Textos de Mar
Coração azul
Como o mar e seus recifes esplendorosos e coruscantes
Que geram o carrossel silente e harmônico do amanhã
Assim são meus olhos serenos e suplicantes
Que bradam vergados de esperança ao comtemplar o efígie talismã
Em minha alma tenho o rugido da indomável tempestade
Soprando com furor os seres velejantes do amanhecer
Que veem estremecer seus ventres de argúcia e sagacidade
Criando sempares reflexos ao entardecer
Suas lágrimas contém o elixir celestial
Que faz nascer o néctar da imortalidade
Bradado no coração do oceano reluzente
Estrelas douradas criam o vento boreal
Que constituem o cenário da sublimidade
Delicadamente exprimindo sua pura alma inocente
Assim como as ondas do mar, existe tempo para tudo, para avançar e recuar, para falar e ficar mudo.
Para as horas ruins : paciência.
Para as horas de alegria: prudência.
Para cada ocasião uma veste.
Para um novo ensinamento, um novo teste.
Para uma grande palavra; uma atitude.
Para o coração; virtude.
Para as desilusões; a fé.
Para um grande homem; uma grande mulher.
muitas vezes vejo um mar de futilidades,
e muitas vez vejo a banalidade das pessoas,
é claro que sempre piora,
pois acho que a pessoa é do nível de inteligencia
tudo caí por terra nossa isso me mata,
o pior de tudo no ser humano que inteligente..
um animal politico...
o retrato da perfeição,
porem estraga tudo quando abre a boca...
seus atos são sua perdição,
embora o tudo seja enigma,
tua alma nobre,
em puros sentimentos,
eis a perdição nada pode ser feito,
nem mesmo ocultado,
pois a perfeição tem limites.
por celso roberto nadilo
Tenho um sonho em que acreditar.
Um passo, um vacilo, uma queda,
E como uma pedra jogada ao mar,
Afundo sem suspeitar.
Eis Que um mundo novo consigo enxergar,
um caminho, uma jornada, sigo pela estrada.
Esse dia não terá fim, estará sempre muito distante,
não desistirei, seguirei em frente, sempre adiante,
sempre...sempre...adiante...
Por todo o infinito...e
...eterno mundo distante.
Eu, você – O mar e nós.
Saudade das pequenas coisas, saudade dos pequenos gestos. Sobre saudade, sei lá, eu não sei se tu vais me entender. Saudade pra mim é algo indefinível. É a ausência do presente. É andar em grupo e não se sentir parte dele, porque o pensamento está voltado para trás. Para aquela rosa vermelha que alguém colheu. Para as ondas de um mar no verão passado. É olhar o jardim e ver nele um outro. Talvez mais feio ou mais florido. Mas é aquele outro..
O nome ele era sinônimo de saudade. Os braços dele envoltos em minha cintura, sua risada baixa, sua pele quente. Sua forma de passar a mão direita sobre o cabelo escuro quando estava nervoso. Saudade é o modo como ele passava os dedos por meu corpo, contornando minha estrutura e desregulando meus princípios mais supremos. Quando ele beijava minha clavícula e acariciava minha têmpora com as costas das mãos, afirmando que nada possuía mais efeito do que meus olhos brilhando por nós e gritando o seu nome. Ainda não consigo definir. Saudade é acordar na cama dele e ter a honra de vê-lo dormir. Ar tão sublime parecia inofensivo, parecia ser meu por alguns instantes. Saudade é o choque que nossas peles ecoavam quando entravam em sintonia, o modo como nossas pernas se encaixavam, a forma como nossas almas se embalavam. Ainda não sei se me compreendes. Saudade era quando os motivos para ficar superavam os que queriam que eu fosse embora. É sentir o coração martelar e mesmo assim permanecer dormente e gostar da dor. É fazer da tua dor a minha dor. Da tua cama a minha cama. Da tua vida a minha. Saudade era aquela cabana pequena onde o telhado de palha nos permitia contar as estrelas, saudade se dava devido ao fato da tua voz rouca falando besteiras no contorno dos meus ouvidos, me abraçando mais forte a cada poema declamado à luz da lua. Ainda não consigo compreender. Saudade era quando teus olhos