Textos de Menina Mulher
Não! Eu não sou uma mulher magrinha! Na verdade, nem tenho pretensões em ser! Minhas medidas não condiz com o que se vende nas passarelas da moda, mas ainda assim, me acho ma-ra-vi-lho-sa.
Meu manequim fica ali pelos 44 - quando me sinto magrinha-inha-inha - e 46, quando definitivamente estou gostozérrima!
Tenho bundão sim, coxa grossa sim, seios fartos, cintura fina e muito balanço nas cadeiras, baby, exatamente como Deus me fez, e sabe como Deus é: exigente na perfeição e eu me sinto assim: perfeita!!! E convenhamos: ser gostosa é que é ser top e eu não troco a minha silhueta por nenhum manequim abaixo do meu.
É claro, tem vezes que meu lado "surtado" resolve brigar com a balança, mas nessa guerra a gostosura ganha sempre! Eita gostosura cheia de personalidade, menina que sabe o que quer!!!!
Aliás, vou contar um segredo pra vocês, que só as gostosas sabem:
Nós nos amamos e estamos no topo da lista de desejo de muitos marmanjos!
Vocês acham que isso é invenção?
Sabe de nada inocente!
Mulher é maluca!!!!!!!!!!!!
Na moral, nem tem como falar que não. Ela sofre pra caramba por alguém, mas esquece no primeiro oi. Ela abraça o travesseiro esperando que como mágica ele se transforme em alguém e sente nele um abraço tão verdadeiro, cai uma lágrima de saudade. Ela chora o banho inteiro, sai dele, faz maquiagem e sai radiante, como se tudo por dentro estivesse normal. Ela sonha por dois, constrói uma vida na mente e quase sempre se decepciona com isso, mas não desiste. Ela sente falta de cada gesto de alguém que nem que ela existe lembra. Mesmo sem nenhum motivo, traz todo dia a droga de um sorriso e um coração cheio de esperança.
Mulher é maluca....
Hoje um cara perguntou:
“Ique, estou saindo há três meses com uma mulher.
Sou muito gentil, um cara legal.
Muitas mulheres dizem que eu sou um príncipe.
Mas não sinto que ela está apaixonada por mim.
Eu queria entender.”
Uma mulher,
não se apaixona pelas vezes
que você abriu a porta do carro.
Ela irá se apaixonar pelas vezes que,
antes de abrir a porta do carro,
você der aquele amasso.
Sabe, de surpresa.
Você a prende na porta,
e ela arrepia inteira.
Mas lembre-se,
não abra a porta sempre.
O repetitivo cansa.
O espontâneo,
encanta.
Uma mulher,
não se apaixona pelas vezes
que você enviou uma mensagem.
Ela irá se apaixonar pelas vezes que,
no meio da tarde você ligar e,
fala baixinho um monte de sacanagem.
Uma mulher,
não se apaixona pelas vezes
que você a levou para um lugar.
Ela irá se apaixonar pelas vezes que,
você a tirou pra dançar.
E com dois passos e um olhar,
a fez sonhar.
Uma mulher,
não se apaixona pelas vezes
que você lhe deu um brinco.
Ela irá se apaixonar pelas vezes que,
antes de dormir, você deu um beijo e,
a fez sorrir.
Uma mulher,
não se apaixona pelas vezes
que você dormiu até o amanhecer.
Ela irá se apaixonar pelas vezes que,
você ficar acordado,
até ela adormecer.
E meu velho, pode ter certeza.
Mesmo morrendo de sono,
quando ela fechar os olhos,
você vai dar um sorriso bobo.
Uma mulher,
não se apaixona pelas vezes
que você chegou na hora marcada.
Ela irá se apaixonar pelas vezes que,
deitou ao lado dela e,
de luz acessa e cara lavada,
a fez se sentir segura e amada.
Uma mulher,
não se apaixona pelas vezes
que você a deixou em casa.
Ela irá se apaixonar pelas vezes que,
você a fizer dar aquela risada exagerada.
Sabe né?
Aquela que faz ela se sentir apaixonada.
Uma mulher,
não se apaixona pelas vezes que,
você colocou uma música no rádio.
Ela irá se apaixonar pelas vezes que,
você fizer o coração dela bater mais rápido.
Uma mulher,
não se apaixona pelas vezes
que você deu um presente.
Ela irá se apaixonar pelas vezes que,
você não for ausente e,
tiver coragem de dizer o que sente.
