Textos de Loucura

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AMOR COMO SOL DE VERÃO
Autora: Profª Lourdes Duarte


Pode ser delírio ou até loucura
Esse sentimento que me atordoa e mexe com meu ser
Contudo, só sei que o sangue ferve nas veias
Num simples toque de carícias das tuas mãos
Ou no teu jeito simples e avassalador de me olhar.


Contigo o céu fica mais azul e o verde mais vibrante
Como sol de verão, ardendo em brasas
A sinfonia dos pássaros fica muito mais harmoniosa
Comparando as batidas descompassadas do meu coração
A pulsar descontrolado por ti.


Como um fanatismo ou amor ardente,
Atordoando minha alma e meu coração
Sinto, que entre nós há uma forte ligação espiritual,
Um amor que transcende o infinito
Um amor que arde como sol de verão.

Que haja alguém que entenda a minha loucura. Essa insanidade de viver na simplicidade, das artes, de cuidar e ser cuidado por tudo que se move, respira e transpira. O que importa onde estamos se não estamos em paz? O que importa quantos nos cercam se não temos quem amamos? Somos "enquadrados" desde crianças. Do quadro pintado pelas convenções sociais não nos libertamos mais. É preciso coragem para comprar nossos próprios sonhos e não se vender, não andar para tás... É preciso aprender a apanhar, cair e levantar, é preciso ser forte. Eles baterão com muita força, nos julgarão, nos isolarão, nos abandonarão, mas nunca conseguirão tirar o melhor de nós, a nossa verdade, a nossa liberdade, essa capacidade que temos de estar sempre inteiros e limpos para amar.
Seja você... Sempre... Se cuide... Meu carinho...

loucura?

olha, ele disse, admita.
o quê? perguntei.
quando você vê aquela gorda
no supermercado que está
escolhendo laranjas, não
se sente a fim de ir lá e
espremer aquelas ancas feias
bem forte
apenas para ouvi-la gritar?
do que diabos você está falando,
cara? perguntei.
e quando o garçom te traz
teu jantar, não pensa
por um instante que poderia
matá-lo?
não antes do jantar, respondi.
o que estou querendo dizer com isso,
ele continuou,
é que há uma linha muito tênue
entre o que chamamos sanidade e
o que chamamos loucura
e que o esforço que fazemos para
permanecer no lado são
só é feito para que não sejamos
punidos pela
sociedade.
senão, iríamos
frequentemente cruzar essa linha e
as coisas seriam muito mais
interessantes
eu não sei do que diabos
você está falando, cara,
eu disse a ele.
ele apenas suspirou, me olhou
e disse, deixa pra lá, amigo.

A Dama

Assumo a loucura que me imputam. Todas elas.


O rótulo dos amigos com bons olhos, o da família, o da sociedade, e o de toda a turma da psiquiatria.


Assumo a loucura, mas não a consciência da loucura, pelo menos não a consciência plena que ultrapassa o diagnóstico e se aprofunda na psiquê.


Assumo a loucura diagnosticada mas não a visão de mim mesmo como tal. Talvez seja aí que se encontra a gravidade da coisa, ou não.


Queria mesmo era alguma explicação. Tudo me parece tão louco, tão do avesso em contraste com a minha exclusiva sanidade, que me faz questionar se sou eu, ou o resto do mundo que enlouqueceu. O pior de tudo é que o fato de passar pela minha cabeça que pode ser eu a louca, já demonstra um mínimo de sanidade mental. Ou não? O que me incomoda é a dúvida, a incerteza.


Assumo a loucura. Tudo bem! Mas ao assumir a loucura, presumo instantaneamente que esse é um ato de uma pessoa sã. É nesse ponto que minha cabeça começa a doer e me sinto como a Dama do baralho, dividida em duas. Cabeça pra cima, cabeça pra baixo, sem saber qual é a real e qual é a imagem refletida. Isso me parece sintoma de loucura, mas como tive a consciência e a plena capacidade de analisar minha própria loucura, me sinto sã.





Acho que é hora de parar. Tire suas próprias conclusões se quiser. Quanto a mim vou tentar ficar bêbada (só por hoje) para ter ao menos um momento de certeza nessa minha existência incerta. Bêbados são sempre bêbados e nada mais.

O reflexo da alma

Refletindo sobre o que somos e o que podemos ser me coloco a pensar na loucura que é viver.
Não apenas no sentido literal da palavra vida, mas na intensidade que este estado causa.
A princípio penso na magnitude de possuir este maravilhoso dom que é pensar em como me sinto diante dos meus próprios sentimentos e pensamentos.
O que quero ser, onde quero chegar, no que tenho me tornado com as experiências que tenho adquirido em minha trajetória. Tenho me tornado uma pessoa melhor ou tenho sido simplesmente eu mesma? Minhas atitudes tem ido de encontro ao que esperam de mim, ou posso agir como quero sem me preocupar?
À medida que vou descobrindo minhas respostas, vou formando meu universo, construindo uma personalidade que ao se esbarrar em outros universos constrói relacionamentos conflituosos, enigmáticos e intensos. Na maioria das vezes os egos brigam por espaço e necessita sobreporem-se superiores aos demais, nestes conflitos cada ser deixa sua marca, seu genes, sua identidade.
E assim forma-se a dinâmica da vida, horas dominando, horas deixando-se dominar, neste processo acertar ou errar é apenas uma questão de inversão de papeis, é a percepção que temos de nós diante do nosso mundo.