sorriam ao encontrar os meus. Trágico fim. Tu fugiste com a beleza da noite. Enfim, chorei. Senti frio, tua ausência. Meus pés pesados, minha mão gélida. E uma lágrima sempre rolava, dos olhos que antes sorriam. Saudade. Senti a carícia da areia fina que não machuca, do silêncio gritante a cada pequena onda. Mas eu ansiava por dias melhores. Queria que em todos os dias a primavera ditasse paz e harmonia. Queria que o revés fosse esquecido. Que o passado não pesasse. Que o futuro atraísse. Mas é impossível quando tua alma multicolorida invade a cidade, encobre o céu e me enlouquece. Isso é saudade? Ficarias tu orgulhoso por ser o protagonista de todas as minhas desgraças? Aquelas as quais espalhei entre mil estrofes... Mas fique tranquilo, jamais contarei sobre o nosso segredo a alguém, ninguém nunca saberá daquela mania tosca tua de dizer que se importava comigo a cada maldito final de semana. E acabou. Eu estava a quinze mil pés do chão e mesmo assim ainda conseguia canalizar os pensamentos nele. Avistando tudo lá de cima, inconscientemente eu não me surpreendia, pois encontrava um azul mais anil e mais bonito quando olhava no fundo daqueles olhos. Os mesmos que refletiam o céu e traziam o ar infinito para si. Doce, fresco e perigoso. Meu veneno agridoce favorito que agora parecia não possuir resto nenhum em minha saliva. Saudade é incompreensível mesmo. Ilusória. Comparei-o com aquela nuvem ao longe tão sólida, entretanto que o ilusório vício me impedia de perceber que era só fumaça o tempo todo. Estas nuvens, as mesmas que em algum momento do passado já desbravei. Sim, eu toquei as nuvens. Vi um infinito errante através da pequena janela. A chuva caía e com ela minhas lágrimas acompanhavam a gravidade. Saudade é aquilo que captura as melhores demonstrações de afeto e as arremessa de uma forma intensa num presente considerável, é aquilo que te algema e aprisiona nos porões da loucura que não te deixam ir. Indo. Rindo. Remando. Re-amando. Não importa se sou um bom marinheiro, a tempestade dele me inunda e eu naufrago. Outra vez.
Eu vivi porque amei e amei até demais.
E nós morremos jovens.”
Dias assim...
Pintei minhas unhas de azul... azul da cor do mar
Queria trazer o verão para minha'alma...
Os melhores dias de verão tiveram sol e suor... tiveram entrelace de mãos.
Tiveram céu e flor... beijo de amor... queria descrever, mas não sei como continuar... os dias são surpresas...
Você não imagina que, depois de um beijo de amor,
possa sobrevir solidão e dor...
Era uma vez!
Na minha infância
Eu era princesa do mar
Eu era rainha dos reinos da fantasia
Já fui Cinderela
Branca de neve
Chapeuzinho Vermelho
Já voei com Peter Pan
Já fui a Sininho
Também fui Emília
Também a Narizinho,
No reino das Águas Claras...
Hoje só tenho a lembrança
Do tempo em que eu era criança
Eu que já fui sereia, princesa do mar
Meu sapatinho de cristal se quebrou
Minha capa vermelha desbotou
Meu Peter Pan envelheceu
A Sininho de dentro de mim, já não tem mais o pó de pirimpimpim
A Narizinho ao botox se rendeu
O Reino das Águas Claras escureceu
Tudo passou
Eu cresci...
Tudo só é maravilha no país da Alice...
ILUSÃO.
Quando ainda pequeno, ouvi dizer que o mar era algo muito grande cheio de mistério e que quando o vento sopra faz correr sobre sua imensidão uma grande fervura. Eu nunca vi o mar assim, mais imagino que seja mesmo dessa forma; grande, confuso e cheio de fervura, assim igual a que vejo nos teus lhos, pois o único mar que conheço é o mar de teus olhos que tem toda uma imensidão , um mistério, que quando se esta longe parece com um bando de pássaros batendo suas asas no azul do céu, aproveitando o sopro da vida para dar o seu primeiro vôo assim são as ondas que balançam, balançam, e crescem num só piscar, esse é o mistério que tem no mar de teus olhos o mar que eu conheço bem, mar que me afogo em morte e moro em vida.
