Textos de Mãe para Filho
O equilíbrio é conquistado pela individuação, ou seja, o desenvolvimento das virtudes essenciais em nossa intimidade, em um processo de pureza de propósitos e sinceridade consigo mesmo, reconhecendo as próprias limitações, para poder transformá-las gradualmente.
Livro: Inteligência Consciencial - a conquista da autonomia da consciência
VOU DAR UM CATIRIPAPO NO JEITINHO BRASILEIRO DE SER
De tanto ouvir que os maus prosperam porque são atrevidos
Que a omissão dos bons é que incomoda e não a ação dos maus
Vou dar um catiripapo no jeitinho macunaína brasileiro de ser,
Em prol da ética, da moral, e do lícito, e em face dos seus opostos
Só de pirraça vou devolver o troco a mais que me tirou a graça
Só de teimosia vou doar o meu assento à grávida e à idosa
Só de sacanagem vou respeitar a fila em homenagem à ética
Só de birra não vou adotar a lei Gérson para obter vantagem em tudo
Só de capricho não vou vender o voto, a fim de azucrinar a corrupção
Vou chegar sempre 15 minutos antes para não dar chance ao azar
E não buscar o jeitinho brasileiro de reabrir o prazo ou o portão
Vou entrar sempre pela porta da frente pela meritocracia
Para não ter que entrar pela janela ou portas dos fundos
Em nome do tráfico de influência ou de quem indica
Se me rotularem de apregoador de falso moralismo
Vou me escudar no bem que sempre vencerá o mau
No remorso dos criminosos que sempre se arrependem
E no afã de que infrações menores não banalizem crimes maiores
Vou acreditar mais uma vez, e não perder as esperanças
Assim como a Palmeira confia nos ventos e nos colibris
Que irão polinizar suas flores, engravidando-as de bons frutos
Assim como a terra confia na chuva, após a estação da seca
Para fertilizar seu solo, gerando novas crias e sementes
Ms. Zilô Aires (10.11.19)
MARCOS PARADOXAIS DE UMA NOVA ERA
Beijos metálicos e abraços midiáticos de TVs,
Celulares membros humanóides e amores virtuais
Olhos cansados, telas trincadas, nas busca do tudo e do nada
Chips viciantes, ópios modernos, e inteligências artificiais
Paradoxos dessas uniões paralelas que coexistem com o amor
As veias informáticas encurtam distâncias e ampliam informações,
Mas alargam a solidão e tristeza no final do navegar
As mãos da quântica impõem a pressa pelos elevadores e metrôs
Paranormais no fanal da metafísica desafiam o transcendental
Laboratórios vendem embriões e superam mulheres nas gestações
Sociedade de consumo com vitrine de felicidade à prestação
Propaganda intensa, crédito fácil, massificação garantida
Bens inúteis, ressacas de dívidas e terrorismo de carnês
Inúmeros veículos, imóveis fáceis, produtos descartáveis
Trânsito violento que mata e leva a lugar nenhum
Crianças de ruas, filho da Pátria sem fundos
Concretos e engenharias reinventam a paisagem
A foice e o machado futuristas projetam sombras
Impedem o sol, ocultam nuvens e escondem estrelas
A fotossíntese das árvores virou tese de livros no museu
Que servem só pra quem não sabe ler
O ciclo de aves, animais e plantas são manipulados
Hormônios e herbicidas dobram lucros da carne e vegetais
Dinheiro inútil com herança maldita do câncer
Matar nunca foi bom, mas a inversão da nova lei ensina
Que ceifar o homem dói menos que matar bichos
Dólar e euro ditam as regras de bolsas e economias
Religiosos alienados matam mais que guerras e epidemias
A grita da fauna e flora não sensibilizam a fumaça do progresso
Usinas nucleares rompem o átomo e radioativam a vida
A ciência avança, mas antes atropela a ética e a moral
Tanta pressa para tudo se transformar sem deixar sabor
Para que não reste história, para não se saber do passado,
Para não se perceber o hoje e não imaginar o amanhã.
Entre a pressa e o estresse, fico com o suave balé das árvores
Quanto mais paradoxal, mais pedaços se unificam em Deus
(Zilô Aires, 27.03.18)
Ilha
Na rebentação em fúria
Lembranças antigas despertam
Em ciclones e tormentas.
Maré alta, noite inteira
Clama ventos, que a norte chegam
Bramindo desassossegos
Protestos por Selena ausente,
Em édredons, escondida
Eu e a ilha, somos um só
Fustigados num inferno
Em tempestades de inverno
Estrondos retumbantes
De memórias que chagam mentes
Na calada dos silêncios
Até que Selena apareça
Para que o vento se acalme
E, enfim, eu adormeça.
