Textos de Lua
Nossa vida é dividida em fases, como a lua.
E assim como ela, independente de qual fase estamos passando, nunca devemos deixar de brilhar, mesmo que uma parte de nós esteja às escuras, sempre existe um motivo para continuar. Aproveite cada fase. Afinal, nenhuma das fases da lua duram para sempre.
~Sol~
A lua me traiu
Com o mar
E as estrelas me fazem sonhar
Quero desdenhar da nossa história
Já esqueci com é doce o seu sorriso
Mas o brilho das estrelas não consigo mais esquecer
Talvez seja fato que tudo mudou
E eu não acredito mais em primeiro amor
Então deixe-me aumentar a luz do teu corpo, pequena brilhante, quero encandear os nossos corações...
A lua e suas fases
A lua e suas fases
As lembranças que me trazes
De uma noite bem vivida
E de várias maldormidas.
Pra que uma vida tão regrada?
Sempre bem calculada?
Se com você eu errei
Com um simples beijo me apaixonei.
Estou com a mente cansada
O sono só vem de madrugada
Já não penso direito
Entretanto tua escolha eu respeito.
Se pudesse saía gritando
Que de você estou gostando
Mas do que adianta demonstrar
Algo que nunca vai se realizar?
Prefiro sofrimento retido
Do que distribuído
Amor? Ou apenas solidão?
Só sei que é muita dor para um só coração.
Hoje é dia de lua crescente!
Então...
Deixa crescer...Deixa!
Deixa crescer a flor!
Deixa crescer os sonhos!
Deixa crescer o Amor!
Deixa crescer a Magia!
Deixa crescer a paz!
E observa em silêncio o que o Despertar faz...!
Evoluir a Alma nos faz de novo criança...
Experimenta provar de novo a pureza da infância...!
NAMORADA
Veju, sinhazinha, nu seu sorrisu iluminadu
Disputanu cum a lua u seu reinadu
Trazenu alegria a esse caipira apaxonadu
Quereno com voismicê
Só avivê momentus incantadus
Meu coração totarmenti di ocê ocurpado
Bati forti só im oiá u seu retratu
Quasi qui ixplodi sentinu longi u perfume da sinhá
Imagine como haveria di sê, cum ocê du meu ladu?
Tô por ocê doidamenti apaxonadu
Feliz e inté meio abobadu
Por ter incontradu ocê pelus caminhu
Agora num queru mais avivê sozinhu
Ocê, sinhá, virô meu mió mutivu
As mais linda das razão
Os únicu sentidus meu
Di vivê cum tantas emoção
Sinhazinha, abelinha linda
Qui tantu mi faiz filiz
Qui na sua vida eu seja bão
Comu aquele seu zangão
Queria di infeitá ocê di fulô
Transforma ocê nu meu jardim
Juntanu prefume i côr
Demonstranu u meu amô
Im tudu u que óio mi trais ocê
O sol, a lua inté as istrelas se transforma im poesia
Os passaru e seus cantu, se atransforma im aligria
O retratu da sinhá, si transforma im sodade
O amô, a paxão i us carinho, se transforma im verdade
O ar que iêu respiru, si transforma im vida
Intão num tenhu mais u qui pensá
Cum ocê, sinhá, queru mi casá
Juntá nossus coração pra modi vivê
Pertinhu di mim e iêu di ocê
Filiz dia dus namoradu!
Sinhazinha!
Seu Joca Caipirinha
Mulher de fases,
tais como a lua.
Fases de se fazer sentida
com a força exercida
em homens e marés.
Fases de dar sentido
criando destinos
como quem faz um mapa astral.
Fases de doação
em forma de clarão
iluminando a noite escura
dos apaixonados.
Fases de reconhecimento
recebendo o olhar atento
dos que fazem poemas de amor.
Ela é como a lua
tem fases e fusos próprios.
Míngua, cresce e se renova.
Ela é como a lua cheia
de vontades.
"Não vivo no mundo da lua,
mas prefiro não verbalizar as coisas ruins.
As palavras que proclamo, digo-as primeiro a mim.
É um mundo melhor que tento construir. Sim, começa-se assim!
A palavra tem muito poder de atrair, de convencer, de concretizar!
Somos muito do que vivemos a falar,
do que deixamos entrar e sair de nosso coração,
do que costumamos agradecer ou reclamar."
Sempre você
Fica difícil esquecer
Os bons momentos que juntos passamos
Quando ao olhar a lua me lembra você
Lua linda que ilumina as noites escuras
Assim como você brilha espontânea e alegre
Sob ventos fortes de incerteza
Com a certeza da felicidade
E então me lembro dos teus olhos
Fácil de recordar
Do colorido do teu olhar
Tão intenso e marcante quanto a beleza do sorriso descontraído
Toda tua beleza especial faz de você sem igual
De um lado cantava o sol,
do outro, suspirava a lua.
