Textos de Mar
O amor não é como pegadas na areia,
Que o vento e o mar vêem e apagam,
Pois dominam todo nosso ser,
Outras pessoas virão,
Mais jamais as amarei,
Como um dia amei você.
Hoje senti algo diferente,
Não sei o que aconteceu,
Mas lembrei de bons momentos,
Entre você e eu,
Percebi que nada e eterno,
Mais sei que te amareis Eternamente.
Eterno, para sempre,
Não terá fim o meu amor,
Você chegou de repente,
Mudou meu jeito de ser e falar,
Conseguiu fazer-me apaixonar com você,
Sinto vontade de gritar aos quatro ventos,
O sentimento mais puro e complexo,
Que é simplesmente Amar Você.
Te amo
Amo você é verdade
Não consigo te esquecer
Te amo como amo a vida
Como amo o mar, as estrelas
Sem você é como se faltasse
Algo dentro de mim
Te amo ardentemente
Meu amor é eterno
Nunca se acaba
Pois meu amor é verdadeiro
Nunca te esqueço
Sempre que te vejo
Meu coração bate forte
Minha voz desaparece
E quando vais embora
Meu coração chora, minhas pernas voltam
E minha voz sussurra:
- "Boa noite meu amor
E não esqueça de pensar em mim".
Ela foi para o mar por um dia
ela queria saber o que dizer
quando perguntavam-lhe o que ela havia feito
no passado para alguém
que ela ama infinitamente
agora ele se foi, e ela também
eu ia para a guerra todas as manhãs
eu perdi meu caminho mas agora estou seguindo
o que você disse em meus braços
o que li no pingente
que eu amo duradouramente
agora está morta, se foi e estou livre
eu ia dormir às manhãs
fechava meus olhos para o nascer do sol
desviava minha cabeça do barulho
dolorido e gotejante decadência de brinquedos infantis
que eu amo argumentavelmente
toda nossa elaboração virou semente
nós saímos para brincar de noite
queríamos segurar a emoção
e o prolongamento do sol
e nossa falta de ar enquanto corríamos
para a praia, infinitamente
enquanto o sol espalha-se pelo mar.
Oq sinto por vc jamais passara.
Como as ondas agitando o mar.
e as estrelas a brilhar.
Contando os minutos
para vc me encontrar
e com seu sorriso me encantar.
Estrela cadente a passar
um desejo a se tornar
do seu lado quero ficar
Para sempre vou te amar
de vc devo cuidar
e meu sonho realizar.
Jardim da Amizade
A vida ñ é um mar de rosas eu sei,
mas , um jardim precisa ser bem cuidado,
se ñ for regado regularmente
as flores enfraquecidas pelo
calor abrasador perderão o brilho,
e aquela bela paisagem dará lugar
a um tristonho campo arenoso,
por isto faça da sua vida um
campo florido , semeando em teu
jardim a semente da amizade , para
que futuramente ela possa germinar ,
crescer, e desabrochar para a vida.
Marinheiro, marinheiro
Coloca teu barco no mar,
Já é tarde, vai ligeiro
Não deixes a alma encalhar
Leva aquele pote de cinzas
Pra na correnteza, esvaziar
O passado é um fantasma
Que faz o barco afundar
Mas que te sirva de carranca
Para o mau agouro afugentar
Segue o curso, solta a âncora
As ondas saúdam tua partida
Livra a farda da cânfora
Esquece o porto suicida
Ouve o canto da sereia
E te apaixona na lua cheia
(Segue o Mar)
Soneto do amor livre
Deixo livre meu amor para amar.
Deixei desenhado seu rosto junto ao mar,
com pequenas ondas a levar...
a imagem do homem que amei e deixei livre para voar.
De joelhos na areia vejo se desmanchar "meu amor"
A brisa suave me embala e o sol me toca.
Quero voltar a sonhar,
mesmo com o coração em "pedaços" um dia eu ei de amar.
Com versos simples de amor profundo,
deixo escrito aqui o meu amor por ti,
que vivi mais que perdi.
Do meu amor eu vou lembrar...
Como estrelas a contar,
assim, o meu amor eu vou guardar.
MARCAS DE AMIGOS
Fiz marcas na terra,
No céu e no mar;
As mais importantes
Eu vou lhe falar.
Não foram nas dunas,
Pro vento levar...
Nem foram na areia,
Pro arrasto do mar.
As marcas deixadas
No meu caminhar;
São marcas na pedra,
Pra sempre durar!