Sei que as vezes é preciso e fazer pode ser a única saída, por isso relato os meu dias antes de dormir, é para certificar que estou bem, de que estou vivendo como que vive de sonhar, é fascinante o gosto pelo proibido, pelo o que é ousado, pois é disso que eu falo. Tenho sempre uma idéia contrária, o rumo mais difícil, a resposta mais dificil e tenho sempre mais de uma pergunta, tenho muitas dúvidas mais tenho só hoje pra dizer: ESTOU BEM! Assim como fica bem um passarinho na gaiola, um peixe fora d´gua ou mesmo um simples ser humano sem os sentidos.
Mais é como digo: “o cabresto só serve para quem o usa , nunca para quem o põe”.por isso jamais me fará bem ,o que eu faço aqui onde estou, por que esse cabresto que coloquei em minha face, só serve apenas para dizer: sou mais um que precisa ser, guiado, a diferença é que eu mesmo me guio, porem em direção dispersa da qual gostaria, mais sim porque precisa ser por essa vereda, pois dessa forma encontrarei as outras, quando já estiver percorrido todo o caminho que me resta aqui nesta selva carasca. Que é a saudades do mar que tem em teus olhos.
Tenho vontade de pegar a mala
E sozinha colocar o pé na estrada
Passando um bom tempo no mar
Em busca de sossego para relaxar.
Quero ficar sob um céu azul
Numa bela praia
Deitada na areia
Sentindo a água
Meus pés tocar
Arrepios causar
No corpo e na mente
Em todo meu ser.
Quero poder dizer
Que vai ser bom viver
Esse momento só meu
Pensando em nada
Renovando a alma
Ficando calma
Bem com a vida
Com o meu eu.
O tempo é curto
Logo regresso
Com saudades
Dos meus amores.
Sinto falta
Daquela rotina
Da agitação
Dos que amo
De coração.
Está tudo certo
Depois de um descanso
Apenas em um sonho
Que passou rápido
E que pode um dia
Com muita alegria
Ser as férias de que preciso.
Preciso de Férias ou de um tempo só para mim?
Meu Prado
Sou filho de Prado cidade onde nasce o sol
Onde barcos e redes seguem mar a fora
Buscando realizar sonhos de filhos e pais pescadores
É lá que parece que a alegria foi morar e nunca mais foi embora
Tenho orgulho e amo esse povo feliz que sempre soube apagar as dores
Por mais que o mundo quer que ele chora
Tão pequena é a cidade com grandes sonhadores
Terra que de uma aldeia de índios nasceu uma grande nação
Culturas indígenas, onde negros e brancos são das mesmas cores
O querer, o tentar e o poder sempre se dão a mão
Patriotas orgulhosos desta cidade de um rio tão belo
Em prado o povo vive de verdade com um grande coração
Os dias são lindos, as noites maravilhosas e o sol é bem amarelo
Os namorados se amam mais pois lá a noite, a lua é mais linda
Prado é na verdade um jardim onde flores e pessoas têm mais vida
Crianças tem a certeza do nascer e viver com a alegria
O povo sabe que viverá bem, não só um, mas em todos os dias.
Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado,
Contemplo a tua imensa criação,
A terra e o mar e o céu todo estrelado
Me vêm falar da tua perfeição.
Então minh’alma canta a ti, Senhor:
- “Grandioso és Tu! – grandioso és Tu!”
Então minh’aima canta a ti, Senhor:
- “Grandioso és Tu! – grandioso és Tu!”
Quando as estrelas, tão de mim distantes,
Vejo a brilhar com vivido esplendor,
Relembro, oh! Deus, as glórias cintilantes
Que meu Jesus deixou, por meu amor!
Olho as florestas murmurando ao vento
E, ao ver que Tu plantaste cada pé,
Recordo a cruz, o lenho tão cruento,
E no teu Filho afirmo a minha fé.
E quando penso que Tu não poupaste
Teu Filho amado por amor de mim,
Meu coração, que nele Tu ganhaste,
Transborda, oh! Pai, de amor que não tem fim!