No meio, brilhava a tua
face de ouro, girassol!
Ó montanha da saudade
a que por acaso vim:
outrora, foste um jardim,
e és, agora, eternidade!
De longe, recordo a cor
da grande manhã perdida.
Morrem nos mares da vida
todos os rios do amor?
Ai! celebro-te em meu peito,
em meu coração de sal,
Ó flor sobrenatural,
grande girassol perfeito!
Acabou-se-me o jardim!
Só me resta, do passado,
este relógio dourado
que ainda esperava por mim . . .
A Lua e Eu
Na solidão da noite fria, permanece escondida nas sombras das nuvens carregadas o doce brilho e encantamento da lua;
Vagarosamente os pensamentos obscuros vêm se aproximando, a calmaria da noite deixa entrar em silêncio os sentimentos que machucam, ferem e desgastam a mente;
O vento gelado bate na janela avisando que a tristeza, a saudade e o medo desejam marcar presença madrugada á dentro;
No Céu as nuvens se afastam, dando espaço a Lua com sua luz forte e poderosa, nesse exato momento o mar ganha força, os coqueiros balançam com mais energia e os sentimentos e as sensações ruins são espantados com o clima de amor, vitória e paz trazidos pelo rico poder da lua, todas as atenções são voltadas ao seu brilho majestoso e cheio de mistérios.
Chibata
Da lua se vê o brilho pratear,
a sua beleza divulgar,
pele negra brilhando ao luar.
Sob a água que prateada
brilhava, morada de Olucun,
Inaê, Janaína e Yemanja,
Da força de Kisanga, de seu
encanto Kianda, sereia do mar.
Pele negra de prata, que passou
por chibata, de sinhô que
açoitava, a negra escrava.
De cara caçava, nem motivo inventava,
a sonata cantava, o grito em pranto escutava.
O sangue corria, ela era
violada e lágrima caia, com
seu brilho prata!
Pele negra marcada,
mente negra sem cor, esquecendo a dor,
lembrava com fé de Olocun sim, seu sinhô.
Apanhar não matava, morrer não era medo, era fuga era desejo!
A'Kawaza
Pobre Lua
O sol beija o mar e se despede,
Em seu lugar estará em breve a lua.
Refúgio dos solitários,
Encanto dos enamorados...
Pobre lua que do alto ouve as queixas
E talvez entenda de solidão.
Talvez entenda de amor...
Pobre lua que só sabe iluminar o mar.
Seu riso de prata seduz mas não responde
Aos pedidos que lhe fazem os
Solitários e os namorados...
Toda noite é assim, e
Quando o mar novamente acordar,
Haverá apenas pedaços de luar...
Melodia Sentimental
Acorda, vem ver a lua
Que dorme na noite escura
Que surge tão bela e branca
Derramando doçura
Clara chama silente
Ardendo meu sonhar
As asas da noite que surgem
E correm no espaço profundo
Oh, doce amada, desperta
Vem dar teu calor ao luar
Quisera saber-te minha
Na hora serena e calma
A sombra confia ao vento
O limite da espera
Quando dentro da noite
Reclama o teu amor
Acorda, vem olhar a lua
Que brilha na noite escura
Querida, és linda e meiga
Sentir meu amor e sonhar
lua em noite nublada
mulher misteriosa
e secreta ilha
numa mística
distante península
feita para sacudir
as estruturas
e as tempestades
sempre resistir
fuga do mundo
no mesmo lugar
em círculos a te buscar
no fundo por não saber
nem por onde começar
corrente estelar de virgo
de silêncio em silêncio
sem obter resposta
o coração segue endoidecido.
Boa noite com poesia
PARALELOS
Nas noites de lua cheia
há quem vire lobisomem
Nas noites estreladas
os encantos nos consomem...
Nas barrancas do rio
os homens contam histórias
Nas barrancas da vida
elas ficam em nossa memória...
Nos bancos da praça
os idosos descansam
Em volta dos bancos
brincam felizes crianças...
No mourão da porteira
o peão conta a boiada
No mourão da varanda
uma rede abandonada...
Na estrada de terra
a poeira o vento levanta
Na estrada do pensamento
o sonho a gente acalanta...
Nos olhos do pequenino
a pureza está presente
Nos olhos do maldoso
o veneno da serpente...
Nas madrugadas do boêmio
o compromisso desaparece
Nas madrugadas frias
meu amor me aquece...
melanialudwig
Perdão Amigo
Quisera tanto te chamar de amor.
Quisera tanto ser tua lua, estrela e ser para você o universo.
Sonhei que era tua princesa. Sonhei que era tua....tão somente..
Vivi de sonhos...
Vivi de ilusão...
O que eu não via era que já me pertencia.
Era meu amigo. Não um amigo qualquer, o melhor que uma mulher pode querer.
