Textos de Mar
Refletiu em seus olhos o mar e as estrelas; lua prateada nasce sobre sua cabeça com digníssima beleza.
Seu olhar era o meu céu, o brilho neles provindo dos cosmos; quem entenderá o coração que veem com estranhos olhos?
Águas perturbadas, não cries ondas, sejas calma; meu amor por ti é brilhoso, da magnitude solar, e seu conforto, não que eu esteja errado, é frio e gracioso, ó lua nas espelhadas águas portentoso.
Tal como a água, que varre a terra, forte e impetuosa, me vens e vai-te quando retorna; foi-se também aquele olhar, a beleza que meus olhos desabam em pesar agora.
Ondas turbulentas, doces como és, por que me fazes sentir o salgado das lágrimas? Seca-me os lábios, alegra-me a face.
Noite após noite, seu espelho sereno me revela, brilha as estrelas, a lua, e nas águas, ela me será eterna.
Nos montes altos, tocam as estrelas,
Com brilho sereno, iluminam a terra.
Os vales dançam ao som das águas,
Dos rios calmos às torrentes bravas.
Flores desabrocham nos bosques profundos,
Cores e aromas em harmonias rotundas.
Os pássaros cantam melodias suaves,
No céu azul, em voos intrépidos e graves.
A floresta vibra com vida e mistério,
Onde animais encontram seu império.
Cervos saltam, raposas se espreitam,
Cada ser em sua sinfonia perfeita.
Oceano bravio, com força e coragem,
Abraça a terra, revela sua imagem.
Ondas dançam em cadência feroz,
Enquanto o mar se expressa em sua voz.
Os rios tranquilos, em sussurros gentis,
Seguem seu curso, serenos e sutis.
Acariciam margens, abraçam a vida,
Refletem o céu, em paz infinita.
E assim, a natureza em sua grandiosa orquestra,
Nos inspira e encanta, numa beleza honesta.
Do céu às flores, dos vales ao mar,
Tudo é poesia, basta olhar e escutar.
Nos detalhes sublimes, nas cores e formas,
Vejo a mão divina, que tudo transforma.
Deus, o Autor de cada brisa e raio de sol,
Que pinta o mundo com amor sem igual.
Nos montes e vales, Sua presença resplandece,
Na vastidão do mar, Sua grandeza enaltece.
A cada flor que desabrocha, a cada pássaro a cantar,
Vejo Sua assinatura, Seu eterno cuidar.
Em cada detalhe, um milagre se revela,
Um toque divino, numa tela tão bela.
Pois é Deus quem orquestra esta sinfonia,
Criador de tudo, fonte de toda harmonia.
Se a lua pudesse
Foi ao lado do mar
que te vi a me olhar,
te admirei a note toda
sem pensar em descansar
O teu brilho me encanta
mesmo no escuro
tu me espanta,
brilhando com tanta elegancia,
em todas as vezes que o sol descer
no fim daquele mar
Hoje que ir,
mais uma vez te admirar
por favor não se esqueça
de está noite me mostrar
que mesmo nos dias mais tristes
na noite você me ajudará.
Não controlamos o mar
Podemos surfar, nadar ou até nos afogar
Sentir a água, a força e a temperatura
Ou apenas observar
Alguns moram perto da praia
Outros moram muito longe
Há quem more perto e nunca vá
Assim como há quem sonhe em conhecer
Você se lembra da primeira vez em que viu o mar?
Teve medo ou ficou encantado?
Saiba que a grandiosidade está dentro do seu olhar
E do seu viver
As suas águas ainda se movem?
E a sua força, onde está?
CRIADO DE BORDO
Posso até sentir o mar, escutar o que tem a sussurrar, posso sentir sua força quando meus olhos se fecham… o grande oceano, soprando uma forte brisa sobre meu rosto, vem temporal aí.
As velhas tábuas do navio, rangendo sobre meus pés, as cordas a segurar tamanha força dos mares sobre as velas.
Quando der repente, uma grandiosa onda anuncia sua temerosa presença sobre nossos olhos.
É em momentos como esse, que separamos os homens das crianças.
