Textos de Liberdade

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⁠Sim
Eu sou rebelde
Sou uma rebelde com causa
Aliás, causas
"Não vivo em um mundo cor de rosa"
Enxergo ele através de muitas cores
O preconceito ainda está aqui
A desigualdade também
E todas as outras mazelas sociais
Não vou fechar os meus olhos e dizer que está tudo perfeito
Porque não está
Se sou luz, não vou me apagar onde devo me acender.

⁠"Delicadas mãos libertas
das algemas doutras opiniões"

Toque sensitivo,
fazendo esvoaçar
cabelos em multidões;
a uns, perceptível,
mas quase sempre
turvado em distrações

Nas muitas agitações
metafísicas incoerentes,
mergulhadas noutro plano,
onde somos indigentes,
vê-se gente enfileirada
esperando o alvorecer;
vê-se até o que não se vê
quando o sono perecer

Nesta ida magistral,
resplandecente e austral,
com os porquês resolutos,
a inércia corpórea
mistura-se ao libertar
e a alma passa a delirar
seguindo novos rumos

⁠"Estamos construindo um mundo de vidro, onde devemos tomar cuidado com qualquer coisa que falamos, não se há liberdade para fazer algo diferente sem antes passar pelos guardiões da moral, dando espaço para pessoas fracas psicologicamente ditar as regras, tanta inclusão que acabam excluindo, criando 'regras' que estão tornando um inimigo do outro, e principalmente, os meios de comunicação tentando doutrinar a população aos poucos, assim acabando com a família tradicional.
Blindem nossas crianças para esse mundo, pois um dia ele se quebra e precisaremos das fortes para reconstruí-lo."

Se alguém te ver em casa assistindo uma injustiça na TV, é normal.
Mas, se tu descruza os braços e vai lutar pelos direitos do cidadão, tu estás ficando louco.

Se alguém te ver na festa dançando no meio da multidão, é normal.
Mas, se te pegam dançando em casa sozinho, tu estás ficando louco.

Se alguém te ver dialogando, é normal.
Mas, se te pegam monologando, tu estás ficando louco.


Se alguém te ver correndo da chuva, é normal.
Mas, se te ver aceitando ser molhado por ela, tu estás ficando louco.

Se alguém te ver encantado com um aparelho eletrônico, é normal.
Mas, se te ver encantado com uma árvore comum, tu estás ficando louco.


Se alguém te ver falando, vestindo, andando, fazendo, agindo...como todo mundo, tu és normal.
Mas, se tu escolhe ser você mesmo, independente de qualquer coisa, tu estás ficando louco.


Por que? Porque "Manda quem pode, obedece quem tem juízo."
Usar o próprio poder virou sinônimo de insanidade.
O Sistema cria a sociedade robótica, aperta o play, os robôs seguem subordinados, e os humanos
que ainda levam a fama de estarem com os "parafusos a menos". O Sistema só não os deram o privilégio de parafusos
a mais (aos robôs) , por que se os dessem eles mesmos apertariam os botões e não haveria um controle opressor.


Ser escravo é ser normal, ser livre é ser louco. Me da licença, que eu vou voar...Por favor, mais uma dose
de loucura! Por que eu não preciso de mentiras disfarçadas para poder viver...!

Parei de roer as unhas. Estou deixando o cabelo do jeito exato que gosto. Coloquei um piercing no nariz. Saio com a roupa que eu quero. Paguei uma viagem com meu próprio dinheiro. Fiz minha mala e estou indo pra praia sozinha.
Acham que chamam isso de liberdade, eu preferia dizer que agora sem você , eu estou podendo finalmente ser eu mesma. Sem mentiras, sem promessas, sem máscaras, sem sentimentos.

Prisão

Culpados são os teus lábios, fizeram-me amar-te. Sublime o teu sorriso, abomináveis as tuas lágrimas, odiosos os teus medos; estou a caminho, dirigi a noite toda, espero que hoje esteja na audiência, me darão a sentença.