E foram talhadas
Com muita atenção
No lado direito,
No meu coração!
São marcas eternas,
Pra nunca acabar.
São marcas de amigos
Que fiz ao passar!
Cocota
De manhã muito cedinho
Lá vou eu para o meu banho de mar
Visto o short, sai correndo
No caminho é só dizendo
Praia boa é Cocotá
Pulo pra lá e pra cá
Não me canso
Sou forte que nem Sansão
Tenho que ser véio macho
Dá pra caça, é muito baixo
Sou caboclo do sertão }bis
Chego na beira da praia
Com Helena meu amor
Dou mais de vinte mergulho, opa!
Véio macho! Sim senhor!
Reumatismo foi embora
Alergia se acabou
Para um banho medicina
Praia boa é Cocotá
Ilha do Governador } bis
Estrela Miuda
Estrela miúda que alumeia o mar
Alumiá terra e mar
Pra meu bem vir me buscar
Há mais de um mês que ela não
Que ela não vem me olhar
A garça perdeu a pena
Ao passar no igarapé
Eu também perdi meu lenço
Atrás de quem não me quer
Estrela miúda que alumeia o mar
Alumiá terra e mar
Pra meu bem vir me buscar
Há mais de um mês que ela não
Que ela não vem me olhar
A onda quebrou na praia
E voltou correndo do mar
Meu amor foi como a onda
E não voltou pra me beijar
Saudade é sentimento confuso, difícil, bom e ruim.
É, outra vez, querer aquilo ou aquela que te marcou.
É sentir a ausência daquela que te completa.
É lembrar, com bons olhos, de momentos que jamais serão esquecidos.
É aquecer a alma ao fechar os olhos e realizar um novo encontro.
Em suma, saudade é amar à distância.
E o tamanho da minha permite-me dizer: Amo você.
Para tudo e para sempre.
Não há palavra para definir a tua grandeza na amizade que você representa à mim;
Sua lealdade é maravilhosa ao meu ego que transparece quais querem as dúvidas que agora se faz tão longe que nem sei onde anda;
E também não há ninguém como você por isso que compreendo a sua fidelidade para melhor entender a sua boa amizade para com minha vida;
Maior Que Eu
Meu amor é maior que o mar
Meu amor é infinito
É maior do que a solidão
Do que tudo que eu acredito
Meu amor é maior que eu
Meu amor me ilumina
É mais forte que a luz do sol
Tem a força da luz divina
Cada dia fica mais bonito
Cada dia a gente está mais perto
Quando tem que ser já está escrito
Cada dia me convenço mais
Que eu te amo, te amo, te amo, demais
Nossa amor é gota d'água cristalina
Numa pétala de flor
Refletida pelo sol
Você é linda
No momento em que te vi
Descobri o que é o amor
Você é tão linda
Nosso amor amanheceu
Você é tão linda
Nesse amor maior que eu
Você é tão linda
Nosso amor amanheceu
Você é tão linda
Nesse amor maior que eu
Michael Sullivan
A vida foi passando, e eu esperando por ela.
Então esperei, e o vento foi levando meu barco mar a fora.
No caminho dormi e quando acordei eu já não era o mesmo, o lugar não era o mesmo, e as águas não eram as mesmas.
Não sei se fui eu que me perdi ou se foi o meu barco. Então me perguntei: Onde eu estava que não conduzi o meu próprio barco? - Pior que não poder responder isso, é saber que eu estava o tempo todo ali, e me deixei à deriva do acaso.
Hoje o mar me engoliu por completo, e o que restou de mim esta nas profundezas do meu próprio oceano.
Se você ainda tem a chance, não espere que a vida faça acontecer, segure os remos e não os solte um só minuto.
Ao entardecer quando a brisa do mar sopra,
lanço ao mar uma prece...
De que teus dias sejam repletos de carinho...amor e saúde.
Que jamais deixes de amar...que jamais desistas dos teus sonhos..
E que ondas de felicidades possam te alcançar...
e se ouvir um vento ,uma ventania impetuosa passando por ti...
Sou eu...
Marcando teu corpo como prometi!
Mar Azul
Na noite do mar azul,
onde ela se esconde,
e de silêncio se veste,
mora o coração do mar,
e a luz do seu viver.
Em noites estreladas,
desce pela madrugada
encontra com as marés
e lhe entrega a alma.
Em Noites em que ele vem,
o mar assobia com as ondas.
ela se veste de espuma
e sua voz ecoa pelo ar.