Mas lembre-se,
não minta.
Uma hora,
o coração honesto,
reconhece a covardia.
Uma mulher,
não se apaixona pelas vezes
que você a chamar de linda.
Ela irá se apaixonar pelas vezes,
que você mostrar as estrelas e,
cantar a sua música favorita.
Ah meu velho,
como fazer você entender?
Uma mulher,
não se apaixona por coisas óbvias.
Ou em vão.
Ela se apaixona assim,
quando você tem algo que,
da vontade de amar de novo.
E de novo.
E isso é tudo.
Admiração Oculta
Como habita um caráter tão forte em uma variável inconstante de mulher, uma força que muita das vezes por ela ignorada e tão pouco reconhecida por minucias de instantes, a repulsa pelo injusto e as justiças granuladas em seu comportamento.
Por vezes em seus modos possuem atitudes que podem ser um tanto primordiais, porém todo o caráter de uma opinião totalmente sólida que o constrói faz-se perdoar toda a descaracterização própria que ela o realiza.
Vejo desse modo, entro totalmente no complexo desse dom virginiano de ver “o redor e o inteiro” , dom de analisar ,para mim ela está a prova o tempo todo e o “tempo todo” é a prova dela.
Acontece que quando enxergamos algo realmente bom, não nos influenciamos pelo meio externo, pelos boatos, pelas capas, pelas máscaras ... aprendemos a tirar o nosso próprio sumo daquilo que realmente queremos ver. para que ouvir as suas projeções por ai se tenho uma só sua e você tem uma só minha?!
“Só sua, só minha, adoro esse tom de exclusividade!!!” cabe perfeitamente na minha paranoia nociva.
Março 8
Como lhe definir mulher? Sim és tu!
Capaz de levar a ruína o mais bravos guerreiros
Como não ouvir o timbre de tua voz que hipnotiza
Como não se render aos encantos sem me por de joelhos
És tu Mulher!
A mais misteriosa das criações de Deus
Criatura que nenhum sábio ousou a desvendar
A mulher; como não se perder em ti
Apaixonante é cada qual no seu jeito peculiar
És tu Mulher
Sincera em tuas manifestações emocionais
Amo não amo; alegre,triste,chorona e sorridente...
Socorro! Senhor que injustiça!
Sem manual não da pra entender claramente!
És tu mulher
Sempre meiga
Seu olhar,seu abraço e sua voz,percebe a simplicidade ?
Nos perdoe por não compreender.
E muito obrigado por nos cuidar nos guardar
Obrigado pelo simples fato de nos transformar
És tu Mulher
Sonhadora,guerreira e que vai a luta ao levantar se da cama !
Firme em sua intensa batalha cotidiana
Feroz como uma leoa que defende seus filhotes
Pois seus amados são os bens mais preciosos
Tu querida Mulher
A ti lhe que dedico a minha ousadia
Que mesmo sem lhe compreender por inteira
Lhe escrevo essa homenagem
Nas linhas de minha poesia
E um muito obrigado a você dia 8 de Março de 1857
Por esfregar em nossa face !
Que sem você Mulher eu nada faço
à você ficam meu carinho,beijos e abraços.
Poema acróstico - Andreia Caroline Galeano
Alfa como símbolo de uma mulher que lidera pelo gentil coração
Namorada que um bom homem sonha para terem mútua realização
Deus te faz imensamente abençoada, seja como mãe, filha, amiga...
Rainha em beleza coroada de simplicidade, ternura, educação...
Elegante no vestir-se e no portar-se, um referencial de ação
Inspiradora musa, que se destaca em uma feminina multidão
Afável, receptiva e atenciosa dama, tu procedes com retidão.
Cada verso é ode, uma busca poética pela sublime descrição
Acima da literatura, estão anseios dos recônditos do homem
Resplandecente rosto é o teu, dotado de uma beleza grega
Onde estiveres encantarás a todos, como a mim me encantou
Luminoso sorriso, feições delicadas, olhar esplendoroso
Inerente carisma propagado como sol em radiante dourado
Nuvem branda, brisa leve; um céu pelas mãos e voz suaves
Elevam-se meus pensamentos em ti, transponho o tempo.
