Textos de Luto
É natural e saudável ficarmos tristes e sentir dor pela perda de alguém querido. Mas, quando não apanhamos os pedaços e continuamos em frente, é como se uma parte da nossa alma, estivesse incompleta, sentimos um vazio, que nada nem ninguém pode ocupar.
Não perca tempo procurando fora de si o que lhe falta dentro. Enquanto não estiver inteiro, só irá encontrar desilusões e mais frustrações.
O APEGO
Quanto mais você se apega a uma pessoa, mais você sofre com sua perda.
Quanto mais você se apega a algum bem, mais você sente falta quando o perde.
Quanto mais você se apega a sua aparência, mais você sofre com o envelhecimento.
Quanto mais você se apega a algum objeto, mais vazio você fica quando isso vai embora.
Quanto mais você se apega a um dogma, mais você sofre por descobrir que essa suposta verdade era falsa.
Quanto mais você se apega a uma situação, mais você deixa de viver outras situações que poderiam ser proveitosas.
Quanto mais você se apega a um sentimento (como a raiva ou a mágoa), mais você vai repeti-lo dentro de ti e mais essa emoção te domina.
Quando uma situação nos proporciona um prazer repetido,
Isso pode gerar um apego que funciona como alicerce psicológico em nossa vida.
Aquele que se apega facilmente, faz sua vida depender do objeto de seu apego.
Apego é o caminho mais fácil: gera conforto, estabilidade e nos dá uma base… algo para nos segurar.
Mas trata-se de uma base falsa, pois tudo o que existe, um dia chegará ao fim… posto que nada se mantém eternamente.
Aquele que não imagina sua vida sem algo ou alguém, está seguindo rumo à infelicidade.
Nos apegamos a pessoas, a coisas, a situações, a ideias e até a emoções.
Mas o maior apego é sobre nós mesmos.
Não queremos morrer, não queremos nos perder, não queremos ser esquecidos.
Alimentamos o máximo nosso ego para sentir que continuaremos existindo.
Tudo aquilo com que nos apegamos, ficamos com medo de perder.
E o medo paralisa nossa vida, nos atrasa, nos prende e nos desequilibra.
O apego é um dos maiores inimigos do ser humano… ele sempre nos escraviza e nos submete.
O apegado diz: “Não posso viver sem isso”, “Não posso viver sem aquilo”.
Quando nos apegamos, precisamos sempre de mais e mais e nunca estamos satisfeitos.
Quem se apega a uma pessoa, quer sua presença a todo momento e não consegue mais viver sem ela.
Quem se apega quer, de alguma forma, suprir uma carência ou uma ausência dentro de si mesmo.
Mas é inútil, pois nossos apegos nunca poderão nos preencher.
A fé na vida é, com efeito, o oposto do apego.
Quem tem fé, não se apega a nada, não precisa de coisa alguma para se completar emocionalmente.
Aquele que coloca muitas coisas ao redor de uma lâmpada, acaba abafando seu brilho.
Libere totalmente sua lâmpada, sua chama interior, de tudo que a abafa.
Assim sua essência brilhará livremente.
Renuncie a todos os seus apegos, deixe de lado tudo aquilo que te prende… Não há outro nome… isso se chama liberdade.
Aquele que vive desprendido de tudo, sem dependências, sem vícios, necessitando do mínimo possível…
Esse é muito mais feliz.
" PROFUNDA PERDA"
A rosa murchou desde a tua partida;
O amor ficou adormecido desde o teu triste adeus;
A alegria escondeu-se na profundidade da tristeza;
O sorriso fechou-se na mais séria e profunda solidão;
A fala calou-se dentro do coração;
Os poemas ficaram sem poesia;
Profunda perda causaste ao meu coração, tanto que perdi a inspiração.
Inspiração que fazia a rosa se manter viva, o amor ser vivido, a alegria se mostrar, e o sorriso ter sentido.
A fala e os poemas nunca mais tiveram voz e enredo dentro da minha canção.
Hoje a profunda perda esqueceu-se de procurar o meu coração.
Boa noite!
É hora de descansar... as pálpebras pesadas nos lembram do cansaço do dia e da perda de energia... o corpo manda a mensagem: descanse... descanse...
Descanse o corpo, a mente, o coração... é hora de entrar em um mundo imaginário onde o físico repousa e a mente divaga... e nos envia mensagens do subconsciente.