Ela se aproxima como a morte dos homens.
Os céus mandaram um grande raio para
despertar o grande mar, que com a luz resplandecente do raio, por uma fração de tempo, uma onda tão grande quanto os montes da terra, é revelada sobre aqueles pobres marinheiros.
Os homem naquele dia já haviam desistido da vida, alguns lamentável suas vidas, outros pecadores, assassinos e ladrões oravam por perdão antes da morte.
Mas aquele dia ainda nos traria muitas surpresas.
Quando já não havia esperanças, e seus coração já haviam transbordado de medo e insanidade, por tudo que tinham vivenciado. O Sol anuncia sua presença, espantando a poderosa ventania entre as ondas.
Naquele dia aprendemos a viver.
CRIADO DE BORDO…
"Até o oceano me rejeita."
Pego-me vagando em meus pensamentos,
Aquele momento em que o tempo para.
Os ventos cessam sua brisa fria,
E o silêncio arranca de mim
Os suspiros que já não existiam.
As nuvens fogem, levando consigo
A chuva que poderia apartar
As chamas vívidas da luz guardiã,
Aquela que persiste mesmo à noite
E me protege dos males da escuridão.
Mas quem disse que não gostaria
De cegar-me com o breu?
De andar sem preocupações,
Ferindo-me aos cacos de garrafas quebradas,
Dos inocentes bêbados eufóricos,
E entregando-me aos lobos famintos,
Finalmente tendo um propósito?
Embora venham com mentiras ardilosas,
Dizendo que meu destino é iluminar o mundo,
Eu sei: meu reflexo está distorcido.
Os demônios solares, sedentos por lúmen,
Corroem minha carne e alcançam minha alma.
Busco então refúgio no azul profundo,
Sob o manto do mar,
Esperando apagar a chama que consome
Minha essência.
Mas até o oceano, que abraça todos os naufrágios,
Me rejeita.
Ele conhece meu peso, minha dor...
Mas devolve-me à superfície,
Como um pedido que o universo se recusa a ouvir.
Resignado, aceito: não há lugar para mim.
Passo a vagar, uma existência pífia,
Ociosa para mim, mas viciosa
Para aqueles que sugam o que resta da minha alma.
Fernando Machado disse "Me diga em quantos pedaços você foi partida; quero saber quantas versões sua terei que amar."
Eu, porém, não sei dizer coisas belas e tão pouco sou poeta. Não sei nada sobre o amor e provavelmente vou me afogar em meus próprios sentimentos.
Neste vasto oceano de incertezas, onde as ondas obscuras do desconhecido me envolvem. O silêncio é minha única resposta.
Na dança entre a tempestade e a tranquilidade, onde a paz se esconde em meio ao barulho e o medo grita alto em meu peito me arrastando para longe da sanidade, teus olhos são o meu farol.
Certamente do teu sorriso eu me tornei cativo, mas devo dizer-lhe que não quero parecer fraca, mas tua presença me faz esquecer da razão. E em um piscar de olhos me encontro perdida no labirinto que é meu subconsciente e por mais que não queira admitir é tua voz que me guia.
Eu não sei usar as palavras então eu me perderia em teus olhos facilmente, pois, teu olhar é um poema infinito que dá voz para minhas palavras silenciosas.
Eu Preciso de Sol
Eu preciso de sol. Preciso da luz que abraça a pele, da energia que aquece o coração e da alegria que se transforma em sorriso sem esforço. Há algo no verão que renova a alma, que espalha positividade como o calor que sobe do chão em um dia quente.
Sou praiana. Sempre fui. Gosto do pé na areia, daquele contato direto com a terra que parece nos conectar com algo maior. Gosto do sal do mar que pinica a pele, como se o oceano deixasse um lembrete: “Você esteve aqui, você é parte disso.” Gosto da leveza dos dias ensolarados, do barulho das ondas que parecem sussurrar segredos antigos.
Meu signo é Câncer, o caranguejo. Talvez por isso eu tenha essa ligação tão forte com o mar, essa necessidade de estar perto dele, de senti-lo e de escutá-lo. O mar é refúgio, consolo e celebração ao mesmo tempo. Ele me entende, mesmo quando eu não consigo me entender.
