Textos de Paixão
Fique na companhia de alguém que desperte o melhor em você e não o contrário...
Espírito Peregrino
Do próprio e do alheio
Não se fixe demais ou apenas no que se é dito. Procure observar como caminha, come, trata, ri, chora, troca, senti frio ou calor, carrega suas pedras e as deixa pelo caminho, como os animais te vêem, como silencia (sim, como silencia) ... Esqueça as palavras no começo, elas serão importantes em outros momentos. Quando fizerem sentido não pelo que dizem, mas pelo que explicam sobre o que observou.
No caminho aprende a olhar nós próprios olhos e saber o que diz sem precisar perguntar o que foi. Assim, também, o faça quando outros olhos cruzarem os teus. É no silêncio que se aprende, que se encontra e que se aprofunda. Não importa se você verbaliza suas coisas olhando no espelho, pois elas estão lá e tu conheces todas.
Assim saberá o que é bom e o que não é. Caminhe com alguém que desperte em você o melhor enquanto em silêncio, enquanto palavras que (mesmo que poucas) reforçam as posturas silenciosas.
Ao colidir com um olhar a te olhar já há algum tempo e se apenas sabes que neste olhar não cabe perguntar o que, pois já se sabe o que ele diz, mesmo que este não esteja ali, tente caminhar a seu lado sem se importar se este olhar é seu ou do alheio.
Caminhar em companhia de alguém é sempre bom, mesmo que este alguém seja você e quem sabe na mesma sintonia apareça o alheio.
Confidências ao Luar
Estive esses dias com a lua
À beira do rio a encontrei
E a cada noite lhe perguntei
Sobre sentimentos e a paixão tua
Pedi-lhe inúmeros conselhos
Dirigi-lhe perguntas sobre amor
Sobre paixões proibidas, sobre a dor
Busquei respostas de joelhos
Fiz a ela confidências
Contei-lhe do meu amor por você
Perguntou-me, então, cada porquê
E viu que sofro penitências
Sua bênção tive que pedir
E que sorrisse pra nossa história
E que sempre iluminasse a nossa memória
Antes de a cada manhã partir
Provavelmente você nunca lerá o que vos escrevo,
isso me aperta o coração.
Acordar pensando em você tem sido um exercício diário,
ao qual me dói repetir.
De repente, suas férias estão sendo agitadas, ou piores que a minha,
afinal, o que uma princesa faz nas férias?
Um súdito chamado moral vigia-te,
até quando tentas ignorar-lhe, ele estará ao teu lado.
Por coerção dos que te rodeiam me deixastes de lado,
e mesmo assim ainda estou aqui, pensando em você.
Nos meus devaneios, lembro-me da garota linda que me fez feliz,
daquela que prometera está disposta a amar-me por reciprocidade.
No afã do meu dia a dia tentei criar forças para reconquistar-te,
tentativas em vão, isso não me deixa triste,
pois quem ama é capaz de sentir felicidade ao saber que o seu amor está bem.
Se um dia, no alto de vossa humildade, lembrar de mim,
saiba que espero-te de volta, e se não quiser-me, saiba que estarei feliz em saber,
que você estará feliz.
-Lucas Ben David
Vento que sopra desorientado
Fostes tu assim?
Tão inimigo de mim?
Trás para perto aquele espinho
E levas para longe minha flor ?
Flor de perfume que não senti
Levas tu para outro jardim
Para longe de mim
Vento amigo do tempo e inimigo de mim
Provocastes tu em mim imenso arranhão
Não no corpo, mas no coração
Poque sopra tais ventos em mim?
Sopras tu para eu sentir...
Percebo que não és tu meu inimigo
És tu meu melhor e verdadeiro amigo
Em momentos és vendaval com espinhos
Em outros és brisa e carinho
Fostes tu semeador de jardins
E apreciador do tempo
És vento em dia e noite
Pois não fostes de momentos
Podes tu ser relento ou intenso
És meu ontem, meu hoje, meu amanhã!
Relento de mim.........
Ou intenso de mim....
Explorador dessas ventanias
Descubro que não és vento só para mim
És vento de mim
E desorientado de mim quando não deixo-o soprar
Pois vendaval ou brisa
Sopras tu para mim
São flores ou espinhos
Diferença não faz sem jardim
Vento que não toco, mas sinto
Vento hora amigo hora "inimigo"
Não fostes seu nome vento
Mas sim o "doce esperar do destino"
Destino meu...e merecedor de mim.....
Te desenho
Em minha mente desenho o teu rosto.
Começo pelos olhos,
que me provocam com seus mistérios.