Da-me um último abraço, torça por mim, sonhei contigo ontem... Prometo lhe contar depois. Chamam-nos. Lá no fundo já sabia, deveria ter confessado, talvez a pena fosse menor, todas as provas estão contra mim, todas as testemunhas. PÁ! Acabou-se. Teus braços agora são a minha prisão, da qual peguei pena perpétua.

CISCO

Hoje entrou um cisco no meu olho. Como isso incomoda. Quem nunca passou por isso? Na hora mais legal do filme: Cisco no olho! Quando você esta pra assinar a folha de cheque: cisco no olho! Quando você vai almoçar... ler um livro... Está lá o cisco no olho! E é chato, quase insuportável, porque alguns ciscos simplesmente somem! E magoam o olho, nos fazem lacrimejar.... Por mais que procuramos, não conseguimos encontrar, lavamos a vista, procuramos o espelho mais próximo. E então surge o último, ou para algumas pessoas o primeiro recurso a se pensar: pede-se para alguém soprar (se possível bem forte), o olho atingido na expectativa que o cisco voe dali e possamos estar de olhos abertos sem incomodações. Não encontrei ninguém, nunca que diga que é prazeroso ficar com um cisco preso, atrapalhando a visão. Precisamos estar com o olhar limpo de preconceitos, ressentimentos, mágoas e demais travas que nos atrasam a percepção, impossibilitando enxergar com clareza. Estamos em 2015, e quantas pessoas ainda cultivam o machismo. Esse cisco talvez seja um dos mais chatos de se remover. Porque é muito preso, por valores cultivados e incentivados por uma sociedade que não acredita na capacidade intelectual e profissional da mulher. Apesar de muitas pessoas acreditarem que este cisco, afeta apenas homens, ele atinge sim: mulheres. Longe de pregar o feminismo, mas uma mulher torna-se machista quando duvida de si própria, quando não se permite ir sozinha a um bar e pedir uma cerveja no balcão. Quando vive presa a um casamento por medo do que os outros vão falar, caso ela separe-se do marido, afinal estaria ela sozinha e desprotegida nesse mundão de Meu Deus. Quando pensa duas vezes se deve ou não passar o batom vermelho, ou simplesmente sair com a cara lavada! Então quero que você me permita assoprar esse cisco da sua vista. Para que você possa enxergar melhor a vida. Posso?

O sutiã cor de rosa

Certo dia, ao entrar em uma loja, me deparei com um sutiã cor de rosa. Ele era de um rosa chiclete, todo cheio de renda. Lindo!

Quando me certifiquei de que o preço era mais lindo ainda, tratei logo de experimentar para ver se ele gostaria do meu corpo da mesma forma.

Não sei vocês, mas sempre coloco o sutiã virado para poder fechar pela frente, depois o desviro normalmente.

Acontece que, na hora de desvirar, descobri que aquele se tratava de um sutiã diferente.

Ele possuía, além das alças normais, uma parte que deveria se encaixar nas costas, me obrigando a colocá-lo pela frente e fechar por trás, o que exigiria que uma pessoa fechasse ele para mim.

Nunca imaginei que o fato de eu depender de outra pessoa para conseguir fechar facilmente meu próprio sutiã me incomodaria tanto. Devo confessar que me senti ofendida com tamanha imposição.

Ao dividir com alguém minha angústia, a pessoa prontamente alegou ser romântica a ideia da necessidade de um segundo para o fechamento da roupa íntima.

E ela não deixa de ter razão. Existe muito romantismo e sensualidade no ato de fechar as roupas de sua companheira.

Mas a beleza verdadeira, penso eu, estaria no fato de eu pedir que alguém fechasse meu sutiã porque isso me faria bem, por esta se tratar da minha vontade, e não de uma necessidade.

O sutiã cor de rosa é a sociedade que impõe, através dos meios de comunicação, padrões de beleza às mulheres.

O sutiã cor de rosa é o ideal machista da mulher que precisa de um companheiro para ser feliz e que é olhada diferente quando diz que não pensa em ter filhos.

O sutiã cor de rosa representa todas estas imposições disfarçadas de romantismo e supostas receitas para a felicidade.

Que sejamos capazes de viver nossas vidas e fazer escolhas baseadas em nossos próprios ideais, não naqueles que fazem questão de construir para nós. E que saibamos discernir ambos.