...Desejo viver intensamente, mesmo que o intenso seja apenas um momento, desejo coisas simples e não me culpar se as pessoas não forem capazes de entender o que necessito.
Desejo pensar menos, arriscar-me mais, não acreditar em tudo, mas uma vez ou outra, fazer bem ao meu ego deixando-me enganar.
Não quero recuperar os pedaços arrancados de mim, muito menos escrever em páginas deixadas em branco no meu passado, estas páginas fazem parte da minha história e talvez este seja um lugar seguro para meu coração repousar.

DREAMS

O sofrimento da noite
Alimenta paixões obscuras.
Óh, virgem loucura
Do amor de uma ninfa
Audaz que me tortura.
E na alma da madrugada
Chegaste de repente
Cobrindo-me de devaneios
Suave penumbra
Satisfaz-me os anseios.

Louvosa harmonia
Nos céus está a oferenda
Que desce até o firmamento
Repousa em águas flutuantes
Resta-me o juramento.

Antes de partir para terras desconhecidas
Leve o mar humano de encanto
Para saíres em febre de amores
Linda ternura que vis arranjar
E extasiar-se com o perfume das flores.

Loucura é tudo aquilo que vai contra os conceitos básicos da sociedade hipócrita que vivemos, é tudo que nos faz suspirar no dia seguinte, lembrar e pensar " nossa como fui capaz de fazer isso isso?!" e mesmo assim sorrir e lembrar o quanto foi bom foi.
Loucuras são os temperos de nossas histórias,
são sabores que sentimos como um dejavu,a cada momento que lembramos.
As vezes fecho os olhos e me permito sentir alguns passos tortos ou certos de meu passado e sinto me louco a suspirar!...

É a vida é uma loucura
Sem idade e sem sensura
Você so vive pra morrer
E luta pra sofrer
Rara é a felicidade
Que não condiz com a sua idade
O que é o amor
Se não pura dor
Sem sentido
Mais cheio de cor
Sem luta
Não ha prazer
Sem prazer
Não ha porque viver
So se vive pra sofrer
Pois so sofrendo pra se ter prazer.

Entre o certo e o errado
Eu fico com a loucura
A loucura incerta, a loucura confusa
A loucura chamada paixão
Uma paixão tão intensa
Que faz minha cabeça girar, meu estômago embrulhar e meu corpo tremer
Se eu pudesse escolher, não escolheria
Por que a escolha alucina
A escolha traz perdas inconsoláveis
Pode parecer egoísta o meu pensamento
Mas a verdade é que se eu pudesse escolher...
Ah, se eu pudesse escolher
Ficaria com os dois!
Um pouco de cada
Apenas aquilo que me faz bem
50% daquilo o que cada um tem para me oferecer
Mas como não posso escolher...
Eu fico sozinha.

Precisa-se de Loucos
De loucos uns pelos outros!
Que em seus surtos de loucura tenham habilidades suficientes para agir como treinadores de um mundo melhor.
Que olhem a ética, o respeito às pessoas e a responsabilidade social não apenas como princípios organizacionais, mas como verdadeiros compromissos com o Universo.
Primeiro a gente é feliz, depois a gente faz sucesso, não se pode inverter esta ordem.
Precisa-se simplesmente de loucos de amor.
Amor que cada ser humano deve despertar e desenvolver dentro de si e pôr a serviço da vida própria e alheia; Amor cheio de energia, amor do diálogo e da compreensão, amor partilhado e divino, do jeito que Deus gosta.
Ou resgatamos a inocência perdida ou teremos que desistir de vez da condição de HUMANOS.
Qual vai ser a sua atitude?

A música das almas...
Na manhã infinita as nuvens surgiram como a loucura numa alma. E o vento como o instinto desceu os braços das árvores que estrangulavam a terra...
Depois veio a claridade, os grandes rios, céus, a paz dos campos...
Mas nos caminhos todos choravam com os rostos levados para o alto.
Porque a vida tinha misteriosamente passado na tormenta.

