que é libertar esse alguém, pelo simples fato de gostar;
- Você não sabe o que é lutar para entender algo que você, muito menos o alguém, entendem;
- Você não sabe o que é se corroer em dúvidas;
- Você não sabe o que é lutar contra tudo que você sente, porque no fundo, você sabe que não deveria sentir;
- Você não sabe e nunca vai saber!''
Ela apenas o olhou firme e deixou que seus lábios falassem o que se devia falar:
- Eu não gosto de você o suficiente para lutar ...
Ele não soube o que dizer, se virou e foi embora, com uma dor de perda ou engano em seu peito. Pena que não presenciou ela se derramar em lágrimas e sussurrar aquilo que todos sempre souberam:
- Eu gosto de você o suficiente para deixá-lo ir!
E todos sabiam disso, todos ... Menos ele!
Ladrões de Sonhos
Eu te vi partindo de repente
Com aquele olhar tão carente
E os sonhos largados ao chão
Acreditando encontrar reação
Para solitária e antiga paixão
Quando vi lagrimas de emoção
Rolarem por tua face tão sofrida
Vi que tinhas aberto tantas feridas
Ao se encontrar em tal situação
Quando suplicava pelo perdão
E só encontrou um amargo, não?
Flechando certeiro o seu coração
Vi que não terias mais solução
Ao corpo nu da tua felicidade
Mas de ti roubaram a dignidade
Expulsando o amor com crueldade
Construindo momentos enfadonhos
Dando lugar aos ladrões de sonhos...
Foi então que te vi partindo de repente
E em minha vida tornando-se ausente.
Pensar: O que dizer, o que falar, o que fazer?
Tantas dúvidas, incertezas, certezas que não se quer...
Queria muitas coisas... queria não querer tanto.
Mas tudo está longe
E o que fazer?
Correr? Fugir? Se esconder?
Lutar? O que é lutar?
O que fazer?
Queria fazer muitas coisas, queria ter tantas coisas
Queria... Não quero mais?
Quero acordar, ver a vida de novo,
Sorrir, amar, poder correr e voltar
Quero escolher, decidir, mudar, renascer
Quero muita coisa.. .
Quero mais que tudo ser eu
O eu que só eu conheço:
Aquele escondido, dormente, fugindo...
Volta pra mim, deixa Eu ser só eu.
Tive o privilégio de ter um anjo hospedado em meu ventre.
Pena que foi por tão pouco tempo, pois havia me preparado para uma longa estadia, organizei anos e anos da minha vida, planejei cada segundo dele aqui...
Preparei até uma carta de desculpas para o momento que eu tivesse que partir sem ele.
Mas somente após o ter recebido, descobri que este anjo só estava de passagem, a fim de me ensinar algo sobre o verdadeiro amor...
Infelizmente, este anjo teve que sair às pressas, deixando para trás a conta de dor e saudade... conta esta que hoje eu pago com lágrimas até os meus últimos dias, quando eu reencontrar, meu anjinho.
Deixei você entrar, você entrou e tomou conta. Mas nunca deixei você partir, embora tenha partido.
Deixei, com você, um pedaço que jamais deixarei com outra, porque agora é seu e de mais ninguém. Então, mesmo distante, cuide...
Pois o cuidado, honra a minha ausência da sua vida. Ausência que eu, ainda desejo, que seja momentânea...