Textos de Mar
Eu não sei muito sobre o mar, mas eu sei que o caminho é por aqui. E também sei o quanto é importante na vida... não necessariamente ser forte, mas se sentir forte, se avaliar uma vez na vida, se encontrar pelo menos uma vez na mais antiga condição humana, encarando a cegueira, ficando surdo... com nada pra te ajudar além de suas mãos e sua própria cabeça.
Imagine que você está à beira-mar e vê um navio partindo. Você fica olhando, enquanto ele vai se afastando, cada vez mais longe, até que finalmente aparece apenas um ponto no horizonte. Lá o mar e o céu se encontram. E você diz: “Pronto, ele se foi. "Foi aonde? Foi a um lugar que a sua visão não alcança, só isso. Ele continua tão grande, tão bonito e tão imponente como era quando estava perto de você. A dimensão diminuída está em você, não nele. E naquele momento em que você está dizendo: "Ele se foi”, há outros olhos vendo-o aproximar-se e outras vozes exclamando com alegria: “Ele está chegando”.
A morte é apenas uma travessia do mundo, tal como os amigos, que atravessam o mar, e permanecem vivos uns nos outros. Porque sentem necessidades de estar presentes, para amar e viver o que é onipresente. Nesse espelho divino, vêem-se face a face; e sua conversa é livre e pura. Este é o consolo dos amigos e embora se diga que morrem, sua amizade e convívio estão, no melhor sentido, sempre presentes, porque são imortais.
"a vida é um mar, a experiencia humana uma embarcação, nós os condutores. no mar milhões de barcos, uns estão isolados de todos, outros estão em conflito com outros. Uns estão parados observando o movimento de outros barcos, outros afundam sem mesmo se aperceberem disto. Uns remam com força em diversas direções, outros se deixam levar pelo vento enquanto assobiam melodias de canções familiares... A pergunta que reverbera nas paredes do coração de cada ser humano desde o primeiro por do sol, desde que o primeiro barco deixou o primeiro rastro na areia em direção ao incerto, em direção a territorios não mapeados é: existe algo alem do que os nossos olhos hoje podem ver, existe um lar do outro lado desse mar, existe um mais?"
Minha cabeça é um mar cheio de ondas, umas vêm e me derrubam, outras vão e me levam. De vez em quando fica tudo calmo, sereno, é aí que tenho receio. Nada nunca é tranquilo pra mim. Acho que acostumei com isso: um temporal vive aqui dentro. Talvez seja disso que você tem medo, pois tem gente que não gosta de chuva.
Não existe felicidade, sem pleno conhecimento de si mesmo. O mergulho nas águas abissais do mar íntimo é indispensável. E a convivência, nesse contexto, é a Escola Bendita. Saber os motivos de nossas reações frente aos outros, entender os sentimentos e idéias nas relações é preciosa lição para o engrandecimento da alma na busca de si próprio”.
Jesus, como excelente âncora que é, sempre manteve meu barco firme, estável e equilibrado no mar da vida. Mesmo diante da agitação do mar, das bravas tempestades ou das fortes ventanias, minha âncora sempre me deu esperança de dias melhores e de mares mais calmos! Minha âncora me mostrou que, por mais difícil que esteja lutar contra a maré, uma hora o mar sempre se acalma, porque tudo, tudo passa, e que não importa a situação, minha âncora sempre presente estará. Meu mestre me ensina dia após dia que mar agitado é para formar o meu caráter ao conduzir o barco pelos mares da vida, mas que a postos Ele sempre estará, a me resgatar quando eu chamar, sendo minha âncora a me acalmar!
A vida de ninguém é um mar de rosas sempre. A gente tem altos e baixos, faz parte do dia a dia das pessoas. E tudo bem, sério, tudo bem. Mas não dá pra deixar a peteca cair ou se desesperar. Se dá para resolver o problema, vamos arregaçar as mangas, tentar dar o nosso melhor e resolver. Se não dá, paciência. Não dá pra perder o sono, ganhar rugas e marcas de expressão. Vida não é sinônimo de complicação.
