Textos de Lua
Não sei como ela conseguiu,
Foi diferente, foi momento, por um fio,
Em simples noite sem lua, ela veio e me deixou um encanto,
E desse encanto, retirei forças para renovar minha alma.
Saciada de pura magia, me trouxe brilho e novas esperanças,
São delas que me alimento e que a cada dia, me trazem motivos para brilhar.
Dela não quero me soltar,
Nela, não quero nem parar de olhar,
E com ela, quero um dia poder falar...
O quando dela, gosto e afirmo em citar...
Acorda junto comigo? Nessa noite sem luar.
Como seria?
Como seria se o mundo acabasse?
E se o sol nunca mais brilhasse?
Se a lua se escondesse?
Ou se o brilho das estrelas apagasse?
Como seria se as águas do mar secassem?
E o vento parasse de soprar?
Se a chuva não caísse?
E o ar que respiramos deixasse de existir?
Como seria se o cantor não cantasse mais?
Se o pintor deixasse de pintar?
E se o escritor parasse de escrever?
Pior ainda, seria se o poeta não soubesse mais amar.
Você consegue imaginar um mundo assim?
Sem sol, lua e as estrelas
Sem mar, vento e oxigênio
Como seria esse mundo?
ROSEIRA AMADA
Quero ofertar-te o sol
levar-te à lua
minha alma ser só tua
beleza de meus afetos
na noite que não sendo escura
minha aurora é tua
em meus sonhos íncompletos
Botão de rosa
roseira amada
meu sonho ainda paixão
deste canto és rainha
nobre senhora só minha
ó meu deus, que assim fosses
de dia e ao escorecer
como agora estás a ser
linda roseira amada
belo botão em orvalhada
dona de meu coração
Poder chamarte roseira amada
em sonho bém acordado
desperto pela manhã
quem sabe poder-te ter
sempre sempre em meu viver
para nunca mais eu sofrer
outro dia amanhã
CjM Frádigas
Olho para o rancho quando a noite cai. É a primeira noite de lua cheia e, para mim, as lembranças sempre virão. Sempre vêm. Prendo a respiração quando a lua começa sua lenta ascensão sobre as montanhas, o brilho leitoso contornando o horizonte. As árvores se tornam prata líquida, e embora eu deseje mergulhar nas memórias agridoces, viro-me para observar o rancho novamente.
Durante muito tempo, espero em vão. A lua continua sua lenta trajetória pelo céu. Uma a uma, as luzes da casa se apagam. Concentro-me ansiosamente na porta da frente, esperando pelo impossível. Sei que ela não vai aparecer, mas não consigo me forçar a ir embora. Inspiro lentamente, na esperança de chamá-la para fora. E quando finalmente, a vejo sair de casa, sinto um formigamento estranho na coluna, algo que nunca tinha experimentado antes. Ela para na escada, e então se vira parecendo olhar na minha direção. Congelo sem motivo, sei que é impossível ela me ver. De onde estou, observo Savannah fechar a porta silenciosamente atrás de si. Ela desce lentamente os degraus e vaga pelo jardim.
Ela para e depois cruza os braços, olhando para trás, para se certificar que ninguém a seguiu. Finalmente, parece relaxar. Então, sinto como se estivesse presenciando um milagre, como, bem devagar, ela ergue o rosto para a lua. Eu a vejo sorver a imagem da lua cheia, inundada pelas memórias libertas, não desejando nada além de fazê-la saber que estou aqui. No entanto, fico onde estou e também olho para a lua. Por um breve instante, é como se estivéssemos juntos de novo.
Busco visar a lua, mas essas nuvens escuras e maquiadas tentam me iludir, me fazer desistir. E até me convencem quando se misturam com a fumaça doentil do meu cigarro. Será que estou derrotado?
Na vida vida temos que saber de tudo para compreender que não sabemos de nada. Será que perdir essa batalha?
Já estou cansado de pescar ratos em noites ingratas.
És para mim.
Assim como a lua é para o sol;
Como a areia é para o mar;
Como a noite é para o dia;
És para mim a inspiração das minhas poesias.