Relaxe... é hora de entregar as aflições... ou agradecer pelas alegrias. Entregue-se à noite, ao descanso, a Deus, à fé de que Ele, nessas horas, toma pela mão todos os problemas que a mente criou, as situações ruins que são de fato reais e as nossas ansiedades geradas pelo medo de algo que pode dar errado, ou que pode dar tão certo. Não há momento mais sublime, belo, ao mesmo tempo desesperado e tão calmo quanto entregar-se ao sono, e separar-se por algumas horas de todo este mundo real... deixando Deus ou o que quer que você acredite cuidando de tudo por você. Todo mundo que cerra a pálpebra no fim de um dia faz uma pequena prece ou enche-se de esperança de que o amanhã virá com as curas de todas as mazelas, com um milagre, com o consolo necessário... é lindo. Porque no calar da noite, fechamos os olhos para as dores do passado e as ansiedades do futuro, conseguindo viver só no agora: dormir. Mesmo que insconsciente, você se empodera todas as noites até o amanhecer...
A PERDA DE UM GRANDE AMOR
Sinto -me como um náufrago,
Navegando em mar desconhecido.
Uma grande tormenta passou por mim.
As águas estão turvas demais, pois todos os elementos da profundezas vieram a tona.
Navego agora com o que me resta do meu frágil barco.
Olho para o horizonte e não vejo terra firme.
Não há porto seguro, somente medo.
No meu entorno, brumas hialinas me envolvem no terror da incerteza.
Se o sol brilhar, me queimará,
Se a chuva cair, me inundará,
Se o vento soprar, me desabrigará.
E quando o mar se acalmar, inimigos vorazes irão tentar me tragar.
Mas seu AMOR me salvará.
Perder alguém de quem gostamos..
ou amamos, é duro.
Toda a perda faz-nos refletir e pensar…
Porquê??
A pior fase é a do luto, não é fácil...
A dor é imensa e as lágrimas...
muitas vezes caêm pelo rosto!
É bom chorar, o pior é quando não..
temos tempo para chorar!!
Devemos aproveitar cada momento...
ao lado das pessoas que amamos.!
Há sempre uma doce luz no silêncio.....
e na dor da morte....
A maior perda da vida não é a morte...
é o que morre dentro de nos,é quando não vivemos.
para vencer a morte deve ter um sorriso...
quando a sua alma partir.!
Ninguém pode fugir da morte...
ela é o começo do caminho para a eternidade.
Multidões de mães choram a perda de filhos, outras multidões de mães choram a vontade de terem filhos e não podem por motivos biológicos, outras multidões de mães deixam seus filhos aqui, e partem para morar com Deus. E eu me pergunto, como ainda existe "mães" que abandonam seus filhos, "mães" que tiram a vida de seus filhos antes mesmo de vê-los, por meio do aborto, "mães" que assassinam seus filhos, "mães" que jogam seus filhos em lixões, em lagos e rios.
Chega a ser um ato imperdoável perante a sociedade, pois algo tão frio e tão arrepiante como o assassinato do próprio filho, não poderia vir de uma mãe.
Existem Mães e "mães", agradeça a sua por ser mãe de verdade!
Hoje em dia temos muitos meios de repercussão dos fatos, mas imagine quantas crianças já foram mortas sem ao menos ter o direito de ver o mundo, quantas crianças foram esquecidas como se tivessem desaparecido, aonde estão nossas crianças?
É, de fato o mundo de hoje está muito distante de ser um lugar onde crianças consigam viver bem, ter um boa educação e serem lapidadas para se tornarem "jóias" do futuro.
Infelizmente são essas as notícias que correm diariamente em nossos jornais!
Qual a coisa mais difícil que temos que enfrentar?
A morte ou a perda da pessoa que nós amamos?
Eu acho que as duas coisas, porque um dia todos vamos morrer,mas enquanto estamos aqui e vivos, temos que viver o máximo que pudermos. Cada sorriso, cada tristeza, cada choro, devemos aproveitar esses momentos porque devemos amar, sorrir e chorar, devemos viver...