E quando Cristo, o amado meu, voltando,
Vier dos céus o povo seu buscar,
No lar eterno quero, jubilando,
A tua santa face contemplar.
MAR DE ROSAS
Foi de súbito! De repente os sentimentos se viram quietos demais, parados no espaço como se estivessem num vácuo inesperado. Nada de intenso surgia pela mente que, como que em filmes de ficção, sentia-se sugada, oca. Só era possível captar paz. Os sorrisos, as cortesias, afagos, conquistas... tudo estava guardado na “meia-memória”. A lembrança tratou de jogar fora os maus bocados que pesavam inconscientemente. Tudo o que justificava a existência do rancor e dos males que o mundo trazia fora ignorado de uma hora para outra. Não como uma opção! Não! O corpo simplesmente resolveu tomar as suas providências, e os outros seres do mundo – todos eles!- fizeram o mesmo. Eu... Ah, eu... Que era dura feito uma rocha, azeda e inexorável, fiquei oca. Sim, oca! O conhecimento não encontrava uma forma de entrar em mim! Eu não precisava mais da educação que aprendi quando menina. Quem lembraria as minhas ofensas? As mentes livravam-se imediatamente das lembranças ruins, sem deixar tempo para tristezas, raiva ou revide. Então, como o previsto, era também o fim das reconciliações, desentendimentos, corações partidos, provas de amor... Aliás, o amor ficou seco, sem sentido. Se só existia amor, qual a importância que ele teria?
Então a vida virou um verdadeiro mar de rosas. Rosas penduradas num dos quadros da parede.
O meu desejo é correr para os teus braços
Assim como o rio corre para o mar
Como um objeto sem importância
É atirado para cima, volta para o chão
Obedecendo a lei da gravidade
Como os pássaros voam para o sul
Fujo do frio congelante da solidão
Em direção a alegria
Quente e feliz do corpo teu.
Como tudo gira em torno do sol
Assim tudo o que sou
Todo meu mundo gira em torno de ti.
Desejo-te mais que o marinheiro
Anseia por terra firme depois de
Meses em alto mar.
Desejo-te mais que um sedento
Anseia por um oásis em árido deserto.
Fecho os olhos e posso ver meu coração
Indo ao teu encontro.
Sim meu espirito sai a procura de ti
E se nega a ficar mais um minuto sequer
Sem o teu olor.
Como é possível viver se meu espirito me rejeita?
Mas não o condeno, pois
Ele é dependente de ti para ter vida.
A alegria de viver vem da tua presença comigo.
Anseio por ser um homem culto
Preciso aprender. ler mais,
Pois sinto que me faltam palavras
Para expressar o que sinto.
Sou como um sino que não retine.
Uma flor sem olor
Um navio sem leme
Uma biruta agitada pelo vento
Pra sempre.. quanto tempo não uso mais essa palavra.. é, lembra de quando tudo era o mar de rosas? tudo era tão perfeito ao seu lado, tudo era tão bom, todos os dias eram contados pra estar ao seu lado..
mais as coisas mudam, tudo mudou, tudo foi ficando tão escuro, não consigo mais ver uma luz vindo lá de baixo, para onde eu olho, só vejo escuridão. estou num beco sem saída, te vejo pedindo minha mão, uma ajuda mais eu não consigo chegar até você.. eu choro, suplico, peço.. mais não consigo pegar na sua mão..
tudo terá de mudar, tudo será um recomeço, tudo vai se acertar e vamos viver intensamente novamente.. consigo agora ver uma luz vindo lá de baixo, consigo olhar em seus olhos, consigo pegar na ponta do seus dedos e sentir o leve toque em minhas mãos.. como uma pipa, estamos precisando de um vento, um vento que nos carregue, leve tudo de mal e deixe nos levar..
em meu rosto não se vê mais tristeza, eu não choro mais, eu não preciso suplicar mais, sei que tenho você novamente.. aos poucos.. mais eu tenho. vamos levantar e erguer a cabeça, vamos caminhar juntos novamente, sem se machucar, sem tristeza, vamos viver bem, vamos apreciar a cada dia que estaremos juntos, vamos viver, vamos sorrir, vamos brincar, vamos ficar juntos….. pra sempre!