Eu quis tanto que você entendesse como é o mundo lá fora. Eu quis tanto te levar para ver o mar e tentar imaginar como é ver a imensidão de um mar sem um horizonte, e daí poder te fazer perceber como era tentar imaginar a minha vida sem você. Eu quis tanto. Tanto. Mas parece que eu não quis o suficiente para fazer com que você quisesse junto comigo.
Hoje fui à praia observar o mar e o pôr-do-sol, enquanto estava lá algumas lembranças vieram em direção a minha memória e acertaram em cheio no meu coração, certas coisas que tenho vontade de esquecer. Não me importei muito por estar tendo uma enorme nostalgia, me concentrei no barulho que as ondas faziam quando quebravam, de repente percebi que a dor que eu estava sentindo em ter pensado naqueles momentos ruins, para mim, se esvaiam de acordo com o barulho que as ondas faziam. Poucas coisas no mundo me fazem realmente feliz, menores ainda são as que me fazem, literalmente, me desligar do universo real e ir para um paralelo, ou até mesmo, o meu universo. A brisa que balançava meus cabelos fazia-me suspirar ofegante, enquanto eu respirava, sentia mil vezes mais o quanto eu sou livre, o como ainda posso mudar tudo, e aquelas lembranças, são apenas lembranças, acontecimentos que me fizeram crescer, e são essas mesmas que esqueci hoje, e de vez, apenas segui o sentido do vento, deixei a minha sanidade por alguns minutos pra fazer o que eu realmente tinha vontade de fazer, arrancar as correntes, me libertar, correr dos problemas e pôr um sorriso no rosto, aquele que vai de orelha à orelha.
Ela e o mar. Juntos outra vez. É mesmo surreal a relação que existe entre eles. Porque ela precisa dele e ele parece mais calmo ao lado dela. Porque a sua dor parece menor perto dele. Porque ele parece maior ao lado dela. Ela o encara e se enxerga ao mesmo tempo. Ele a completa e a compreende como ninguém. E quando eles se tocam a troca de energia parece sem fim. Ele beija os seus tornozelos que agora insistem em flutuar. Ela fecha os olhos e sente como se tivesse nascido daquele lugar. E aquele barulho soa como uma canção de ninar. E o ir e vir das ondas parece tirá-la para dançar. Com a água na cintura ela parece uma sereia voltando pro lar. Com o sorriso no rosto e os olhos fechados ouvindo o que quase ninguém consegue escutar. E até as conchas se jogam em seus pés para serem notadas. O corpo dela se mistura na espuma que agora parece a luz do luar. Nesse momento ela é toda dele, e não há quem possa separar. Ela vai embora desejando ficar. A impressão que dá é que ela poderia ficar morando ali para sempre. Que ela pertence àquele lugar. Que um dia ela vai mergulhar para nunca mais voltar. Porque entendeu o poder e a magia do mar. E quando eles se encontram, ela sabe muito bem como completar com a letra "A".
Reza a lenda que, no início dos tempos, o céu e o mar se apaixonaram. Aquele era um amor proibido, já que jamais poderiam se misturar. Desde então eles vêm guardando esse sentimento. Mas, se você reparar bem, ele ainda está lá. A espuma das ondas tentando imitar as nuvens. Essas, por sua vez, dançam como se fossem ondas. E o verde se mistura ao azul. As estrelas cadentes se tornam estrelas do mar. A lua que brilha no céu reflete na superfície da água. E muda a maré. Às vezes eles se irritam com essa distância. E então são raios de saudade cortando o céu e a ressaca do mar que parece descontar nas rochas. As lágrimas de cima despencam lá embaixo. A água que evapora leva um abraço contido. E eu fico imaginando esse amor proibido. Dizem que Deus, em sua infinita bondade, observando tudo aquilo, permitiu então que existisse um único lugar onde esse amor seria possível. Abriu um sorriso, estalou os dedos e de repente eles podiam se tocar. Finalmente o beijo de um grande amor proibido. É o que hoje costumamos chamar de linha do horizonte.