Eu e a ilha, somos um só!
Viver é amar
Viver é sonhar
Viver é marcar e experimentar
Não espere o amanhã chegar
Faça agora o que desejar
Para nutrir o seu caminhar
E assim o seu sonho realizar
Ame o outro sem esperar algo em troca
O mundo da voltas
E num dia de revolta
O amor vai retornar
De outras formas
quando você menos esperar
Viva como se fosse morrer amanhã.
"Sonhe, trace metas e lute para a concretização. Não espere pelo tempo, por homens ou por ocasiões. A imagem que vc vê no espelho foi criada para desafios e intempéries, sendo responsável pelo progresso de si e de terceiros...Nunca apequene-se, pois o nosso Criador nos fará triunfar".
By: Inácio Filho (Mauro)
FAZER O BEM
Alguém: filósofo, importa fazer o bem sem olhar a quem?
Filósofo: quem é quem?
Alguém: como eu, alguém.
Filósofo: vá, se olhar no espelho.
Alguém: vi, a minha imagem.
Filósofo: sim, uma representação sua.
Alguém: qual a reflexão?
Filósofo: importa fazer o bem sem olhar para você mesmo.
Alguém: por quê?
Filósofo: porque o outro é você, em outra situação.
Alguém: então, o outro, é o meu espelho?
Filósofo: que bela conclusão!
Autor: Alfredo Soares Moreira Filho
Data: 30/09/2021
09:36h
PUNIÇÃO POR PALAVRAS
Alguém: bom psicanalista, em um suposto relacionamento amoroso, pode me dar um exemplo de punição em forma de palavras, sem a necessidade de agressão física?
O Bom Psicanalista: Os comportamentos ameaçadores são do tipo: “Se você não fizer o que eu quero, você vai se arrepender amargamente, pelo resto da sua vida; nunca mais quero olhar na sua cara, nem falar com você”.
Alguém: que tipo de efeito ou reação isso pode causar na pessoa ameaçada?
O Bom Psicanalista: a ideia é provocar um sentimento de culpa, fazer a pessoa ameaçada se sentir responsável por suas próprias ações, culpada por não atender aos desejos daquele que ameaça.
Autor: Alfredo Soares Moreira Filho
Data: 23/09/2021
20:38h
PERCEPÇÃO
Solidão de Si
Alguém:
-Filósofo, o que significa solidão de si?
Filósofo:
- Ainda não experimentei a solidão de mim, mas dos meus questionamentos. Mas, como nada sei, apenas supor que, para alguns, é se perder a si mesmo, é não se querer, se abandonar. É achar que o outro não lhe vê e nem lhe quer e acha que, por isso, também não deve se importar, nem saber onde está. Foge de tudo e de todos, mas inconscientemente vive a procurar. Na verdade, é analisar o outro na tentativa de se encontrar. Enfim, tudo é uma questão de percepção. Ou não?
Autor: Alfredo Soares Moreira Filho
13/08/2021
09:10h
Um Grande Discurso
No começo, espanto, no meio, admiração. No contraditório, reflexão. Depois das considerações finais, silêncio. Assim é que, com palavras, se provoca a angústia: evitar cair no abismo, ou se lançar de vez? É o princípio do medo, duvida e desejo.
Autor: Alfredo Soares Moreira Filho
09/08/2021
14:19h
PERCEPÇÃO
Percepção: - Filósofo, por que a realidade, para algumas pessoas, parece ser tão sombria?
Filósofo: - O que que as pessoas percebem como realidade, na verdade não passa de uma projeção de um mundo infinitamente maior e mais majestoso, cheio de coisas admiráveis e espantosas, maravilhosas, um mundo de ideias grandiosas, que poderão ter acesso com a ajuda da filosofia. A missão do filósofo, assim, é ir até a caverna da ilusão e libertar os prisioneiros através do conhecimento.
Autor: Alfredo S. M. F.
07:16h
A ANGÚSTIA DO SILÊNCIO
Silêncio: Barulho, estou angustiado, por que você não me responde mais?
Barulho: Como vou te incomodar, se não sei como te encontrar? Onde está agora?
Silêncio: entre as galáxias.
Barulho: Sendo assim, como, se você vive alienado? Minhas ondas sonoras não conseguem se propagar no vácuo do teu espaço.
