Textos de Mãe para Filho
A PALAVRA MÃE
MÃE - é só uma palavrinha,
mas de sentido tão profundo,
sinônimo de Vida e de Amor,
que gera Esperança para o mundo.
É apenas uma palavrinha,
uma palavrinha tão linda!
Carregando de Deus um tanto do brilho,
para que ela brilhe mais ainda
com outra palavra gerada:
o Filho!
Mãe,
Começo a pensar entre pensamentos peculiares sobre a sua jornada, sobre a sua vida.
Mãe, ainda tenho a chance de lhe chamar de mãe, e ser respondida, querida mãe, estou vendo o seu sofrimento, mães não deveriam partir nunca.
Se em algum momento em toda minha vida, eu disse que sofri, peço perdão ao verdadeiro sofrimento.
Te vejo adoecendo, te vejo cada dia lutando contra a natureza e a força do meu medo, destinada ao câncer.
Santo Deus, tenha piedade da minha mãezinha. A cubra com o seu seu manto sagrado.
Afasta de mim esse cálice, que sua vontade seja reconhecida e que me deixe ó pai, só mais um minuto no tempo.
Cura a minha mãe!
Maria (Mãe de Jesus)
O que quero lhes falar é diretamente sobre o momento da crucificação. Aquele dia foi o dia mais doloroso que já vivi, ver meu Filho suportar o que suportou foi desesperador. Cada chicoteada, cada ferimento, toda humilhação, aquela coroa de espinhos, os cravos em suas mãos e pés, eu não sabia o que fazer, eu só queria ajudá-Lo e fazer com que o sofrimento d’Ele acabasse. Não conseguia entender, aqueles que um dia andaram e viram os milagres d’Ele estavam O acusando de algo que era inocente. Eu falava, mas ninguém me escutava, tentava dizer aos que estavam perto de mim que Ele não havia cometido erro algum, todavia, não me davam atenção, pareciam estar presos a uma mentira e cegados por esta. Desde o julgamento até o Calvário chorei as lágrimas mais doídas e agonizantes. Meu coração estava em pedaços em estar diante de toda aquela situação. Mesmo no extremo do seu estado físico, Jesus intercedeu por todos, ainda que nós não merecendo, teve compaixão de todos os homens da terra. Quando eu olhava para Seus olhos enxergava amor, perdão e bondade, e me recordava, lá do início, de quando soube pelo anjo que O receberia em minha vida. Ele é o Amor mais puro e verdadeiro que esse mundo viu, e Ele foi a resposta do Senhor pelos pecados de toda humanidade.
Filha de Oxum
Sempre que o chão me falta é para as águas que eu corro.
Para os braços da minha mãe.
Onde minhas lágrimas se misturam às suas e são levadas para o mar junto com a minha tristeza,
Tristeza que é transformada em força.
Porque filha de Oxum não abaixa a cabeça,
Filha de Oxum não nasceu para chorar,
Filha de Oxum não nasceu para sofrer.
Filha de Oxum nasceu para lutar,
Filha de Oxum nasceu para reinar.
SER MÃE (crônica)
Ah, tá bom! Então eu sou mãe, a querida, delicada, que ama incondicionalmente ( in-con -di-ci-o-nal-men-te), que faz a comida preferida de cada filho, vai ao mercado, àquela feira lá do bairro nos confins para comprar a pamonha mais gostosa que seu querido adora.
Faz cara de paisagem quando ganha um presente que não gosta e já tem certeza que não vai usar, mas não demonstra, senão a doadora pode se ofender. Compra roupas pro marido, mas tem que ficar dando dicas para ver se adivinham o que ela está “precisando”.
Faz um esforço danado pra se entender com a empregada, que por sua vez é mãe até com mais filhos, contrata jardineiro, eletricista, encanador e ai se algum deles fizer serviço porco! Importante, jamais pode bater o carro ou levar multas.
E por aí vai o rosário de penas que vou desfiando... pronto, já me distraí, isso é um trecho da música que a Amalia Rodrigues cantava, mas ninguém me deixa ouvir porque é chata e das antigas - de novo mãe, ah não!
Ah, sou mãe, o pilar da casa, mas eu nem comecei do começo, quando nascem os filhos, pediatra, vacina, escola, virose, aniversário do coleguinha, [......] colegial... dá licença, vou pular esta parte minha, a fase é deles, só mãe sabe.
Pulei, esqueci, nem sei mais quantos anos foram!