Que jamais deixemos de ir contra tudo aquilo que, de alguma forma, degrina nossa imagem e limite nossa liberdade de escolha.

Bonito mesmo é desejar verdadeiramente que alguém faça parte de sua vida, é ter filhos que sejam fruto do puro sonho de ser mãe, é o corpo que não é moldado por nenhuma capa de revista.

Que sejamos capazes de fechar nossos próprios sutiãs.

⁠O poema é um bom amigo. Ouve medos, segredos.
Ressignifica traumas, frustrações.
A cada palavra, um respiro.
Na superfície de um oceano de inquietações.
Os versos entendem o que a alma silencia.
Transformando dor em flor. Tristeza em pôr-do-sol…
Compõe e eterniza a felicidade de um momento.
Escrevo por que um anjo sussurrou-me ao ouvido:

_Vai, escreve. Escrever traz calma, derrame a sua alma.

⁠Impedir uma ave de voar não equivale a impedir um homem de andar - é como impedir um homem de pensar.
Por isso sou contrário a que qualquer homem encarcere qualquer ave, por hobby.
Um homem privado de pensar ou uma ave privada de voar é algo muito mais grave - para ambos - que a simples supressão da liberdade corporal. É a supressão da essência da liberdade em si.

⁠Uma montanha-russa quando se trata de sedução
Distraídos, passam a impressão
de estar em outra dimensão
Ingênuos, porém impulsivos
Avaliam as questões por um lado intuitivo

Quando se trata de coragem
Nunca perdem a viagem
Apreciam a relevância de um primeiro olhar
Se doando aos momentos
Vivenciando com totalidade seus sentimentos

Prezam a liberdade individual
Priorizando também sua conexão espiritual
Altruístas, enxergam a vida com beleza
Sua lealdade
Perpassa o sentido de firmeza

Dividido entre dois feixes
Um impetuoso ariano
Agindo com a sensibilidade
de seu ascendente
Peixes.

DESEJO DE AMAR
Autora: Prof Lourdes Duarte


Entrego-te em versos minha vida
E todo o desejo de amar-te
Apaixonado por te és meu encanto
Nestes meus versos venho lhe confessar.


És o colírio de meus olhos
Minha quimera meu amor,
És o lírio que perfuma meu jardim
Sonho em provar do teu amor.


Entrego-te meus sonhos,
Oferto-te meu coração,
Os mais doces desejos de amor
Desfruto nessa ardente paixão.

Te quero tanto, és meu verdadeiro amor,
O amor que eu queria viver eternamente,
De viver momentos mágicos, contigo
És o sonho da minha vida e do meu coração.

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Mário Quintana diz que :
“O amor é isso. Não prende, não aperta, não sufoca. Porque quando vira nó, já deixou de ser laço”.
O amor não deve te segurar, te privar, te manipular. O amor é a liberdade de querer estar com alguém por vontade própria e gostar desta pessoa mesmo conhecendo todos seus defeitos

Fim de tarde, acordei após um leve sono. Ninguém me ligou para cobrar nada, e essa tranquilidade me faz sentir no paraíso. Ligo o som e escuto em volume baixo, algumas músicas sem ninguém para questionar o gênero musical (Metal Sinfônico da Banda Epica). Olho alguns livros e me sinto bem. Farei em minutos a minha leitura, novamente sem ninguém para implicar. Existe um silêncio favorável, interrompido apenas pelo barulho do vento e da chuva lá fora. Vou gostando cada vez mais de estar comigo mesmo. Vou aceitando que é melhor assim.

Preservando a minha autonomia, apenas vou seguindo. Penso friamente nos próximos passos. Posso ir ao parque correr um pouco, caminhar também me faz bem. Percebo que há novos caminhos para percorrer. Tantas novas possibilidades a minha frente. Às vezes nem acredito que fiquei tanto tempo longe do meu próprio domínio. Aceito que isso já não é mais o importante, é apenas um pensamento de algo distante, frio e agora, insignificante. Aceito que estou bem, e é bom estar bem, sou a prioridade agora, aceito que essa voltou a ser a regra essencial.

