Textos de Loucura
Um Conto Que Marcou a Minha Vida!
Um aprendizado.
Algumas derrotas.
A dor adormecida.
Um amor puro,
que mesmo assim morreu!
Lembro-me...
Há alguns anos atrás.
Numa tarde sombria.
Um telefonema anônimo,
mudou completamente
a minha vida.
Palavras,
que jamais saíram
da minha mente.
O que nunca passava,
pela minha cabeça...
Naquele momento
parecia se tornar realidade.
Mas nunca pensava em traições.
Nunca pensava,
que um casamento regado
a amor e entregas,
poderia vir a dar errado.
E foi a partir daquele dia.
Que minha vida transformou.
Tive momentos ruins.
Sofridos
Alucinógenos...
Como se eu usasse a
pior droga do mundo.
E parece-me que
a pior droga do mundo,
se chama mesmo "traição".
Seja ela de que forma for.
Traição por parte de quem
a gente quer bem demais.
De quem a gente ama.
De quem a gente confia.
Penso que eu não
saberia nem dormir
se fosse eu a trair.
Foram dias de tempestades.
De tsunamis.
De revolta.
Mas aos poucos,
vi que nada disso adiantava.
Que eu somente iria adoecer.
Pedi a Deus forças
para mudar a situação.
E aos poucos
senti minha vida se acalmando
Acalmando.
Até que venci a dor
que sangrava por dentro.
Que só quem sabia...
Era quem me escutava.
Quem presenciou
comigo o que passei.
E quando tudo
virou aprendizado...
Eu superei!
Deixei a dor adormecida...
E fui em busca de
novas conquistas.
De algo bem forte,
que poderia mover...
Movimentar a minha vida.
Mudei.
Mudei de cidade,
para começar do zero.
Sem casa.
Sem muita visão do futuro.
E mesmo assim,
enfrentei de peito aberto
tudo que precisava enfrentar.
Estudei mais.
Realizei um grande sonho.
Mantive a vontade de crescer.
Foram vários desafios.
Hoje estou bem...
Não tão melhor que quando
tinha um amor
que me alimentava de sonhos.
Que me trazia segurança.
Que me deixava feliz.
Mas a vida tem suas mudanças.
Seus instantes de aprendizados.
Suas surpresas não lá tão boas...
E somente ai,
eu percebi que as mudanças,
seja a gente querendo ou não,
elas acontecem.
E desvemos estar preparados
para isso.
Porque viver
tem que ser mais forte que a dor.
Seja qual for a dor.
Superar momentos difíceis
é uma forma de nos vermos
fortes e vencedores.
E foi assim...
E está sendo assim...
Sempre com lutas.
Mas nunca desisto de sonhar.
De buscar a felicidade.
De encontrar alguém que
me valorize um pouco mais.
De encontrar um ninho,
onde eu possa receber carinhos.
Porque carinhos,
faz parte dessa
loucura que é viver!
À LUCIDEZ
Dentro de mim há um enigma.
Olho para fora, busco a cura.
Não resisto, quero a loucura,
essa que cura, loucura benigna.
Pois quando louca, sinto-me sã,
salva da lucidez que me enlouquece,
dessa lucidez que me adoece.
Quero a loucura cega, surda e vã.
Sim, vã! Pois o que faz sentido maltrata.
O significativo não mais me arrebata.
Vou-me ajustar a essa vida insana.
Não resisto! Tiraram-me a gana!
...
Não, não é isso! Fui leviana!
Quero a lucidez, a mais cara loucura.
Volto à lucidez e me entrego à tortura.
Que doa, que maltrate ou que me mate,
mas confio à lucidez o meu resgate.
É SÓ DIZER QUE SIM.
Tem coisas que torturam
Pelo que fizemos ou que não fez.
Por exemplo te amei tanto
E meu espanto é não ter te amado
E te beijado outra vez.
Te abraçado, te mordiscado mais
Com beijos tirado a sua paz
Só uma vez na vida que se ama assim
Um amor intenso, uma loucura.
A falta que cê faz a cada segundo
Destrói o meu mundo
Me tira o sossego, me tortura.
Como explicar aquilo que não se explica
Pensa, me fale como a gente fica?
Se dependemos um do outro,
Eu por você e você por mim,
Vamos nos permitir e pensar em nós
A minha cura é a sua voz
É só dizer que sim.
Não reprimo meu desejo!