Onde eu estava mesmo? Sim, na família já formada, filhos grandes; vem os empregos, casamentos, genros, noras, netos...abortos...(doi, sempre dói de novo)
Alguém deve estar pensando, onde ela quer chegar com essa conversa, tudo igual, conheço esta história.
Aí é que está a questão:
Você que conhece esta história então me escuta. Mais...me ajude a contar tudo, não saia de fininho, somos iguais, não somos?
Dando continuidade, antes que citem a famosa frase - Deus não pode estar em todos os lugares e por isso fez as mães, preciso fazer várias perguntas, questionamentos que não consigo solucionar sozinha. Você também não consegue! Vamos?
Aí a mãe faz o que pode para agradar a família, aguenta desaforo, vai perdendo os abraços, a beleza, a agilidade, surgem as artrites, com o colar de ites que o médico diz que é da idade, o pior, os “ais” verdadeiros e os costumeiros que ninguém quer ouvir.
Sem contar com o celular lindo de seu filho que ele lhe dá, bem intencionado, quando troca por outro bem melhor, e você não sabe usar bem, porém eles não tem tempo para ensinar. E tem aquela blusa que você ficou namorando na vitrine, quando criou coragem para comprar, chega em casa, vem a filha - ai que linda mãe, posso usá-la hoje? Aiaiai...
Não posso me esquecer: “mãe é a rainha do lar”. Fala agora, o que ela faz com o peso desta coroa enorme que colocaram em sua cabeça?
Como desfazer-se dela para aliviar os conflitos que ficaram presos pela força que ela engrenha comprimindo seu cérebro?
E os seus sonhos, seus medos, suas loucuras, seus tédios, seus planos interrompidos pelas diarreias caseiras?
Tem aquele filme que ouviu dizer que era ótimo, mas quando deu fé, já tinha acabado a temporada?
Onde será que ela guarda estes afetos, desafetos, inquietações, lágrimas de
banheiro, insônias, segredos íntimos, remédios sem receita, unguentos que a vó deixou a receita como herança?
Quem tiver alguma ideia, por favor me elucide, porque, como você, faço parte deste emaranhado de responsabilidades que a sociedade colocou em minha vida, sem perguntar se eu iria aguentar.
Por mim, eu colocaria tudo num baú (decorativo, para que não mexam), junto, um daqueles aparelhinhos de som made in china, com um pen drive tocando sem parar aquela música que me fascina desde o ano passado:
“Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si
É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti
É sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz
É sobre dançar na chuva de vida que cai sobre nós......”]
melanialudwig - maio/ 2018
VONTADE DE MINHA MÃE
Hoje amanheci com vontade de mãe. É, amanheci, feito pão esquecido no cesto da noite para o dia, um murcho, outro seco, sem saber o que seria feito deles.
Amanheci assim, precisando tomar meus remédios, mas sem ter que tomar a iniciativa. Querendo alguém que me lembrasse, aqui estão seu remédios, não se esqueça. Ou então, apenas um - dormiu bem?
Coloquei-me em pé e segui em direção à cozinha como faço todas as manhãs.
Ao atravessar a sala de jantar, me aproximei de um pote de cerâmica, colocado no aparador, diria até, estrategicamente, herança que trouxe lá da “nossa” casa, quando tudo foi dividido, por ocasião da morte de meu pai.
Parei e com as mãos em concha, deslisei-as em todo o seu contorno, como se dentro dele estivesse todas as lembranças concretas, desde o dia em que juntas, mamãe e eu, compramos aquela peça.
Na época era cara, de bom artesanato. Ela gostou tanto e eu também. Isso foi há muitos anos, nem sei quantos.
- Ah leva mãe, não precisa dizer ao pai quanto custou!
Voltamos rindo do feito, com todo cuidado para que não quebrasse e sobrevivesse aos sacolejos do ônibus, na sua volta, mais de quatrocentos quilômetros longe daqui.
Respirei fundo para afastar a lembrança, a vontade de mãe, e entrei na cozinha.
Fui logo passar um café. Adoro café de manhã. Acho o meu café muito bom. Só que eu queria que ela estivesse ali para experimentá-lo e dizer que meu café estava “sehr gut”.
- Nossa, filha, você aprendeu a fazer um café sehr gut!
Levantei a xícara acima de meus olhos e ocultamente ofereci a ela. Então, desci a xícara devagarinho, como num ritual sagrado e quando senti aquele cheiro quente bem próximo às minhas narinas, sorvi gole a gole em silêncio.