Gostos refinados e afinidades observáveis me causam fascinação
Alma pura, assim te conservas com virtudes acima do transitório
Leveza e paz são atributos do teu ser e reverberam tanta doçura
Eternamente estarás em mim e na poesia, tem-se o elo perene
Acalento a gratificante arte de dar vida a palavras oníricas
Nenhuma barreira contém a glória de uma poesia extasiada
Omega no desfecho da escrita como chave de material nobre.
Sou o sagrado e o profano,
um haleto e um alcano,
a mulher e a amante,
a ouvinte e a falante,
o céu e o inferno,
o ultrapassado e o moderno,
a pergunta e a resposta,
substância simples e composta...
Sou o paradoxo e a redundância,
o conhecimento e a ignorância,
a escassez e a abundância,
a bondade e a perversidade,
a confiança e a deslealdade,
o mito e a realidade,
o viciante e o saudável,
a solução e o incurável,
o descaso e a compaixão,
conceito e contradição...
Sou o certo e o errado,
o infinito e o limitado,
a virtude e o pecado,
o carbono e o hidrogênio,
um ser humano normal e um gênio...
Sou a entrada e o prato principal,
a páscoa e o natal,
a queda e a ascensão,
a emoção e a razão,
o desejo e a indiferença,
a saúde e a doença,
a fome e a gula,
o remédio e a bula,
o veneno e a cura,
a criadora e a criatura...
Sou, enfim, os dois lados da moeda,
o sim e o não, pois pra mim não há definição.
Surpreendentemente surpreendente.
Uma eterna caixinha de surpresas...
Uma bela mulher
Que mudou algo em mim
Estive tão perto
De ser muito feliz
Parecia tão bom e fácil
Mais algo havia a li
Encontrei-a perdida
Com um triste olhar
Desiludida a acreditar
Em um novo amor
Então a consolei
E disse que podíamos tentar
Ela me disse que não podíamos
Que eu era jovem
E não saberia amar
Mais respondi
Enquanto não souber o que é o amor vou continuar tentando
Enquanto não souber que é paz vou continuar lutando
Enquanto te ver chorar vai dar uma razão para mim em te amar
E vou por meu amor em sua proteção
Ele vai ser o lenço que enxugará suas lagrimas
Enquanto ainda não poder me amar
Sou mulher, não guria
Se eu preciso de ti? Eu sou mulher, garoto! Não guria. Eu acordo às 06h da manhã de segunda a sábado, 12h por dia, 4h de aula, 5 horas de sono. Eu não preciso pedir tua permissão para pagar minhas contas, nem te informar o dia do pagamento do meu aluguel. Aprendi a me virar cedo, a sair da barra da saia da mamãe. Tu não sabes nada da vida, e tampouco entendes de amor. Eu sei que não li mais de dois livros do Mário Quintana, desconheço as citações de Shakespeare e que, mal sei falar inglês. Não sou chiquetosa como estas piranhas que te ligam de seus iphones brancos no meio da madrugada te chamando para sair. Talvez eu não seja a mulher ideal. Mas, eu me amo, sabe? Ando de ônibus, me visto como posso e vou apenas aonde o dinheiro dá. Portanto, eu sei do meu valor e também conheço vários que sabem também. É só eu estalar os dedos e consigo uma carona pra São Paulo e volto dirigindo uma Land Rover. Mas, eu não sou mulher de interesses. Sou de negócios. Eu negocio o carinho e em troca tu me ofereces o abrigo dos teus abraços. Eu te dou amor e tu me alugas o teu coração. O que achas? Se ainda preferires, eu posso reservar algum tempo no meu horário de almoço, a fim de pedir uma ajudinha à Ana Maria Braga e te fazer um bolo, um café, um cafuné.E ah, em questão de arrumar um tempo para nos amarmos, deixa comigo. Eu sou boa em dar jeitos, péssima em arranjar desculpas.
Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.
Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.
O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.
Nota: Trecho da crônica "Dentro de um abraço"
...MaisNão entristeça o teu pobre coração, pois a guerra ainda não acabou... Mostre-me a mulher aguerrida que és! A mulher corajosa que se transformou!
Sei que os caminhos não são sempre de flores e que as dificuldades podem nos surpreendermos, mas com a positividade guardada em nosso coração... Tudo é superável;
" Toda mulher merece respeito, admiração.
Também merece uma bolsa nova
E uma tarde se sol
Toda mulher merece ter um filho
E viver as delicias desse amor
Para sempre
Toda mulher merece um bom perfume
Ainda que não seja fácil escolher
Mas isso... Ah! Isso não é problema...