Como tudo que tenho vontade
Bebo tudo que quero e na quantidade que posso
Realizo os meus planos inconsequentes
Transo sempre com minhas ousadias
Faço amor com quem me der na telha
Durmo pouco ou muito quando estou com vontade
Eu desejo o meu desejo e pelos meus desejos pago o preço
Só loucos são felizes nessa vida
Só loucos!
"Os Vampiros Emocionais são pessoas que possuem características que os psicólogos chamam de distúrbios da personalidade.
Na pós-graduação, aprendi essa diferença básica: quando as pessoas enlouquecem a si mesmas, têm neuroses ou psicoses. Quando levam os outros à loucura, têm distúrbios da personalidade." (Livro "Vampiros Emocionais")
Fiquei sozinha no meio da rua, apagando todas as suas palavras de meus contatos.
Em estado de loucura, querendo me vingar, de quem? Quem seria o culpado, por você não me amar? Quem poderia defender uma causa clandestina, transgressora dos deveres morais? Quem? Quem ouviria o grito e a dor de uma pecadora, arrebatada ao chão por suas próprias e míseras traduções afetivas.
Loucos gostam de adorar de maneira salutar!
Tomam porres e overdoses de vida sem relutar!
Entre loucos sãos e doentes, há todo tipo de gente!
Portanto não o confunda com demente!
A peculiaridade da loucura é a verdade!
Ser genial por excelência, sem vaidade ou imprudência!
Ser o diferente, que faz a diferença!
Troco o dia pela noite
Porque a noite não me deixa ouvir nada
A noite trás consigo a lua e a escuridão
Trás consigo o sono e os sonhos
Troco o dia pela noite
Porque durante a noite não vejo ninguém
A noite faz com que todos me deixem em paz
Sem as vozes e as musicas e sem o barulho das maquinas
Durante o dia eu durmo
É o mundo dos sonhos me isola de toda essa algazarra
Me mantendo a salva da loucura das pessoas.
Mundo Imaginário dos loucos.
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No MUNDO IMAGINÁRIO dos loucos, o que eles acreditam é a verdadeira realidade.
No mundo dos loucos a mentira pode tornar-se uma verdade e a verdade uma mentira.
Que loucura!
TUDO É POSSÍVEL NO MUNDO IMAGINÁRIO...
O irreal torna-se REAL,
O impossível torna-se POSSÍVEL,
O fraco, SUPER-HERÓI
O feio, LINDO,
O Sapo, PRÍNCIPE...
O cinza, AZUL...
O demônio, ANJO.
Mas o que é a vida sem um "Q" de loucura...
Sem uma pitada de devaneios?
Sem o frio na barriga de ter que arriscar...
Sem aquele frio na espinha com "medo de errar"?
A verdadeira loucura é ter medo de VIVER!
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Rio de Janeiro,11/02/2.011.
Devaneios da Paixão!
De tanto te querer me perdi...
Meu corpo arde em febre por ti
Já não sei mais o que fazer...
Sinto que estou pra enlouquecer!
De paixão estou cego por você...
Os meus olhos em cada rosto te vê.
São os devaneios da minha paixão,
que fazem com que eu perca a razão!
Minha alma congelou sem teu calor...
Meu coração sangra a falta do teu amor!
Você é uma daquelas loucuras que levaria uma vida toda me arrependendo ou uma vida toda me orgulhando.
Você são os 5 minutos de insanidade que todo mundo espera ter uma vez na vida.
Pode dar tudo absolutamente muito errado, mas você é abismo, penhasco imenso, daqueles que eu gosto de me atirar sem olhar pra baixo.
Imaculado seja o palhaço.
Eu te aceito em minha vida
Eu viro as página
Mas sem nenhum nariz de palhaço em mim
Sem nenhuma assustadora máscara.
Viva sem nenhuma maldade
Sempre na mais pura inocência
Porque sabemos que o fim
Nos aguarda desde o dia da nossa nascença.
Sou sua crença, o seu pecado
Sua loucura, seu doce agrado
Meu bem querer, vim te dizer
Sou seu amor, imaculado.
AQUELA GAROTA
Um sentimento de angústia
A vida parecia não ter sentido
Era apenas "eu", o vazio e o silêncio
Quisera poder ter desaparecido
Foi uma ferida cruel
Como pude eu machucar aquela garota?