Loucura de sonho naquele silêncio alheio!...
A nossa vida era toda a vida... O nosso amor era o perfume
do amor. . . Vivíamos horas impossíveis, cheias de sermos
nós. . . E isto porque sabíamos, com toda a carne da nossa
carne, que não éramos uma realidade. . .
Éramos impessoais, ocos de nós, outra coisa qualquer. . . Éramos
aquela paisagem esfumada em consciência de si própria. . .
E assim como ela era duas — de realidade que era, e ilusão
— assim éramos nós obscuramente dois, nenhum de nós sabendo
bem se o outro não era ele-próprio, se o incerto outro vivera.
. .
Quando emergimos de repente ante o estagnar dos lagos sentíamo-
nos a querer soluçar. . . Ali aquela paisagem tinha os
olhos rasos de água, olhos parados cheios de tédio inúmero de
ser. . . Cheios, sim, do tédio de ser qualquer coisa, realidade ou
ilusão — e esse tédio tinha a sua pátria e a sua voz na mudez e
no exílio dos lagos... E nós, caminhando sempre e sem o
saber ou querer, parecia ainda assim que nos demorávamos à
beira daqueles lagos, tanto de nós com eles ficava e morava, simbolizado
e absorto. . .

Loucura é vender a natureza em troca do ouro.
Loucura é fazer do velho, obsoleto.
Loucura é viver sóbrio, bêbado de razão.
Loucura é o ódio dos religiosos que lhe condenam ao inferno.
Loucura é acreditar que o mundo é um lugar seguro, para construir seus sonhos.
Loucura é não saber, que a palavra dos loucos, é a cura.

⁠PAIXÃO

Semente da obsessão
Geradora de devaneios
Encantadora de imagens
Velha irmã da loucura

Manipuladora do caráter
Destruidora da razão
Indutora de vontades
Mescladora de sentidos

Por favor, apareça!
Mas que seja,
Que somente seja,
Quando for correspondida!

(Guilherme Mossini Mendel)

Mundo Absurdo

⁠Nesse mundo absurdo
De loucura e submundo
Nas falsas felicidades
E egocêntricas satisfações
O ser humano se afoga
Nas águas do abismo
Com ventos sombrios
Na liquidez das relações
Como produtos em promoções
Se entrega ao absurdo
Que cobre este mundo
De dores talvez
De alegrias as vezes
De ilusões permanentes
De vazios existentes
Finito se vai o ser humano
Nesse mundo absurdo
De loucura e submundo
Sem sentido, ser cor
Sem vida, sem amor
Onde o desejo impera
E a sinceridade se desespera
Pois o medo se sentir
É o que rasga
O peito do que ama
Mas usa os outros com fama
De não se apegar
Nesse mundo absurdo
De loucura e sem futuro.

⁠É na minha loucura, esta doce e louca sensibilidade que falei verdades e escondi sentimentos...
Brinquei de não querer amar, por medo de sofrer e perder o que nunca tive.
Infinito breve é meu tempo que corre num constante desatino de querer viver...
Talvez estas linhas ainda estejam em um estado crisálido...
Quero apenas deixar claro que minha loucura tem um nome, tem um motivo real e sigiloso. Guardado em um passado cruel que me rasgou a alma.
Um dia não muito distante tu saberás que minhas palavras sem nexo foram minhas mais profundas doses de querer viver e amar de viver para todo sempre contigo... Um anjo, o meu anjo.


Texto: Re Pinheiro (Copyright©) - Texto protegido pela Lei do Direito Autoral nº 9.610/98 - Por favor, reposte com o crédito! Imensamente grata!

Ela...
Ela é a mistura de loucura com doçura
Pode ser ao mesmo tempo nervosa e também frágil
Ela tem a paz que me acalma se não fosse assim não servia
Nunca fui de me apegar mais ela me prendeu em seu encanto
Fez eu jogar o jogo dela e agora eu estou jogando como ela gosta
Sabe por que ela ? por que eu gosto tanto dela?
por que quando tive mal ela foi o meu remédio
quando estava perdido ela foi o meu o norte
ela não precisa ser a mais bela mais é minha princesa
ela é minha metade feita por Deus direto para mim.

Maluquete maluquinha
escancaro um sorriso
abro alas,
a loucura ofereço água e vinho
é carnaval,
no sambódromo da vida
brindamos,
somos do mesmo bloco
nosso enredo é liberdade
da cabeça aos pés
Lá vem eu e ela
na passarela
no bloco dos pirados
alegrias,
esbanjamos felicidades
festa, folia !

⁠Me acham doido!
Que bom!
Me sinto feliz assim!
Como eu amo minhas loucuras!
Afinal, tem loucuras que a gente só faz com maturidade.
Todo dia nos tornamos pessoas mais maduras, experientes.
A maturidade é o presente que tive ontem.
E hoje eu sou uma pessoa um pouquinho mais madura.
Amanhã, lógico que que me permitirei outras loucuras!
E para quem é inteligente, sábio, e normal, seja feliz!
E eu sigo feliz fazendo e sendo eu mesmo!

⁠Sem fazer ideia de que
sou loucura de capturar
o ar e que de mim não
saberá mais regressar.

Plácida é a armadilha
do destino para deixar
os dois de joelhos,
virei ocupação perene:
de todos os teus desejos.

Sem notar o meu alto
grau de atenção,
sorrateiro e seduzindo
vens o tempo inteiro.

Desde o dia em que
você decidiu aparecer
no meu caminho,
Sem colocar poesia em tudo:
nada mais tem feito sentido.