Profundos, intrigantes, brilhantes.
Pincelo com cuidado as sobrancelhas,
moldura delicada do olhar
alinhada em perfeita harmonia.
Escorrego pelo nariz.
Me prendo na tentação de sua boca.
toda atenção a cada detalhe:
o gosto do beijo,
a umidade dos lábios,
os nuances da língua,
a beleza do sorriso.
Tiro a cor do batom para ver a natural.
Me perco nos cabelos,
me afogando em um mar de prazer.
Acaricio o rosto com as pontas dos dedos.
Ansioso para sentir novamente
a maciez e o frescor da pele.
O calor do desejo,
a força da alegria,
a paz da paixão.
Olho para o céu, sinto-me
flutuando em um presente amargo
Converso com o tempo que,
outrora fora meu amigo, e hoje
encontra-se perdido
Sinto o peso das palavras, a intensidade
dos seus anseios e as ilusões cortantes
d’alma.
Diga-me sentimento ordinário, me diga
o que fazes ai?
Por que engana-me neste labirinto enigmático?
Deixe-me ouvir o murmurar do futuro abraçar
o meu interior
Olhar para o meu Amor de primavera
Jurar juras de amor ao meu amor
Cantar ao alvorecer a mais nobre das canções angelicais
olhar para o nosso passado estrelado e viver eternamente
na doçura dos sonhos!
Yin Yang
Não te entendo, não me entendo, não sei o que ela quer,
Não sei quem ela é, e não sei quem ela quer.
Estou em uma fase, que não me defino, não te defino,
Somente necessito de um amor recíproco.
Mas a culpa é minha, entrei sozinho nessa jogada,
Mas nunca desconfiei que seria uma cilada.
Uma armadilha fácil, uma armadilha boba,
Mas fui atraído como uma presa tola.
Esse silêncio machuca, maltrata e desarvora meu coração,
Uma multidão de sentimentos em minha volta,
E eu no meio sem munição.
Eis as questões: persistir? Desistir? Prosseguir? Continuar a te amar?
Me sinto um peixe sozinho no mar.
É difícil, é estranho, achei que era verdade,
Mas foi um mero engano. Provei uma dose disso,
E me embriaguei, não me controlei.
Ela pra mim é Yin, eu sou Yang,
Onde os opostos se atraem, e corpos se misturam.
E eu tento te ignorar, juro que eu tento.
Tento sorrir o tempo inteiro para disfarçar o vazio por dentro.
Tento não esperar nada de você.
Tento não pensar em você cada minuto.
Tento não te amar tanto assim.
Eu tento.
Ser feliz é crime? Somos culpados.
Quando juntos, parece que o mundo toca uma sinfonia que só nos dois sabemos dançar.
Você segue meus passos, eu sigo seus passos. Tão entrosados como Bebeto e Romário.
Seu cheiro é luz no meu caminho, no qual sempre te enxergo pra me acompanhar.
Você tem mágica na voz, é como se cada palavra que dela sai fosse uma instrução, e eu apenas tenho a oportunidade de obedecer.
Se eu sou bruto, você é calma, se eu sou calmo, você é linda. A rouquidão da sua voz me encanta como uma noite estrelada.
Por ser simples, você torna tudo mais interessante. É como se conseguisse extrair o pior do melhor.
Eu sei que as costelas que vendem no Outback são maravilhosas,
mas é incrível como a gente se diverte tanto comendo batata e assistindo faustão.
Tua presença é calmante, pra mim que tenho na mente um vulcão em erupção.
É engraçado, acho que você causa amnésia. Sempre que estou com você esqueço do resto do mundo.
Seus convites são inegáveis, suas vontades, suas vaidades põe abaixo toda a minha arrogância.
A gente não se possui, a gente não se pertence. A gente simplesmente, é.
Colecionamos finais felizes pois sabemos que o amanha não existe, o que nos leva a crer que hoje,
mais precisamente, AGORA, é o momento ideal pra dizer "eu te amo".
E eu te amo. Afinal, nos entendemos com excelência, nossos corpos estabelecem diálogo, temos todo um universo à parte.
Mesmo sem frequentar aulas de teatro, você protagoniza meus sonhos. Estar com você faz parecer que tô sonhando acordado.
Somos indefinidos, inenarráveis e imprevisíveis. Não nos completamos, nos transbordamos.
Por que brigamos tanto assim? Eu sempre te falei pra não ficarmos intrigados por pouca coisa. Você mesmo disse que sempre faríamos de tudo pra dar certo. E agora? Vai me deixar dormir angustiada? - Onde está aquela convicção em fazer tudo dar certo? - Tudo bem que as vezes te tiro do serio, mas eu não quero que seja assim, pois isso me mata a cada dia e eu sei que você sabe disso.
