Textos de Liberdade

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A ilusão da liberdade

INSÔNIA
Sozinho, reflito no frio silencioso
de meu quarto sem luzes.
Busco encontrar meu tempo
e, sem sono, me perco
a buscar o tempo passado,
mas, é o tempo que me encontra
entre os lençóis, perdido!

REFLEXÕES
Um dia, acreditei no livre-arbítrio
da natureza humana.
Pobre Joseph Nuttin, estava errado!
Somos seres sem vontade própria,
sem condições de guiar nossas vidas.
De alguma forma nascemos assim,
marcados para seguir um caminho
que não é o nosso, nos foi imposto.
Por que acontecem os fatos da vida,
fomos nós mesmos que os criamos?

ILUSÕES
A estrada nos foi adrede traçada
e não nos permite maiores desvios.
Apenas, como seres autômatos,
seguimos o roteiro do papel vivido.
Por que um não foi mais forte que o sim?
Por que apenas uma palavra mudou
tudo que pensamos verdadeiro?
Seguimos sem vida a viver a vida
em um papel que não escrevemos.
Não escolhemos onde e quando nascer,
não saberemos onde e quando morrer.

O Amor do Sol pela Lua

É o amor o maior sentimento do universo.
Maior que a liberdade,
Maior que o espaço,
Maior que o mar,
Maior que as montanhas.

Mais puro que a neve,
Tão puro e generoso quanto
O melhor de cada um.

Se é um beija-flor, sejas
A gota d'água que apaga
O fogo ardente que no meu corpo queima.

Se és angelical, sejas pura.
Se és uma flor, enfeita o meu jardim.
Se queres voar, te ensino.

Se tiveres medo, te dou coragem.
Se tiveres coragem, te dou as estrelas.
Se tens as estrelas, és então a Lua.
Se és a lua, serei o teu Sol.

Se teu coração for tão grande quanto o meu,
Ama-me e te amarei!
Se queres liberdade,
Te dou um pouco da minha
Para que juntos sejamos muito mais livres.

Livres para amar.
E entender o amor.
E ser o amor.

Se existe na Lua algo maior que o amor,
Ensina-me e te ensinarei
O amor que nasce no Sol
De meu coração.

Se Tens amor, sejas amor.
Que sejamos um,
Menino e Menina
Brincando de amar,
Caminhando juntos sob o maior
Sol de todos.
A liberdade de amar.

Liberdade maior que tudo e todos,
Justiça natural do amor.
Se és uma espada do amor,
Finca-te em meu coração
E faze-me acordar e ver
Que o amor é você!

Se queres uma pétala
Te darei uma rosa.
Se és a força do amor,
Seja tão azul quanto o céu que vejo.
Se és a estrela, te levarei a Lua.

Seja sempre maior que a montanha que vês,
Pois se fores, poderá ser tão grande quanto a montanha.
E depois maior que ela.

Quando voares, serei teu anjo,
Quando chorares, serei o ombro,
Quando sofreres serei a cura,
E quando eu morrer, serás Tu a minha vida.

É aquela velha história. Amor, pra mim, só dura em liberdade. Nasci pra ser livre e – quem quiser – que me aceite assim. Tenho um coração que quase me engole, uma força que nunca me deixa e uma rebeldia que às vezes me cega. Sou guerreira. Sou druida. Sou filha da lua. Quero sempre o voo mais alto, a vista mais bonita, o beijo mais doce. Tenho um jeito de viver selvagem, mas sou mansa com quem merecer. Não gosto de café morno, de conversa mole, nem de noite sem estrela. Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante. E me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida. Explicação mesmo, eu sei: não há. E me agarro no meu sentir porque, no fundo, só meu coração sabe. E esse mesmo coração que me guia e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem rumo, com uma interrogação bem no meio da frase: O que eu quero mesmo?
Por isso, eu te peço (de um jeito meio sem-vergonha, que é assim que eu costumo ser): se eu gostar de você, tenha a gentileza de não me deixar tão solta. Não me pergunte aonde vou, mas me peça pra voltar. Sou fácil de ler, mas não tente descobrir por que o mesmo refrão insiste em tocar tanto. Se eu gostar de você, tenha a delicadeza de também gostar de mim. E me deixe ser, assim, exatamente como eu sou. Meio gato, meio gente. Desconfiada. E independente. E adoradora de todos os luxos e lixos do mundo. Quer me prender? Nem tente. Quer me adorar? A escolha é sua, meu amigo, vá em frente!