Desde a infância, o mar foi palco das minhas memórias mais felizes. Nas férias de verão, minha família sempre ia para Florianópolis. Lá, minha conexão com o oceano foi forjada. Brincadeiras na beira da praia, castelos de areia que nunca resistiam à maré, e tardes infinitas sob um céu azul — o tipo de lembrança que não apenas fica, mas se transforma em parte de quem somos.
O verão é minha estação de renascimento. É quando me sinto mais viva, mais alinhada com aquilo que realmente importa. A luz do sol não ilumina só o dia, ela ilumina a alma. E o mar… ah, o mar me lembra que a vida tem ondas, altos e baixos, mas que, no fim, tudo encontra um ritmo.
Preciso de sol porque ele me lembra que a vida é para ser vivida, celebrada e sentida, como uma onda quebrando suavemente na areia.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia
quero dizer como quem come
comida boa
que engorda e se satisfaz
quero cantar como quem bebe
na companhia de bons amigos
quero cantar como o azul do céu
e falar como a estrela lunar
anseio pelo momento da liberdade
que terei
com certeza voltarei
pras águas profundas de meu bem mar
me mergulharei nas profundezas
da infinita
e extensa
cor escura
ou cristalina
das minhas águas
que transbordam com o vai e vem das ondas
e se enche com o mistério que há
por toda parte
escrevo pra me sucumbir
para não mais gritar
pois me tamparam a boca
para que não haja poder em meu vocabulário
como bossa nova
desejo
e com seu sentimentalismo
não fico atordoada
por não ter um amor
para junto andar
pelos 4 canto de meu mundo
te acharei
em algum momento
barulho de amor
fé que conduz
beijo molhado
de amores vividos
há tempos
saudades do que ainda vira
saudades do momento
do acontecimento
de meu futuro.
Colo-água
Alguém precisa mergulhar em você e
Repousar em seus braços-oceanos
Receber seu largo sorriso-lago
Ficar em seu abraço-dique
Ouvir sua doce palavra-rio.
Essa pessoa é você!
Todo dia, navegue go! go! Até
Você-córrego silencioso
Sem euforia e encontre
Consigo-mar profundo
Banhe-se de si
Pessoa-cachoeira.
E diga: “aqui eu fico!”
Não se abandone!
Mesmo nas incertezas do seu
Eu-correnteza
Diariamente seja seu principal
Eu-afluente!
“Sou como o mar imenso quase infinito.
Vivo entre o dia e a noite, como o sol que se deita na linha do horizonte, atrás das montanhas, no final de uma reta. Você me ouve nas ondas que caem ritmadas e rolam até a beira. E nas gaivotas que dão rasantes no espelho d’água salgada. Por fim, antes de dormir, sou intensamente dourada e vaidosamente sorrio com seus suspiros. É tudo que quero por cada dia de vida”.
#bysissym
Vamos sempre confiar em algo superior a nós ?
Descansar os olhos da alma no azul do céu,
no verde das montanhas, no colorido das flores,
na canção do mar e no murmúrio do vento?
Muito mais há de belo e grátis nessas visões,
são presentes que a vida oferece, vindas de Deus
para acalmar nossos corações.
O mar é nitidamente enigmático,
abriga uma grande beleza no seu íntimo,
passa uma sensação de equilíbrio
apenas com a sua superfície,
mas muitas vezes fica agitado
semelhante a um coração que acelera seus batimentos
quando está bastante emocionado,
fica impaciente com o vaivém de suas ondas
como se de alguma forma quisesse ser notado
ou seja a maneira que ele encontrou pra desabafar,
e, talvez, seja justamente por ser assim tão expressivo
que muitos com ele identificam-se e o apreciam.
É evidente que este enigma faz parte de algo divino
e inexplicável, assim, mesmo que não faça sentido,
merece ser contemplado.