Eu quero dormir com você mais uma vez, quero te abraçar mais uma vez, quero te fazer meu esconderijo todas as vezes que o medo estiver a minha procura. Eu quero estar bem com você quando seus problemas te fizer perder a cabeça. Quero poder dizer: "Amor estou aqui, sempre vou estar aqui".
Efeitos colaterais
Sonhei em esculpir
Seus traços em carrara
Para eternizar toda a
Minha imensa admiração.
Imaginei-me Bethoven
Por uns instantes
Para compor com suas nuances
A maior das sinfonias.
E tudo isso meio tardio
Eu confesso e reconheço
Pois já nem nos falamos mais
Nem nos olhamos mais.
Estou em luto
E quem faleceu fora eu
Não me vejo mais em teus olhos
E todo encanto se encerrou.
O que me restaram fora a esperança
E a pena para escrever estes tristes versos
Totalmente sem métrica e sem nexo
Efeitos colaterais da falta que sinto de você.
Te quero pra mim!
Quando o sol se põe, percebo quão certo era o caminho
Eu uniforme não me encaixei a sua experiência
As vezes quando olho pra trás, vejo como impecável eram as veredas
Agora o que me resta é remoer a sua ausência
Ao acordar, percebo que foi dura a jornada noturna
Culpa da minha inexperiência eu sei
Lembro do seu jeito encantador
Pensamentos, agora é o tudo que se tem
Antes você e os meus sonhos eram o meu tudo
O já, é saudade de tudo o que vivemos
No presente, o meu maior desejo é você
Retroceder impossível, é, continuemos
Continuar sem você é martírio,
Suplício sem fim
Nas vias do meu ser tudo diz:
Te quero pra mim!
http://blogdajemedeiros.blogspot.com.br/2014/11/te-quero-pra-mim.html
Oh formosa e delicada
Com sua sublime e silenciosa calma
Me bate um arrepio ao sentir teu sopro vindo do horizonte
E em teus brilhos eu enxego o céu
Céu escuro, terra escura...
Terra essa que é iluminada pelo reflexo daquela que me aquece
Doce brilho que me faz acordar
Nessa noite fria e serena, onde a lua é pequena
Perto do brilho do seu olhar.
Oh noite serena
Me deixa entrar em tua cena
Onde a lua pequena
Me faça sonhar.
Trancado no meu quarto, me pego pensando em coisas que parecem não ter importância alguma, pra muita gente. Mas pra mim, tem e faz toda a diferença. Eu não sei, mas, talvez eu esteja ficando apaixonado por você. Quem sabe o correto seria guardar tudo isso para mim. Esperar, até conhecê-la melhor. Você sabe, a vida é uma caixinha de surpresa, e o que estamos fazendo hoje, definirá o nosso dia de amanhã, por isso, prefiro guardar isso pra mim, mas ficaria feliz, se ao menos, isso o que estou sentindo, escapasse da minha boca. Ficaria mais feliz ainda, se de alguma forma ou de outra, você ficasse sabendo de tudo isso, e correspondesse tudo o que eu sinto por você. Eu quero te contar, mas tenho medo do que pode me dizer. É difícil segurar isso só para mim, pois a cada dia, parece aumentar.
Sabe, parece ser tão fácil demonstrar o que sinto por você, mas pra mim está sendo tão difícil. Seria timidez? Ou será que é só falta de coragem? Não posso descartar a hipótese de que seja mais uma das loucuras da minha cabeça. Seilá, a única coisa que sei, é que estou completamente apaixonado por você"
VELÓRIO
Chama aí uma carpideira
Para eu encomendar suas lágrimas
Embora te pareça besteira
Quero meu velório com lágrimas.
Pouco importa que sejam compradas
O que eu quero na verdade
É uma seleção de piadas
Estranhamente mórbidas e covardes.
Pranteadas pela carpideira
Que é para ninguém esquecer
Que a vida não é uma grande brincadeira.
Melhor se deixar levar para não enlouquecer.
GAVETA
Se eu por ti já não mais choro
É que tua partida finalmente
Virou fato consumado.
Nada mais se pode alterar.
Se a serenidade de meus dias
Conseguem enganar os que me cercam
É que resolvi esconder a revolta
Na gaveta onde guardo as emoções.
Aquela que um dia resolvestes abrir.
Revirastes à minha revelia
Lendo, relendo e brincando
Com tudo o que não deverias.
Assim, como já não choro,
Reorganizei a velha gaveta
E tranquei-a com chave.