Nos raros e vastos instantes em que consigo experimentar a liberdade da ausência de expectativas, costumo receber melhor o presente. Um bocado de vezes, recebo o presente melhor. Enquanto eu o desembrulho, percebo, em geral um tanto surpresa, que não preciso necessariamente que algo mude para eu ser feliz porque já sou. Apesares, pesares, incluídos.

É claro que os acréscimos são muito bem-vindos.

Borboletas são livres.
Minha alma também.
Anseio liberdade, beleza e amor
De ir, vir e sentir.
Paixão, ar, calor.

Preciso criar...
Voar.
Sentir o vento nos cabelos.
Mas os pés no chão.
Quero abraço.
Mas quero espaço.

Mulher borboleta.
Pequenina e voraz.
Tem um vôo que seduz.
Uma beleza que satisfaz.

Possuidora de uma leveza que conduz.
Sua fragilidade lhe faz, uma mulher que reluz!
Precisa de arte.
Precisa que invada.
Que o coração dispare.
Que a saudade mate.

Não a prenda.
Traga flores para que venha.
Ela não é para qualquer um.
Ela é da natureza.
Ela é dela.

Tranque-a e ela morre.
Sopre-a no vento...
Que ela vai.
Mas espere.
Pois ela volta.

PODEROSAS

Quem gosta de liberdade tem que aprender a conviver com a solitude.
Ela pode ser uma boa companheira. Basta experimentar. Vale a pena.
Diferente da solidão que carrega o estigma de ser triste, de ter cheiro de abandono, a solitude é amena e é uma opção pessoal, coisa de mulher moderna. De mulher poderosa, como se diz por aí.
De todas as idades, mas principalmente as maduras, que já aprenderam as duras lições da vida, essas moças bonitas, charmosas e atraentes dirigem seu próprio carro comprado com o esforço de seu trabalho, viajam sozinhas, vão da cozinha ao cinema sem medo de ser feliz. Tudo isto ostentando um belo sorriso emoldurado por uma boca pintada com batom vermelho. Vestem roupas da moda, primam pela qualidade, abanam cabelos sedosos ao vento deixando atrás de si um rastro de perfume francês. Pagam suas despesas com cartões de crédito que exibem nas mesas dos bares e restaurantes onde almoçaram, jantaram ou apenas tomaram uma cervejinha gelada. Sem nenhum constrangimento por exporem ao mundo sua solitude.
Para essas sacerdotisas contemporâneas seu templo é o mundo e nele não há clausuras. Não lhes falta amigos, familiares e namorados, mas preferem dividir a alegria de viver consigo próprias e com ninguém mais, como uma espécie de desagravo às suas ancestrais amordaçadas.
Nada de egoísmo, apenas usufruir daquela sensação gostosa de”sentir-se donas de seu próprio nariz”. Já foi-se o tempo do “eu só vou se você for”. E olha que não faz tanto tempo assim que mulher nem era cidadã, não votava, não tinha CPF nem carteira de motorista. Fumar, então, era coisa de mulher-dama (como eram chamadas as prostitutas).
Beber, só refrigerante, usar calças compridas um escândalo.
Tudo coisa do passado, graças a Deus. Hoje já se pode dizer que as mulheres são livres, mesmo que ainda haja quem se preste a discordar. Concordar ou discordar é de foro íntimo, individual.
O que importa é que a roda da vida girou e faz-se necessário viver e fazer-se feliz. Correr riscos faz parte do processo. Uma geração inteira de mulheres corajosas arriscou sua reputação para que se chegasse até aqui imunes aos falatórios maldosos de poucos anos atrás.
Mulher é fêmea da natureza; livre para voar e buscar o que achar melhor para o seu momento, fazer suas escolhas, trilhar sua estrada.
É preferível colidir com um muro de concreto do que não viver.

Ouviram num boteco um berro mágico
De um bêbado, um pedido refrescante
A Skol da liberdade em raios fúlgidos
Brilhou na mão do dono nesse instante
Se o Senhor tiver vontade
Vem beber com a gente até ficar de porre
Copo cheio e liberdade
Aprecie este líquido a vontade
Ô Skol amada, idolatrada,
Salve, salve
Bebendo todo dia desse líquido
Tem vezes que parece, a terra desce
Meu Deus do céu, só penso nesse líquido
Não existe nada mais que me interesse
Gigantes depois de três, que beleza
Chorão depois da décima e tristeza
No dia seguinte dor de cabeça
Skol dourada
Entre outras mil, és tu Skol
Cerveja amada.
Dos filhos deste bar és mãe gentil
A Skol do Brasil!
Hui, hui!