Logo ela que me olhava com ternura
Enquanto eu insistia na loucura
Na beira de um abismo
Sem saber o que fazer
Minha cabeça girava
Era morrer ou viver
O tempo passava
Eu continuava parada
Mas decidi mudar
Resolvi voltar
Voltei a infância
Resgatei aquela criança
Que me recebeu com um sorriso
E me levou ao paraíso
Eu amo aquela garota
Ela me levou a verdadeira loucura
A loucura de saber viver
Aquela garota sou Eu em 'Ser'.
[Sâmara Santana Câmara]
(19/12/2013)
A IGREJA DIANTE DA HISTERIA COLETIVA
Está cada vez mais patente que não importa mais a essa civilização o que seus olhos mostrem como real, mas o que suas mentes, de forma irrestrita, elejam como idílico. Como crianças eternamente imaturas, as pessoas relutam em refrear ou, ao menos, moderar seus desejos, e acham que a sociedade deve fechar os olhos aos desvarios de suas loucas fantasias para que não se sintam rejeitadas. Mas, em que resulta a negligência diante do que é real, senão em histeria coletiva e consequente demência?
(Em "A Igreja e a Histeria Coletiva": http://wp.me/p34aO3-1K)
Você nasceu por que?
Tem gente que nasce para ser médico
Tem gente que nasce para ser mãe
Outros, para ser filho
Gente que nasce para ganhar dinheiro
Outros, para ser feliz
Outros, estão só de passagem
Tem aquele que nasce para ser um bom marido
Também tem aquele que apenas nasce
e morre sem saber por que nasceu
Eu?
Ah, eu nasci para amar.
Eu acho isso bonito.
Acho isso ridículo.
Mas essa sou eu.
Eu não sei quantos anos Tolstoi tinha quando escreveu que a verdadeira felicidade está entre as alegrias da família. Tenho 34 anos e tenho certeza que não tem mesmo felicidade mais real que a de poder compartilhar momentos com a família.
Não me vejo morando mais que 100 km de distância da minha mãe ou do meu pai. Isso não quer dizer que não possa morar. Só acho difícil ser mais feliz do que sou com eles aqui, pertinho de mim.
Estante
O poema “A Arte de Perder” de Elisabeth Bishop nunca fez sentido para mim, desde o primeiro dia em que o li. Sempre questionei. Talvez por puro egocentrismo ou falta de maturidade, eu não sei. Passei os últimos anos da minha vida acreditando que eu podia ter tudo, que nada podia fugir de mim, que o que eu tenho eu não deveria perder.
Busquei insistentemente não perder nada. Nenhum instante, nenhum minuto sequer, nenhuma chave de todas as portas que eu abri, nenhuma parte de todos os estilhaços que caíram ao meu lado. Se eu perdia, corria pra achar. Se quebrava, corria pra remontar. Quantas noites juntei cacos, pedacinho por pedacinho, colando, remendando. Olhava a estante de longe e pensava: pronto, já dá pra colocar no lugar de novo. Ninguém vai reparar que quebrou. E voltava pra minha vida.
A verdade é que chega uma hora que você olha para a estante com mais cuidado. Com outros olhos. E isso acontece tão raramente. As vezes dura segundos. Você olha, talvez com a intenção dócil de tirar o pó. Pra ver se ainda está ali aquele porta retrato que caiu e você arrumou, dar uma folheada naquele livro que uma vez você emprestou, ouvir o DVD daquela cantora que você amava, o molho de chaves daquela casa antiga que agora está alugada e todos os vasos que já caíram e você colou.
Uma vez – e não faz muito tempo – lembro que joguei tudo no chão. Tudo. Minha estante inteira no chão. Tudo quebrado. O que não quebrou, rasguei, cortei, amassei. E me senti péssima depois. Um dia, voltei na sala. Refiz a estante, arrumei o que tinha quebrado, costurei, colei, remendei. Coloquei tudo no lugar. E o tempo passou.
Mas olhando agora, para minha estante, comecei a ver que não preciso guardar nada disso. Que tem coisas que não servem mais. Que não fazem parte de que sou hoje. Os vasos não ficaram tão bonitos como eram antes. Sim, foram charmosos um dia, mas olhando pra eles agora, posso ver cada remendo. Ao me lembrar dos cortes que fiz para juntá-los, penso até que valeu a pena. Mas hoje, hoje são somente vasos remendados. O retrato não precisa ficar a mostra por que já amarelou com o tempo. O que foi bom, simplesmente foi. Não é mais. Como a canção que hoje já não faz sentido. Como a árvore no fundo daquela foto que hoje não existe mais.