De toda a imensidão do planeta, só quero estar nesse mar belo de Iemanjá, Iracema, Otelo. Mar de perfeitos sonhos, folclores, tesouros e viços. Mar dos nautas, vikings, corsários e navegadores fenícios. Mar de amores lendários, imaginários, antigos. Amores concretos, ambíguos e de interminável poesia que em toda alma habita.
Sou simples, nem tão complexa. Sou como o mar, tenho meus momentos de calmarias e meus momentos de fúrias. Sou extremamente doce, mas também posso ser amarga. Gosto da primavera, o desabrochar das flores, gosto da brisa do sol, do quente do verao, mas algumas vezes me farei fria como o inverno, mas raramente você me verá assim. Quem sou eu? Ninguém nunca vai saber ao certo, ninguem irá saber tudo sobre mim, sempre vai haver um mínimo detalhe. Gosto do mistério, então desvende-me, descubra mais do que existe em mim, o resultado pode ser satisfatório, ou não.
Tu é trevo de quatro folhas, menina! É tão linda quanto sentar em frente ao mar e ver o quebrar das ondas, tu bagunça lá no coração, me faz perder a noção e querer que as coisas não fossem tão corridas assim no dia a dia só pra passar mais horas ao seu lado, fico transtornado quando estou a te aguardar esperando a hora de atirar lhe todos os elogios que existem e os que não existem, eu invento só pra te dizer, seu sorriso é como uma noite de lua cheia que é impossível de tirar os olhos, madrugadas viram dias nos dias que lembro de ti, por isso não tenho dormido direito, alguns dizem que faz mal ou que tenho azar por conseguir sentir tal emoção, mas eu digo que isso é sorte, A SORTE DE TER VOCÊ... e como disse: tu é trevo de quatro folhas, menina!
Na esquina potiguar contemplo mar e imensidão, uma linda exuberância ao som de uma canção, desde o Forte dos Reis Magos ao Teatro Alberto Maranhão. Sou da Londres Nordestina, olimpo tropical, ambiente acolhedor, belas praias de Natal. Um peixinho, camarão, uma rede de pescar, esse é o paraíso da terrinha potiguar.
Preciso de um tempo, é preciso estar só, preciso apenas estar entre o real e o irreal, sentir minha carne e meu espírito. Preciso encontrar as respostas para tantas perguntas e unificar os momentos que flutuam sobre essa minha alma inconstante, voltar ao mar sentir o sal em meus pés, preciso de mim, preciso de você, preciso sim, eu preciso de mim...
Hoje eu acordei com um vazio que parece ser tão profundo que sou capaz de sentir ele deliberadamente dentro da minha alma, você se enraizou da forma mais linda dentro de mim e do jardim desse nosso amor fez crescer uma árvore linda e resistente, a cada briga e decepção contínua está árvore morria aos poucos, até que ela não suportou a estação do inverno que parecia não acabar e morreu, mas as raízes permaneceram lá e quando você se foi, o tronco daquela árvore caiu naquele jardim que já não existia mais cor e vida, deixando essa imensa cratera dentro do meu peito.
Me deixei levar pelas águas misteriosas do amor, e em uma grande e linda viagem fui pra longe do meu cais para atracar em um desconhecido, hoje este cais não existe mais depois que ele foi destruído eu perdi o norte da minha vida e o nordeste do meu cais, navego sem saber pra onde vou, a deriva da minha vida, as tempestades das decepções só me fazem morrer aos poucos o dia todo, todos os dias.
Eu penso em não pensar e de repente me pego pensando em você, penso que não sou boa o suficiente pra te ter em meus braços, acho que penso suposições demais na minha cabeça e às vezes acho que você está olhando pra mim, tenho tanta vontade de você que nem sei explicar mas quando tento me expressar me faltam palavras, acho que sua loucura combinou com a minha porém tenho medo de ser apenas coisas só minhas.