Liberdade é quando sinto corpo e a alma
despidos de pudores
é quando posso voar
dar asas a imaginação
libertar os sentidos
abraçar o espaço do nada e me sentir
invadida pelo tudo
deixar o vento acariciar a pele
despenteando os cabelos
embalada pelo som do silêncio
estar a beira do abismo
e dançar, dançar...

Vontade
Vontade num dia frio
Vontade, desejo
desejo ardente e arredio

Vontade e liberdade
juntas, homogêneas
como dois átomos no interior das estrelas
almas gêmeas

Vontade de teus olhos
vontade de teu riso
vontade de teu olhar
Um anjo a porta do paraíso

Vontade
desejo que deixa se ver
desejo que consome
Vontade de você...

Ser cigana é viver com alegria .
É ter liberdade.
É magia e pura sedução.
É cantar e dançar ao som dos violinos e das palmas, em torno da fogueira sagrada.
É interpretar o que diz as salamandras.
É fazer do mundo a sua morada.
É ser pássaro sem asas, que voa em meio às borboletas.
É ser marcante por onde passa, deixando o perfume das rosas.

Liberdade e amor andam juntos. Amor não é reação. Se eu o
amo porque você me ama, trata-se de mero comércio, algo
que pode ser comprado no mercado. Amar é não pedir nada
em troca, é nem mesmo sentir que se está oferecendo algo.
Somente um amor assim pode conhecer a liberdade. (...)
Quando vemos uma pedra pontiaguda em um caminho
frequentado por pedestres descalços, nós a retiramos não
porque nos pedem, mas porque nos preocupamos com os
outros, não importa quem sejam. Plantar uma árvore e cuidar
dela, olhar o rio e desfrutar a plenitude da terra... para tudo
isso é preciso liberdade – e, para ser livre, é preciso amar

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!

Bruna Lombardi

Nota: A parte inicial é uma adaptação do poema "Alta Tensão" de Bruna Lombardi.

Revolução Da Alma

Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.

Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.

A razão de ser da sua vida é você mesmo.

A sua paz interior deve ser a sua meta de vida; quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda falta algo, mesmo tendo tudo, remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe dentro de si.

Pare de procurar a sua felicidade cada dia mais longe.

Não tenha objetivos longe demais das suas mãos, abrace aqueles que estão ao seu alcance hoje.

Se está desesperado devido a problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, busque no seu interior a resposta para se acalmar, você é reflexo do que pensa diariamente.

Pare de pensar mal de si mesmo, e seja o seu próprio melhor amigo, sempre.
Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar.
Então abra um sorriso de aprovação para o mundo, que tem o melhor para lhe oferecer.

Com um sorriso, as pessoas terão melhor impressão sua, e você estará afirmando para si mesmo, que está "pronto"para ser feliz.
Trabalhe, trabalhe muito a seu favor.
Pare de esperar que a felicidade chegue sem trabalho.
Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.

Agradeça tudo aquilo que está na sua vida, neste momento, incluindo nessa gratidão, a dor.
A nossa compreensão do universo ainda é muito pequena, para julgarmos o que quer que seja na nossa vida.

Paulo Roberto Gaefke
Quando é Preciso viver

Nota: Autoria confirmada pelo próprio autor em seu website http://www.meuanjo.com.br/, em 14/07/2009. O texto é muitas vezes atribuído erroneamente a Aristóteles.

...Mais

Estremeço de prazer por entre a novidade de usar palavras que formam intenso matagal. Luto por conquistar mais profundamente a minha liberdade de sensações e pensamentos, sem nenhum sentido utilitário: sou sozinha, eu e minha liberdade.
É tamanha a liberdade que pode escandalizar um primitivo, mas sei que não te escandalizas com a plenitude que consigo e que é sem fronteiras perceptíveis.
Esta minha capacidade de viver o que é redondo e amplo - cerco-me por plantas carnívoras e animais legendários, tudo banhado pela tosca e esquerda luz de um sexo mítico.
Vou adiante de modo intuitivo e sem procurar uma ideia: sou orgânica. E não me indago sobre os meus motivos. Mergulho na quase dor de uma intensa alegria – e para me enfeitar nascem entre os meus cabelos folhas e ramagens.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Sabe que minhas fantasias e malícias só existem com você, das coisas que te falo, algumas acontecerão e outras não...
Fidelidade é uma questão de espírito...
Vai ter que aprender a usar teu coração para me sentir ou jamais me conhecerá de verdade... serei apenas um personagem da sua imaginação.
Nossas brincadeiras, um delicioso faz-de-conta onde somos personagens.
Desejamos as mesmas emoções...
Desejamos amar aquele amor platônico, atípico.
Dos meus desejos você é o único que faz valer minha vida!
Amo a liberdade, principalmente a sua.