Toda mulher merece um carro novo
E um bom seguro também...
(É que tá assim de barbeiro...)
Toda mulher merece respeito, admiração
E o melhor dessa terra...
Que você seja feliz mulher
Pois é muito especial para alguém."
O Militar
O Militar seja ele homem ou mulher é aquele(a) que dedica sua vida em prol da população;
É o sentinela seja diurno ou noturno responsável por fazer com que você descanse em total segurança;
O Militar é aquele que convive com outros combatentes em um local onde não há diferenças,
Não há diferenças em comodidade, muito menos diferença racial;
Somos Homens e Mulheres com bravura, à disposição para combater qualquer força adversa, visando a total segurança da população Brasileira.
Somos Capazes de persuadir nossos inimigos a se retirarem de nosso território, mesmo que se preciso for com o sacrifício de nossas próprias vidas.
Nossa ostentação? Nossa ostentação é a nossa FARDA, que para muitos não passa apenas de uma vestimenta, para nós é uma grande conquista, além de conquista passa a ser uma responsabilidade, responsabilidade de honrar nossa Bandeira Nacional, de proteger nossos cidadãos, responsabilidade de garantir a Lei e ordem.
O Militar nunca deixa de ser ele mesmo, o militar está sempre à disposição do Glorioso Exército Brasileiro.
Nós Militares não queremos luxo, queremos apenas o reconhecimento da Nação Brasileira.
BRASIL ACIMA DE TUDO.
"Mulher vermelha
O tom do seu batom é assim
Como um som do Tom Jobim
Esse vermelho sangue
Mancha o branco do dente
Mulher vermelha
Tiro no coração
Hum, hum
Tem cheiro bom
Discreta droga
De um perfume que não há
Essa impressão que nunca some
Some daqui
Mulher vermelha
Tiro no coração !
Mulher de Copa
Mulher da vida, mulher perdida. Será que o nome dela é Diva ou Maria, mas de guerra é Vilminha. No calçadão de Copa é rainha, passando com seu um metro de perna, que linda! Onde só anda de sainha, usando meia arrastão toda exibida. Será que está de calcinha ou nuazinha? Faz programa de noite porque de dia é mocinha de família. Mocinha que adora um samba e que só vive bamba de tanto beber. Seios pequenos de moça, mas que só vivem fartos de tantas bocas. Para com isso menina, pois isso não é vida de uma moça de família.
Natural de Natureza
Onde já se viu adolescente sem paixão? Homem sem a razão e mulher sem a emoção?
Onde já se viu, assim como uma chuva de verão, algo mais maravilhoso que as ações do coração?
Onde já se viu a felicidade longe da paz, e a inveja sem o ódio. E o amor sem o perdão?
São coisas da natureza, que são e não à o que se mudar, pois além de ser perfeita, são inexoráveis. Inexorável, o que não pode impedir ou se mudar, o que já é natural por excelência.
Natural é o meu amor por você, que não há o que temer e o que guardar. Te entrego o meu olhar, onde você com suas atitudes alegres e diferentes, podem cada vez mais enxergar.
E, para finalizar, te entrego a minha emoção, aquela que me guia e que me disputa junto com a razão. Te entrego, isso sim, o meu coração!
Quem é esta mulher?
Quem é ela que mistura realidade
E miragem num só ser?
Quem é está que é a rocha e ao mesmo tempo,
A tinta fresca que escorre
Pelas minhas mãos molhadas pela vontade ?
Quem é ela?
Que quanto mais conheço, menos reconheço?
Nas mil nuances dela mesma
Que se sobrepoem num quadro diante de mim?
Ela, que nunca é igual e nunca deixa de ser única...
Ela que é a mulher que busco desvendar,
Mas que se mostra nova
E se renova na arte do mistério?
Quem é ela?
Que sai da tela e invade minha vida sem pudores?
Que brinca comigo sem limites
E que me enfeitiça assim?
O que quer de mim?
Quem é essa mulher?
Palpite
Julia é uma mulher que tem lá suas feridas, umas já fechadas, e outras bem escondidas; tem sempre um sorriso no rosto, independente de como esteja por dentro; é apaixonada por música, cinema, Vinícius de Moraes e brigadeiro; tenta não se arriscar tanto quando o assunto é coração – embora não tenha muito sucesso quando tenta evitar –; ama o sol e adora um dia de chuva, daqueles pra ficar embaixo do cobertor, vendo filme.