Se eu entendi o poema? Não. Ou ainda não como deveria. Há uma caixa cheia de coisas novas na sala. Mas o medo do novo é destruidor, não é? O novo, por mais que seja cheio é vazio se pararmos pra pensar. O novo não tem passado. Não tem história. O novo acovarda até os mais corajosos. Somos, bem lá no fundo, guerreiros que relutam para aceitar uma nova espada. A gente sabe que a caixa está cheia de novidades, mas não tem força suficiente para ir até elas.
Mas hoje, exatamente hoje, dia dez de outubro de 2013, olhei para as caixas repletas de coisas novas na sala. E mesmo assustada, mesmo com minhas mãos se desviando, meu corpo contestando e meu coração aflito, comecei a abri-las. Sim. Passa pela minha cabeça começar a montar outra estante e deixar essa que já existe como está. Mas não posso, não é? Preciso aprender a perder. Entender “a arte de perder” talvez ou finalmente.
Então, sentadas, eu e Elisabeth Bishop, nessa minha sala, tomando um bom vinho, rimos juntas olhando para minha estante. Cheia de histórias, de lembranças, de vasos inteiros, outros remendados, de fotos amareladas, de cartas que nunca foram enviadas, de belas canções, de sapatos com solas bem gastas, de chaves de casas por onde não entro mais, de relógios com marcador parado.
Me pergunto, em silêncio: por que eu acho que não entendi o poema ainda? Por que eu acho que não faz sentido desfazer de tudo isso? Mas afinal, é meu? Ou tudo é passageiro o suficiente para não precisar de estante?
Me sinto condenada sem as grades
Com um amor que envenena
Uma vida traiçoeira
Um sucesso que envelhece
Uma poesia seca sem lágrimas
Uma flor perdida no deserto ao sol e ao frio
Nas tempestades encharcada
De joelhos suplicando aos Deuses, anjos, santos, espíritos
Que essa sensação passe, esse absurdo acabe
Que tudo se transforme
Que a vida segure minhas mãos
Porque vida invisível é um vácuo
Que nada contém
Com pensamento congelado
Sem fazer distinção do que é bom ou não
Nas tempestades encharcada
De joelhos suplicando aos Deuses, anjos, santos, espíritos
Nas tempestades encharcada
De joelhos suplicando aos Deuses, anjos, santos, espíritos
Em defesa dos loucos
O louco é aquele que fez sua morada nas ideias, que se lança na incerteza do acaso, aproximando o espaço-tempo no instante do encontrar dos cílios. É suspiro eterno a marcar vidas. É interromper o andamento dos acontecimentos, mudando os caminhos com seu traçar vias imaginárias presentes no real, como dedos infantis, que põe as cores sem consentimento da razão e da métrica. O louco é o retirante em rumo a lugar algum, que entra com ímpeto no instante, como amantes em meio à chuva, a desejar a eternidade da paixão fervorosa, permanecendo no acolhimento do abraço. Loucura, Persistência ininterrupta da negação e afirmação do Ser, raios solares a propagar espanto e a envolver os nãos surpreendidos. A loucura é o “Eu” interior, a não permanecer no desfazer-se em si mesmo, inconsciente, desejoso por satisfazer suas pulsões e a lançar-se nas efêmeras paixões. É entregar-se nos mistérios das experiências humanas, lago profundo e obscuro, pleno de incertezas, prazeres e aflições. O louco é sorriso eterno, a incomodar a apatia e inércia da morada dos sentidos, recomeço sucessivo, entrega imprudente de si nos presentes ainda não vividos, a trazer consigo, no agora, as asperezas das vivências passada.
Muitos dirão que eu sou uma louca vivendo de fantasias.
Sou uma louca, sim! Uma louca consciente, que encontrou na sua loucura uma forma de viver melhor, de ver a felicidade nas coisas mais simples, de não se envergonhar em ser feliz como uma criança livre. Ainda bem que eu sou assim... Às vezes me pergunto o que seria de mim sem a minha insanidade; talvez nem conhecesse a maravilha que é a felicidade.
Fantasias? Quem é que não fantasia nada na mente? Isto chama-se SONHAR. Feliz de quem sabe sonhar, pois, os ideais que são alcançados já foram sonhos um dia. Seja louco! Seja feliz! Seja sonhador! Só não deixa a vida perder o sabor, a essência, a cor!