Nunca uma xícara de café me pareceu conter tanta vontade de mãe...
melanialudwig - 21/08/19
Hoje mostrei a minha mãe um perfil no Instagram. São diversas fotos de um jovem que aparece com frequência mostrando seu corpo nú, claro, imagens censuradas. O comentário de minha mãe foi o mesmo que provavelmente muitas e muitas pessoas de sua época fariam e fazem: “- é para se aparecer?” Imediatamente respondi que não e que a pessoa é artista.
Entendo minha mãe pensar dessa maneira, afinal, ela foi criada em outro tempo e acabou de dar partida em sua vida digital, ou seja, acabou de mergulhar em um mar onde as pessoas diferentes podem ser elas mesmas por através de todos os muros de preconceitos, ainda lhe custará um par de anos até que entenda que o mundo evoluiu. Por isso, não julguem a ela nem aos que ainda não entendem nosso progresso. É uma questão de tempo.
No momento que falei a ela que a pessoa das fotos é artista, também lhe disse: quando é uma modelo na playboy, não tem problema? E se fosse o ensaio sensual de uma bela mulher? Essas seriam aceitáveis?
Minha mãe parou para pensar, não me respondeu, mas percebi que se pôs a mudar de opinião.
Nem tudo é preconceito, às vezes é só desinformação e desatualização.
Somos cristãs e isso não anula o respeito que tenho por qualquer ser humano, independente de sua profissão, cor, sexualidade, religião ou estilo de vida. Aliás, não deveríamos ter que militar em favor das pessoas por elas serem diferentes de nós, a evolução mental deveria ser natural, já que não é, vamos mostrar EM AMOR a quem ainda não entendeu que ser diferente é bom.
Ah! O perfil que mostrei a minha mãe é do @jupi77er
Palavra do dia: Pão
Na minha infância a minha mãe fazia o pão em casa. Pão não! Eram fornadas de pães no forno à lenha.
Fazer pão era um ritual que começava de manhã, desde a troca de fermento de litro vindo da vizinha, da lenha seca, cuidadosamente colocada no forno.
Enquanto se preparava a massa, deixando crescer até aumentar de volume. Aí sovava novamente com os punhos, deixando crescer mais uma vez. Untava as formas com gordura ou manteiga (caseira). Enrolava em punhados a massa, sempre sovando bem no formato do pão. Deixava crescer novamente. Enquanto isso, lá fora o fogo queimando a lenha até formar um braseiro, que ia aquecendo todo o interior do forno. Quando os pães estavam bem crescidos, rastelava as brasas do forno e colocava várias formas lá dentro e tampava a boca do forno com uma folha da lata, escorada com um pau cumprido.
De vez em quando uma espiada para ver se estava ficando no ponto.
A festa era quando desenfornava e a gente podia dividir um pão quentinho na manteiga que derretia, geléia de goiaba, entre outras e comer junto a um café com leite. Todos numa mesa grande com bancos na cozinha aconchegante.
Era muito bom!
melanialudwig
E agora ?
Assim perguntava a menina para a sua mãe. Isso era rotina, a qualquer problema ou dúvida, ela corria para a saia da progenitora, pedindo ajuda, mesmo que fosse apenas um sorriso de aquiescência ou pela graça do fato. Nem sempre obtinha respostas, mas tentava, sem saber que a cansada mãe não sabia tudo. Cresceu e aprendeu muita coisa por conta própria, experiências boas e ruins a fizeram entende melhor a vida. Este é o caminho - abrir as asas e voar sozinha - enfrentando tombos e sequelas, mas tendo o porto seguro na hora do pouso: o colo da mãe.
Saudade da minha que foi embora há pouco tempo, está em paz e sei que se eu tiver tropeços, ela ainda tem um sorriso maroto como a dizer: filha, bem que avisei...
Direitos reservados
Hoje
4 anos de mãe e filha apartadas
Para sempre, aquela despedida
Que nos tira meio
De atenção, carinho discussão, tato, cheiro
A pior dor do mundo
Que não tem consolo
Que a gente até se distrai
Frases feitas, reais
Dizendo que viveu bem a vida partindo aos 84
Mas a verdade
É que deveria ser vitalícia
Injusta partida
Que pune, fulmina
Dor seca
Lacrimejos
Tenho um olho que chora,
Sensível demais no lacrimejar
Desde pequena, minha mãe disse
Que esse olho se põe a chorar.