Como as estrelas são para o céu;
Como as nuvens para a chuva;
Como a chuva para a terra;
És para mim como um sonho de primavera.
Como o orvalho para as manhãs;
Como a brisa para o ar;
Como os peixes para o rio;
És para mim um dos motivos que hoje me faz sorrir e cantar.
Como as notas que faz uma canção;
Como as letras que dão sentido a poesia;
És para mim o toque suave da mais linda melodia.
Eu sou...
Não sou o raio de Sol que invade o teu quarto,
Nem a Lua que derrama o leite sobre teu corpo...
Não sou o vento que toca teus lábios,
Nem a água que bebes quanto tens sede...
Não sou a paisagem que te encantas,
Nem o gorjeio dos pássaros que te seduzem...
Não sou o teu livro predileto,
Nem o teu quadro preferido...
Sou o mistério que te atormentas,
A sombra que tu não entendes...
Sou a luz em um pensamento distante,
A essência de um sonho nunca acabado...
Sou como brisa que te envolve,
E tu não consegues alcançar...
Sou o toque leve em teu corpo,
O sussurro que não sabes de onde vem...
Não sou a rosa que exala encantos,
Tampouco a beleza de um dia que está por acabar...
Mas tenho o teu sorriso terno,
E sei que para sempre vou te amar...
Noite morta
Vejo a porta tão fechada.
Madrugada
Caminha pela rua
Onde a lua esqueceu
De mostrar quem sou eu.
Tão escuro!
Me procuro num futuro
Onde a sorte
Ou a morte
Podem vir "sem querer"
Numa bomba qualquer
Sem me dar a mulher.
Mas há um bar aqui
E outro bar ali.
Eu vou pisando
O chão da solidão
Sorrindo,
Mentindo um gesto
Num manifesto
De quem não vê mais,
De quem um dia já amou demais!
E eu tomo um trago aqui,
Eu bebo um trago!
Estrago tudo
E algo muda
A madrugada vai
E a namorada
Foi bem antes
Bem amada
Em meus instantes!
Dividir você...
Tão impossível quando mergulhar no mar morto, tão improvável quanto eu ir a lua.
Assim são as possibilidades de eu dividir você com alguém, dividir teu corpo tua pele teus carinhos...
Nem em sonho quero dividir você com outra pessoa, você é meu por inteiro assim como eu sou toda sua.
Gosto de cada centimetro desse corpo moreno e longo por onde minhas mãos percorrem,minha língua
escorrega buscando tua boca gostosa...
Você e a perfeita junção do prazer com a satisfação,quero grudar em você para sempre...
quero sentir teu peso todo sobre meu corpo,ver o encaixe perfeito de suas curvas nas minhas...
Vou repousar meu corpo sobre a cama e esperar que o teu repouse sobre ele...
ADR
"O Rei cuja formosura o sol e a lua admiram",
cuja grandeza céus e terras reverenciam,
com cuja sabedoria são iluminados
os exércitos dos espíritos celestiais,
de cuja bondade se saciam
os coros dos bem-aventurados,
este mesmo (Rei) deseja hospedar
- se em ti, minha Alma,
e deseja e apetece
mais o teu cenáculo
do que o palácio do céu.
Porque "suas delícias consistem
em estar com os filhos dos homens"
(Prov., VIII, 32)
**Continue a SORRIR***
A Lua perguntou ao Sol:
“Por que não para de chorar?”
Ele respondeu, então:
“Estou triste, estou com solidão”
Ela passou a falar:
“Mesmo que não pareça
Talvez, de longe não veja
Mas, sempre há alguém a te esperar
Pode ser, que queira ir ao mar
Aconteça o que aconteça
Nunca deixe de brilhar
Para essa pessoa não desapontar ”
Você é o meu sol
Guia-me como um farol
Por isso, não fique magoado
Continue a sorrir
Ilumine a minha vida!
Faça-me sentir
Uma alegria infinita
Quando estiver ao seu lado
Quando o sol brilhar, a lua sorrir e as estrelas piscarem; lembre-se do brilho dos meus olhos.