Vela, veleja oh navegante
Não temas o mar nem coisa vil
Embala o vento com estorias mil
Nos mais revoltos, nem hesitante
Vela, veleja oh navegante
Parte na sina da descoberta
Espera-te fortuna ou sorte incerta
Alem do monte, a jusante
Vela, veleja meu amigo
Que no suor e árduo labor
Fermenta o pão com mais sabor
Vela, veleja com valor
Lembra-te dos teus no desabrigo
No coração, leva-os contigo.
Nosso pensamento voa distante do mar
voa dia , voa noite, o pensamento,
é a fonte de saber do nosso corpo
gere, comflitos, paixões, esqueçimentos
odio, e a seta que vou dia dia, não atinge
nosso pensamento, o homen não
vive bem sem pensar, Pensar tras vida
tras cosias boas ? Nem sempre, se o homen
não tiver seu pensamento, ele acaba se drogando
ele acaba se matando, ele não ira cumprir as
ordens da natureza, já o homen que pensa de outra
forma, ele ira trazer coisar boas pra si mesmo, um futuro
brilhante, terá em mãos uma vida vivida e saudavel,
REFLEXO
O rio às vezes mergulha
Nos teus olhos insaciáveis.
Queres o mar e outras conquistas
O que distingues com o teu olhar
Acedidos nas nuvens precipitadas.
O que tem pra ti no que distingues
Que não haja em mim
Todo refeito?
Meu amor revolve o meu amor
Ao teu coração mais uma vez
Por que mais sofro
Vendo os teus olhos assim
Abismados por outra coisa
Que não sejam os meus.
Eu tantas vezes procuro
O teu olhar perdido
Nas matas ribeirinhas
E lavo e me ponho com o sol
Na desistência do dia
Na enfermidade do arrebol.
Passas agoniada com teu frio
Da ausência de mim a me desfazer
E eu bem que sei ser cobertor
Meu amor volves o teu olhar pra mim
A descrença com que olhas o nada
Descrito entre mim e o cais do rio.
Que sejas teu o semblante do mundo
E que tu o guardes em teus olhos mudos
Porém abranges nesta área oca
Eu que te aceno, eu que te cerco
Eu que sou água e quero ser um inclinado
Para refletir o teu olhar tão lindo.
Mirela tem Medo do Mar
Mirela
teme meu mar.
Do mar que Mirela tem medo
não temo.
Temo
o mar que Mirela
causar.
Eu levo Mirela agora
agora, em meu barco
sem o medo nela
pairar.
Eu largo este barco agora
agora, se a mim pro seu mar
Mirela
levar.
Pescador que quer
se prezar
não casa com aquela,
aquela Mirela que teme
seu mar.
Navego sozinho
e se Mirela quiser me levar,
eu prezo o amor,
meu barco navega
navega além
além de um só mar.
Espelho seu
Seus olhos-de-cana
me atraem pra cama,
levam-me ao mar,
fazendo incendiar.
Tens beijos molhados,
doces,
amargos,
salgados.
Cabelos mexidos
revelam segredos
e os lindos vestidos
encobrem-te aos pés
sob encantos fiéis.
Nossos corpos amarrados,
cheiros entrelaçados
num abraço colado
qual fazem-me amado.
Sorriso aberto
sinto-me certo.
Sinto-me bom.
Sinto-me um.
Sinto-me eu.
Sinto-me dois.
Sinto-me nós.
Escuto sua voz
que me leva pra longe
e depois nos esconde.
Deixa eu te amar,
deixa eu sonhar
deixa eu falar.
Só não me deixe
recordar.
Eu olhava o mar
Fui à praia para tentar encontrar o meu amor.
Eu pensava que poderia encontrá-lo nas ondas do mar, nas estrelas, no vento, na areia.
Escrevi o nome dele nas alvas praias, onde bate o mar.
Olhando para as estrelas, fiz letras e soletrei.
Tudo isso numa bela noite ao mórbido luar.
As estrelas morreram; à água transubstancia-se e apaga o nome que estava escrito na areia.
Fiquei apavorada!
Descobrir que o seu nome foi apenas um sonho. Um sonho do passado; porque nem tudo o que busco encontro.
E nem tudo que encontro, eu amo.