Eu, num desespero louco....coloquei tudo a perder.....
Se pudesse apagar meus atos inconseqüentes...
Se eu pudesse voltar no tempo.
Mas não posso.
Vou viver... ou sobreviver...
Carregando a culpa de nunca ter de verdade te compreendido.
Carregando a tristeza de não ter seu perdão.
Meus olhos demonstram que minha alma chora.
Minha boca amarga.....as palavras secam...
Não existe água que possa refrigerar esse sofrimento.
Q que possa acabar com o deserto em que se encontra meu coração...
A única fonte que poderia por fim a esse desespero é o oásis do teu perdã
Parábola do Sol e da Lua
Num belo crepúsculo, o sol viu ao longe a lua, e mesmo distante, tentou abordá-la.
- Olá, lua! Você me parece tão triste. Acho que já lhe vi mais radiante um dia.
- É que estou naquela fase em que só aparece uma parte de mim. Estou minguante. Você me conheceu quando estava crescente. Precisava ter me visto em todo o meu esplendor, quando me tornei cheia e plena.
- Acho que posso lhe ajudar.
- Como poderia? Você é o sol! Olhe para si. Tão cheio de vida. Radiante. Sem jamais minguar.
- Deixe-me oferecer minha companhia – suplicou o sol.
- Eu adoraria. Mas já tenho companhia. Estou cercada de estrelas.
- Mas elas parecem tão distantes, indiferentes. Deixe-me oferecer-lhe um pouco da minha alegria.
- Se você vier, eu as perderei. Apesar de estarem tão distantes, foram elas que me ofereceram companhia por uma longa e fria noite. Não seria justo que eu as abandonasse agora.
- Então, deixe-me acompanhá-la por uma única noite. Quero encher sua noite de luz. Oferecer-lhe meus raios. Iluminar toda a sua superfície.
- Sinto-me tentada a aceitar sua proposta. Só não posso garantir que serei sua companheira para sempre.
- Combinado. Sairei ao seu encontro e iluminarei a sua vida. Você não precisa abrir mão de nem uma estrela sequer, nem mesmo de cometas e estrelas cadentes. O sol, então, deixou o céu matutino e embrenhou-se pelo céu noturno, provocando uma espécie de eclipse ao inverso. A ordem natural foi subvertida. Em vez de a lua invadir o dia, e assim, ofuscar o brilho do sol, foi o sol que invadiu a noite e praticamente incendiou a lua.
Nunca se viu a lua brilhando tanto. Por uma noite, ela experimentou todo o esplendor do astro rei. Tudo teria sido perfeito caso não houvesse observado que a chegada inusitada do sol fez desaparecer de uma vez todas as estrelas. A lua, então, experimentou uma sensação jamais sentida. Um misto de felicidade e tristeza, de euforia e melancolia. Se fosse possível, desfrutaria da companhia do sol e das estrelas ao mesmo tempo. Mas isso seria inalcançável. O brilho do sol era tão grande, mas tão grande, que não sobrava espaço para nenhum outro astro. A lua não teve alternativa, senão abrir mão daquele sonho. Mesmo sabendo da saudade que a consumiria, preferiu manter-se leal às estrelas que por tanto tempo ofereceu-lhe companhia sem cobrar-lhe nada.
Sou aquela que sonha acordada
Que nem dorme de madrugada
Com dó de abandonar a lua
Deixá-la solitária
Na grande escuridão da rua
Sou aquela que chora por tudo
Que tenta mudar o mundo
Com gritos de decepção
Que luta, grita
Que nunca aceita um não
Sou aquela que voa livre
Sobre a cidade de pedra
Que o sonho aprisionado
Busca escondido e liberta
Sou aquela que com um sorriso
Vai mudar o rumo da vida
Construir aquilo que não vejo
Mas que com força almejo
E sei que verei ainda
Somos como o sol e a lua
quase não se veem,
mas se sentem
um completa o outro
enquanto um está iluminando seu lado
o outro acolhe os sonhos do lado oposto,
ou, os olhares dos apaixonados.
Enquanto um oferece calor
o outro, ilumina a escuridão
alimenta a imaginação
inspira o amor.
Mas quando se juntam,
oferecem o mais belo espetáculo da natureza
juntos em seu momento mágico
mesmo que por pouco tempo,
se torna marcante, esse encontro.
Um breve encontro, pra eternizar essa união.
Mesmo distantes, estão unidos um ao outro.
Por um olhar, por um sentimento.
Desabafo
A lua riu de mim
e quando vi já era tarde demais
Os meus sonhos já tinha deixado pra trás
continuei minha estrada
e quando cheguei ao fim
vi que não encontrei nada
A vida é curta demais
e andei em frente sem me importar com nada
com a carne, nem com a alma
e agora pergunto o que irá me restar?