Tenho um oceano dentro dele
Barulho, uma onda, o sopro do mar
Tem mais do que eu poderia descrever
Tem mais do que eu poderia declamar
Tem devaneio e tem lapso
Tem um brilho apaixonado
Tem esperança ao pôr-se o sol
Trago lembranças e outras,
Quem mais poderia entender
O olho que chora mais do que vê.
Porque dar à luz é diferente de ser mãe
Criança precisa de limite, atenção, amor e cuidado e não ter todos os seus desejos e caprichos satisfeitos, assim que fecham a boca. Ser pai e mãe, definitivamente não é fácil. Educar uma criança é uma das tarefas mais difíceis que existem, por isso os pais são tão permissivos. Dá trabalho ensinar, às vezes, é dolorido dizer não, manter a postura perante o não dito dá trabalho e, sobretudo, dar exemplos dá muito trabalho, mas não conheço forma mais rápida e eficaz de se educar uma criança que o exemplo. As crianças má educadas e sem limites não têm culpa por serem assim, a culpa é de seus pais desregrados e sem nenhum compromisso com os princípios e valores que devem nortear a educação de uma criança. Dar à luz todas as mulheres dão, é um ato quase instintivo de preservação da espécie, ser mãe já é outra história e nem todas conseguem fazer jus a esse título tão nobre por diversas condições e motivos. As que enfrentam todas as dificuldades e conseguem ser uma boa mãe têm o meu apreço e respeito. Tenho enorme admiração por essa espécie tão rara que também me parece estar em vias de extinção: Mãe!
MARIAS
Maria bendito nome
Da santa mãe de Cristo
Maria! Quantas Marias!
Quantas Marias sem Cristo.
Maria somente o nome
Maria sem sobrenome
Maria sem paz na vida
Maria sem fé em Cristo.
Maria desiludida
Maria sem sonhos
Marias, Marias, Marias...
Maria pecaminosa
Maria filha da fome
Maria sem esperança
Maria que lamenta a sorte
De ser apenas...
Maria,
Maria,
Maria...
O meu primeiro salário, assim como muitos eu entreguei nas mãos da minha mãe, isso porque na sétima série eu precisei parar de estudar para ajudar minha mãe, inclusive nós conseguimos o meu emprego juntos, ela foi comigo no primeiro dia.
Muito tempo depois, bem mais velho, quando noivei e comecei a planejar a minha vida fora de casa, que parei de ajudar, a pior fase já tinha passado e ela estava estabilizada.
Continuei ajudando até o fim, mas sou grato a ela por ter me ensinado o valor das coisas e dos meus esforços, o dinheiro meu amigo é combustível importante, mas não tanto quando perseverança.
Poluição humana…
Vamos tentar limpar, a Mãe de nós;
Agora que a vimos, limpa a ficar;
Devido a nosso poluir, parar;
Pela a nós vinda, de um vírus; atroz!
Vamos diminuir o poluir;
Que a tanto ser, em tal anda a matar;
Como a pureza, que ela tem pra dar;
Caso o seu chorar, possamos ouvir.
Que bom será, máscaras dispensarmos;
Como as tais que agora todos usamos;
Por termos medo até: do respirar!...
Por nossa Mãe tanto contaminarmos;
No pormos nela, um sujar, que abusamos;
Por pormos nela, um tanto conspurcar.
Com esperança;
PARA MINHA MÃE
Mulheres sejam bem vindas
Todas que são da batalha
Tem alma de guerreira
Principalmente as que não precisam de macho para escrever a carreira
Lutam desde de nova para fugir do machismo que assola
Merecem chocolate, flores e vitória
De sobra mudam toda história
É sua vez agora
Tirar todo preconceito e transformar em glória
Respeito, igualdade e oportunidade é o que elas precisam e mais nada, se liga nessa verdade
Contarei a história da mulher da minha vida
Nome dela é Rita
Correu contra o vento desde do meu nascimento
Foi mãe e pai, que talento
Lembro do seu sofrimento
Desde nova passou veneno
Me deu um lar, amor, educação
Ensinou a ser honesto em toda situação
Para me alimentar trabalhou na madrugada em um bar
Quando peguei uma maçã sem comprar
Ela que me ensinou o que era roubar
Educação aprendi no meu lar
Claro... As vezes tive que apanhar
Naquela casinha onde só tinha dois cômodos para morar
Aprendi a respeitar
Cair para levantar
Te juro mãe eu vou tentar nunca mais errar com o gênero que me fez caminhar
Lembra mãe?