CADEIAS PARTIDAS

Quero soltar estas negras correntes
que me prendem e fazem mal,
quero viver livre, cantar, quero amar!

Deixar cair, um a um, todos os elos,
ganhar a liberdade por minutos.
Quero voar pelas planícies,
encontrar nas alturas do céu
o teu amor perdido no abismo da terra.

Quero que só nós dois, unidos
num último e desesperado vôo,
busquemos a felicidade adormecida.

Há uma verdade absoluta: a que cada um tem a sua própria verdade.
Há pessoas, no entanto, que vivem à procura da verdade nos outros. E há outras que procuram impor sua verdade aos outros.
Umas querem ser escravizadas. Outras querem escravizar.
Quem precisa de senhor, tem vocação de escravo.
Quem escraviza, precisa de escravos.
E se precisa de escravos, é porque não alcançou a liberdade.

"E prefiro seguir assim...
Com simplicidade,
Leveza na alma,
Sem muitas bagagens...
Prefiro seguir os caminhos
onde mesmo sem ver,
posso sentir a luz.
Gosto da sensação de liberdade,
consciência tranquila e paz interior.
Não costumo adubar as tristezas,
muito menos cultivar o rancor.
Tudo em mim dura o tempo necessário,
seja na alegria ou na dor."

Célia Cristina Prado

A criatividade é a maior forma de rebeldia da existência. Se deseja criar, você tem que se livrar de todos os condicionamentos; do contrário, sua criatividade não passará de mera imitação, será uma simples cópia de algo.

Você consegue ser criativo somente como indivíduo, você não pode ser criativo como parte da psicologia das massas. A mentalidade coletiva não tem criatividade; seus membros levam uma vida enfadonha; eles não conhecem realmente a dança, a melodia, a alegria; são seres mecânicos.

A pessoa que pretenda ser criativa não pode seguir o mesmo caminho dos outros, uma senda excessivamente trilhada e batida. Ela tem que descobrir seu próprio caminho, tem que pesquisar nas selvas da vida. Ela tem que caminhar só; tem que ser um não-conformista com os valores da psicologia das massas, da mentalidade coletiva.

Círculo vicioso

Um dia, milhões de bebês choraram na liberdade uterina do milagre da vida: nasceram. Não vestiram seus corpos, não lhes calçaram sapatos nem lhes deram o conforto do seio materno, antes da posse do sonho infantil, foram rejeitados, ao rigor do abandono.

Um dia, mãozinhas trêmulas, inseguras, sem afeto, bateram na porta do vizinho, procurando abrigo. Não havia ninguém ali para oferecer afeto nem portas havia na pobreza do lado. O menino escorregou na direção da rua.
Um dia, a criança anêmica foi eleita à marginalidade da escura noite e disputava papelões e pães no lixo do depósito público. Aos tapas, cresceu como grão perdido no vão das pedras, sem a mínima possibilidade de sobreviver: sem teto, sem luz, sem chão.

Um dia, o adolescente esperto teve alucinações de vida e o desejo de conferir a sociedade: candidatou-se à luta amarga do subemprego. Alvejado pela falta de habilitação, foi condenado como vagabundo, recebendo etiqueta oficial de mendigo.

Um dia, o adulto desiludido, amargurado, sem emprego, sem referencial, saiu à procura do amor. No escuro, mas cheio de esperanças, foi colecionando portas fechadas pelo caminho. Sem Deus, sem nome, sem avalista, sem discurso, acreditou no “slogan” das campanhas sociais.

Um dia, o menino mal nascido, mal amado, mal educado, não soube cuidar do filho que nem chegou a ver. Não ouviu seu choro. Imaginou apenas que, após nove meses de duríssima gestação, alguém brotara de um rápido encontro, irresponsável, assustado e vazio que sempre ouviu dizer que se chamava amor.