Quando o vento bater em teu rosto, a chuva cair em tua face e as folhas caírem ao chão; lembre-se da intensidade do meu sorriso.
E quando lembrar dos meus olhos e do meu sorriso, lembre-se também da felicidade e da paz; pois sem esses dois elementos estou arruinada.
Amor é sofreguidão,é alheio a nossas vontades e impulsos...
Faz da lua inspiração,do abstrato o mais palpável,da abdução o mais prazeiroso.
Amor nos é rotina nos é necessário e insubstítuível,leva-nos por caminhos os quais jamais iríamos ,nos toma e monopoliza nossos pensamentos e instintos.
Os dias não são mais mesmos e as noites custam a passar...
Seríamos hipócritas se afirmássemos que um indivíduo jamais amou,mesmo que nunca tenha se entregado a tal sentimento.
Amor move tudo,responde a todas as indagações e ainda assim nos faz confusos e entregues,perdemos o auto-controle de atos e e manifestações...
Amor é faca de dois gumes,dor prazeirosa,lágrima contida ou não.Amor é sim sofreguidão!!
Avalia-se enfim que amor é o que nos motiva,empolga e encoraja em todos os segmentos da vida.
Amo poder dizer que amo...
"O que seria do mar sem a lua para seu encanto refletir?
O que seria do céu sem as estrelas para o seu negro colorir?
O que mais faria a minha alma sem o mel dos seus lábios para cobrir
As noites em que passo acordada, usando os espelhos da minha lembrança, desejando o seu corpo, sem um fim?".
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Santo vinho
A lua nesta noite anseia os goles em sua plenitude
E eu sonhando o gosto, daquele belo rosto, onde o sorriso composto, regado a um tom misterioso, quase impertinente, onde eu criança carente quero me entregar
Será que tenho a chance? Será o mundo que está a me testar? Me mostrando o sonho de compartilhar o mesmo trago do beijo mais uma vez? Será uma alusão na ilusão de esquecer por um segundo essa pobre solidão que me parece companheira uma menina faceira então venha me incendeia minha boca te anseia as ideias se compactam elaborando histórias futurística no contexto de um nós dois talvez possível.
Somos anjos mortos nessa vida de terror,
nossas almas encontram o amor,
nessa lua cheia tem momentos que morte
abraça nossos sonhos enquanto tocamos a eternidade.
Somos animais morremos por tanto amar
sem sentir o desejo supremo da eterna vida
foram abandonadas nunca foi a mesma
a ternura é um buraco sem fundo.
Somos apenas silêncio de nossos sonhos
a perdição de nossos temores
mesmo quando sentimos tanto sem se arrepender.
Somos o nada ate que encontramos
por mais queremos o perdemos
pelas dadivas da vaidade e da cobiça.
Lua de Ogum
Eu sou branco ...
Ao menos pensava eu que fosse ...
E pensava assim desde sempre ...
Mas um dia encontrei Ogum ...
Mas apesar de ter descoberto minha fé ...
Não numa entidade com personalidade ...
Mas passei a crer e ter fé na personalidade da entidade ...
Em tudo que ela representou e representa pra todos que a conheceram ...
Aí, uma coisa mais significativa ainda aconteceu ...
E isso ainda é muito turvo, mesmo hoje e agora ...
Vi que minha fé não é maior do que qualquer outro irmão de qualquer outro lugar, criação ou mesma fé, seja ela igual ou não a minha ...
Este sentimento acredito que me deu a verdadeira visão da fé ...
Talvez a única que importa ...
A que somos todos essencialmente iguais ...
E que essa essência é totalmente igual em forma, pele e conteúdo ...
O triste é que tive que andar muito e quase não consegui chegar até aqui ...
Muitos momentos decisivos, escolhas boas e ruins, cai e levantei mais vezes do que posso lembrar, tão pouco contar ...
Tantos momentos de grandeza e de pequenez que já esqueço da maioria ...
Fico pensando também nos irmãos(pois somos todos) que não chegaram neste ponto de suas vidas, que morreram ou se perderam ...
Mas navegar é preciso, ser feliz não é preciso ...