TROCANDO PIMENTAS POR CAQUIS (Ou pequenas metáforas de perda ou passagem)
Não quero mais os líquidos ardentes que me fazem fogueira, mas depois se acabam e deixam somente a seca sede do pós-chama. Quero, sim, as águas do rio que lavam, nutrem e acalantam, e quando seguem, carregam a poeira e me ajudam a seguir. Não quero mais os adereços que perfuram minha pele e ao serem retirados, espalham vãos pelo meu corpo. Quero, sim, as flores que acolho em minha orelha e, ao murcharem, ainda deixam seu perfume em meus cabelos. Não quero mais os contratos de imóveis que, ao serem destruídos, me deixam perdida e sem teto. Quero, sim, as areias da praia que não me preocupo em chamar de minhas, mas que dedicam caminho e carinho para os meus pés...
Eu não quero sentir falta.
Quero, sim, sentir saudade.
Mario Quintana
Desde a infância
conheceu a dor e a solidão:
a perda de seus pais.
As primeiras produções literárias
no âmbito de um colégio militar
trabalhando para editoras
e na farmácia de seu pai.
Sem casamento, sem filhos
solitário
vivendo em hotéis.
Poeta das coisas simples
dono de uma bela ironia
com profundidade e perfeição técnica
apresenta poemas e frases brilhantes.
Jornalista em quase toda sua vida
tradutor de diversos clássicos de literatura universal
faz sucesso já no primeiro livro.
Das suas poesias os prêmios
as participações em antologias
e em diversos livros escolares
mas em vão tenta entrar na academia.
Saudado pelos poetas,
critica a política na academia
rapidamente os ponteiros passam
então dorme com sapatos.
A perda, em suas diversas medidas sempre nos causa algum pesar e nos leva um pouco de confiança ou expectativa. E quando pensamos na dedicação percebemos o quanto é inspirador procurar entender nossas atitudes a partir das razões que nos conduziram às renúncias, somente para evitar desgastes e manter o bom viver. São muitos os temores que, mesmo sem querer, se cultivam e tentar evitá-los pode ser inútil diante dos vestígios de recusas, então encontrar evidências que nos mostrem a proximidade do fim faz diferença quando lembrarmos das pessoas como uma parte que nos falta. Não é somente a ausência definitiva que nos impossibilita de reagir às consequências, dependerá também das circunståncias e do tamanho da decepção, e pode acontecer com qualquer pessoa que faça parte da nossa vida, por qualquer motivo e a qualquer momento. Por isso devemos fazer o possível enquanto podemos.
John Pablo de La Mancha
Não há nenhuma dor que se compare à perda de um ente querido. Não há nada que repare o sofrimento de ver alguém que amamos partir. Para quem fica, resta a saudade, a tristeza e a inconformidade. O tempo não irá apagar a dor e a saudade, mas certamente irá apaziguar e amenizar tamanho sofrimento.
Diante da morte não há nada que possamos fazer a não ser rezar. É preciso rezar por aquele que amamos e que partiu, para que descanse em paz e encontre a luz para continuar crescendo espiritualmente. Mas é preciso rezar também por aqueles que ficam, para que encontrem conforto e consigam enviar pensamentos de paz para quem agora já não está entre nós.
Não podemos nos entregar ao sofrimento. É preciso seguir adiante com a vida, o nosso caminho ainda está por fazer. Levemos viva conosco a lembrança de quem perdemos, lembremos com amor e carinho sempre, mas honremos a sua memória vivendo a nossa vida em paz e com alegria. Os meus mais sinceros pêsames pela sua perda. Que Deus ilumine você!
Perder tempo hoje em dia é algo que ninguém aceita, mas em determinadas situações essa perda de tempo é necessária para se alcançar o aprendizado que fará diferença no futuro. Então antes de murmurar do porquê disso ou daquilo procure ver o que você demorou tanto para aprender para não cometer mais o mesmo erro e ter de perder tempo revivendo o que já deveria tirar de letra.
Islene Souza Leite
O Relógio da vida.
Quando estamos diante de uma perda , conseguimos perceber que o relógio da vida não se atrasa nem se adianta. É aquele momento exacto. E é no exacto momento que percebemos profundamente o quão valioso é o nosso tempo. Não se arrependa de um abraço que ficou por dar, de um beijo, de um carinho ou de um simples " oi, tudo bem? ". Faça valer a razão de ainda respirar, porque quando ele resolver parar, quer para nós ou para algum ser vivo que amamos, vai doer. A dor será inevitável porém amenizada com todos os bons e maus tempos passados junto daquele que cujo o tempo parou. Chore, chore bastante mas chore com a certeza de que não foste relapso ao tempo.