Aquela que jogastes fora.
'MEU NOME É RONALDO...'
Meu nome é Ronaldo, sem sobrenomes.
Me fizeram ilusionismo, perpetuo enganação.
Vida privada, sem reflexos, sem nexos, sem pousadas.
Sem identidade, se tivesse alguma, seria servil, oprimido, lacunas.
Desenhei meu mundo, metáforas.
Só entra os ilusionados, patéticos, sem fortunas.
Me batem na cara.
Sem biografia, sem dor.
Esculachado, deito no chão, terra batida, frio na barriga.
Dor corroída, mas de peito aberto.
Tento ser sincero, falar a verdade,
às pessoas mesquinhas, que se deixam enganar.
Tenho que trabalhar, isso desola.
Prefiro donativos e pura cachaça.
Droga de mundo! Sentimento profundo, dá um nó na garganta.
Falo o que quero, tenho pouca simpatia.
No meu mundo fechado e repulsão aparente.
Me deixa dormente com sonhos profundos.
Prefiro o meu eu, do que ser enganado.
Nesse mundo fechado, onde todos sobrevivem.
Pretensiosos e alheios, peito estufado.
Não lembram que vamos, para o mesmo buraco.
Somos todos fiascos de possibilidades.
Onde a causalidade, nos deixa oprimido.
E a alma dormente, me deixa Ronaldo.
Homem coitado, entrar no meu mundo?
Tire sobrenome, da sociedade incólume.
Apegue-se às síndromes, lesione-se aos goles.
Vamos rir dos pobres, contemporâneos doentes.
Da vida diária, presos no tempo, sem proeminentes.
Dos que não têm tempo, de ser um Ronaldo.
A vida prossegue, sem identidade.
Lhe falta coragem, abandone seu mundo.
Se dê um bofetão, pegue artilharias.
Quem sabe a vida, fica mais estimada
Quem sabe ela pare... ou fique calada!
Há dias que paralisamos,
Há dias que o coração parece tão grande pra caber dentro do peito,
Há dias que perdemos o chão, o mundo fica ponta a cabeça. Se pudéssemos gritaríamos, choraríamos e voaríamos, mas no silêncio lágrimas invisíveis caem lentamente, até que um dia, sem percebermos, secarão!
AMO-TE
Amo-te e não quero mais sussurrar
Entrego-te na sutileza do olhar
Teus são meus pensamentos e emoções
Dono dos meus sentimentos e razões
Amo-te por me ensinar a voar novamente
Por me ajudar a colorir o que faltava na minha vida
Amo-te meu anjo, por me tornar melhor a cada dia
Amo-te sem muitas razões de ser
Sem muito a explicar
Te amo pelo que me causa
Por eriçar meus pêlos
Por fazer com que meu coração bata assanhado no peito
Amo-te e não quero mais sussurrar
Quero cantar, quero valsar e contar ao sabiá
Escrever para o mundo sobre esse amor que me invade
Que torna sonhos em realidade
Quimeras, hoje são borboletas no jardim
E brisa que toca minha face
Hoje posso vê-las com toda sua beleza
Agora posso senti-las a pulsar dentro de mim
Quimeras... Meu amor sem fim...
Não é com areia que se constrói um castelo,
mas com sentimentos verdadeiros!
Quando o sentimento é verdadeiro,
as paredes são fortes e o teto inabalável
Não há escassez provocada pelo tempo de convivência
e não há mal que possa a estrutura abalar
A felicidade não tem prazo de validade, é 4r
Quando duas pessoas verdadeiramente se amam
não se completam, transbordam
O tempo, as estações, as pessoas e o trem da vida.
No pulso do relógio
Ponteiros a correr
Encurtando a distância entre nosso querer
Na estação da vida
Pessoas ansiosas, por vezes receosas
Guardam na bagagem desejos secretos,
Carregam sonhos pra depois viver
À espera do trem da vida,
Recordo as últimas palavras ditas
Tão repletas de querer e amor
E sempre presente o temeroso medo, triste pavor
Na estação da vida, tempo passa e não te espera
Pessoas já decididas anseiam logo ir
Para cada estação uma dor, um adeus...
Recomeços têm pressa
Lá vem o trem da vida
Calado, sem alarde, sem fumaça
Chega despercebido...
O maquinista não avisa
Portas se abrem, o tempo é curto
Estações são recomeços, trem é futuro
Se tiver medo vai ficar
Não verás o trem chegar
É preciso sentido aguçado
Para ir além, enxergar do outro lado
Deixe pra trás o que não foi bom
É chegada a hora de partir