No azul do profundo mar,
reflexos da sua alma
se vai...mar afora,
seguindo o azul
do lindo mar.
São os detalhes.
Capazes de nos fascinar ou afastar, os detalhes sim, fazem toda a direferença. Marcam lembranças, pesam nas decisões, atribuem ou sobregarregam, protegem ou afastam... Passe a prestar atenção nos detalhes e todo minuto fará diferença.
E se valorizar o que realmente importa... bem viver não será só um detalhe... as pessoas não serão só mais um número e até o que você come passará a ter seu respeito.
_ To vivendo do total, quando minha essência é de detalhes.
A mente
Imenso mar de sonhos,
De decepções,
De realizações.
Amedrontador é este lugar,
Esplendoroso,
Grandioso.
Por ele vago sem saber aonde ir
Sempre tomando cuidado aonde piso
Para não ter que cair
Na mais profunda solidão,
Eu vago,
Na mais temorosa escuridão.
Eu ouço vozes, pessoas,
Que me atormentam
E que fomentam
O descanso,
Mas não me deixam em paz
Por não terem mais
Com quem desabafar
A vida que perderam
Ao vagar,
Neste lugar tão inóspito,
Mas ao mesmo tempo repleto de luz, amor
E também rancor...
Quem compreende o coração da gente?
O amor que se sente...
A alegria que é igual brisa do mar,
Que, contente, bate na cara de gente.
Tudo vem do coração...
Poema, oração ou canção.
Todo dia é de recomeço...
Porque viver não tem preço.
No Céu, nós somos iguais às gaivotas:
Planamos por aí...
Sem medo da luz e da vastidão.
Ah, nós voamos com o coração...
O luto é uma coisa medonha!
E o dia de finados? É coisa sem nexo.
Todo desencarnado tem sorte,
Porque não há morte.
Quem ama, não dá pedrada!
Porque isso é coisa feia.
Quem odeia, se dá mal...
Na Terra ou no Astral.
Quem bate, é fraco.
Porque violência não resolve nada.
Quem agride é doente,
E isso queima o filme do vivente.
O amor ama!
Isso parece óbvio.
Mas tem gente que não entende...
E, depois, se arrepende.
Ser audaz não é ser temerário.
É ter a coragem de ser feliz.
É mergulhar no próprio coração...
Para encontrar sua canção.
Morte? Conversa fiada!
O audaz sabe que, na Terra ou no Astral,
Está todo mundo vivo, e o amor chama...
Então, ele escuta, canta e ama.
Ah, sábio é quem ri de si mesmo...
Mar de poesias
Era o final da manhã do dia 16 de novembro numa quarta-feira cinzenta, típica da cidade de São Paulo. Não podia passar de amanhã, pensei. Faltavam apenas dois dias para o evento.
Eu tinha concordado com a ideia do lançamento do meu primeiro e único livro de poesias, junto dos meus amigos e alunos, para a noite do dia 18 daquele mês. Na escola em que trabalho como professor de história haveria um concurso de poesias e crônicas escritas pelos alunos e, ao mesmo tempo, como parte da programação do evento literário articulado pelo bibliotecário local, o meu batismo no mar de poesias. Tudo programado: convites, um pequeno coquetel, a divulgação via Internet... Apesar da timidez que acompanha desde sempre, não poderia ventilar a ideia de faltar naquele evento. Minha ausência do trabalho já se estendia por cinco meses. Estava careca e inchado, porém não me importava com minha aparência. Apenas a vida me importava naquele momento.
Apesar de uma leve situação febril que me deixou deitado e indisposto na maior parte do dia anterior, acordei bem naquela quarta-feira. Por isso resolvi levar meu filho ao aeroporto de Congonhas, de onde embarcaria para o Rio Grande do Sul, estado no qual estuda cinema de animação. Ele viajou bem cedo, no início da manhã. Só voltaria a revê-lo apenas em meados de dezembro, após o término das aulas regulares. Já sentia saudade de sua presença adolescente e de sua leveza juvenil.
Depois disso, ainda tive forças para passar no laboratório do hospital e retirar alguns exames gerais solicitados pelo oncologista que acompanha o tratamento do meu linfoma. Ainda era bem cedo, entre 8h30min e 9h00min. Um desconforto abdominal e certa indisposição já me acompanhavam. Antes de dirigir-me à consulta marcada com a nutricionista especializada em pacientes com câncer resolvi passar em meu apartamento e fazer uma breve pausa, estratégica. Poderia ser um resquício daquela terça-feira cinzenta.