Daquele tempo gostoso que não volta,
entre eu e a senhora,
Você era minha heroína, eu só não sabia disso ainda.
Me mandava no mercado na hora do desenho e eu ficava chateado botando sua cabeça a prêmio,
Me mandava estudar praticar ortográfia e eu mal sabia que usaria isto um dia.
Lembra pai?
Daquele tempo gostoso que não volta,
Entre eu e o senhor,
Eu sei que a gente brigava, mas no fundo eu só te admirava.
Quando eu fazia algo errado você tinha que punir,
Da sua cinta da justiça eu tinha que fugir,
Você trabalhava muito pra nossa família sustentar e eu moleque idiota só pensava em aprontar.
Eu lembro,
Daquele tempo gostoso que não volta,
Só estou cantando está canção porque minha mãe me ensinou escrever com o coração,
Só queria poder ir no mercado e ter minha mãe do meu lado,
Ou meu pai me ensinando uma dura lição onde eu não choraria de dor,
mas sim de emoção.
Parece que só durou um segundo, mas eu sei que tive os melhores pais do mundo.
Mãe....
Este dia é sempre um dia triste, não consigo pensar na senhora sem sentir uma vontade incontrolável de derreter-me em lágrimas.
É um misto de sentimentos que invadem o meu ser e estremece até minh'alma.
Uma sensação de vazio sufocante e transbordante como se fosse uma bolha que se auto alimenta da dor de não tê-la comigo.
Um sentimento que carrega em si 30 e poucos anos de lutas e desafios, dores, amores e cafunés.
Uma vida todinha que teve o tamanho de um bebê se comparado a minha necessidade de viver com a senhora.
Ninguém é capaz de saber ou entender o que sinto neste dia, sorrisos falsos, peito apertado, minha vontade era ir ter com a senhora um dia que fosse so pra sentir seu cheiro e receber um dia da sua alegria que contagiava a todos, mas infelizmente Deus precisava da senhora com ele, esse mundo não te merecia.
Mas onde a senhora estiver que tenha um dia maravilhoso, que Jesus lhe abrace e que ao menos meu amor chegue a senhora como uma brisa leve no seu rosto, e que a senhora saiba que foi eu que lhe enviei quando derramei está lágrima.
Te amo mãe um dia matarei está saudade se eu conseguir a honra de ir para o lugar que a senhora está.
Seus netos lhe amam também!
Eu sofri como um adolescente que se encontra sem o pai e mãe mas eu tive mãe sabe? Mas eu fui órfã de carinho.
Mais é como se eu olhasse no espelho e enxergasse somente a mim eu estive sozinha mesmo com alguém do lado,
Eu quis morrer, eu tentei morrer
Mas porque me cortar
Se o mais importante tinha morrido dentro de mim? Os meus sentimentos.
Eu cresci acreditando que a vida era como nos filmes, quando a mãe escuta a filha e apoia ela
Mas a minha mãe quando me escutava me apunhalada era um tiro nas minhas costas.
Talvez fosse o vício dela na bebida
Talvez não me amasse como ela dizia
Gravidez indesejada eu não desejei viver
Mãe!
Eu só queria ter a sorte de ser forte
Não crescer com traumas do passado
Eu não escolhi relembrar
Mas os problemas são como uma caixinha de surpresa não tem tempo para vir.
À minha mãe mais querida
Queria Deus levar - te como levou,
para ensinar ao mundo sua razão
de mãe que de tudo quis abrir mão
e sua razão de ser se proclamou...
Mamãe querida fostes misericordiosa
porque tinha piedade em seu coração...
Foste sempre a minha mãe bondosa
que sempre tinha- me em sua emoção...
No seus abraços sempre bem acolhida
Óh! Minha mãe amada e querida
Estas tu com Deus no assento etéreo
Como Jesus guarda nele seu mistério...
Pois, a cada um Deus deu uma cruz
e na sua sei que estava Jesus,
pois em seu padecer soam rumores
e de Jesus Cristo os seus clamores...
Tão inverossímil é a opinião alheia
tanto quanto ao julgamento em vão,
pois de Jesus Cristo fizeram miséria
e hoje Ele é o nosso maior guardião!
Maria Lu T. S. Nishimura