Rodrigo é egoísta, talvez até demais; não é daqueles que contam a sua vida de primeira e diz “acabou”, ele é completamente o contrário; às vezes surpreende como ele é tão complicado e difícil de entender; gosta do sol, mas prefere uma boa chuva; não é lá muito preocupado com o futuro; gosta de observar os sorrisos dos olhos – diz que é o mais sincero – e adora soltar umas cantadas ao pé do ouvido só pra poder ver um sorriso envergonhado.
Embora possa não parecer – ao menos nesse pedacinho contado de cada um -, eles são umas das pessoas mais parecidas que eu já vi... A maior diferença é que Rodrigo tem uma namorada, e o maior problema foi o destino tê-los apresentados na hora errada.
Ou não, vai ver que era pra ser assim mesmo: um amor incomum, que dispensa explicações; que só de olhar, você já entende. É exatamente como Rodrigo definiu: esse amor deles é uma espécie de amor-amizade.
Bem, eles se conheceram num bar, e Julia nunca pensou que isso viesse dar em algum lugar, muito menos nessa amizade que eles têm hoje... Afinal, a primeira coisa que Rodrigo disse para ela foi logo uma reprovação. Ele a viu pedindo cachaça, olhou estranhamente, e deve ter pensado algo como “porque diabos uma mulher ia pedir cachaça? Ela parece tão frágil! Deve estar é querendo afogar as mágoas na cana mesmo”, quando falou:
- Cachaça? Mas que coisa feia, rapaz!
Julia o olhou com uma cara um tanto quanto desprezível, em relação ao comentário dele, mas logo abriu um sorriso e soltou sem nem pensar:
- Mas o que é que tem de feio? Nunca visse uma mulher beber cachaça não, foi? Hahahaha.
- Claro que já, mas é que você parece tão...
- Frágil? Eu sabia que tu tinha pensado alguma coisa desse tipo...
- Bem, era o que eu ia dizer... Mas é que não sei explicar, eu acho que não combina muito bem contigo. Além do mais que cerveja é bem melhor, não acha não?
- Hahahaha, eu não gosto muito de cerveja não, ainda tô aprendendo a gostar. Mas e aí, me conta o que tu pensou quando me viu pedindo cachaça?
E daí em diante, começaram a conversar sem nem saber o quão especial um seria para o outro.
Aos poucos, foram se descobrindo... Era como se em cada dia, Rodrigo contasse um capítulo de sua vida – o engraçado é que ele ainda não acabou o seu “livro” até hoje – e Julia contasse um pedacinho do que ela era. Descobriram gostos iguais para tudo: pra música, pra sentimento, pra escrever, pra olhos e pra sorrisos. O tempo passava rápido para eles, quando na verdade passava tão lento que só fazia uns três meses que eles se conheciam... E mesmo assim, já tinham um laço tão forte como alguém que se conhece há anos.
Num dia, sem nem ter porquê, discutiram que sobre o destino. Disseram que ele havia se atrasado, que havia feito as coisas numa ordem inversa, que eles deviam ter se conhecido antes, só pra ter mais tempo. Mudaram de assunto. Falaram sobre alguns textos, uns filmes e sobre o clima. Caíram no assunto “nós”. Discordaram e concordaram, ficaram sem resposta e sem saber o que dizer. Por fim, chegaram numa conclusão: que deixasse a vida levar, porque o que tivesse de acontecer, iria acontecer de todo jeito.
Ficaram por quase uma semana sem se falar – o que era muito para eles -, até que Rodrigo ligou pra Julia e cantou:
- “Tô com saudade de você, debaixo do meu cobertor. De te arrancar suspiros...”
- “... Fazer amor.” Que música mais indecente pra cantar pra mim, num acha não? Hahahaha.
- Hahahahaha, acho não. Tô com saudade de você... Vamos sair? Agora?
- Agora? Às onze e meia da noite?
- É, agora! Bora pra aquele bar, onde a gente se conheceu?
- Tá bom... Vou só trocar de roupa e a gente se encontra lá em quinze minutos, tá?
- Tá certo, não demora!
- Relaxa. Beijo.
Julia desligou o telefone e ficou só ouvindo o barulho que seu coração fazia... Ou era amor, ou era saudade. Ela só não sabia bem do que se tratava.