Autor: Alfredo Soares Moreira Filho
Data:11/08/2021
08:40h
PUNIÇÃO POR PALAVRAS 2
Alguém: bom psicanalista, quando deu um exemplo de punição por ou com palavras, sem a necessidade de agressão física, observei que isso aconteceu exatamente com um determinado relacionamento amoroso, de um casal que conheci. Só que, nesse caso, a pessoa ameaçada, ao sentir-se culpada, por não ter atendido os desejos de quem fez a ameaça, procurou desta vez atender, mas de forma redobrada, ou seja, prometeu o sol, a lua e as estrelas para a pessoa amada.
O que me diz?
O Bom Psicanalista: que não conseguiu, com jogo de palavras que o vento leva.
Alguém: como assim?
O Bom Psicanalista: é lógico, se fosse possível cumprir essa promessa, ainda faltaria alguma coisa e quem ameaça, diria que “nunca, nunca, eu não vou te perdoar nunca, olha o que você está fazendo comigo, cara! Olha o que está fazendo comigo, nem mesmo quero lhe ver de forma alguma, para sempre”.
Alguém: mas, o que faltaria ainda para que a pessoa que ameaça fique satisfeita?
O Bom Psicanalista: faltaria prometer, para ela, depois do universo conhecido, o paraíso.
Alguém: sendo assim, como fica?
O Bom Psicanalista: do paraíso ao inferno.
RUSH
Quando passei nas Andradas
Uma quinta-feira dessas
Caminhando com pressa
Vi os carros parados
Olhando pros lados
Ansiosos
Rosnando.
E no meio da rua
Um mulato vestindo verde
Com a carne nua
Sangrando
Morto.
E nas calçadas, nos andaimes
Doze menos um operários
Todos temporários
Trabalhavam.
E os caros com pressa.
E o mulato não saiu.
E como não saiu,
Passaram.
Era pra ser simples, nós complexamos;
Era pra ser Real, preferimos o abstrato;
Em vez da sabedoria, escolhemos a insensatez;
Confundimos sucesso com excesso;
Preferimos o orgulho à dizer que erramos;
Em vez da Eudaimonia, abraçamos o infortúnio;
Nos tornamos vilões, vítimas, alienadores e alienados;
Resta-nos repetir a mesma frase dos nossos precedentes: "A geração vindoura será melhor", e veja, também já fomos essa tão sonhada geração.
Por: Inácio Filho (Mauro)
Quando erramos...
Cometer erros não é um sinal de atraso moral e incompetência. Reconhecer essas falhas, buscar constantemente o aprimoramento pessoal e aceitar que a imperfeição é uma parte intrínseca da vida são elementos essenciais para cultivar o amor próprio e experienciar um amor genuíno pelos outros.
As provas que você quer, só terá se realmente tiver o desejo de saber a verdade.
Muitos se fecham, outros se acomodam por estarem satisfeitos com a própria vida, outros criticam o que desconhecem, outros apenas ignoram.
Os que querem realmente ter o conhecimento vão atrás,experimentam, pesquisam, visitam, leem pois precisam provar dos erros, para terem o sabor real do conhecimento pela própria opinião e consciência.
Sou Brasileiro, posso ser vegetariano ou não, mas dependo do agropecuarista para comer. Posso não gostar de carne bovina mas como peixe, posso não comer qualquer tipo de carne mas como alface e tomate e depois posso chupar uma laranja ou uma uva, tanto faz, o que importa é que dependo deles para sobreviver.
Eles produzem nosso alimento, a merenda da escola do meu filho, o cafe da manhã, o almoço, a janta, seja ele como for, com arroz e feijão ou apenas com vegetais ou então aquele bife da hora ou apenas aquele lanche rápido da esquina.
Eles nos dão o prazer do sabor e nos matam a fome.
E por que tudo está ficando cada vez mais caro? Por que quando vou ao mercado não consigo comprar uma variedade maior de alimento?
Simples,
Porque o homem do campo está esquecido e marginalizado;
Sendo expulso de suas próprias terras, onde plantou, colheu, criou e produziu o alimento que eu como todo o santo dia,
onde viveu anos e mais anos batalhando para um futuro melhor para seus filhos e respectivamente para todos os cidadãos,
onde viveu uma família,
onde cuidou com unhas e dentes o território nacional
onde tinha orgulho de dizer que o chão que pisava era brasileiro;
E hoje?
De quem é esse chão?
De quem é essa terra?
De ONG'S estrangeiras?
Da FUNAI?
Dos Índios?
Será que os Índios precisam de mais terras?
NÃO, PRECISAM DE MUITO MAIS QUE ISSO!
Eles precisam de mais recurso e mais assistência, de mais educação, precisam aprender a produzir, a serem verdadeiros CIDADÃOS brasileiros! Serem parte da sociedade, e não aparte dela!
Será mesmo justo "jogar" os Índios em milhões de hectares?