⁠⁠"No outono de 1953, parecia que eu tinha apenas alguns meses de vida. Em dezembro, os médicos - companheiros no exílio - confirmaram que eu tinha no máximo três semanas de vida.
Tudo o que eu havia memorizado nos campos corria o risco de extinção junto com a cabeça que a mantinha.
Este foi um momento terrível em minha vida: morrer no limiar da liberdade, ver tudo o que tinha escrito, tudo o que deu sentido à minha vida até agora, prestes a perecer comigo...
Eu não morri, no entanto. (Com um tumor desesperadamente negligenciado e agudamente maligno, este foi um milagre divino; não pude ver outra explicação. Desde então, toda a vida que me foi devolvida não foi minha no sentido pleno: ela é construída em torno de um propósito)."

ILUMINISMO NO SÉCULO 21

⁠Somos aqueles que postam fotos sorridentes com os próprios filhos e ao mesmo tempo celebramos a morte de terceiros nas redes sociais.

Nos declaramos a favor da liberdade de expressão mas prontamente cancelamos quem pensa diferente de nós.

Pertencentes a execraveis grupelhos de indivíduos pedantes, fomentado pelo comum desejo de sermos iguais em mediocridade.

⁠⁠Sou humana, por isso, sinto, e sinto muito. Sofro e sofro muito.
Mesmo não sabendo diferenciar sentimentos e emoções, eu sinto.
Às vezes choro. Choro com lágrimas, como se fosse um rio, onde me vejo nadando ou afogando. Não obstante, fico sem nada saber.
Às vezes choro, mesmo sem lágrimas. Tão seca, que toco em meus olhos e não consigo entender como eles não refletem o que se passa no meu coração.
Às vezes, meu rosto revela um sorriso, mesmo sem vontade. Outras vezes, meu rosto fica estático, mesmo querendo soltar gargalhadas.
Diante da complexidade dos comportamentos e padrões sociais, eu me perco, me recluo e me fecho.
Eu te respeito. Eu me respeito.
Assim vou vivendo…
Vivendo ao encontro de mim.
E vivendo ao encontro de Deus, vou renunciando os meus eus.

Margareth Bruno

⁠O que é sonhar?
Se ao amanhecer o sonho acaba
O que é sonhar?
Se os limites que nos aprisionam não se dissolvem
Por que sonhar?
Sonhar para ser liberto ou para sofrer?

Sonhar, eu diria, é viver
E viver é traçar no papel cores que fluem,
Como um livro que transforma, guiando a correnteza das emoções.
Sonhar é ser autêntico, é viver mesmo na utopia,
Onde os pingos de cor que escapam do papel ganham vida.

Seja utopia, para colorir as manhãs que atormentam nossos dias.
Seja realizador de sonhos,
Para que, desses sonhos, nasça o mundo,
E desse mundo, o sonho genuíno que sonhamos viver.


A filosofia do corpo dela, é reflexo da alma que carrega: livre e quente.
É como aqueles versos de Camões, que falam sobre o amor e arder,
sobre o nunca contentar-se de contente.
Ela não se perde em qualquer chama, nem queima em qualquer cama,
porque no fundo, meu bem,
é o abrasar da liberdade que ela ama.

A vida é semelhante a um balanço,
que, vezes, nos coloca pra cima,
outras, pra baixo,
a depender do ponto de vista,
todavia, assim como o viver,
balançar-se é necessário,
do contrário, o balanço
perde sua finalidade,
a vida fica sem significado,
fazem parte os obstáculos
e nem sempre podemos evitar,
mas temos a oportunidade
de apreciarmos as boas vivências
e durante o balançar,
uma agradável liberdade.

⁠Ela tem um olhar atencioso, lindos cabelos, lábios carnudos, tem uma personalidade instável,
é carinhosae intensa, gosta de atenção, não se contenta apenas com palavras,
mas, às vezes, prefere ficar sozinha,
a sua liberdade não dispensa, pois foi arduamente conquistada e já está cansada de tanta agonia.
Uma pena pra quem não tiver esta compreensão,
já que assim, não irá conquistá-la,
só ficará com a ilusão
de que um dia soube apreciá-la.