Não foi suficiente para minimizar o descontrole físico. Ainda assim, guiado por meu carro, fui ao encontro da nutricionista. Atendeu-me rapidamente. No decorrer da conversa, entre cardápios mais adequados para indivíduos com meu tipo de enfermidade e detalhes solicitados sobre as especificidades do tratamento, tive um súbito mal estar. Brusca queda da pressão arterial e uma sensação de que não aguentaria manter-me devidamente íntegro e sentado naquela cadeira. Fui imediatamente acomodado em uma maca para recuperar-me. Quando a enfermeira da clínica chegou para um pronto atendimento, já me sentia melhor e com os sinais razoavelmente recompostos. Prosseguimos com a consulta. A nutricionista finalizou suas orientações - as quais eu já não ouvia com atenção – e, além disso, sugeriu que me dirigisse ao Pronto Socorro do hospital no qual tratava do linfoma há pelo menos seis meses. Segundo ela, poderia ser alguma reação negativa à sessão de quimioterapia realizada há duas semanas.
Não segui sua orientação. Na esperança de que meu corpo reagisse sozinho aquele descontrole, sem auxílio médico e/ou medicamentoso, voltei para meu apartamento e resolvi deitar-me novamente.
Já recolhido no sofá da sala recebi um telefonema do meu amigo Murilo perguntando-me se poderia passar em casa para retirar os convites do lançamento do livro e distribuí-los para nossos colegas professores do colégio. Dissera-lhe que sim, porém o alertei que se não estivesse em casa deixaria os cinquenta convites na portaria do condomínio.
Nesse momento o termômetro já marcava 37,5º. Em menos de uma hora a temperatura do meu corpo atingira 38,2º. Não podia mais adiar, já havia passado da hora de deslocar-me para o Pronto Socorro. A orientação prévia do meu médico oncologista era bastante precisa: “com febre acima de 37,8º dirija-se imediatamente ao PS do hospital”.
Deixei os convites na portaria do prédio com o Sr. Isaac. Era meio dia quando cheguei ao hospital. Como de costume, passei pela triagem com a enfermeira e, em seguida, fui atendido pela Dra. Ana, médica plantonista. Soro, medicação, mais exames (sangue, urina, RX) e, naturalmente, muita espera e paciência.
Os resultados prontos e o diagnóstico mais indesejado. Dra. Ana foi direta e precisa: - Seu índice de neutrófilos está muito baixo, apenas 40. Com essa neutropenia precisaremos interná-lo para controlarmos a infecção e impedir que ela se alastre. Você ficará internado por pelo menos cinco dias.
Telefonei imediatamente para o Murilo. Por sorte ele ainda não havia retirado os convites na portaria. Um problema a menos. Solicitei, então, que me ajudasse a desmontar o evento de lançamento do livro. O fazedor de versos não resistira à febre.
É bem verdade que havia pensado em lançá-lo apenas no final do tratamento, em janeiro de 2012. Simbolizaria uma espécie de renascimento, de retomada do cotidiano e das coisas da vida. Porém, o bibliotecário do colégio entrou em contato comigo falando que seria perfeito se pudéssemos fazer o lançamento no dia do concurso de poesia e prosa organizado para os alunos do ensino médio. Acabei aceitando o convite e solicitei para a editora uma revisão nos prazos de entrega. A Adriana prometeu-me entregar os livros até, no máximo, o final da tarde do dia 18/11. Foi perfeito. Os prazos todos encaixados. Porém ninguém contava com o imponderável.
E a vida faz dos prazos o que bem deseja. Ela exige um eterno replanejamento e nos lembra constantemente que nem tudo acontece quando e como queremos ou desejamos. Hoje já é dia 22 de novembro. Estou nesse quarto de hospital há uma semana. Os livros não foram retirados na editora, os amigos foram desconvidados, os convites não foram entregues, os alunos devem ter lido suas poesias e crônicas, as melhores devem ter sido premiadas e eu ainda estou aqui, finalizando o controle da infecção com antibiótico intravenoso e escrevendo essa micro história.
Se tudo der certo - e a gente nunca sabe; só os “médicos sabem”; só a vida sabe; talvez só os deuses também saibam - devo retornar para casa amanhã. Repensar uma nova data e local para o lançamento e replanejar o tempo que me resta. Ainda há tempo para remontar o circo, ainda há tempo para brincar e sentir com as palavras, rir e chorar com as coisas da vida. Ainda haverá tempo de mergulhar, nem que seja uma única vez, no mar de poesias.