Uma espécie de perda
Usamos a dois: estações do ano, livros e uma música.
As chaves, as taças de chá, o cesto do pão, lençóis de linho e uma
cama.
Um enxoval de palavras, de gestos, trazidos, utilizados,
gastos.
Cumprimos o regulamento de um prédio. Dissemos. Fizemos.
E estendemos sempre a mão.
Apaixonei-me por Invernos, por um septeto vienense e por
Verões.
Por mapas, por um ninho de montanha, uma praia e uma
cama.
Ritualizei datas, declarei promessas irrevogáveis,
idolatrei o indefinido e senti devoção perante um nada,
(– o jornal dobrado, a cinza fria, o papel com um aponta-
mento)
sem temores religiosos, pois a igreja era esta cama.
De olhar o mar nasceu a minha pintura inesgotável.
Da varanda podia saudar os povos, meus vizinhos.
Ao fogo da lareira, em segurança, o meu cabelo tinha a sua cor
mais intensa.
A campainha da porta era o alarme da minha alegria.
Não te perdi a ti,
perdi o mundo.
Levante-se o muro entre o passado e o amanhã;
Emoção e a razão;
Amor e o ódio;
Vingança e o perdão;
Saudade e o desapego;
Guerra e o sossego;
Medo e o certo...
Difícil é saber que a necessidade de isso acontecer é inevitável, imutável e irremediável
Os muros se levantam pra mostrar que ainda há algo a viver, mesmo se temer
o medo não pode reinar.
Sobre Paulo Gustavo
Senti essa perda como se fosse alguém bem próximo... E é, de certa forma, de milhões de pessoas... Mais uma perda para esse vírus, mais uma dor dilacerante nos corações de quem ama, mais um aperto no peito de dor, agonia, medo. E a pergunta que fica é: Até quando? É desse sorriso que quero lembrar a partir de hoje. E que Deus conforte cada coração dilacerado pela dor da perda nesse cenário que vivemos há mais de um ano. Que Deus seja o bálsamo consolador para cada lágrima derramada. Para todos vocês que ficaram e que sofrem, meus mais sinceros sentimentos e um profundo abraço.
Josy Maria
PROSSEGUIR
O que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. —Filipenses 3:7
Diz-se que “a bugiganga de um é o tesouro do outro”. Foi uma tarefa extremamente difícil um jovem ajudar seus pais a se livrarem dos “itens desnecessários” da casa, antes que eles mudassem para uma casa menor. Ele muitas vezes se zangou com a recusa dos pais de se livrarem de objetos que não haviam utilizado em décadas. Finalmente, o pai o ajudou a compreender que mesmo os objetos gastos, inúteis traziam à memória as lembranças de amigos íntimos e eventos importantes. Limpar a bagunça significava também jogar fora parte de suas próprias vidas.
A incapacidade de tirar dos nossos corações atitudes que nos trazem peso, correspondem, espiritualmente, à nossa relutância em se livrar das tranqueiras em nossos lares.
Por muitos anos, Saulo de Tarso ficou preso à justiça que conquistou obedecendo às leis de Deus. A sua linhagem e desempenho eram valiosos até que ele encontrou Jesus na estrada de Damasco num momento que o deixou cego (Atos 9:1-8). Face a face com o Salvador ressurreto, ele deixou para trás o seu estimado esforço próprio e mais tarde escreveu: “Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo” (Filipenses 3:7).
Quando o Espírito Santo nos impulsiona a abandonar qualquer atitude que nos impeça de seguir a Cristo, encontramos a verdadeira liberdade se a deixarmos para trás. —DCM
Em Cristo temos liberdade para prosseguir. David C. McCasland
PERDA!
A dor perfura a alma, sangra, fere
Doí.
Rouba risos, alegrias e alma.
Fere corações, fere pessoas e fere a vida.
A dor é selvagem
predador sem pena.
É ferida aberta, que inflama de tanta saudade.
A dor da perda, é dor indescritível.
É caos, é temporal.
É terremoto de emoções que levam o vulcão da alma entrar em erupção.