Então aqui estou ...
Eu minha fé nova e talvez seja com ela que me irei desta vida ausentando-me temporariamente deste mundo ...
Pois o retorno a ele em minha experiência é quase certo ...
Outras coisas me ocorreram mas isso é outra história ...
Por hora grande beijo a todos ...
O gato que parou na da lua...
Sentado no telhado olha a lua e mia baixinho.
Olhos brilhantes escuros como quem vai pular.
Quantas vezes pula, quantas vezes cai no espaço da lua...
Assim acredita, por ser louco de amor pela lua.
Parado fica contemplando sua luz e pergunta-se:
-“Como posso chegar até minha bela Cíntia”?
Solitário e sem resposta se contenta por adorá-la de longe...
Astuto e ágil planeja cortejá-la, pois sim, quer mesmo beijá-la.
Gato tolo! Apaixonado e vidrado na sua musa que sem dó o desdenha.
Iludido pelo seu brilho mia - “Sem você sou cego, sem graça e sem planeta”!
Porém cego, sempre, e perdido de amor! Ele mia e implora seu amor.
Sua lua se esconde entre nevoeiros e ele mia de solidão" lunar".
Ela volta como leve fumaça e mais linda, ainda, cintila à noite cheia.
O gato patusco vibra e mia longe a espantá-la com seu uivo gatuno.
Irritada ela refulge-se por trás das altas árvores com timidez faiscante.
Cansado e desanimado encolhe-se e vai dormir.
Esperando que sua amada volte na madrugada seguinte...
EU SOU A POESIA...
Debruçada no papel
De noite, lua e estrelas
De dia, teu favo de mel
A mergulhar em cheiro
No pomar de flores no céu.
Eu sou a poesia...
Sinônimo que tira o teu sono
na efêmera madrugada
te levando ao êxtase
do mais intenso prazer.
Eu sou a poesia...
Que ludibria os teus sentidos
E em algumas doses de vinho
Embriago a tua alma
E viro musa no paraíso.
Eu sou a poesia...
Que ao se despir pra ti
Transforma o teu olhar
E fala com o teu corpo
No insensato pensar.
Eu sou a poesia...
Que te faz dormir
No acalanto dos seios
Cobrindo o perene amor
Dos dias forasteiros.
Eu sou a poesia...
Que arranha os teus versos
Beijando-te em palavras
Vorazes, completas
Em poema, derramadas.
Eu sou a poesia...
Que ao acordar te faz poeta
De rimas, versos e estradas
Dantes vida jamais trilhada
Nas vias da tua jornada.
(Celeste Farias, BH, 20/11/2013)
Luz da lua cheia, brilhante, que atrai que encanta.
Lua que, ao contrário da nova, mostra sua face.
Que, sorrateira, aproveita-se da ausência do sol
E reflete o brilho deste como se fosse seu.
Em meio da mata, entorpece o brilho das estrelas
Entorpecendo também aqueles que deitam sobre seu olhar
Lua que abre portais, aguça a sensualidade, a intuição.
E depois de embriagar-se dela, mesmo na escuridão, seus efeitos perduram
Ouve-se o som da mata: os bambus conversam entre si
Enquanto as águas da nascente cantam sua canção para me fazer dormir.
Águas estas que ninam e despertam, que me trazem de volta a realidade
A verdadeira luz, a luz da verdade, a luz do sol.
Águas que também encantam, que correndo para buscar o mar
Vai traçando desenhos, vai limpando seu caminho,
Desenhando por entre o relevo, seu desejo de passar. Relevo que a trai... Mas quem é ele que pode pensar em assim fazer?
A água cai, e quando chega ao fim da queda, vinga-se.
Quebra a rocha e de quebra, dispersa a luz.
Maquiada de branco, essa luz se desfaz em sete.
Aí entendo o porquê até a lua, cheia, seduz quando se faz brilhar.
É porque sem máscaras, sem disfarces, a luz e suas sete cores
É a mais ingênua e pura forma de iluminação que o homem pode apreciar
Para só então, ao som mágico da orquestra água, se apaixonar.