Quem me dera poder conquistar uma bela sereia, o meu coração seria o seu segundo mar, claro que eu também desbravaria as águas do seu mundo, nas profundezas da sua natureza, à noite, da superfície, trocaríamos afetos, admiraríamos as estrelas como se estivéssemos num universo paralelo, tendo um momento mágico ou presos num oportuno lapso do tempo, todavia, explicações não seriam algo necessário, já que o foco estaria nas nossas emoções e instantes partilhados.
Ah! Pensar neste fato tão aprazível e improvável causa ricas sensações que fazem eu sonhar acordado.
O destino
conta com
a nossa
boa vontade,
e Todos
os Santos:
nas mãos
da sereia
oculta
está a concha
acústica
da História
que clama
pela verdade.
A justiça
e a paz
como
poemário
do jeito
que deve
ser em
nome
da grandeza
de todo
um povo
sempre
pede diálogo.
O capricho
político não
leva a nada,
a História
é muito clara:
boliviana
nasceu
Antofagasta,
por mais que
uns ignorem
e tentem
mudar o quê
foi escrito,
porque da
memória
ninguém apaga.
Acima de
qualquer
'dinastia',
da invasão
e de todas
as poesias,
esse mar
pertenceu ao
Império Inca,
não dá para
ocultar o quê
todo o mundo
viu e sabe
que ali estão
os vestígios
da verdade.
Foi o poeta
Valentim
que me
pediu para
não desistir,
e dessa causa
não olvidar.
Relembro
para que
da História
não seja
apagada:
quatro anos
após a
independência,
a Bolívia
foi invadida;
e o Chile até
hoje não
teve 'clemência'.
Reaver
o diálogo
requer paciência
e persistência;
não vou parar
de pelo povo
jamais de rogar.
A Bolívia
nasceu com
400 km de
costa sobre
o Pacífico,
e ficou sem
o acesso
soberano
ao mar,
e a Justiça
de olhos
vendados
me deixou
como saída
insistir em
escrever mais
de cento e vinte
mil poemas
para fazer
dialogar,
e a paz reinar.
Em tempos
de beligerância
a poesia sentou
praça para reunir
povos irmãos
e semear o amor
e a esperança,
Creio que tempos
bem melhores virão,
dialogar nunca
será em vão.
O mar assim como
o amor é grande,
nele cabem todos
os povos e precisa
de todos os nossos
atentos cuidados.
A poética com
a sua carta de
navegação
aberta haverá
de resgatar
o entusiasmo
de onde nunca
deveria ter
sido subtraído,
e o mar da história
será devolvido,
e abençoado;
porque eu quero
e assim será
consagrado.
A face oculta da Lua
não é acessível
para a Ciência
porque com o incrível
só os poetas sabem lidar,
O mesmo acontece
com os navegadores
experientes que
não conseguem atravessar
as ondas mais
impossíveis de navegar,
e somente os poetas
estão preparados para superar
por conhecerem as fases
da Lua e as chaves
do mar da Humanidade
com intimidade para morar.
Minha reverência
ao Almirante Tamandaré,
ao Almirante Barroso
e ao Capitão-de-Mar-e-Guerra
José Secundino
que prepararam o destino
do Brasil que possuímos hoje,
Que cada um deles
e o mais anônimo marinheiro
seja lembrado
pela vitória no Arroio Riachuelo
que lembramos com orgulho
desta gloriosa Batalha
consagrada pela nossa Pátria.
Mais um oceano
Um enorme frenesi tomou meus pensamentos
No mar, fui fisgado pelos sentimentos
Cercado pelas águas, meu coração cegou -se, e meus olhos fecharam-se.
Com o vai das correntes da alma, meu espírito abateu se
Meus pés tentando achar algo sólido, em nada pisou.
Num mergulho abissal, fui vendo criaturas que, na escuridão, no mais profundo da alma, elas se alimentavam de sentimentos mortos.
A vida e seu vai e vem, alma lá, alma ca como ondas à beira mar, vento lá, vento cá.
Uma gota de chuva sendo o sentimento, morre de medo pelo seu pequeno tamanho ante ao gigante mar, Largo e profundo, intrépido e voraz.