Quando Julia desligou, Rodrigo correu pro banho. Não conseguia parar de pensar no tamanho da saudade que tava sentindo. Saudade do sorriso dela... Das conversas, do carinho. Saudade deles dois.
Julia chegou, e cinco minutos depois, Rodrigo também. Sentaram-se, ele pediu uma cerveja e falou:
- Cachaça, senhorita?
- Hahahaha, não, engraçadinho. Para você que não sabe, agora eu tomo cerveja – e o olhou desprezando o comentário dele de novo.
Parecia que estava tudo igual. O mesmo lugar, o sentimento, eles, a amizade... Tudo estava como era pra ser. Ficaram por lá até quase uma hora da manhã, e nesse tempo, conversaram muito; tanto, que não sei como eles ainda tinham do que falar.
Foram juntos até o carro, estava chovendo. Antes que Julia entrasse em seu carro, Rodrigo a puxou e sussurrou no ouvido dela:
- Me diz como é que você conseguiu me viciar assim, desse jeito, me diz?
- Só te digo uma coisa. Ou melhor, duas. Uma: nem venha com isso agora... Pare. E outra: eu tenho um palpite. Sobre a gente.
- Como é que eu posso parar com você sorrindo pra mim desse jeito e com seus olhos âmbar me olhando assim?
- São verdes, já disse.
- Pra quê tu insiste que são verdes? Âmbar é muito mais bonito.
- Então tá bom, eu deixo que eles sejam âmbar só pra tu.
- Hahahaha, obrigado. Me diz aí, qual é o teu palpite?
- “Eu sinto a falta de você, me sinto só... E aí, será que você volta? Tudo à minha volta é triste... E aí, o amor pode acontecer. De novo, pra você, palpite.” Era esse.
Rodrigo puxou-a pra mais perto e disse, perto da boca dela:
- “Tô com saudade de você, do nosso banho de chuva, do calor na minha pele, da língua na tua”. E esse era o meu pra você.
Beijou-a.
Na cabeça de Julia vinham milhares de coisas para serem gritadas, mas ela só conseguia mesmo era pensar que acabava de descobrir se era amor ou se era saudade. E não era nenhum dos dois.
Rodrigo não conseguia pensar em mais nada, só na chuva fria e o beijo que o esquentava por dentro, e na vontade de ter Julia sempre por perto.
Soltaram-se. Julia o olhou com os olhos cheios da confusão que brotara na sua cabeça, mas com a certeza que vinha de dentro do seu coração e disse:
- Como é que tu conseguiu roubar um pedaço do meu coração assim, tão facilmente?
- Eu sempre fui um bom ladrão.
- Ridículo.
O silêncio fez-se presente por uns dois minutos, e eles sabiam o que havia acontecido ali. Além de ficarem ensopados de água, eles de descobriram o que sentiam. Julia sabia que precisava dele, e Rodrigo sabia que precisava dela; eles eram como um vício, um para o outro.
Rodrigo beijou-a na testa, e já ia embora quando Julia disse:
- Entenda só uma coisa: Eu nunca vou deixá-lo ir.
O resto ficou subentendido, como um parênteses em aberto na cabeça de cada um.
Olhar
Eu não sei até quando eu vou viver assim.
Vem mulher, esquece tudo e abraçar o meu sentimento.
Deixa a alegria fluir.
O meu coração carente te pede carinho.
Somho com o teu olhar e um beijo em mim.
Ah! Mulher atá quando terei que esperar você decidi.
Se você não me quiser eu vou continuar a sofrer.
Eu posso até morrer de amor.
Porém, espero um dia você me amar.
Só não sei até quando esta espera vai durar.
Uma coisa é certo você me enfeitiçou.
Agora no meu coração residi a dor.
Este sofrimento que ao mesmo tempo me faz feliz, deixa lágrimas em meu olhar
Dois povos
Uma mulher.
Mistura de dois povos.
Um sangue que ferve ao correr pelas veias.
A alegria no sorriso,
O mistério no olhar
A dádiva de nascer em uma terra de paz,
E a dor de ver sangue do seu sangue em guerra.
Eu sou as nascentes das águas,
Eu sou calor do deserto.
Uma alma livre com um coração subimisso.
Que vibra ao som do pandeiro,
E se transforma ao som do derbaque
Que tem a força do cedro
E o perfume da rosa.
Que tem a alegria da América
E o coração do Oriente....