Sem ensinar e dar a oportunidade a eles aprenderem a produzir e sobreviver daquilo?
É a mesma coisa que ter um filho e joga-lo na rua e dizer: "Vai, é isso que você queria, agora se vira."
Você gostaria de ganhar um carro e não ter gasolina para andar? É A MESMA COISA!
A maioria dos índios estão vivendo em miséria nas aldeias, sobrevivendo de todo o tipo de "bolsa ajuda" que vocês imaginam. -Eles dão o peixe, e não ensinam a pescar-.
E então os países mais desenvolvidos, que já destruíram seus recursos se aproveitam disso, financiando ONG'S para cegarem a sociedade e subornando pessoas do alto escalão do governo para fecharem os olhos para tamanha injustiça, para se aproveitarem, um dia, dos recursos que aqui existem e sobram.
Isso é um verdadeiro TERRORISMO contra a nação, eu não quero estar vivo para ver esse país que lutou pela sua independência, defendeu suas fronteiras ser divido pelos próprios brasileiros, que irão reivindicar um dia uma nação separada e independente para que outros países possam explorar todos os recursos que o Brasil preservou ou não soube explorar! A ONU irá reconhecer essa futura nação, o Brasil perderá, e aí teremos a "faixa de gaza" brasileira, a desordem social, a crise econômica, pessoas passando fome, e a VERGONHA DE SER BRASILEIRO!
Tomara que o governo perceba e veja o tamanho do risco que corremos.
Não aponte o dedo, estenda a mão!
Apontar o dedo, julgar as ações alheias é fácil, condenar, mais ainda. Buscar entender as circunstâncias e o contexto como um todo, no entanto, requer dedicação, esforço e paciência. E, cá entre nós, quase ninguém se preocupa com os outros no sentido de somar. Pelo contrário, muitos utilizam a desgraça alheia como uma forma de subtrair a própria. Por isso não é tão custoso sair apontando os desacertos dos outros. Todavia, poucos são os que se importam de fato e procuram ajudar, estender a mão.A estes, muito obrigado; àqueles, que Deus lhes dê tudo em dobro!
Há aquela velha e boa fábula que conta a história do menino que sempre alarmava um falso ataque do lobo às brancas indefesas ovelhas. O Pastor, prestativo e atento, sempre acreditava nos falsos avisos do garoto. Quase sempre, um dia o Pastor se cansou. Justamente no dia em que o ataque era verdadeiro. O menino desesperado gritava pela ajuda do Pastor enquanto as ovelhas eram mortas.
Outra versão da fábula, mas com o mesmo efeito moralizante, é a do beija-flor que sempre dava enganosos alertas de incêndio na floresta. A inconsequente ave divertia-se ao ver toda a fauna mobilizar-se a fim apagar o que nunca existiu. Até que um certo dia... todos sabemos o que aconteceu.
Transpondo a fábula à realidade, apesar de não ser o garoto ou o beija-flor, por muito tempo emiti falsos sinais. Distribuí indícios e promessas de algo grandioso. Expressei, amiúde, (com uma dissimulação de fazer inveja a Capitu) sentimentos de bem-querer. Manifestei e fiz transparecer um amor sem começo nem fim.
Tal como o beija-flor ou o garoto, talvez tenha agido com o intuito de suprimir a pungente pequenez a que estava fadado. Fomos, eu e meus personagens, por muito tempo o centro das atenções. Nos divertíamos às custas da credulidade alheia. Crédulos que, por inocência ou ignorância, sempre guardavam na memória lembranças daquilo que, de fato, nunca existiu. Exceto em sonhos.
Hoje, por ironia do destino, minha história vai terminando como a de meus caros companheiros, o garoto e o beija-flor. Somos iguais em descrédito e desgraça. Hodiernamente, por mais sinceras e eloquentes sejam nossas palavras, ninguém mais dá ouvidos a elas. Eu não matei nenhuma ovelha. Quero, assim como o Pastor, cuidar do meu rebanho de um só exemplar. O que, no entanto e infelizmente, é impossível. Transformei-me no Lobo da história.
Eu tampouco quero apagar essa chama que sempre fantasiei ter, mas que só agora a conheço verdadeiramente. [Almejos sem meios. (Sonhos vãos). Não voltam.] O beija-flor que sempre fui, apesar de ter experimentado tantas rosas, apaixonou-se por uma flor intocável. Delicada demais para um lobo; grande demais para um pequeno e dissimulado beija-flor.
E o final dessa história... eu quero mudá-lo.
Nem todas as flores têm a mesma sorte: umas nascem para enfeitar a vida; outras, a morte.